se é possível estar separado e junto
então porque não junto e separado?
se é possível estar separado e junto
então porque não junto e separado?
eu também
o mesmo inclusive
o nunca e o sempre
sempre entre nós
entre o nunca e o sempre
o nó
bem cego
como um ponto
um ato
nós
e o nó é um ponto
um ponto é a estrela
estrela é esperança
estrela é luz
que já foi é e será
nós
_________
nó cego era uma expressão muito do meu Matiínha.
não de um jeito bom, pra ele todo mundo era nó cego
pra mim é só você mesmo
mas hoje sem muita poesia até
aquele nó irritante, que precisa sair e cê não consegue desfazer, e quase dá um chilique?
esse.
que que cê querrrrr
socorro
se é você que me desata, eu vou sabia, conformada da vida, já até fui até voltei pra ir de novo..
e se eu te desato,e te desato, e te desato, e te desato, agora mesmo já tentei de novo...,
e se eu te desato, .. que tal deixar?
06-12-23
_________
Nossa Senhora Desatadora dos Nós diz.. vocês precisam saber o que pedir.
ficar sozinha né,
pronto Bruna você ganhou
está virtualmente desacompanhada.
a sombra do Peter se desvencilhou, está livre e não pretende mais voltar. tanto a fazer, ver, viver, tudo é mais..
e eu,
vou dormir.
pra depois acordar. e ir trabalhar, maternar, ser filha, irmã, amiga.. um dia Peter, um dia sombra.
uma hora dessas vou ver em alguém algo de muito intrigante e se ele deixar e corresponder, eu vou me lançar, cheirar, tocar, experimentar, admirar, trocar o que houver para trocar, aquelas plenitudes de viver, acho que não é plenitude, é alto de montanha russa né, até descer, pra subir de novo, sei lá, coisas de viver..
quero.
cuidado Bruna
não percebeu
tudo o que você escrever pode e será usado para contrapor você, ou para dialogar com você,
como num roteiro auto-centrado de você com você mesma.
deve ser uma maldição de bruxa má.
de repente você fez muito mal pra alguém, agora você paga em vezes, porque à vista sai muito mais caro, nem dá pra conceber.
não percebeu
existem armadilhas, engodos, peças, seu pior pesadelo de infância, pior que a Carrie, a estranha, .. estão rindo de você, e você deixa.
não sabe jogar, melhor não se distrair com as peças.
eu ainda penso a cada dia que o último texto é o último texto do tibumm. já falei sobre isso aqui até.
agora acabaram-se as ideias, nada que me empolgue existe, fonte secou.
esse dia já chegou várias vezes sem avisar, e pode voltar, mas nada de indícios hoje, apesar de ter a falta de assunto como a tônica do dia.
hoje eu dou as últimas aulas.., e já estou livre do conselho da 81, 81, 82, 83, 41, 42, 31, 32, logo mais 33. não é incrível?
faltará três turmas.. um quinto, dois sétimos.
lançar notas
e permanecer com eles atéeeee dia 15
isso também é um baaita assunto na verdade. pra deixar pra lá né. ui.
quem sabe eu tenha paz pra limpar o chão da minha casa. não sou a raínha da limpeza mas tenho sonhado com isso.
banheiro também viu, show de terror.
preciso entender o que passa com meu corpo. estou odiando engordar e não tô entendendo bem o que passa.
preciso levar a Cibe no, como é o nome daquilo? Aqua.. sei lá o que ahh Parque aquático. senhorrr, dai-me ânimo pra proporcionar a companhia qualitativa da mãe. minha alegria pra por biquini é -5, e maiô me dá frio, queria, mas não gostei, a não ser que não entre na água. pensando..
será que todas as outras Brunas a seguir vão conseguir ser melhor que essa aqui de hoje, escrevendo na hora que não deve, com cara de quem tá fazendo algo excepcionalmente sério?
mas o que eu tô fazendo É sério. para né.
a roupa branca de sexta tá meio encardida, preciso dar um jeito nisso.
e todos os projetos de coisas aleatórias? aí me falam da lista to do. já tenteeeei. mas vou tentar de novo. auto-motivações.
que maais..
encontrar amigos que me cobram desde a pandemia. prometi. não vai ser ruim, reatualizar os picos do centro. aliás, outro dia até comi um lanche do Desvio, da Victor Meirelles, hummm.
haja ânimo pra esses descontextos. andar de ônibus praaa beber né Brasil, nesses casos sempre me deixa melhorzinha. na medida claro.
uma atenção pra dona Vera..
sobretudo,
acho que me perdoar, será que eu consigo, ia ser uma boa né, me desculpar por esse ano, por não ser melhor, por patinar, empacar, repetir de ano, me enfiar em buracos, não querer viver, por pecar ao verbalizar. as vezes parece né, um pecado, me gera culpa.
e tem a questão do tempo.
nãaaaao querer pular Natal.
nãaaaaao querer desfazer do ano novo.
meditar sobre o valor de viver dentro do tempo presente. exatamente o que eu não tô fazendo agora, ou tô, nem sei...
mas o que cabe no tempo de um minuto, de três.
o que cabe em uma hora, uma manhã.
é sério. eu perdi o controle do tempo, e me apavoro com o tudo, esse tudo, vamos relativizar também.
desacelerar, não querer que o tempo passe, não querer fugir.
tô querendo milagre, já tô rindo já.
chega.
e agora sim,
é o seguinte..
nada mais de abrir tibumm até amanhã, e só se eu tiver algo mmuitíssimo relevante pra escrever.
eu adoro essa paisagem. de vez em quando passo na dinda e refaço a fotinho. por quanto tempo será assim né.
estou aqui.. querendo me adoçar. ai aai, como que eu faço. o que que eu faço? pra que lado que eu olho, que pessoa, que coisa.
nem nenhuma ideia pra escrever algo que me instigue, que coisa né. saco de vida.
mas ouvi uma expressão.. tava ouvindo uma fala pela Net enquanto dirigia, e pensei, vou arrumar um jeito de botar num texto meu.
aí não tinha nenhuma ideia, nem agora, mas vou forçar uma situação aqui.
