terça-feira, 31 de julho de 2012

eu e ele - primeira vez


alguma coisa está fora da ordem......
pois é
muitas coisas fora da ordem
aqui em casa, nem se fala, propagou-se a ideia de que as coisas têm sua devida liberdade de ser e estar,
e as estantes já não aceitam sustentar o peso de coisas que não são usadas, e tudo fica fora do lugar...
é isso o que acontece, elas ganham liberdade, personalidade muito principalmente, fazem novos vizinhos
e assim se perde o controle,...
e controlar as coisas depois que assumem um movimento espontâneo fica complicado
ainda mais porque você nunca sabe onde começar
e cada coisa deixada de lado em detrimento da organização fica com ciúme
e dá desordem de novo, nas coisas já organizadas...
é.. são mal acostumadas e sentem inveja das que recebem atenção, uso, cuidado, lugar..
fica tudo muito acostumado a ser usado, mas esquece que cada coisa tem seu tempo
mas aí é relativo. o tempo de um livro não é o mesmo tempo de um disco, nem de um copo ou de uma luminária,
... varia na medida da utilidade das coisas
e como agente mede?
pra medir um tempo? e o tempo das coisas?
acho que o tempo que se dá é o tempo do uso, do interesse, ou o da troca,
uso para objetos , interesse pra conhecimento, troca pra pessoas,
mas também às vezes tudo se mistura, né?
uso tudo de uma vez só
às vezes sim, outras.....
 













 




na antiga casa amarela havia o mini-quarto-rosa. minha locação para o nosso primeiro texto, uma conversa de msn ainda, num papo que vai do nada a lugar nenhum pelo simples prazer de chover no molhado a dois. 
faz tempo que não escrevemos juntos, e nem um para o outro, estamos perto demais para isso, e nem é uma reclamação.










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uma conversa datada, e linda. vou recolocá-la. é uma boa lembrança sim. uma das primeiras conversas de um casal que nem tinha se formado ainda. o que me faz lembrar de algo, uma fraqueza na verdade com relação aos meus interesses amorosos. o texto. o verbo. os círculos ao redor de qualquer pedra no rio, esse tudo e nada interessado, quando percebo.. eu sou a pedra.
10|09|21


segunda-feira, 9 de julho de 2012

a minha com a tua, fazendo de conta que é só uma... te agrada?


eu- a minha vista continuou na sua 
e vou sempre me lembrar que não estava sozinha 
achando que o sol era o mais importante. 
a emenda, meio tosca, é um exagero, mas um exagero que a gente adora.. 
'tudo ao mesmo tempo, juntos e agora'?


Danilo- o sol ao fundo... o horizonte de logo ali... 
a gente a imaginar que a Flora é la do outro lado, só imaginar
a vista conjunta, a imagem geminada, grudadinha
como assim então 1 + 1 vira 1, ou uma fotografia?
mas o que ela não mostra ... um casal de bicicleta a beira mar.. rumo a dias e dias ... 
que vezes se distanciam, vezes se confundem... pela força das coisas aí da vida... 
mas a gente se emenda... encurta as distâncias... amplia horizontes... e o sol lá, poente. 
e diz que se imaginar bastante, o sol quando nasce não vê a hora de se por, 
pois é so quando ele se faz poente que seu brilho escorre o horizonte,
e ele pode ver a lua do outro lado no céu... como um eterno flerte celeste... 
e a terra no meio, e nós no meio da terra ao alcance um do outro, 
sorte nossa que não nascemos estrelas.. 
mas isso também, se imaginar bastante...





* e assim finalizo meu projeto incríiivel de acabar com os rascunhos e arquivos.  mas é isso. um outro alí vou deletar. 2 vou manter só coisa de organização. e o outro tá doendo um pouquiinho, mas acho que vai também pro delete.

