toda vez que eu olho pra pia vai fazer 2 dias tenho mais certezas.
domingo, 19 de maio de 2024
vou contar mais uma historinha..
Maria chegou.
Maria chegou o meu café e o chá de Cibe estavam no meio.
ela veio de boa, pedi pra ela pegar a cadeira do quarto, dividimos com ela as coisinhas que ela gosta na mesa e tudo normal né, bem vinda, querida, é de casa.
só que não né, q u e coisa esquisita que tem sido compartilhar Cibe com uma amiga que tem duas casas dentro do condomínio, uma delas, colada na minha.
e ter alguém de outro gênio e educação tão tão perto, e ficar com alguém diferente da sua rotina o d i a i n t e i r o rodiando.
claro que o que Maria faz Cibe faz. vale pra lá também, mas aaaaaaaaaaai, que coisa esquisita.
Maria várias vezes chega cedo demais, animadíssima chega às vezes ainda estamos na cama. e fica vai ficaaaando, ou Cibe vai, se eu deixar do jeito que acorda, e começa a festa.
dessa vez nos achou na mesa. consegui convencer Cibe a ficar comigo, inclusive me ajudou a fazer o pãozinho, dispor os pratinhos, fizemos tudo juntas. simm isso que eu tô falando, praticamente um milagre. pessoas normais. bem bom assim.
aliás..
Cibe levantou primeiro, deu comidinha e trocou água da Memê, tava circulando pela casa e de repente viu que eu ia levantar, pulou na cama e..
bom dia, meu anjo!..
quase desmaiei.
achei que não acordei, era sonho qualquer coisa.
nem sei quannnntas vezes já reclamei da ranhetisse dela ao acordar. já váaaaaarias vezes eu acordo ela com musiquinha, beijinhos, abraço, carinho, sorriso, felicidade, ahhhh nem que dure 1 minuto só, mas ela já acorda reclamando, cobrando coisas, bemm rabugenta montada no birrão.
amanhecer feliz é um desejar, um jogar pro dia um desejo, pedido. não gosto de cara feia. enfim..
bom dia, meu anjo!..
levantei com essa hoje. estou de cara até agora. e as duas já estão a milhão, e embora o dia esteja feio, estou um pouco melhor que ontem.
acho até que vou por minha rosa branca na terra. onde será?
pensando.
sábado, 18 de maio de 2024
déjà vu
hoje eu estava passeando no mercado com a Cibe
isso
eu disse passeando
andando devagar, chip queimado, passando pelas galerias com a Cibe, tudo tão colorido
fez lembrar agora a galeria onde prendi meu vestido ontem
galeria de coisas a comprar
diversos fins
estava mais tranquila até, que ontem, acho que é porque toda a disposição, grande parte das coisas não me interessam, são insignificantes
mas as de ontem eu quero que sejam, tem uma diferença
mas estava passeando, a sensação era essa como quando saia com Cibaby pro mercado na pandemia
engraçado
aconteceu ontem também, na saída do trabalho fui ao direto do campo do lado da minha escola e encontrei tres profs tomando um café.
todos eles atônitos com os conselhos, estado e problemas das turmas, perspectivas, tal, me chamaram pra sentar, não quis, fiquei olhando le longe..
vou ali quando estou com Cibe porque tem um pula pula grande e ela fica lá brincando, adora.
aí continuei olhando .. e pensei tá vai, cheu sentar com eles um pouco.. e fui ficando, ficando, aproveitei que Cibe estava se divertindo e esqueci tempo espaço, transito, tudo.
quando saí dalí por um lapso me senti tão normal.
pessoa comum, conversando com amigos no pós-trabalho, indo embora com as compras e a filha.
mas passou rápido.
a ressaca do conselho não passou, ainda preciso lançar notas e preparar aulas da semana e ...
tá frio, tá dificil de levantar, não tô conseguindo me mover direito, sem sol eu me perco total, porque eu sou assim, tão filha da minha mãe.
e o mundo urge já pensou, eu teria ido pro Centro hoje, ..me arrastando, eu teria ido passar o dia na escola, ..arrastando igual. sorte não ter precisado.
e pena também, Cibe ia conhecer a filha do prof. fofo de ed. física. ia gostar que elas se tivessem para o dia. .. mas não vai faltar sábados.
e é isso.
eu tô numa urgencia que é só minha. pressão que só eu vejo, e angústia, e tudo na verdade me envergonha um pouco, santa incompetência né.
enfim..
não há de ser nada.
só pra olhar Bruna, não é pra você, não te inventa | presente
poderia dizer que foi por isso que choveu | adorei as Almas
"au loveu" | desculpas de segunda | reuso de desculpas, lixo zero
sexta-feira, 17 de maio de 2024
correspondências simples
ligar os pontos tava muito banal..
