domingo, 2 de agosto de 2020

sobre beleza, traços do tempo e afeto adquirido


nesse entre-mundo, nesse espaço temporário, pausa de vida com vida, aprisionamento com tempo e sem, nesse resguardo, castigo-paraíso,.. sigo arrumando, guardando, descartando, consertando e me preparando para outro ninho, por algum tempo.
e não adianta reclamar e se impacientar. os eventos são como são,  você é levada ao vento e pronto. então... é como quando criança, vem por bem ou por mal?

há alguns anos comprei uma fronha azul em um brechó. a reencontro agora dobradinha no fundo do guarda-roupa como uma ideia otimista de reparo, que nunca chegou. achei que a  tivessem jogado fora, às vezes as pessoas não dão valor no que você dá, ou, que tivesse derretido de tão puída. 

desde que a tenho, ela ia rasgando, eu ia cerzindo. nem me preocupava com o capricho das avós, gosto das marcas do tempo aparentes. até que um dia, frente a infalibilidade dos meus concertos resolvi bordar a frase.




nada segura o tempo mesmo. e eu sei que a frase fica, e o tecido logo vai se vai. mas não hoje. não agora. ela será um acalanto,  ainda quero abraçá-la, isso sim, no meu futuro e indefinido lar.

~♡~




*ficou diferente, mas sincera =)
 update em breve