é dramático, suscita imagem, impõe certo respeito, é sofisticado e sóbrio. chique será? engraçado, talvez.
quem foi que imaginou e usou pela primeira vez gente. é muito bommm.
e eu já tinha ouvido antes claro, mas dessa vez gritou mais.
ao arrepio da lei..
ao arrepio da lei gente, adoro esse arrepio.
a própria palavra né, arrepiar, uma sonoridade.., boa de falar.
e um arrepio? bom de ter.. melhor ainda, provocar. isso é certo.
acarinhar e arrepiar
perguntar e responder com o corpo
lindo né
e a lei arrepia também, normalmente de horror coitada. horror e consequência.
o arrepio do toque, do estímulo do afeto, véspera, antessala de um entrelaçamento, dessa conexão por atrito, pressão..
uma provocação, ai ai..
olha o que eu tô fazendo com o arrepio
e a lei
à lei é sensível. que poético.
estremecimento, leve ondulação, tremulação, arrepio..
mas eu também sou
não de um jeito bom viu
pra me tocar não sei, é um processo
será que resvalo por esse caminho?
não né, algo também tão longe da minha realidade, sem perspectivas até
mas do que percebi avaliando as pequenas incursões dessa nova Bruna, algumas impressões me conduziram à nova postura.
qualquer hora eu volto aqui e desenvolvo
até vai ser bem interessante na verdade, clarear isso aqui, já volto.
estão chamando, hora de conselho.
semana cheia, quee coisa.
nessa época, nessa sala da casinha da Irineu Comelli,.. eu dei um CD pro meu pai de presente, ele começou a chorar, e eu fiquei apavorada. aconteceu quando ele ouviu a primeira música.
estávamos escolhendo entre pilhas de promoções eu mostrei esse pra mami e ela disse que ele ia gostar.
eu quase nunca vi Papi chorar. então aquela música tinha algo. algo dele, haver com a história dele, as frustrações e amarguras.
essa musiquinha vale ter aqui. é bem afetiva, arraigada na minha história.
eu não tinha um amor
não sabia o que era isso
também nada em vista, eu era descolada das pessoas da sala, à parte
me escondia em livros que eu lia que hoje não lembro absolutamente nada
eu atravessava o centro da cidade
sempre tive uma história com o centro, sinto saudade
descia do ônibus São José e ia atéeeee a Hercílio, no IEE.
aliás, aquele terminal era horrível. o sistema de ônibus era péssimo caríssimo e eu não cansava de me horrorizar, porque em Londrina era perfeito, e eu tinha acabado de chegar. comparado ao daqui era.
um bom tempo depois disso, esse terminal velho e feio, na frente do ponto do Kobrasol, troquei meu primeiro beijo com Yan.
estou rindo, ahhhhh que lembrança sei lá, viu. meu papo é antes disso. se meu primeiro beijo, nessa localização, chovia inclusive, como agora, Jessuis, não quero lembrar e já lembrei, foi aos 19, o causo desse relato é aos 12.
as mãos dele suavam, me chamou a atenção. eram lindas e até hoje sou apaixonada por aquele tanto de linhas. ele foi meu modelo vivo das aulas de desenho, todas. adorava, e joguei tudo fora. tenho dois perdidos na bagunça, às vezes acho.
o terminal não existe mais, hoje em dia é um estacionamento.. quannta criatividade.
então eu circulei por lá sete anos, até que ele se tornou essa lembrança engraçada. tinha tanta gente, eu morava em Campinas e ele no Kobrasol, cruzamos o centro do SENAC do técnico de turismo atéee o terminal, e eu estava dividindo guarda-chuva. ele sempre foi cuidadoso com essas coisas. eu aliás com tooooodas essas chuvas não fui capaz de comprar um. só hoje peguei umas 500 chuvas. tem coisas que não mudam.
íamos pegar ônibus diferentes. e sentamos por fim e começamos a perder ônibus. os assuntos acabavam e voltavam.
não era isso que eu queria escreverrrrr, saco. mas as coisas se interligam até. então nos beijamos nas reticências de algum papo. queee coisa mais bonitinha. outra vida. sete anos depois dos meus 12, sei lá quantos muitos do meu hoje.
o IEE era uma cidade, e eu me escondia no recreio num canto que não podia entrar, que era a área dos cursos extra curriculares. eu dava um jeito, não lembro qual. tinha muitas árvores antigas com aqueles bancos em volta, era lindo, silencioso, e eu passava o recreio ali com algum livro.
andei repetindo de ano, matava aula horrores, ia pra casa dormir, ia pra casa me esconder. pulava a janela, burlava os fiscal de corredor, e ia.
ahhh muita coisa né Brasil. eu era nova na cidade, na escola, na turma, na adolescência, meu gênio não era muito bom não, e estava em tilt mais que o normal.
subia o morro da Irineu Comelli chingando, abria o portão de metal, subia, a casa era numa subidinha, aí tinha umas três escadas e dava pra sala. alí batia sol e eu adorava deitar ali, e ficar no solzinho. um céu. quanta ousadia né, fugir para ali.
tá dando saudade do meu pai, lembrar dali, mas ele não está nessa história, não posso dar mais essa volta..
o aparelho de som ficava na sala, eu chegava, ligava em uma rádio qualquer dessas que adolescente gosta em sua época.
eu não tinha um amor
não sabia o que era isso
também nada em vista, eu era descolada das pessoas, tinha medo, queria falar, a voz não saia, eu não sabia me comportar, difícil.
mas o que eu parei pra escrever, sem poder e dever é um desses dias de chãozinho casa, sol, e som.
eu ouvi aquela música e ela se casou comigo e com o sol, e aquilo me fez sentir tão unicamente feliz, que toda vez que a escuto, lembro exatamente dessa situação, desse dia, dessa experiência.
ela tocou aqui do nada no aleatório de uma sequência aleatória e eu senti saudade do sol. eu dedico essa musiquinha que cansou nossos ouvidos à sua época, ao sol, àquela varanda, àquela adolescente.
Bruna Bruna.. toma jeito Bruna.
a resposta não faz diferença, nem precisa falar.
ou diz como eu, que digo o tempo todo, ainda que pela escrita.
mas dizer ou não dizer, faces na real, de algo que só É, e não está nem aí pro que pensamos ou somos.
a gente comunica de tantas formas né. tem gente analfabeta em quase todas elas. na sala que eu hábito agora.., existe umas pessoas assim. impressionante. e são professores ainda.
eu só quero ficar quieta um pouco.
que saco.