Cibe resolveu inventar
hoje revendo o monte de tarefas atrasadas e escolhendo as que ela iria fazer dei com essa
quando expliquei pra ela que o propósito era saber se ela entendeu as correspondencias entre números e palavras ela ficou um pouco constrangida e queria apagar imediatamente
aí eu disse que queria uma foto, que não era errado a invencionisse
na verdade, tenho comigo que essa imagem diz muito da minha vida até, foi bem bom de ver
e de saber pela Cibe, .. é só apagar bem apagado
reforcei pra ela que achei lindo como imagem
ela riu
eu ri
a Sala 3.
mostrei pra Cibe, os dois pombinhos estavam aqui agora mesmo.
a sala do oitavo ano
e de novo nós duas vivendo a Escola.
Aplicação continua em greve, e no geral é isso mesmo, filha de profe, e a própria profe, acomodando as cadeiras da vida.
mãe e a filha
a chuvinha
o trabalho e o estudo
olhando assim a sala vazia a gente se preenche até de idealismos, parece que a gente volta aquela escola estereotipada que não existe, onde profs e estudantes crescem juntos entre ensinar e aprender, com leveza
preenchida, meio que tira só a parteda leveza.
em um dia qualquer, cada metro quadrado de sala com estudante e professor é um portal,
cada aproximação coloca em contato, em interação, um campo diferente de energia, receptividade, afetividade, disposição, e no composto final..
varia
só sei que na minha escola grande parte das vezes é explosivo
mas não vou viajar nisso não
mãe vou dar uma volta
tava demorando
😑
_____
eu esqueci meu óculos em casa falando em trabalho.
achei caído embaixo do banco do carro a mil anos meu óculos antigo. lembrei que tinha visto pelo carro outro dia
me equilibrando nele estou completa aqui, ou quase.
Cibe foi festar no recreio.
eu.., atrasada.
quinta-feira, 16 de maio de 2024
sonhar não custa nada | nunca quis injeção na testa
ele morava do lado da minha casa
podíamos nos acompanhar em determinadas rotinas
eu via que ele me via
igual do lado de lá
banal
eu nem olhava na cara dele porque era normal pra mim esse ignorar estudado eu exercitei, um atributo que eu conquistei
e no sonho ficava claro isso, uma normalidade que era um fruto de laboratório
desinteressada, sem emotividades e invencionisses
sem mais do que é mas sabendo que um dia não foi assim
uma linha perdida entre os tempos
uma vontade e/ou uma realidade disforme entre tantos desejos e dores
fico imaginando se isso não é também oracular, uma possibilidade entre tantas, como uma linha de destino na palma da mão
mas uma que eu acho bem boa do ponto de vista de quem vive roendo metal, cavando chão, corda de cela, sonhando em ser livre
um livre que minha liberdade de hoje não dá, mas, esqueci a palavra, .. vislumbra, por enquanto essa cabe
mas se sonhar é tão poderoso, com possibilidades tão infinitas, não custa, pra que sonhar isso né,
já acordo atonita, nem saber por que sonhei essa chatissee e pensando mais um pouco pra ver se decubro a novidade
e não é um futuro né Brasil
já é
ai ai mundo dos sonhos..
melhore
que tal me agradar, oferecer presentes alternativos, umas ilusões bem lokas
sonho é sonho, então porque não um colo poxa, um doce
eu que estou tão desmedida com açúcares de novo, porque esse açúcar não migra pro sonho?
por que não traz fantasia, outros mundos, pessoas incríveis, outros seres, conversas profundas, tem tanto sonho legal para sonhar
cores, sensações, experiências tão diversas
cadê a criatividade Ôo Inconsciente?
não me cansa Inconsciente,
se é pra me encher o saco com mais do meu mesmo, fica na sua vai, faz o seu quieto aí.
