segunda-feira, 6 de agosto de 2012

79 + 7



se eu em 85 então danilo ainda não era. já disse várias vezes... 
demorou muito a chegar. mas me parece que é bom em corrida, 
vocação para maratonista já até pensei. passou rápido pelo tempo...
e alcançou minha mão no momento preciso da queda,
e eu nem sabia que estava caindo..




























certas coisas não foram feitas à medida do tempo... o ano era 79, + 7 .. 86...
quando ela foi, eu nem era, mas do importa se agora só somos?
o Ano era 2011.. os pés precisam saber a onde chegar
construimos ponte sobre o abismo que já caímo
s por vezes
agora é 2, os pés trilham juntos um caminho a seguir, vocacão para andarilhos
ouvimos uma vez que ha uma diferença entre quem cai gritando e dançando, algo haver com pós-modernidade.. mas sei que se cairmos, a queda será suave, 
pois é sempre reconfortante saber que lá embaixo 
há alguem paranos aparar.





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edit. 2020
uma coisa é certa na vida, .. tem sempre algo a mais. estou me sentindo velha. ou, embora jovem, com um tempo decorrido de histórias que se perdem em nitidez. existe também aqueles acontecimentos que parece que não são mais meus. foi outra bruna, .. que reagiu, decidiu, sentiu, não como eu sentiria hoje. e isso trás graça pra mim, pro meu passado e presente, e uma melancolia também. 
as pessoas, assim como nos textos acima, caem nas vidas umas das outras. e se levantam diferentes. é pra ser assim. se não te transforma, do que você é feito? 

já me disseram que nada é para sempre, que os encontros e as rupturas são sempre difíceis, que a gente tem que estar preparado. pode ser verdade. meu temperamento se afiniza com essa sensação. mas minha vontade de sentir é a de não me preocupar, não me preparar nada e só viver com verdade, sem receios, quando é para o bem e sem causar dor deliberada a outrem, ou mais do que a natural dos acontecimentos simples, como um fim deveria ser.  mas nada é garantia de nada quando se está na vida. isso eu concordo. e um lado meu acredita que um final serve para infinitos tipos de começos, que não deveria ser bom nem mal esses reajustes da vida, essa dança das cadeiras.., o outro hesita, mas tende.

no futuro espero agregar uma fotinho de Cibe aqui. uma foto de escolinha. e passo a cena pra história dela. agora essa história é a dela, mais que tudo, e trato com esse carinho.

eu continuo em cena nessa peça sem nome. os acontecimentos não são surpresa apenas pra plateia, se é que ela existe. a não ser que ela seja meu eu reflexivo.

seguimos..

quão inédito | tortura fina



Dizem, que a soma de mil palavras vezes não é suficiente para se igualar ao resultado expressivo provocado por uma imagem. E na balança do visível o lado que mais pesa é aquele que se expressa tão rápido, mas tão rápido, que efeito do olhar sobre o objeto é quase tão imediato como um momento desses que agente tenta preservar. Mas nem todos os momentos são enquadrados estáticos, nem todas as imagens expressam aquilo que se vê, e nem todas as palavras descrevem aquilo que se sente. E quem sabe a forma de prolongar aquilo que se quer talvez seja relembrar, pois a memória guarda os que se fazem únicos, talvez seja reviver, mas não recriar, pois pela unidade cada qual se faz conjunto, e  os passos dados para que se chegue até aquele exato instante, são tão únicos, que fora deles, não há contexto. AQUELE , fez processo... e é mais um, dentre tantos, que se fez durar quando apertamos o botão, como se o ato fosse representativo... como se o vermelho fosse nossa cor, e aquela nossa hora, nossa de demonstração de um + o outro... um corpo + outro, um elo, um laço, um BEIJO.

ele



































...olhando um momento como esse,
nós, os dois replicados revivemos, relembramos, rimos entrando em sintonia a partir da imagem.
o olhar alheio tem uma viagem diferente. ele cria, supõe, especula, tantas hipóteses quanto é possível um olhar curioso e indagador
em qualquer dos casos, envolvidos estamos todos agora (entre reviver e criar)
mas no enlace que nos compete, e prolongamos com palavras, 
apenas algo faz sentido agora.

ela






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afinal estava aqui o tempo todo. algumas respostas para o que perguntava láa no dia 12, quando voltei para cá depois de alguns anos.

existe criação, recriação sim. e quando o significado se esvazia, fica a publicidade. a estética vazia de uma atuação de amor que você pode reacessar como um vulto, se quiser, ou que você pode projetar para o futuro, como se aquilo fosse um devir de experiência, numa outra roupagem, com intensidades diferentes. ou pode sim, ser só uma lembrança mesmo. pública como quem não viu ou não se importa, aquelas fotos escondidas/esquecidas entre outras em um álbum, aquele post convertido pra sempre num arquivo qualquer. ou não.

novembro 2021



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lembrei dessa foto agora pouco.
quantas palavras pra um ato tão bom, que poderia só ser, ..bom.

quantas palavras no passado, de passado, e futuro..

pretenções, anseios, luxúria.

o que me veio, se é o presente que importa.. quantas vezes te beijei hoje?

toquei, me acomodei em seus ombros, te amei?
e fiz ou quis, 
fiz ou quis Brasil, 
fiz ou quis? 

sei de mim.


11/08/23