parece que eu vivo num filme, todo mundo né? cada um é
protagonista do seu... mas eu, sou uma protagonista, digamos, com uma
hiperconsciência, ou, com um senso muito crítico sobre aquilo que penso ser o meu
enredo, sei lá. mania de perseguição? todo mundo tem um pouco, né, não sou
especial, não sou nada disso. ...mas de fato o meu filme é daqueles sem ápice.
daqueles que tratam de um cotidiano tão cotidiano, tão banal, que ninguém consegue
ficar muito tempo na frente, ou acaba dormindo, sem agüentar esperar alguinho
que faça valer seu tempo, entende? as horas vão passando, daqui a pouco o filme chega no
fim, pq parece que já tá no meio, e nada acontece. a ‘hiperconsciência’ que eu
estava falando antes, não serve pra correr atrás e fazer algo diferente, ela
serve só pra auto-repreensão, avaliação e reavaliação de cenas, e só. é também
um filme chato, pq toda hora surgem flashbacks de historinhas que passaram, não
que fossem muito incríveis, relevantes na conjuntura, tal,... mas elas sugerem
algo que poderia ter acontecido [seria um ápice] com possibilidade de um
desfecho interessante para traminha, mas não foi. remoendo ...
.
então assim... dizer como eu estou, porque ando irritada,
deprimida, ou qualquer coisa do tipo é me fazer reavaliar minhas escolhas. e aí
eu paro pra pensar se existe um fato relevante pra contar e eu chego a
conclusão que não tem. não tem nada pra contar! neste caso acho que é falar mesmo um pouco de como
vejo o mundo, eu e meu filminho b, ou c,
ou w, y...
.
por isso eu sempre prefiro as histórias e os filmes dos
outros.
*homenagem ao filme Sandra de vida
*homenagem ao filme Sandra de vida