e já azedei também já
ainda mais com esse friozinho
e tô com fome
e sede
e não quero levantar
mas tenho
é isso o que temos quinta
é nóis
quarta-feira, 15 de maio de 2024
terça-feira, 14 de maio de 2024
desnorte | desorientação | atônita com o corriqueiro até
muitas coisas no mundo não vão acabar bem,
pessoas são formigas, cidades são só uma construção de lego feito pelas cria da educação infantil
bem ou mal, eu não sei, mas o meu olhar é condicionado pelo ser que eu sou e pela empatia que eu tenho do que significa dor
e a minha dor, ela se expande a familiares e as pessoas queridas
familiares e amigos, queridos
pessoas que não conheço mas que são pessoas
outros seres, que tem sua vida de um jeito que a gente entende, mas não entende tanto, porque não temos a vida deles..
entorno afetivo, a terra, o espaço, plantas
e no fim das quantas, quando algo acontece eu eu eu posso fazer muito pouco
eu não sou nada, frente a muitas pessoas
eu não sou nada frente a um desastre natural
e aos olhos de qualquer coletivo administrativo, eu sou uma estatística
aos olhos de um grupo de pessoas assim, comum do entorno, como eu, sou um bom causo, uma fofoca, um lamento, um quee coisa, um que pena, sinto muito alheio,.. e a recíproca é verdadeira, em grande parte
eu estou deslocada, fora do pário
até que eu seja também assolada por uma grande calamidade meu nome é conselho, plano de aula, conflito de sala, garganta inflamada, dor, solidão, pequenas alegrias, sono. muuuito sono. um pouco de reza, pra ser um pouco vagalume no meu próprio mundo.
qual será o tempo de vida de um vagalume? se bem que essa coisa de vagar e ser muito livre é mais poesia que realidade pra mim. mas poeticamente então, em um sonho bonito, que raramente tenho.
mas o que eu posso fazer no grande e no pequeno, no meu e no seu mundo, o de fora, é mínimo, apesar de ter amor
nem pela Luz Maria eu posso fazer algo
e quando você é impotente de um jeito tão definitivo
e depois disso?
acho que ainda tô dormindo. só que não,.. já saí de casa, agora estou aqui, ouvindo o conselho. e pensando.
redes sociais, jornal, relatos, amigos, conhecidos, todas as ajudas e maledicências, eu não tenho saúde pra isso. e a emergência não sou eu, é lá, e em muitos lugares. E
ter saúde é saber contribuir, contribuir com consciência, e também é qualificar meu mínimo, e clarificar meus afins. tem muita gente podre por aí que precisa ser neutralizada.
enfim, sou impotente e ineficaz até dentro da minha família. sim. eu tenho que aprender o que é, o que não é da minha conta, eu já sei na verdade, mas nesse entremeio entre poder e não poder fazer algo, ..
estou reclamando aqui, e me atrasando claro, toda descabelada e sem roupa, com a hora passando, olhando ali a fotinho do Wanderson, último aluninho da turma 42.
pra não chegar atrasada teria que sair já.
não vai rolar.
mas rolou sabe, cheguei antes.
e estou presa aqui em algo de uma estrutura com problemas que eu sei que está sacrificando um pouco mais do que devia, o profissional professor.
mas eu não posso reclamar, até poder.
articulação, é preciso articular uma nova ordem, seria preciso, .. uma hora dessas quem sabe.
haja ânimo, e legitimidade, para revoltas.
segunda-feira, 13 de maio de 2024
absurdo..
e por último mas não menos importante na conjuntura tem dois gatos trepando na janela da cozinha atrás de mim.
que sirene enlouquecida né, eu já tinha esquecido como é que era, não acaba nunca
agora eu já estou na cama para acordar 5 e esses dois gatos não param de gemer, e tô bem impressionada com isso
como é que pode né, eu e Meme aqui dentro de casa em sobressalto, ouvindo esse show.. duas pudica, carola, despeitada..
e eu quero dormir, meu corpo tá todo dormente, eu tô me sentindo esgotada, e esses gatos tão me deixando nervosa
parece dor né, que desespero isso
acho que tava preferindo os caramujo africano na minha varanda
alias, que trepacera né, esses bicho ahhhhhhhh
que saco esses gatoooo
vo para de escrever quando eles pararem de trepar, será? acho que isso nunca mais vai acabar!
acho que acando.
poxa.. que show, de beleza selvagem, e de horror.
