terça-feira, 28 de abril de 2015

Echeveria Glauca, Peackok, ou Rosa de Pedra...


Tocamos a sineta da bicicleta, toda vez que passamos na frente da casa da Sandinha. Quando não nos falávamos, ou agora que sabemos que já não mora lá, tocamos, como homenagem ao tempo em que a gente passava, ganhava um suquinho e um bom papo, é sempre um momento alegre.

Em uma dessas paradas ganhei uma mudinha dessa suculenta do lindo jardim da Narcisa. Acredito que só vou saber exatamente a espécie quando der sua florzinha. Dizem que floresce entre novembro e janeiro, mas não acredito muito nisso não, aguardarei...

A história mamãe e filhinho já está ficando sem graça, mas veja bem, suculentas tem dessas mágicas! Então caiu uma folha, e da mudinha se fez uma mini-muda. Algum tempo já se passou, assim como passou para a “árvore de mondrian”, que ganhei no mesmo dia, e continua em processo, ali entre suas irmãs...








segunda-feira, 27 de abril de 2015

O dom de ressuscitar suscetíveis

Adoro begônias tipo rex, suas formas e cores me fascinam desde a infância. Lembro que minha vó Dita tinha várias na casa dela, são plantas que tem um efeito sobre mim, mas que nunca consegui muito, tê-las, é incrível como os acidentes, e as dificuldades sempre recaiam sobre elas. Por isso que nesses tempos estou feliz, acho que fiz as pazes com algum aspecto da jardinagem que não sei bem, ainda.. Algo como dar o tempo, deixar agir aquilo que vai além do tudo ou nada que você pode fazer no momento, uma aceitação tácita, resignação, apego desapegado, um certo respeito e uma ciencia da falibilidade e do improvável. E essas relações me deixam reflexiva sobre a história da minha vida nessas, e outras interações, e ficar ainda um pouco mais contemplativa...


Então como obter uma muda de um pedaço de folha que quebrou e caiu, e era linda, e que quase era uma das poucas da planta que se refazia, que nunca esteve tão promissora?

No livro dizia para virar a folha para baixo e fazer vários cortes transversais nos veios maiores. Colocar para baixo em cima de um vaso com areia molhada (eu botei em cima de um vaso com terra comum) dizia que era pra prender com grampos ( eu só coloquei em cima mesmo, um pouco firme) e falava pra cobrir com um plástico, (que eu não cobri). Quando terminei coloquei o vaso atrás de outros grandes, meio escondido pra não ficar olhando toda hora e passar a energia da minha descrença. Era a segunda vez que tentava...

Depois disso esqueci dela, a última vez que vi, estava lá.. como a deixei, verdinha ao menos, quietinha lá deixei,.. até fazer a descoberta. Deu certo! Tenho uma filha de begônia rex que estou vendo crescer, pouco a pouco, lindamente! 

Acaba me trazendo também alguma experiência a mais, um pouco tanto de fé nesses passo a passo loucos dos quais não sou mesmo muito familiar, mas que me vejo, no bom sentido do amar, amadora.