____
minha imobilidade está matando
é só isso o que justifica minha presença aqui agora
na maior cera
que nem dona do barraco, to te derrubando pra fora dele ainda
tá dominado, vaza
Oo
olha eu, regulando micharia
olha eu querendo mandar no zôtro
tens uns bicho que gostam de ficar sozinho né
eles são assim, acho o máximo.
mas eu não sou assim não. já quase morri e acho que morro de novo com mais eficácia.
eu já ia dizer que quero que a semana acabe logo.
não é em todo verdade, preciso reverter isso.
até ir pra debaixo da chuva ia ser bom. só em pesadelo isso sim. em sã consciência nem morta.
o vento tá soprando e tô me segurando pra não cair do mundo e ir pro espaço de tão potente.
e olha que forte ou bobinha que eu sou, achando que posso com uma Deusa.
ela Vai é me engolir.., tudo bemm, vem nimim já que quer tanto, vem com a roupa de furacão até, vou admirar.
e quem sabe eu volte depois de um tempo, pra descrever cenas de uma nova paisagem, integrada a ela, sem um desajustinho sequer,
que paz.
louquinha Brasil
para a vida de daqui a pouco
onde vou poder comemorar um sucesso
será que vou ter coração pra me enternecer, com um novo ano? no momento eu estou no automático, mas caara, quando eu quero ficar mini-feliz, lembro de como estava no ano passado.
mas aí se eu quero ficar ruim, completamente, azeda é a situação de ter que ver parente e fingir estar feliz abraçar e beijar, numa situação que foi feita pra isso exclusivamente, sem que seja fruto genuíno de um acontecimento, troca, ou importância na vida uns dos outros. odeio. é falso, é forçado, e essa comemoração é sem sentido pra mim, pelo histórico dela na minha vida.
e a sequência disso Óbvio, é culpa, de não possibilitar essa alegria, que de alguma maneira eu tive, e foi lindo, por isso o desencanto até, acho, pra Cibe.
quer um pouco de desespero? uma fila ou evento ou comemoração pública de chegada de Papai Noel. como eu posso negar isso pra ela?
pensando.
tenho uma amiga que fica mapeando essas festas assim como as de coelhos. ela desistiu de me convidar. um alívio e não, minha mente não descansa.
e se é pra refletir final de ano. como já fiz tantas vezes aqui.., pena agora, que algumas eu deletei até, mas tem uma coisa que, apesar de querer que o tempo voe, tem algo que já tinha como certo pra mim.
não querer que o tempo passe. não desejar férias, feriado, mês que vem, nada disso. sentir o dia, as horas, o minuto, o segundo. querer gostar de estar viva em qualquer ação que eu esteja desempenhando. eu quero muito isso.
outra coisa que eu queria. mas aí acho que é mais ousado.., que é simplesmente não problematizar esse tipo de coisa. não ter isso. tem gente que só vive. não é incrível? inveja.
as coisas podiam ser mais simples. e preciso descobrir o meu simples. uma Bruna de paz, tranquila, feliz de verdade.
eu sei que é um drama sem causa. eu sei que eu devia jogar tudo isso fora, não devia ser importante. mas e daí Brasil. se não tem novidade eu não quero ouvir. simplesmente. nem falar.
refração, reflexão, eu uso óculos e odeio.
as vezes eu vejo um assunto, que não tem nada haver comigo. e fico viajando ..
não mais que os comentários dos memes todos do mundo, que não tão raro, me perco também, em desvios, imaginando a quantidade de pessoas e cabeças por aí.
eu poderia ter um trabalho recluso. mas não tenho. isso me faz confraternizar com pessoas de administração, pessoas de educação, minha própria área e outras. e tem meu público alvo, diverso também. cada turma uma constelação de individualidades, que formam também, esse desenho único, que muda um pouquinho, com os entra e sai de estudantes.
eu fico de cara.
ainda assim eu posso dizer que vivo numa bolha. só tento não ser tão ingênua, mas, por mais desconfiança que eu tenha, existe uma tendência de acreditar. é, aí depois fico remoendo o porque fico entregando minha boa fé assim. com nuances, claro, o tempero da vida.
aí fico invocada com algumas coisas, olha só..
Reflexão é o fenômeno que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de origem, após incidir sobre uma superfície de separação entre dois meios.
Refração é o fenômeno no qual acontece uma modificação da velocidade luz à medida em que ocorre uma mudança do meio de propagação da mesma.
e eu entendi alguma coisa?
olha, .. eu acho bonito as conjunção de palavras que explicam objetivamente acontecimentos que nunca necessitei, ou quis dissecar.
passear por esse caminho estruturado, inteligente..
de algum modo. gostei de ver isso hoje. embora não alcance talvez a plenitude dos fenômenos, .. me intriga algo.
estado do que se encontra esquecido, negligenciado, indefinido; negligência.
condição de dúvida; indecisão, incerteza
sabe o que é isso né
sabe quando você quer acordar e não consegue
ou no sonho quer fugir de alguém, a pessoa vem em fúria, e você, por mais esforço que faz, não sai do lugar?
e aquele lance de querer mover o corpo depois que acorda, e não conseguir?
aquela pasmaceira de nunca saber direito
está certo, mas não muito
está errado, ou desconfigurado no detalhe, quaaase bom, mas nunca chega
um quase chegar nunca chegando, nunca chegando mas quase
sabe aquele não vomitando, mas quase, está pra vir, mil vezes e não vem, vai vir, e não vem, está mais forte, e aí ameniza pra depois voltar..
não é inferno sabe
mas quase
é ele
esse famoso
também é uma manifestação não manifestada.
um looping de quase, quase, quase, já vai, espera um pouquinho, tô pensando uma coisa aqui, calma mundo, tem uma coisa e outra antes, dá um tempo, mais um, mais um, .. jajá
será que é também o que chama zona de conforto?
nossa, me deu enjôo de verdade agora. isso é muito eu. e por isso, tudo isso, que é sucessão de nadas se estende tanto.
eu quero dar o grito
e vou
o grito do 7 no Brasil foi fake
queria que minha liberdade na vida fosse de verdade
mas não.
eu estou onde me coloco.
enfim..
saindo, aula, urrull
_______
os meus oásis pra ser eu, pensando, .. são auto-aprisionamentos, eu não consigo me lançar a nada, por muitas razões.
se eu posso dormir, ficar olhando pro teto, deitar no quintal tomar sol, .. eu vou me colocar em, como chama aquilo, me auto-desafiar a fazer algo difícil, me antagonizar talvez, desgastar, pra fazer algo que eu até quero, mas é difícil. ir, ou não ir, ir ou não ir. lanço ou não. será que vale?
pra ir de encontro a mim, fico criando estratégias pra me levar. sou convidada a sair da concha, e sei que preciso ir e fico tentando me convencer. que loucura né.
