* texto postado apesar de ainda em processo =ss..
Há algo, pessoa, ação, que me
proporcione muito prazer, que eu precise levar comigo para sempre, a detrimento
de qualquer coisa?
Que tipo de pessoa eu quero ser,
quais os reflexos dos meus atos, o que eu quero de delicioso para mim, à custa
do que, de quem?
E o que o abandono desse algo
precioso traria?
Às vezes acho que a vida é
pautada pela afeição, adicção ao prazer. Pelo quanto é possível ponderar,
abandonar, resinificar, abraçar, ou se abster, colocar alguma
reflexão entre você e o seu objeto de desejo, antes do fim, início ou recomeço,
elaborando possíveis “perdas”...
E porque prazer é algo muito
importante, e gostoso, muitos optam por oferecer, ou usufruir a dois. Dar
prazer ao outro é uma faceta, a segunda talvez, bem complexa, e não tem receita... mas
muitas são as sugestões e instruções. Também existe já toda sua aptidão para se
auto satisfazer como referência, e mesmo assim... é complexo. Uma vez alguém disse “ah o meu
prazer eu sei onde está, se o outro não sabe vai ter que procurar sozinho!” não
vou comentar a frase, mas eu penso bastante nela. ..
Na busca do prazer o que vem
primeiro o eu ou o outro? Existe a possibilidade de observação das
particularidades, singularidades, entremeando o que é meu, e o que posso oferecer,
tudo junto, ao mesmo tempo?
Ao longo de nossa historia
sensorial acredito [há quem diga] que “aprendemos” o que é bom ou ruim a partir
do que nos é “permitido” ou “negado” em termos de prazer. Culturalmente aceito,
politicamente correto e diretamente relacionado à educação dada pelos pais,
escola, âmbito social, etc. Poxa, lá lá
lá, senso comum, papo de bar, não quero
fundamento, pode ser assim frágil mesmo =]..
Penso nos meus alunos, e na sua
busca por um “prazer-fuga” que não tem nenhuma relação com o que lhes é
apresentado como aprendizado em sala, ou em situações "chatas" e que reduzem sua satisfação a jogos de
poder, celulares, redes sociais... prazer momentâneo que parece que se
prolonga, o prazer momentâneo se institucionaliza, e esvazia tudo.
O que tinha me motivado a
escrever esse post era simples, o prazer no prato, só uma ponta solta da
postagem anterior.. Aí são tantas voltas, que se não
fosse eu quem escreve, provavelmente não seria a leitora! Mas como não existe
proposta, eu escrevo por razão nenhuma que não refletir e registrar, lembro
que a recente tempo que
tibum está disponível,
se vinculando no virtual, apesar de existir a tanto tempo. Viu só vida?... nem
acredito que depois de tanto tempo acabaria fazendo valer o dia em que resolvi
escrever
meu epitáfio, agora sim! =ss...
Quanto à alimentação hoje posso
dizer que como tudo que não envolva sofrimento animal, esse é o intento. E já
disse que fiz isso sem abrir mão do meu prazer. As opções muitas vezes não se
conectam em sabor com o que seria seu equivalente animal. A substituição [e aí
é que está a diferença entre alguém convicto ou não] é dada por uma vontade de
gostar, pelo menos pra mim. Então algo em comparação, ainda que bem preparado e
bem apresentado, pode até ser um pouco decepcionante, mas se transformará em
algo singelamente feliz, dá para entender?
A alegria de comer algo não tão
bom assim do ponto de vista do paladar, mas que na similitude do nome, na
forma, algo do sabor contempla, além de que, nenhum bicho deu sua vida ou foi
judiado, explorado para que ele exista... pronto, já amei como pressuposto! Que fique
claro que são as minhas experimentações por vezes gororobentas que estou
falando hein, porque existe muita comida sofisticada, inacreditavelmente
simples ou não, na cozinha de outros veganos por aí, maravilhosas! =]..
Pois bem, larguei mão de alguns prazeres,
mas encontrei uma nova maneira, plena de simbolismo e intencionalidade de
reencontrá-los, por isso disse em outro momento que não houve agressão teve
prazer e esse prazer cresce à medida que é compartilhado com meus amigos (vegs
ou não), mas muito principalmente com todas as vidas poupadas. Quando recém
tinha parado de ingerir produtos de origem animal, ficava contando quantos ovos
deixei de comer, quantas galinhas inteiras não morreram por minha causa, ou
se o tempo que eu tinha deixado a carne vermelha já teria dado um boi
inteiro... Sendo assim, eu tenho prazer nessa minha nova concepção alimentar e
de consumo, que leva em conta o outro e a vida do outro. Além da consciência limpa,
o corpo vai ficando também mais saudável =]..
E ultimamente, como sempre, mas
talvez com um pouco mais de maturidade, tenho tentado controlar o impulso de
comer, a propensão de mergulhar na busca desse prazer-fuga [aquela historia de
prazer momentâneo institucionalizado que esvazia tudo?...] para satisfazer
frustrações, ansiedades, e assuntos que eu queira compensar. Tenho uma
nutricionista especializada em atendimento de vegetarianos estritos, ela me
ajuda a ser a sábia na construção do meu cardápio diário, é muito bom o seu
aporte!
Existe a ideia, um ideal de mim...,
tem eu, e todas as mudanças ou pasmaceiras que eu já fiz na vida para ser o que
sou hoje. Tem todas as coisas em mim que eu faço ou não, mas que penso que
poderia mudar, um cem número na real, [para ser mais bonita, inteligente, proativa,
interessante em tudo, feliz, plena] o que até causa certa angústia. Mas, muitos
sábios do mundo e fora dele, daqueles bem poderosos, recorrentemente não falam
que o que a gente mais precisa é de auto-aceitação?
Então eu mesmo estou falando de
que? =x..
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- chato praca esse texto ein..
- tem uns furos e erros também
e não adianta. nada adianta. nem eu falando comigo mesmo adianta.
e recaio, depois retraio, .. mas só porque ainda não tenho nada pra fazer, porque no minuto que
tiver.. tchau Brasil com força.
se você não se deseja pra mim, não me faça envolver. desapega Olx, me deixa, não me prende, me passa mel e joga na avenida. reza por mim, e pra eu conseguir quem me toque, e me ame jeito eu estou, sou, sentada no meu pedaço de mundo, de presente.
faço questão disso.
eu tento resguardo sabe.
me aceito sim, cada vez mais.
e fico cada vez mais cética. valorizo antes, e cada vez mais, a materialidade dos eventos da vida.
o resto é resto.
13/11/23