______
tem uma gatinha amarela me rodando aqui e eu tenho dado comida para ela
Memê dá uns corridão odeia, como sempre, monstra. na verdade achei que ela era macho mas talvez seja fêmea. mas lá vou eu saber quem era quem naquela pegacêra ali atrás do tanque?
será que essa gata prenha vem pra mim??? socorrooooo. apesar de ser simplesmente apaixonada por gatos, ainda mais esse que tem vindo aqui, amarelão. gatos amarelos e eu, temos história. mas não, obrigada.
essa miacera da noite passada me faz lembrar do encanto, da mágica, da beleza selvagem exuberante da prenhez felina.
apenas uma vez eu estive ao lado de uma gata parindo. impressionante. eu fico eufórica quando vejo uma gata de barriga, e apavorada também.
sou consciente do problema que a indústria dos animais domésticos vem trazendo e acentuando nesse nosso mundo. eu não sei dizer se as pessoas estão tão conscientes assim da necessidade de castração, no geral permitem e alimentam essa super população, e não se responsabilizam, porque nem podem, por todos esses animais, mas com a visão de que é a natureza se manifestando e não devemos impedir, vejo muitos abandonando filhotes por aí, e mesmo os animais de tempos, quando há necessidade.
eu tenho consciência de que não posso adotar animais, eu rezo pra não encontrar animais feridos, é muito pouco quase nada o que posso de fato oferecer pra um animal em termos de estrutura para me responsabilizar, já expliquei minhas condições e limitações para Memê, nem ligou, mas eu avisei.
e a história com o Lady só reafirmou isso. veja, não posso gastar, e mesmo não tenho animais justamente por isso, aí um senhor gato invade minha casa doente, fui buscar atendimento público, minha reanda é maior do que o órgão cobre, justo, justíssimo, porém, o animal era um senhor, e absolutamente não era meu.
mas eles não precisavam acreditar em mim né. claro que paguei aí uma consulta sem poder. e a doutora depois do atendimento ia fazer aquela intervenção de vida que esqueci o nome, e ia cobrar bem menos, fiquei até sensibilizada, mas ele preferiu partir comigo, e me fazer ter essa experiência, assim como aquela de vida, a de morte, até o fim.
me interdita
e agora que me falta 1 turma e meia
que eu comi o que não devia
que estou fazendo um esforço gigantesco pra me manter acordada, e não fugir
que estou vendo TV aberta horrorizada com a novela, os comerciais essa vida de TV, tão retrô
sabe o que eu queria ?
além de dormir em paz
reclamar em paz
não sentir culpa, por ter comido o que não queria
não ficar mal, por não ter feito essa bosta no final de semana
já ter descoberto como ser eficiente, e não me torrurar por nunca estar a altura do meu trabalho
não me sentir uma farsante
um zero?
além disso nem sei,.. já pensou que pessoa legal que eu seria?
por enquanto fico aqui mesmo, nesse jardim de teias, tecennndo, tecennndo nadas
e te prendo será?
mas
você nada
mas quem nada, teia não prende
mas se eu teço nadas
e você nada
gennte
você nada, no meu nada?
ando ando..., enrolando.
ele
grrrruu
ela
grrruuuu
ele
grrrrrruu
ela
grrruu
e só agora eu resolvi abrir a janela de onde estou escondida, e estão aqui comigo. casal irritante. odeio casais.
sala do oitavo
Deeusa quimilivre dessa faixa, mas isso é até outro assunto
fato é que de manhã estava mais comportadinha
fiz avanços mas queria é um plim, queria uma mágica, queria ser uma máquina
queria não ter dúvidas
queria matemática exata, pra botar a culpa na exatidão dela
que nem aquelas atendentes de loja que não dão desconto porque o sistema não deixa
eu sofro por cada coisa
e o receio de ser incompetente me assombra, mas gente, isso assombraria quem?
porque parece que eu meio que sou né
uma vez eu ouvi de uma profissional administrativa que eu não sou pra isso.
ela estava querendo me elogiar
mas eu não quis entender assim, .. foi mais uma confirmação mesmo.
acho que queria a Cibe comigo aqui de novo.. , tava mais focada, apesar de você.