e fico criando paredes e senões. mas poxa.. o tempo de amar né, a apoteose da socialização nesse mundo, o desafio de oferecer, e receber prazer, quiçá amor. ui, já me apavorei.
o tempo de um olhar que persiste, é perda, ou ganho.
e um beijo curtido, o gosto, o desenho do corpo. os registros de história, marcas impressas, particularidades que não se mapeia por olhar fotográfico e indiscreto da fome de tempos, mas pelo desinteresse do tempo investido/perdido no contato prolongado e descompromissado.
que maais.. ah, tipos de riso, do sorriso atéee a gargalhada, incluindo os espasmos estudados em suas variações, riso nervoso, falso, amarelo...
e os imprevistos, como afetam, e quando tudo da errado. e constrangido, nervoso, com raiva? e a reversão dessas emoções como se dá.
eu lembrei das paralelas que se encontram em algum ponto.
já tentaram me convencer que tudo bem a falta de afinidades sobre muitos aspectos. tenho questões, porém, cedo um pouco num lugar.
e o lugar é justamente o cerne. a motivação, o começo e o final. e não tenho escondido de ninguém, só não fecho o texto porque seria leviano sem a minha contraparte do futuro. mas.. aquele ponto de contato, aquele ponto das paralelas sabe? nele, eu quero luz.
já cansou, já deu preguiça, da minha chatisse? tudo bem.. é só eu sendo eu só.
uma vez, hoje ele, amanhã você, eu não vejo sentido nisso. ainda mais hoje em dia, porque sim, já pensei diferente. em teoria ao menos.
eu quero o estudo, eu quero os sentidos, eu quero a espontaneidade de um afago conhecido, portanto íntimo.
tem é preguiça, do tempo pra chegar nisso. e pode que preguiça não seja a palavra mais apropriada, mas vou deixar assim, por enquanto, desencanto talvez.
refletindo..
o meu limbo. esse meu nada. desinvestimento de interações. isso vai mudar. eu estou meio que resignada em sair de mim, me travestir daquela Bruna que todo mundo vê, não a que eu sou. todo mundo é meio assim né. acho. escondido em si. e aí partir pra vida.
e escrever isso aqui é óotemo né. no meu limbo virtual. bom..
fica o registro. ou o desejo, projeto, prospecção, vontadinha.., algo assim.
eu fico feliz sabia
em 2023 escrevi muito aqui
alguns textos eu amo
amo não importa o que
então eu gosto de estar aqui
o mais perto que cheguei do conceito de diário,
até com o bisbilhoteiro que abre e se delícia com a escrita alheia na surdina =)
mas ela nem esconde, diria ele..
ao que eu digo, entra senta, e fica à vontade, a casa é sua.
assim estou hoje.
acho que, lógico, é porque amanhã é conselho do oitavo.
do maior para o menor, me agrada.
uma troca de ordem numa rotina chata.
e estou em torpor, ou falta coisa pra cair, e eu ainda não senti todo o peso do mundo desabar. não estou desesperada, tô de cara..
pode ser que aconteça até logo, mas por hora fico bem contente. nada é tão importante, porque eu não sou nada, se não for meu trabalho nesse momento.
louco né. penso muito no meu pai quando lembro que talvez vá passar a vida fazendo algo que me faz sofrer, sem saber o que fazer pra tornar menos árduo. sem ver uma saída, porque talvez.., ah .. pode que ela não seja necessária. é assim que as coisas são.
eu falava pro Germano, a inveja que eu sinto de professores que tiram de letra os afazeres, são criativos, escrevem, pesquisam.
ou aqueles que conseguem uma relação menos sofrida com as crianças, ou que tem seu grupo de confiança entre os pares, sei lá, pessoas normais.
então e se eu falar que fazer o que eu preciso mais ou menos melhor do que o menos de antes, e que o resto é resto, vou estar ofendendo alguém?
espero que não.
porque o meu resto é meu tudo, é meu sonho, é minha utopia de uma Bruna feliz, por dentro, não na superfície.
ou feliz por obrigação.
você já foi feliz na obrigação, forçado a reconhecer que não tem o que reclamar sob pena da desgraça recair sobre sua cabeça?
já sentiu essa iminência, chantagem, maldição, consequência, sei lá?
então somos felizes de antentemão meu caro, não importa o que.
e é imperativo parar de blasfemar.
e voltar a trabalhar.
tem gente que diz que coragem é agir com o coração.
isso era pra deixar mais fácil?
fica o questionamento.
mas isso não é sobre mim
nem sobre ninguém, vai
tô só tacando pedrinha no copo
e aqui, me remoendo em público um pouco só porque eu posso.
não é sobre mim, mas diz de mim.
engraçado viu.
diz do quanto eu sou curiosa.
mas como algumas curiosidades eu sempre me dou mal, eu sofro, ahh não quero remoer coisas Brasil. quero leveza na vida, que saco.
e ficar vendo da vida alheia que não quer absolutamente nada comigo na prática, se tornou off limits há tanto tempo poxa, que tô aqui, só na remoagem.. rs
remoendo
corrigindo
lançando
de papo com a Cibe
remoendo
pensando
curiosa
querendo
querendo
e não querendo
e remoendo
tacando pedrinha
tacando..
aai ai
política de boa vizinhança
curiosidade como que maais banal ato fosse, porque é..
cadê a coragem
cadê Brazill, a coragem que tô procurando
e só tá piorando
já já eu acho. sim. nem posso dizer que sou criança porque criança é espontânea..
sou a malícia em pessoa então.
e medrosa.
e medrosa.
sem mencionar que
eu passei muito tempo pra descondicionar, apagar esse caminho, desinteressar, desapegar completamente do que não é pra mim..
humana demais né
fraca
frágil talvez
que que eu façoo,
socorroo
* 71, 72
* 52
* 41 e 42
* 31, 32, 33
isso que eu faço né, ..
mas na verdade..
é miragem
ilusão
é o ..
como chama?
é o orangetango só, isso, é mais fácil ser ele e eu louca
muita turma na cabeça dá nissooo
pronto. resolvido. que bobinha eu affeee...
e sim,
eu faço um drama.
mas tá,
72... vem nimim
quero todos eles.