**um dia eu contei pra uma amiga que estando solteira um bom tempo, o que eu tinha pedido ao universo como par foi alguém que andasse de bicicleta comigo. ela nunca esquece, e brinca com isso, e me lembra sempre que tenho que pedir umas cositas mais na próxima vez. eu rio.


 22-07-22

domingo, 8 de julho de 2012

porque gosto (ava) do filme dos outros*



parece que eu vivo num filme, todo mundo né? cada um é protagonista do seu... mas eu, sou uma protagonista, digamos, com uma hiperconsciência, ou, com um senso muito crítico sobre aquilo que penso ser o meu enredo, sei lá. mania de perseguição? todo mundo tem um pouco, né, não sou especial, não sou nada disso. ...mas de fato o meu filme é daqueles sem ápice. daqueles que tratam de um cotidiano tão cotidiano, tão banal, que ninguém consegue ficar muito tempo na frente, ou acaba dormindo, sem agüentar esperar alguinho que faça valer seu tempo, entende? as horas  vão passando, daqui a pouco o filme chega no fim, pq parece que já tá no meio, e nada acontece. a ‘hiperconsciência’ que eu estava falando antes, não serve pra correr atrás e fazer algo diferente, ela serve só pra auto-repreensão, avaliação e reavaliação de cenas, e só. é também um filme chato, pq toda hora surgem flashbacks de historinhas que passaram, não que fossem muito incríveis, relevantes na conjuntura, tal,... mas elas sugerem algo que poderia ter acontecido [seria um ápice] com possibilidade de um desfecho interessante para traminha, mas não foi. remoendo ...
.
então assim... dizer como eu estou, porque ando irritada, deprimida, ou qualquer coisa do tipo é me fazer reavaliar minhas escolhas. e aí eu paro pra pensar se existe um fato relevante pra contar e eu chego a conclusão que não tem. não tem nada pra contar! neste caso  acho que é falar mesmo um pouco de como vejo o mundo,  eu e meu filminho b, ou c, ou w, y...
.
por isso eu sempre prefiro as histórias e os filmes dos outros.


*homenagem ao filme Sandra de vida

domingo, 1 de julho de 2012

meu e nosso dia 12 recém-passado..


I
Gostaria hoje e aqui pedir desculpas pelo meu apego.
Um dia conheci alguém que tinha certeza participaria para sempre da minha vida mesmo quando percebi que nosso tipo de vinculo iria se modificar para sempre.
Quando a história mudou, a distância imediatamente se instaurou como condição que não foi eu que impus. E foi difícil perdoar.
Hoje estou aqui para me reconciliar com este sentimento. Amor deve ser mais do que isso, portanto gostaria de pedir as águas da cachoeira revolta que leve essa mágoa egoísta e que me permita expandir aos ventos da vida essa experiência com uma fala de carinho, desapego, e extremo desejo de felicidade para essa pessoa, onde quer que esteja, independente de minha proximidade.
II
Neste dia especial eu quero apresentar meu amor. Ele para mim representa tudo de mais bonito que poderia ter fora de mim e dentro, que modifica o tempo, transforma os acontecimentos, as relações e minha vida. Heis o homem em que deposito expectativas, com o qual compartilho minhas sensações mais íntimas, e ao qual sempre quero participar o melhor de mim. Embora nem sempre isso seja possível. Por isso mesmo minha admiração e minha alegria em perceber que temos uma humanidade que nos une. Através dele me conheço melhor e vou em busca da Bruna que gostaria de ser, uma pessoa melhor. Que assim seja.
III
Forças da natureza do céu e da terra, com a energia, potência e divindade que eu não consigo alcançar, que proteja, ilumine e acompanhe a vida do meu Danilo todos os dias de sua vida de modo que ele sinta que nunca está sozinho. Fortaleça-o para lidar com as adversidades da vida, trazendo convicção em suas decisões e benevolência nos seus atos. Que ele tenha disposição para, assim que considerar indispensável, transformar sua vida completamente em busca de uma vida melhor, mais sincera e sintonizada com o bem. Mesmo que isso signifique um dia que nossa relação se transforme e que nossas vidas tomem outro rumo.
IV
Mas o que nos importa agora, e um dia após o outro de nós dois juntos é exercitar a atenção, paciência, cuidado, não apenas ao objeto do amor, mas também para seu entorno. Clima, estrutura, meio ambiente, as inter-relações, afinal, é isso que faz com que as plantas cresçam e fortifiquem, se complementem e contribuam com o mundo, deixando-o mais fértil.
Assim sendo, que na vida o ponto de fuga de nosso olhar sempre indique nossos novos horizontes, repletos de objetivos em comum, novas histórias compartilhadas, e Amor.