_________
aqui eu tenho um caso antigo de assim eu morro.
sendo as turmas do segundo piso que dão pro morro as de anos finais, meu assim eu morro era quase assim revivo
"au loviu"
no final do dia
caindo pra dormir
Cibe encontrou meu envelope-presente que perdeu na hora de sair pra sorveteria
ela ficou brava porque era meu presente
e é isso
eu dormi com essa.. au loviu mamãe
mórri só nisso, .. mas tinha mais.
o desenho era frente e verso, ela esteve fazendo desde sábado, parte do domingo entre idas e vindas.. aí perdeu, chegou da sorveteria começou de novo outro, que só foi terminar agora pouco, qua do fomos almoçar e fui levá-la ao pai.
passou o dia aqui pela escola.
sobre esse desenho...
Circo digital. mesmo sabendo que eu não gosto muito que ela assista, e tendo me sondado antes sobre se eu iria gostar ela não resistiu, escolheu seu novo desenho favorito para me mostrar como ela conseguia desenhar t o d o s os personagens. e o fez lindamente, como quem tenta me convencer de algo.
linnnndo.
entendo que tenha ficado triste quando achou que perdeu.
mas por conta da perda. ela rapidamente começou um novo desenho-presente na volta da sorveteria e esse ela terminou pouco antes do almoço.
eu fiquei de cara..
porque?
por que sou mami dela né, coruja, fã... e porque o desenho teve muito haver com minhas próprias viagens de ontem.
eu e ela encrustradas na copa de uma árvore, envolvidas por nossos cabelos que formam como um ninho em formato de coração.
dessa árvore sai dois ramos de cada lado com flores coloridas.
no meio da árvore um oitro grande coração azul com asas, semelhante ao anterior, até com a auréola de novo.
em volta o sol, um castelo que não entendi bem, ooutro coração com asa, acho que é uma aquisição nova de esquema de desenho, e um raminho de flor.
se ela estivesse aqui ia fazer entrevista sobre o desenho, quando ela voltar talvez faça.
mas o desenho me remeteu diretamente à gente deitada no solzinho ontem, conversando um pouco, e a gente cantando a musiquinha.
uma lembrança bem linda.
_____
e pensa numa criança manhosa, sou eu agora agorinha, querendo dormir sem poder.
querendo comer sem nada interessante..
tenho que no mínimo terminar o descritivo da ultima turma de amanhã.
oficialmente, é o primeiro dia de conselho, internada em uma reunião importante, mas que sou cheia de pequenos ranços, para além de estar presa às minhas falhas.
minhas críticas são reféns de minhas falhas e assim, olha que maravilha, o mundo se livra de meus palpites e reclamações.
serão as linhas tortas da vida me mostrando, ou colocando tudo num rumo.., que aí eu que já não sei bem se é certo ou se é errado. .. mas é aquela coisa né,.. segue só.
até esqueci o ditado agora.. minha cabeça está confusa. pode que eu realmente durma. acordo as cinco sei lá, não sei. vou ali, meditar na geladeira.
ah que Deus escreve certo por linhas tortas? chatisse..
____
mas tô lembrando de uma coisa agora.
que já escrevi em outros tempos, eu não sou uma pessoa interessante. eu tenho plena consciência de quem eu sou, e o que eu sou e consigo fazer não é de ter, ou fazer promoção. sou uma qualquer, qualquer uma aí.
e eu lido com isso, cada vez melhor até.
mas no mundo dos relacionamentos, eu fiz uma descoberta interessante ao longo da minha trajetória pífia.
e aí joguei fora todas as coisas que eu sabia que eram interessantes para os outros aparentemente. pra mim, aparentemente.
soltei tuuuuudo, larguei mão, fiquei com uma coisa só, e só ela cultivo e sei, é ela a única coisa que eu quero e vou oferecer.
e com isso fiquei tão tão leve, como até inclusive gostaria de ser por dentro e por fora.
deu um alívio sabia?
domingo, 12 de maio de 2024
duro na queda não é só nome de filme | entre quedas, pedras e flores..
duro na queda depende né, em cima do que que cai.., talvez
da altura
do peso
e sou piéeeessima em química, física e matemática affe.. nem sei porque largo essas..
se eu bebesse né, teria essa propriedade, mas nem
tem como se transformar ao cair
é lindo quando acontece, é encantado
sai um e chega outro
qualidade ou atritos de queda
ou virtude de quem recebe e quem oferta
eu fiquei e ainda estou derretida por um ponto de Xangô
eu quero isso pra mim
tava olhando as pedreiras, uma pedra rolou.
ela veio rolando, bateu em meus pés, e se fez uma flor.
quem foi que disse que eu não sou filho de xangô?
ele mostra a verdade, atira uma pedra, vira uma flor.
e quantos lírios que eu já plantei no meu jardim?
uma pedra atirada, é como um lírio pra mim.
linnndo. quero.
vou procurar uma versão, são bonitas até.
será que vou ter que aprender violão pra cantar ponto do jeito que eu quero? isso talvez.
pensando
meus estudantinhos nem me deixam ter voz..