às vezes o que a gente não vê consegue ser mais potente. será?
não quero. quero mais. se é pra sonhar,
tenho diploma..
e sonhar, é justamente o que eu não preciso já disse umas mil vezes.
acho que preciso de outra imagem.
mundo paralelo é brega, ée, nada bom
imaginar é sonhar?
querer muito, fez alargar a realidade pra um não lugar, umaa, sobreposição então.., não ato?
sabe que eu não tô nem aí na verdade, prós nomes. até renego.
mas eu quero.
e pensa no eu quero de criança, sabe aquele? esse mesmo.
talvez eu não queira sozinha.
mas se eu adentrar essa seara posso azedar, e não quero azedar.
só quero quereer..
* e ir pra 83. tempo voa, eu não.
só eu que não comprei nada
pra poder falar mau de consumismo
claro né, sempre.
mas também porque eu não podia mesmo.
escrava desse mundo capitalista?
claro que sempre né.
mas quase cedi. e só não fiz isso por duas razões.
eu olho pro curso e fico louca. urissada.. mas eu sei que não vou fazer.
já comprei outros cursos, que não dei conta ainda, são bem queridos, tem haver comigo até, mas foram, e ainda são sub-aproveitados. esse é um ponto.
ou outro ponto.., é difícil porque eu tenho quarennnnta e quaaaatro anos de incompetência por extenso, pra ficar mais dramático. e o lance é, eu não tenho como encaixar a vontade de fazer no meu horário todo bagunçado de vida, onde na verdade vai tudo caindo do céu, e eu tenho que ir catando o que é fundamental, os outros cristais vou vendo se estilhaçar no chão. eu não sei fazer isso.
não é tannto, porque eu sou vítima do sistema.
e eu nem adoro peças de cristal, na verdade adoro é ver quebrar, mas não é esse o ponto. aai...
deu pra entender, né.
o lance é o de sempre.
eu preciso me organizar dentro do que eu tenho.
e ter tesão de vida, alegria pra aproveitar intervalos, brechas. o que claro remonta às reflexões anteriores, e também à uma característica minha mesmo. um saco viu. ninguéeeem ia gostar de ser eu.
daí não comprei no passado.
e nem tô comprando.
e talvez um dia até compre vai saber. no futuro.
mas que tá todo mundo comprando tudo tá.
e eu pelo menos, e pelo mais.. queria um cursinho de nada....
devia é pisar no chão. procurar estande, prateleira, coisas úteis que dariam jeito em coisas capengas e de fato importantes.
aai, nem morta que faço isso, eca.
* uma já foi, vou agora pra 82.
era mentira, tenho mais de dez, cada um com 30 facetas, cada faceta, com no mínimo três qualidades, a se avaliar.
pinta esse monstro,
mata esse monstro, sem levar minhas mãos.
meu monstro tá alí, a cada minuto é maior, urgente e mortal.
e eu bem do lado, correndo atrás do meu próprio rabo, sem conseguir parar com essa mania de flertar com o perigo.
o monstro me olha e pensa, essa não preenche o buraco dos dentes.
e se diverte com a cena.
mas mais eficiente que eu
restaurar as condigurações do sistema para aquele ponto, seminal
de volta ao começo, como diz a música, à inocência
restaurar quantas vezes for preciso, se é que isso é salutar
dezembro.
crlz + z .. é muito definitivo, apaga história, nunca existiu.
não quero, porém já tentei. não sou tão madura quanto poderia. acho até, que não somos. que droga ein.
mas restaurar não necessariamente dezexiste né?
e nessa hora vem a máquina, .. e me devolve o elogio.
eu preciso de você para esquecer você, primeiro passo é seu, com um pé tibumm pra fora, nunca mais O nada terá existido.
eu preciso de você, pra perdoar você, eu igualo ao esquecimento na verdade, pra perdão, nada há
eu preciso de você, para amar você. uma utopia onde muitos se soubessem me diriam encare os fatos, sua iludida. auto, intra-iludida, algo assim. e aí acho que tudo se equipara ali ao primeiro preciso.
veneno de cobra é veneno e cura.
é muito grave
mas eu tô ligada
bate uma angústia e minha vontade é dormir pra me livrar de uma dor de falta
pode que isso seja uma desculpa
mas é válido como dor
como agora, se na minha direita tem nada
e do outro lado é só o nada na esquerda
minha vontade é apagar
sumir com a dor
acordar em outra era
se eu apago, suprimo, guardo num potinho, dói
se está solto, só ramifica, dói
o que eu preciso..
distração
então vamos de distração
mas não se preocupe
já tenho a prática de anos
eu gosto de rir
___
água e sede
raíz e terra
semente e vento
prato e comida
a coceira e o alívio
a pele e a carícia
sono e colo
da linha um é céu, outro mar
mais e menos
menos e mais
ai e ai aai
morna.
o morno te abraça, envolve aos poucos e você nem nota.
no frio tu nem chega perto, no quente você sai de fininho..
agora o morno, esse tom seduz, a cadência te leva, envolvente.
ah não falo de poesia, ta
poderia estar lendo jornal, classificados, que nem existe mais..
é ótimo né
idealizar alguém bem quando você sabe, que está nesse lugar.
mas isto posto, declarado e advertido,
por minha conta e risco,
delícia.
...
unilateral
a minha playlist
a minha rádio
que é sua porque eu te dei
um dia..
quem sabe um dia
talvez
quiçá
tomara
quem dera
vai que..
me empolguei
mas quem sabe um dia,
uma música minha pra uma música sua
eu no seu colo
é bom mas é ruim
dói
acho que é que nem recair em vício
como a paçoca que comi no almoço
é mágico, e vazio, além de questionável
não posso ficar dando vazão a isso
não sou louca, muito.
______
tava pensando no Lenine, e no quanto eu adorava essa música mesmo sem ter pra quem dedicar.
eu não gosto de carterinha de fã, não sou convicta de nada, mas, no passado em alguns momentos se me perguntassem se eu era solteira eu dizia que não, tinha uma história com o Lenine.
A curiosidade de saber
O que me prende?
O que me paralisa?
Serão dois olhos
Negros como os teus
Que me farão cruzar a divisa
Divisa: cruzei foi a fronteira da realidade. hoje posso dizer que ou existe mágica, ou loucura. eu nunca deveria ter abandonado Germano.
Queria ter coragem de te falar
Mas qual seria o idioma?
Congelado em meu próprio frio
Um pobre coração em chamas
Chama: ancestral, a primeira. passada de mãe pra filha por gerações, sempre viva, e sempre contida.
