domingo, 23 de agosto de 2015

acho que é um texto sobre o Apego...

* texto postado apesar de ainda em processo =ss..




Há algo, pessoa, ação, que me proporcione muito prazer, que eu precise levar comigo para sempre, a detrimento de qualquer coisa?

Que tipo de pessoa eu quero ser, quais os reflexos dos meus atos, o que eu quero de delicioso para mim, à custa do que, de quem?

E o que o abandono desse algo precioso traria?

Às vezes acho que a vida é pautada pela afeição, adicção ao prazer. Pelo quanto é possível ponderar, abandonar, resinificar, abraçar, ou se abster, colocar alguma reflexão entre você e o seu objeto de desejo, antes do fim, início ou recomeço, elaborando possíveis “perdas”...

E porque prazer é algo muito importante, e gostoso, muitos optam por oferecer, ou usufruir a dois. Dar prazer ao outro é uma faceta, a segunda talvez, bem complexa, e não tem receita... mas muitas são as sugestões e instruções. Também existe já toda sua aptidão para se auto satisfazer como referência, e mesmo assim... é complexo. Uma vez alguém disse “ah o meu prazer eu sei onde está, se o outro não sabe vai ter que procurar sozinho!” não vou comentar a frase, mas eu penso bastante nela. ..

Na busca do prazer o que vem primeiro o eu ou o outro? Existe a possibilidade de observação das particularidades, singularidades, entremeando o que é meu, e o que posso oferecer, tudo junto, ao mesmo tempo?

Ao longo de nossa historia sensorial acredito [há quem diga] que “aprendemos” o que é bom ou ruim a partir do que nos é “permitido” ou “negado” em termos de prazer. Culturalmente aceito, politicamente correto e diretamente relacionado à educação dada pelos pais, escola, âmbito social, etc. Poxa,  lá lá lá,  senso comum, papo de bar, não quero fundamento, pode ser assim frágil mesmo =]..

Penso nos meus alunos, e na sua busca por um “prazer-fuga” que não tem nenhuma relação com o que lhes é apresentado como aprendizado em sala, ou em situações "chatas" e que reduzem sua satisfação a jogos de poder, celulares, redes sociais... prazer momentâneo que parece que se prolonga, o prazer momentâneo se institucionaliza, e esvazia tudo.

O que tinha me motivado a escrever esse post era simples, o prazer no prato, só uma ponta solta da postagem anterior.. Aí são tantas voltas, que se não fosse eu quem escreve, provavelmente não seria a leitora! Mas como não existe proposta, eu escrevo por razão nenhuma que não refletir e registrar, lembro que a recente tempo que tibum está disponível, se vinculando no virtual, apesar de existir a tanto tempo. Viu só vida?... nem acredito que depois de tanto tempo acabaria fazendo valer o dia em que resolvi escrever meu epitáfio, agora sim! =ss...

Quanto à alimentação hoje posso dizer que como tudo que não envolva sofrimento animal, esse é o intento. E já disse que fiz isso sem abrir mão do meu prazer. As opções muitas vezes não se conectam em sabor com o que seria seu equivalente animal. A substituição [e aí é que está a diferença entre alguém convicto ou não] é dada por uma vontade de gostar, pelo menos pra mim. Então algo em comparação, ainda que bem preparado e bem apresentado, pode até ser um pouco decepcionante, mas se transformará em algo singelamente feliz, dá para entender?

A alegria de comer algo não tão bom assim do ponto de vista do paladar, mas que na similitude do nome, na forma, algo do sabor contempla, além de que, nenhum bicho deu sua vida ou foi judiado, explorado para que ele exista...  pronto, já amei como pressuposto! Que fique claro que são as minhas experimentações por vezes gororobentas que estou falando hein, porque existe muita comida sofisticada, inacreditavelmente simples ou não, na cozinha de outros veganos por aí, maravilhosas! =]..

Pois bem, larguei mão de alguns prazeres, mas encontrei uma nova maneira, plena de simbolismo e intencionalidade de reencontrá-los, por isso disse em outro momento que não houve agressão teve prazer e esse prazer cresce à medida que é compartilhado com meus amigos (vegs ou não), mas muito principalmente com todas as vidas poupadas. Quando recém tinha parado de ingerir produtos de origem animal, ficava contando quantos ovos deixei de comer, quantas galinhas inteiras não morreram por minha causa, ou se o tempo que eu tinha deixado a carne vermelha já teria dado um boi inteiro... Sendo assim, eu tenho prazer nessa minha nova concepção alimentar e de consumo, que leva em conta o outro e a vida do outro. Além da consciência limpa, o corpo vai ficando também mais saudável =]..

E ultimamente, como sempre, mas talvez com um pouco mais de maturidade, tenho tentado controlar o impulso de comer, a propensão de mergulhar na busca desse prazer-fuga [aquela historia de prazer momentâneo institucionalizado que esvazia tudo?...] para satisfazer frustrações, ansiedades, e assuntos que eu queira compensar. Tenho uma nutricionista especializada em atendimento de vegetarianos estritos, ela me ajuda a ser a sábia na construção do meu cardápio diário, é muito bom o seu aporte!

Existe a ideia, um ideal de mim..., tem eu, e todas as mudanças ou pasmaceiras que eu já fiz na vida para ser o que sou hoje. Tem todas as coisas em mim que eu faço ou não, mas que penso que poderia mudar, um cem número na real, [para ser mais bonita, inteligente, proativa, interessante em tudo, feliz, plena] o que até causa certa angústia. Mas, muitos sábios do mundo e fora dele, daqueles bem poderosos, recorrentemente não falam que o que  a gente mais precisa é de auto-aceitação?


Então eu mesmo estou falando de que? =x..

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- chato praca esse texto ein.. 
- tem uns furos e erros também




e não adianta. nada adianta. nem eu falando comigo mesmo adianta.

e recaio, depois retraio, .. mas só porque ainda não tenho nada pra fazer, porque no minuto que 
tiver.. tchau Brasil com força.

se você não se deseja pra mim, não me faça envolver. desapega Olx, me deixa, não me prende, me passa mel e joga na avenida. reza por mim, e pra eu conseguir quem me toque, e me ame jeito eu estou, sou, sentada no meu pedaço de mundo, de presente.

faço questão disso.

eu tento resguardo sabe.
me aceito sim, cada vez mais. 

e fico cada vez mais cética. valorizo antes, e cada vez mais, a materialidade dos eventos da vida. 

o resto é resto.

13/11/23