2024, maio, domingo, manhã, nóis, casa do futuro
quando a gente vai tomar sorvete
e uma coisa que a gente faz que você não gosta nada nada mas você sabe que eu sou obrigada a fazer porque eu sou sua mãe e quero o seu bem
quando você me leva para fazer teste de Covid
ela nos fez chá e banana com cacau e creme de amendoin
contou uma música da aula de L. O.
acho tão chique, Cibe tem aula de literatura oral desde o primeiro aninho, e ela aprende a ouvir histórias, e a contar. adoro. isso é muuuito rico.
ela cantou a musica que a prof. trouxe na última aula., disse que ela sempre canta uma música no começo que é para acordar as histórias.
e então ela começou a cantar uma musiquinha da minha infância perdida enterrada lá, uma música que eu aprendi no coral e era executada em várias vozes.
muito bonita ficou que eu lembro, um dos produtos da aula do coral que pude participar.., pouco depois nos mudamos para SC.
vou gravar um pedacinho, essa música era só minha, e agora é nossa, minha filha, meu amor.
ainda tenho que fazer um passeio com ela
acho que vai rolar um sorvete
Ah.., tenho que fazer tudo do conselho na parte de escrita agora, de avaliação descritiva,
tenho que preparar a semana, mas vai ser bom respirar o ar de fora, ver a casa de longe, ver gente diferente, ser simpática sem querer, cordial, sem querer, perceber alegria da Cibe, perceber o quanto que tantos nadas são coisas fantásticas na imaginação, e na percepção dela,..
e a parte da culpa é saber que eu poderia tornar tudo muito muito mais encantado especial, eu sei que eu tenho esse dom, e ela perde de ter o melhor de mim, e isso me mata um pouco...,me consome, pena que não me emagrece, que aí já ia ver vantagem..
mas eu não quero falar de coisas tristes, eu quero só registrar um momento, está registrado.
______
abre o livro
vai lá e abre aquele livro já que faz tempo que você não lê aquela passagem
se você tá lembrando dela agora ao invés de pensar em outras referências, se por alguma razão você parou nessa lembrança "o povo em pé", pode ser que tenha alguma coisa ali para você atualizar, ou por em conversa com seus pensamentos
e toda vez que eu abro esse livro, aliás, e ele foi feito no formato de cartas, algo meio oracular, nunca usei assim. eu acho lindo os textos, poéticos, profundos, inspiradores.
o livro que roubei de mami, e que ela na época que comprou não parava de falar dele e ler trechos e foi por muito tempo assim. olha.. lá por 2000.
toda vez que eu abro esse livro e leio, parece que faltou algo pra eu entender, que preciso ler de novo, nunca leio claro. mas sempre algo de essencia, parece que tá na minha cara. e não acesso.
eu vou por aqui esse.
porque quero aproximar, de algum modo, minha conversa é fruto, ou filha, da conversa desse livro também.
sábado, 11 de maio de 2024
não crescerás, ó insistente força, de viver..
eu dizia pra ela
ela fingia que ouvia, fazia cara de morta,
aí brotava
umas mil e quinhentas vezes já
eu desisti viu Seu Ari, pode me olhar com cara de fera.
eu sei que não posso deixar uma árvore dessa crescer na frente de casa
mas tô de saco cheio..
passa um tempo ela tá sempre ali
e agora mesmo que eu tô sentada no chão da varanda eu tô olhando para ela brotada com os galhos que eu arranquei ali, engrossando, com um outro pendão que se eleva
acho que vou fazer uma fotinho pera
e esqueci seu nome, vem e não vem, mas jaja lembro. e eu te amo viu, suas flores.. até suas folhinhas tem perfume.
arranquei uma pequenita de ti agora mesmo, menor que você quando nos conhecemos, saiu inteira. já tu, te puxei puxei várias vezes mas você já não estava nessa faze de sair completamente.
só agora me dei conta.., do porquê você brota tanto no meu espacinho de mato... é por esse perfume, muitas vezes já fui varrer seu pé só pra trazer suas folhinhas pro meu pedaço. aí ce dá um jeito de nascer e fico brava. tu não entende né, nem eu. mas é isso..