É como se estivéssemos ali
Durante os séculos fazendo amor
É como se a vida terminasse ali
Fazer amor: como ato, sempre gostei do verbo Trepar mesmo. ahh fazer amor é meloso demais pra mim, quee fazer amor o que. mas as definições de fazer amor, ou trepar, foram atualizadas com sucesso nesta experiencia, neste mundo sobreposto.
A curiosidade da aprendiz
Diante de você
começou tudo.
as palavras vieram..
paia
pito
um fumo de palha amarradinho com palha, imagem estática parada
imagem estática como uma foto, de uma árvore de café cheia de café verde e vermelho
imagem estática como foto de um pé de milho com milho maduro e muitas folhas como se fosse um buquê
e seu nome
uma desenoza fios, sonhando com a Desatadora que desfaz os fios num plin e resolve tudo
um outro aí, desenoza fios igual, sonhando com o grande insight que terá sozinho, porque acho que não é o tipinho que se presta a chamar a santa que poderia desfazer os fios num plin resolvendo tudo
uma tenta enrolar a linha excedente pra ganhar tempo
o outro é enrolão por tática
um tem o mundo no lombo
a outra também
engraçado que é o mesmo mundo
mas são pessoas completamente diferentes e distantes, com facetas, compreensão, liames, estrutura, relações dispares
a encruzilhada é o tibumm
porque eu não sei
já cruzaram algumas esquinas reais também, oi e tchau, seguiram mais uns passos certeiros de passar, aí a cada vez, quando pensa que não.. outro encontro.
mas aqui na virtualidade né.
só que aqui é o limbo, o fora do mundo que cada um carrega
um ponto de sonho, não um com o outro entende, mas com o papel que a figura que cada um poderia representar pro outro se fosse real,
um tipo de distração pra prospectar, passar esse tempo de impedimento, pode que fica menos árido né.
porquê?
não sei.
ou sei.
cada um pensa, não é a melhor pessoa. concordam com isso, só os argumentos é que diferem, a partir da leitura de mundo que cada um aguenta.
mas passa o tempo, pra isso funciona.
_________
falando em jogo..
eu estava arrumando as peças do xadrez de chão montado na quadra um dia desses. tinha um menino do quinto ano perto.
vamos jogar profe?
não dá, eu não sei.
mas eu te ensino!
finalmente, quase uma vida depois, meu professor chegou.
20/11/23
dizem que mágoa vem de mácula, mancha. latim.
o dizem, não é porque eu duvido, é porque não tô citando referência, dei uma olhada de dicionário, bem pouco, coisa de etimologia.
eu acho graça que me divirto com algumas tretas, e nesse caso nem procurei, e ela caiu no meu colo.
ahhh eu não sei de nada meesmo.
um troféu prós donos da verdade, parabéns e tchau bem rapidinho, e sumo sem rastro.
não é nada demais. só um texto que li pela Net. mas ele reflete a acidez, a cagação de regra, pessoas que tem 100% de razão exercendo seu poder.
tenho muitas pessoas 100 que eu garanto, mantenho e cultivo,.. 100% longe de mim.
a primeira relação que eu fiz foi, coração e sentimentos, sentimentos com elemento água, e água, como regente das emoções.
é assim no tarot, astrologia, algum simbolismo, Jung talvez, .. já ouvi de uma psicóloga também.
uma amiga me contou que o Vô lhe disse, entre outras coisas, que a mágoa é má água. que ela precisava deixar essa água correr, liberar o que está preso, deixar fluir, água parada e presa assim, adoece, é morta.
sabe, quase uma poesia. nada definitivo, só uma imagem.
pensei na orixá Oxum, regente do trono do amor, que tem como ponto de força as cachoeiras e a água que corre.
lembrei da Vó Sabina, do exercício que ela me ensinou um dia pra limpar meu coração.
pensei na energia linda que essa fonte emana, repleta de auto-amor, nossa primeira escola, e amor universal, a segunda, talvez. tão preciso pra mim.
depois, com aquilo na cabeça, fui pesquisar o significado de mágoa para compor com esse significado. eu já queria escrever.
e aí caí num texto muito ressentido sobre mágoa e má água. e assim a treta cai no meu colo.
eu eu?
eu nada né Brasil.
a Mágoa é melindrosa, é água parada, é mácula, é uma mancha de sentido na sua leitura de mundo. Mágoa é uma dor profunda, fina, elegante. te pega no seu lugar mais frágil. infiltra, contamina tudo. te entristece, altera seu paladar, olfato. sua leitura de vida é carente, melancólica. põe peso nos seus pés, sua vida fica lenta, os passos tem toneladas. seu olhar é pedinte, ressentido, invejoso até.
aquela fala do Vô, vindo se segunda mão foi uma advertência pra mim.
eu preciso liberar, soltar essa água junto com o que me faz sofrer, encerrar meu luto, minha dor e entender que a vida é mais e melhor, franca e sempre fértil.
é mais, infinitamente mais.
e se for pra infinito,
que ele seja livre, pacífico e pleno de amor. um amor que não se contém, transborda, contamina, influencia, inspira, floresce, perfuma, goza, é leve e voa, é água em queda livre, fértil, .. enfim.
quero.
tem dia que chove
dia de sol, de todas as estações
tem muitos tipos de terra, cores e texturas
águas
ventos
plantas que nascem e as que não
vingam e as que não
as que fungam, se enche de bicho, ótimas comidas
aliás bicho que morde, outros que afagam
entre o que nos é dado, o que a gente quer, o que consegue, o que é quase impossível, existe tanta possibilidade
tantas pessoas
tantas cidades
frutas
cores
temperaturas
maturidades
sei lá
infinito de tudo
e o meu título maaaais criativo
o tempo parou e eu tô de cara
o tempo tá mais lento e eu tô fingindo que não tô vendo
as horas estão durando mais, tem me assustado, mas, piso em cascas secas sem estalar, tamanho cuidado
tô nem aí pra você tá
de você não quero nada desde sempre, e talvez agora finalmente, esteja conseguindo esse caminho tranquilo de lidar com todas essas energias e frentes de vida, sem adoecer com o que não é meu, curando e aprendendo nessa beirada de água sabe
é uma dança, a água molha a terra, a terra seca e molha, cria uma limo, avança um pouco mais, um pouco menos, mas, esse limite de beirada, .. minhas interações, nem quero me afogar, nem virar uma estátua de lama seca
eu estive doente. o que mais me assusta até hoje é pensar nessa noite tenebrosa de seis meses intensos
eu piscava, era dia, piscava, era noite. nada dava dava tempo ou era possível, porque muito pouca coisa cabe num piscar
o tempo está mais lento
mais eventos são possíveis, o tempo está se desdobrando e sinto muito amor por essas palavras, de bem vindas que são
quanto a você
você se chama musa, seu nome é texto, mora no espaçamento de minhas letras, você é uma inspiração ou outra, uma conjugação de desejos sem forma e nome, indefinida
eu não quero nada
e se você nada,
é definitivo
não gosto de água
fique ou vá nade ou ande
não faz diferença, pelo silêncios das palavras, ou na composição delas, não faz diferença, tudo é aprendizado, e eu já disse pro universo,
eu me rendo, tanto faz
vê minha imagem o tempo todo
minha letra, caracteres, paisagens, desenhos, escolhas, rezos, caminhos, rastros...