 
Faço minhas as suas e suas as minhas preces, pedidos...
é preciso ter um tempo para pensar, agradecer por e para nós
é preciso pensar no que houve
se fomos feitos um para o outro, não sei.
Sei que o encontro de nossos olhares, interesses, pretensões foi o ingrediente que formou o que vivemos hoje, esse um ano e tanto.
Construímos algo forte, chão onde enraizamos lado a lado.
Muda miúda, pessoa pequena enterrada pelos pés, esperando as condições necessárias para crescer.
Como muda crescemos eqüidistantes, no nosso espaço, como constelações no céu que esperam qualquer evento celeste que as faça mover só um tantinho para o lado, como conjunto de circunstancias que estavam presentes no nosso encontro.

Lá, naquele dia qualquer, onde impressões foram feitas e desfeitas, nossos galhos se tocaram (aquele evento celeste que moveu o universo um tantinho).
Depois, outros momentos nos uniram, fazendo tocar as raízes, tímidas, como aqueles pés que namoram debaixo da coberta.
E das plantas que eram duas, se fez uma a medida que nos abraçamos e ficamos grudadinhas desde então.
Nossos galhos cresceram juntos, formaram uma copa folheada, verde, onde na sombra sentaremos algum dia e, partilharemos nossa historia, como fruto surgido do entrelaço de duas mudas...
É essa imagem que me surge ao pensar em nós
penso nas plantinhas que esse ano se agregaram a nós, fazendo parte da nossa flora
penso nas três casinhas, nas camas que foram locais de amor
e tudo me ocorre assim, como a imagem do abraço de duas árvores.


Danilo





* ahhhhhh
agora deve ser falta do que fazer  de verdade, rs
quando começo a futricar nos arquivos, .. alguém me tira da casa da minha mami hehe
aaai que lindo, que lindo. palavras, muitas delas juntas falando de amor. eu dou risada né, dá uma acidez também. depois volto a achar lindo mesmo. lá né, dentro da beleza de um outro tempo.

21-07-22




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nossa. começar a manhã com isso. com esse susto. quase não me reconheço nesse texto, parece que não foi eu que escrevi. quanto ao dele, só me faz lembrar que caí na dele, a despeito de tudo, quando li um texto seu pra mim. partes boas ele tem, é uma pessoa sensível.

lendo hoje, parece que estou vendo uma profecia, algo que lá era um desejo forte, de algo que em alguma linha de destino futura, virá a acontecer. é tão lindo sonhar.. no lado positivo faz a gente sempre sentir que existe algo pra você, que é seu, que uma hora vem. 

talvez que nem aqueles joguinhos de computador, você tem que passar a faze, "vencer" algo, não sei. tomara.






30/06/23












Medianeras..















é difícil ser imparcial quando o que você vê fora, remete a poucas e interessantes coisinhas de dentro. você passeia entre o que vê, e o que passou, enredando as ficções e as sensações, ..

pior é não fazer isso apenas com filmes, o.. ‘se fosse comigo’ me acompanha pela vida a fora, o que faz minha empatia, e por certo a  ‘vergonha alheia’, ultrapassarem alguns limites..
não que isso faça alguma diferença no contexto mas,
ontem assisti, finalmente, depois de muita preguiça, Medianeras.