sentido nada faz. e a gente segue mesmo assim, amada.
quinta-feira, 9 de maio de 2024
garden news | banho pra sempre, quem sabe | só acredito vendo
é bem isso. um jardinzinho estrangeiro quase de tão longe que eu tô pra ouvir as novas que eu plantei do caseiro do condomínio.
hoje, à pouco até, fiquei muito, muito feliz de ouvir o seu Élcio me dizer que tem umas três buchas penduradas no pé de limão do meu quintal.
achava que o pé tinha morrido, não fui me certificar e estava até evitando olhar de tanto azedume.
primeiro eu fiquei feliz de saber que ele era o único que sobreviveu.
depois de um tempo eu vi uma parte seca no começo e achei que tinha morrido tudo.
e agora eu descobri que não, Seu Élcio viu ao cortar a grama e veio comentar comigo.
e o meu coração cheeeio, e tá chovendo e escuro, nem posso ir lá encontrar as duas buchas que estão crescendo e a flor que tá aberta.
aaaaiiiiiii que delícia de presenteee.
e que mordomia né, pedi uns bambus, ele cortou pra mim, me dá grama, terra, ele é um senhor generoso, tarefas não lhe faltam, mas ele sempre acha tempo pra mim.
fofo, como eu queria aproveitar mais das próprias facilidades do meu entorno viu.
vou ganhar mais bambu. vai nascer nova cerquinha... um dia.
meu recalque..
já sabia que a avó da Val de Anitápolis amou a mudinha na casquinha de abacate, acho que já escrevi sobre isso.
sabia que estava super próspero, recebi foto dela no pé. quero até por depois o relato dela contando da avó, são queridas.
oi Bruna sim sim é a qui tu deu guria.. e a vó tá toda faceira né, daí ela disse que pelo menos aquela grandona ali vai vingar e ela vai conseguir usar. ela disse que já tem fila de parente pedindo. tem dela em dois lugares guria.
daí ainda hoje eu disse ô vó, mas eu não lembro que tamanho que tinha quando eu levei pra senhora.. e ela disse, foi numa casquinha de abacate. aí que eu lembrei, foi a Bruna que levou na escola. meeu Deus ele garrou o pé de limão da vó, e tá uma floresta .. e a outra tá lá no pé de ameixa. obrigada tá lindona.
vê se eu posso com isso,.. que que Anitápolis tem, o que. pffff..
tem a vó da Val, é verdade. aai ai, só rindo mesmo.
lembro que no ano passado ganhei cascas de romã pra cuidar da garganta lá do quintal da avó. que pena que ela mudou de escola.. tinha afeto e admiração, gostava dela por perto.
Val adorava contar histórias das crianças pequenas em sala imitando as vozes. e enchia .a sala dos profs com aquele vozerão. me alugava horrores também. era coordenadora do projeto de contraturno, percebia o quanto ela era boa e fazia a diferença. mas está numa melhor agora, trabalhando pertinho de casa.
semana passada até, veio essa última foto, e notícias pra me matar de invejinha e desgosto, rs.
e um fundo de orgulho e amor. 💚
esse pezinho já quase morreu mil vezes. numa delas tentei levantar dum enrosco muito estranho que ela fez que não ia dar certo, ela ficou esticada um pouquinho, super achei que ia me dar o contra.
nem sei como proprio seu Élcio não cortou sem querer, antes d'eu amarrar, ele tava se enrroscando nos galhos do chão que estavam arrastando era muito fácil passar por mato comum.
mas ele é bem ninja, tá ligado nas parada das plantinha aleatória que eu curto deixar, a revelia do Seu Ari. meu parça.
e porque raio e quer que eu corte minha moita de, outro picão que não sei o nome, se é na minha roupa e da Cibe que vai colar, ã ã?
só vou podar um pouco quando as bolinhas aparecem, por enquanto estão as mini-florzinhas florzinhas que os bichinhos amam todo entardecer.
minhas duas flores preferidas alí ó, passando esmalte velho na mão, e reclamando já, de fome..
já eu.., me faltam duas turmas pra corrigir. a vontade inédita de faltar no Centro hoje, e de dormir agora, a mesma delas de tomar banho, acho. depois que corrigir vem todas paradas de conselho, individualizadas por estudante, postar avaliações, depois postar notas, depois preparar umas aulas entrecocortadas com conselho que ainda terá semana que vem, que é convocação, ou seja .. segunda a sábado na escola.
não tô reclamando tá, isso é uma ilusão de reclamação.
nossa, tô amando.
inferno.
mas com locação bonita, está bom estar aqui agora, meninas pra lá e pra cá, eu enfiada nos papéu sendo eu, com certeza levando 3x mais tempo que devia, mas em casa.
me deixa assim mesmo, tá tudo bem.
ahh é né Cibe em greve. se não aí sim, com as demandas e ela na escola, estaria perdida.