talvez meu você seja outro
o que contraria meus instintos, um faro animal
e pode que você já saiba disso
e me ensine dia após dia
que vontade a gente tem o tempo todo, e é o que há entre nós talvez, ou o que é só meu, minha escola com você
mas realidade, aproximação e interação, é outra escola, outra faze de educação da vida
o professor é outro
explodiu no céu
colidiu
a luz foi tannta
cegou
ofuscou os assuntos
modificou a natureza
fez o puro fogo ascestral no meio do nada
o sagrado diz oi bem alto, bem bravo
se você está perto ouve de pronto, pode até que te cortou no meio vai saber
se está longe..
o clarão até vem
a cantoria da história..
atrasa um pouco
mas se impõe
a luz morde antes dos latidos
que medo
eu danço pra você
sim, pode ser
eu sei que você vai gostar de rir
e eu vou rir
de te ver
assim
um pouco feliz
sim
algo como a música mais séria do jeito mais brega
ou a mais bregaa, apaixonadamente performada
existem fascetas únicas né, de nós, e não é pra qualquer um que se dedica
tava pensando..
existe um jogo de poder também, um tipo de pessoa, que não sou eu, mas que adoro observar como se expressa, como entrelaça suas redes, cultiva seus afins, tratativas, ou como exerce suas interações
fidelizar, envolver alguém, se vulnerabilizar como quem oferta um tesouro, tipo
abro algo só porque você é você, eu sou eu, e esse momento existe, e é único, só pra você, e eu
olhe o golpee
todo modo, é bom se sentir especial
um golpe bom de cair, se deixar enredar, criar importâncias, colecionar unicidades
nem estou colocando na categoria de defeito não viu, é uma delícia
ainda mais eu que adoro uma rede
febre
gotas que caem
garganta seca
pernas se arrastam, e a roupa, molhada
os olhos, firmando à frente, seguindo um desejo de ver
um ânimo abrilhanta, e você sabe, não tem energia pra muito mais,
falando nisso, cadê,
cada passo perto parece quatro mais longe
o corpo treme, o corpo ferve, não existe saliva, lábios rachados ardendo com o sol, sal
mas é logo ali
eu vejo
sigo vendo,
pra sempre.
pessoas cuidadosas cometem grandes erros.
as descuidadas também.
toda a sorte.
pra você, pra mim.
toda vez que eu penso, pensei,.. tem uma vida inteeeeira ainda, bom..
vamos de um ano mais um.
ano, quaanto tempo, dois anos então, quatro talvez.
é só um punhadinho de dia vai. quanto drama.
e dia é um conjunto horas, depois minutos.
segundinhos também tem seu valor.
seguimos.
____
tem coisa que a gente empaca
não entende, só trava
eu não sei de nada. se eu fosse dizer, concordo com a trava.
vai que tu não tá reconhecendo o anjo que te guarda?
eu ficaria tranquila, esse é um conselho tá, se é que quer ouvir algo de mim.
eu aprendi a estar assim, sem expectativa,
a falta de opção tem dessas.
eu não posso dizer nada,
convencer ninguém de nada, já pensou? deusa que me livre ..
no entanto escrevo tanto né, falo de fraquezas, tristezas, desesperos, saudades, desejos.
falo de amor, da falta de facilidade que eu sinto de compartilhar amor, confiar, de, como dizer..
levar a vida mais leve né.
tô passando pela vida com lupa, cada vez enchergo menos, literalmente. mas sigo tentando, achar a chave da facilidade de viver, ser feliz, ter paz, e isso sem mudar absolutamente nada na minha vida.
eu acho que não chave, que abre algo, acho que deve ter haver com frequência.
uma alavanca talvez.
vai saber.
e tem outra.
o que a gente quer ardentemente e não pode, simplesmente não pode, por qualquer razão bem séria, todas são quando dói.
sabe o que a gente faz?
de coração?
aceita.
a criança se apega no brinquedo, naquela pelúcia.
ela quer ter um algo ali.
quer estar sozinha sem estar. é aquela muleta com seu cheirinho. é um confortinho que lhe permite terceirizar emoções para equalizar, a dor, o chamado pra viver.
mas quando ela se fortalece.
já sabe né.
eu também.
então.. seguimos assim, tudo certo.
até esquecermos.
efeito
imã
efeito
conforto
colo e,
cio
efeito
raiva
efeito
transtorno
saudade, e
cio
efeito
indignação
efeito
mágua
saudade, e
vazio
______________
a primeira vez que prestei atenção no Copo vazio do Gilberto Gil.
muito verborrágico.
talvez muito badalado. tipo, parece que a gente é obrigado a gostar, e aí eu fico meio de bode. sei lá, a chave cai, não presto atenção. mas adorei lembrar dela agora.
um meio de lá, um meio de cá, cheio, ou vazio, ou o que?
dois vazios nunca vão dar um cheio.
dois cheios são escassos né, de espaço.
mas é sempre bom lembrar..
a luz faz a sombra,
a luz com a sombra faz volume,
só que no mundo do desenho, é tudo ilusão,
então..
eu não sei.
mas acho que a magia da verdade inteira...
é uma escolha.
eu quero matar a sede na saliva de uma amor tranquilo.
e tenho certa serenidade, ou, resignação em saber que meu amor tranquilo é um advir que nem minha imaginação, e realidade vivida puderam conhecer.
se é verdade que "pedi e obtereis", nesta feita coloquei por gênio, certa complexidade aos meus anseios afetivos de cunho romântico, digamos assim.
então ao meu lado de passagem, ou ao meu lado um tanto mais, o aspirante terá que dissipar um muro alto se senões. e eu já vi isso. faz tempo que eu sou eu né. ou então uma pessoa que tenha a sabedoria de não se fazer perceber, não acionando registros pregressos que o poriam num mesmo patamar de qualidade de ser.
se parece algo muito fresco, ou intransponível, ótimo, o descarte começa aí. e hoje eu concordo com algo que Xaxinha me disse no balcão do Taly uma vez, falando nisso. que meu futuro era ser a tia dos gatos, solteirona.
gennte. finalmente tive coragem de dizer que tenho uma gata. porque ela me teve primeiro, inclusive. então.. nada é impossível, já concebo esse destino, com ou sem gato, com muito humor.
todo amor, é, todo amor. e eu sou amor, e o dedico ao meu passado e puxo pra hoje o melhor dele no futuro, assim, zero minha vida. na potência.
.. então.., Cazuza né. adolescencia.
essa nem é a minha música preferida, mas na real em se tratando dele nem tenho. respeito e admiro muitas, sem no entanto, ouvir. músicas históricas .
mas a Bruna adole adorou quando descobriram nas tralhas perdida, uma gravação cassete de uma parceria com a Bebel Gilberto e um outro que esqueci.
melodia linnda. letra ahh, aquelas imagens arquetípicas quase, de desventuras amorosas. uma novela em forma de música.
muita gente cantou, outros intérpretes, a música foi um super sucesso, mas aquela versão, .. com o barulhinho do rec/play .. muito linda.
agora pouco tava até procurando e achei um mini doc sobre a história da composição dela. curioso. mas chato também, não vi até o fim.
preciso dizer que te amo. nome tenso né, que medo mesmo.
mas acho que não é provérbio..
crônica sei que não é.
como é mesmo o nome, aforismo?
eu gosto de aforismo, como conceito. crônica também.
não tô dizendo que leio.
não tô dizendo que gosto, de não ler.
mas papi e mami adoravam colecionar frazinhas, em jornais, livros, revistas, entrevistas.
eu achei agora um caderno de anotações dessas máximas. que engraçado, chamamos de "máxima" também né.
não sei se tô azeda. eu não gosto de ficar botando gosto ruim nas coisas. e parece que começo e término o dia hoje fazendo isso, mass..
amo a letra do meu pai.
e respeito a boa intenção dos dois. e embora as frases, algumas sejam ok, note... são quase todas personalidades homens.
um monte de velho bigodudo de ego inflado, e pequenos e/ou grandes escândalos em suas vidas que em alguns casos, dão uma desbotada bunita nessas "máximas", né não.
mas pode que tô sendo maldosa. nem tenho nenhum exemplo pra fundamentar.
no caderno acho que tem sei lá, umas três, quatro mulheres, vai. mas é muito menos sabedoria viu, ozome tão ganhando.
embora eu goste de fragmentos, ah sei lá, não gosto do tom "receita de bem viver", nem do "vim, vi , venci", nem do famoso e recorrente caga-regrismo de todos os dias. essa, prática multi-gênere, sem querer aqui descredibilizar vozes, senão exaltar o vício recorrente de falar pro outro botar em prática, a sua teoria.
complexo.
e sinto que estou maldando, mas, não tô conseguindo não ser eu aqui.
o caderno é datado né. a gente já sabe que a exaltação da ciência, caminhava junto à expertise masculina, e que a seriedade e hombridade era branca.
existe toda uma tentativa de povoar a linha cronológica, histórica, científica com as vozes abafadas, negadas e desconsideradas. aquelas em que o fragmento arrepia, por vir emaranhado na vivência, na presença, na marca deixada com com o sangue. você pode nunca querer mencionar, mas sangue mancha né, a história sempre esteve lá, pra quem quisesse um dia correr atrás dos vestígios, e recompor. como se diz, uma retomada.
hoje que bom, que muito bom que esse aspecto seja tão gritante, tu vê. abri o livrinho deles com saudade, e agora tô aqui, destilando um fel..
mas faz parte, acho.
e sabe porque estou aqui né.
tô enrolando pra ir embora da mami desde as cinco. então agora tá tão bom escrever.
tudo bem que está quase me soando papo de botequim. tô nem aí. é o que temos pra agora. isso, ou carro na chuva logo mais.
quero, preciiiiiso voltar pra minha casinha. e tenho mil coisas pra fazer. prefiro enrolar perto dos problemas, do que longe.
claro que não sabe né.
eu tive um CD, eu não, a casa tinha. melhores de Nara Leão era. aí eu punha porquê meu pai gostava, não tanto quanto Elis, mas sim, a mãe também via valor, tal. e aquela coisa também né, ocupou sua importância na história da música...
chata, essa é, chata, não, não, mais ou menos.., poucas sim.
de vez em quando fazia umas blitz a caça de novos apreços, ou pra reconhecer, conhecer aquilo que os outros viam que eu não.
música ressentida. é muito feio julgar os outros. eu mesma, começa a falar de mim como se soubesse tudo, até mais que eu mesma, dizer o que eu deveria fazer, pra ver, se não desperta um demônio.
pra uma música assim, sentada no juízo, ... teria que analizar os autos. porque não é possível.
e o autor. quer saber? bem celebraaado, Vinícius de Moraes. mas já me dá um bode. porque ele é muito celebrado, parece que a gente é obrigado a amar. aí me dá uma crise de do contra que nem te conto. mas não tô dizendo que não gosto tá. tô situando no meu gênio.
tô situando a música também, porque, assim como acho esquisita, mesmo em adolescente, eu gostava. acho que tem haver com a melodia também, tem apelo.
era um CD com muita marchinha, me dá uma aversão, umas bossa chata, e essa uma balada mais chorada, tem isso também.
agora, porque lembrei dela hoje? excelente muito boa pergunta que não sei responder, acho.
mas eu já quis escrever sobre ela e fiquei com preguiça em outro momento, me parece. então agora, que estou com preguiça de pegar a estrada, tudo fica melhor.
uma coisa por outra, e assim eu me levo.
então.., que bom que eu vi errado.
não tava descendo essa música ser do Vinícius. sendo de Simonal faz muito muito mais sentido e até ganha mais meu respeito. dentro da história dele combina mais, esse olhar para o amor, poder, ser e ter.
será que dá pra dizer que é uma anedota de nobreza?
um conto de fadas da princesa que não fica com o vilão sentado no ouro e prefere ir pro calabouço?
ela é aguda. me atrai e me irrita por esse dedo estirado pro outro, sei não. em qualquer versão de Bruna eu acho que diria, moça, tô nem aí pra você não sua chata, você é que não sabe nada.