..
quarta-feira, 8 de maio de 2024
maratonando correção com música no aleatório | mas é verdade que não valho nada
qq isso que.
apoteose de toda noite | do lado de fora, do lado de lá, dentro do sonho que não tenho, da realidade que não acesso | entre
a gente precisava olhar mais para o céu à noite, as estrelas
a gente não, eu, tenho pra mim que você é mais livre
mas fechei os olhos agora para tentar dormir de novo os grilos e os barulhos da noite me trazem uma música, orquestra qualquer, sincrônica e aleatória, porém hoje juro, parecia ritmada
me toca profundamente o coração, se bem que naquele momento,. também em função do sonho, estava meio estranha
imaginar a noite, o escuro, o barulho, .. atrativo, e horripilante.
um tanto eu sei que faz parte de mim, mas eu queria é um coração tranquilo, estar com paz
fecho os olhos e estou no meio
fecho de novo e estou no seu colo, que está no meio dessa mesma noite, que tem também, um ronco de mar..
a noite canta e parece que canta mesmo dentro de mim, essa vibração noturna
medo e desejo
mas eu sei o meu lugar
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sei meu lugar
habito um espaço, sempre querendo estar em outro, qualquer outro que você me acolhe
mas é por hábito de pensar que você é alguém na minha vida
e você não existe
e se estou distraída ao invés de deixar o espaço vago, não, não..
meu conforto, meu colo, aconchego, quietura.. é invenção.
me interna.
quanto mais assim, mais insatisfeita eu fico comigo
isso é certo.
caídas e recaídas | sonhar dormindo, sonhar acordada, eu quero minha brecha de saída
perdida numa roda eterna de uma cerimônia indígena
repetindo, repetindo o mesmo dia para ver se dessa vez conseguiria sair, mas tendo essa consciência aos poucos
lembrando em pontos diferentes dos marcos da cerimonia, que já tinha vivido aquilo
levemente angustiada
pensando em fazer melhor cada parte
sem entender porque estava presa
cheirei um sopro de fumaça de mandioca
isso foi inusitado
fui chamada por quem ja sabia, recebi uma marca, e marquei um rosto também, com uma gosma macerada dessa mandioca
mas eram vários marcos muito estranhos, parte de um todo, com funções masculinas e femininas bem delimitadas e em consonância, por vezes concomitantes
e eu me lembro daquele homem enorme indígena que eu fui numa cerimonia uma vez ali em Biguaçu, fazendo um canto e dança lindos, tudo mais de uma vez, repetido
e em tudo que vivia tentava me concentrar
porque eu tinha que achar o lugar certo de sair, estava presa na mesma cerimônia, e tendo ajuda, para tentar encontrar o ponto diferente e certo, de sair
mas aprendendo e entendendo simbolismos cada vez mais
achei que já ia acordar para trabalhar...
e ainda é só agora
e eu estou só aqui
com meu estômago embrulhado e explodindo
eu ein
estou dormindo, ou acordada aliás?..
lendo testos de amor do passado de uma pessoa triste parecida comigo escrevendo imagens bonitas de sua realidade, que por mil e outras vezes não será mais minha, e nem sua.
que pena que a vida passa, rindo da gente, da nossa presunção, inocencia talvez,
nosso tempo se esgota, nossa vida é finita
será que ela também quer que a gente ache uma brecha, antes de tudo repetir..
será que ela quer que agente desperte no processo, pra ver se saímos pela porta certa desse ciclo eterno, cerimonial e sagrado, de algo que vivemos que não é de nossa tradição, mas que nos reconhece, acolhe, e está paciente, por nós?
receio de dormir
pode que meu estômago não deixe
acordei com gosto de mandioca crua, e aquele branco na impressão imediata
esquisito e viajandão demais
dormir,
quero.