quinta-feira, 31 de agosto de 2023

é nóes | mundo da lua

 

eu e você, lua  de fim de agosto.

te vi do carro chegando em casa agora pouco, e pensei bem isso, é nóis.

como eu vou me sentir só, com você aí, logo eu que sou filha da lua cheia?

se Cibe estivesse aqui talvez inventasse algo pra ficar lá fora um pouco e manifestar, estravazar minha reverência. mas como sou eu e você hoje, prefiro estar aqui, deitada no chão da sala mesmo, só pensando.

eu sei o que aconteceria se eu fosse lá fora agora. 

melancolia, beleza,  melancolia, dor. 

estou quaaase indo dormir. quietinha, no meu canto, que nem a Animê.

tão linda e charmosa aliás, em qualquer das poses mais inacreditáveis que ela faz. mas aí já não sei né Brasil, acho que não tenho tanta graça  pra dormir não.

e eu deito, aguço ouvido posso escutar mini-au aus dos oito cachorrinhos né, não lembro, acho que é, os filhinhos da Nina. 

aaai que loucura essa coisa de dormir né, eu amo.

fui.



eu era muito pequena..

eu o via em Natais ou situações bem específicas.

ele gostava de dizer que matava onça e índio.

ele dizia que era bandeirante, e que fundou uma cidade, lá por não sei onde.

toda vez que me via em situação dessas de encontros familiares ele dizia que ia me dar ouro quando eu nem sabia direito o que isso significava.

nunca ganhei, que bom. e acho que quando comecei a entender veio um pouco daí minha aversão, a ouro.

acabei de receber a notícia. velho Benedito acaba de morrer. assassinado.



bom.. o tio da infância, a minha linha com ele, muito ínfima no todo, apesar dessas histórias e da vaidade declarada, eu tinha afeto,  um tio engraçado, e falante. 

o que eu nunca vou esquecer, e sempre que pensar nele vou guardar certo carinho é isso porque  amava e ainda amo..


ele me chamava de Graúna.

ele me chamava de Graúna e eu amava ser, Graúna.


sinto muito prima Maria Laura.

luz


um presente

um convite a ser mais

do fui, pra só ser na verdade

pra aquietar brilhar

pra perdoar, e ser amor

não só, mas com tudo que é vivo entre passado presente e futuro, todos agora, em cura, em  luz

luz

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

em tempo


 











poxa...

eu não tenho nenhum título me desculpe

eu não tenho nenhum com vou tomar uma atitude nesse segundo

nenhum título com tá bom, ui não sabe brincar, tô indo. embora, tchau

será que devo ter um tipo, que divertido, zoêiraa!  

ou um vou te dar mais um perdido agora, mas daqui a pouco eu volto... a te torturar

olha.. não dá pra conquistar céu e terra. não dá pra ser metódico, porque enquanto você arruma uma gaveta, a outra se bagunça, se limpa o banheiro tua cozinha vira o caos. quando um lado estiver perfeito o outro....

e existe solução? sei não

mas quero paz pras minhas dores


tor

 tu


ra


aquelas coisas que você pensa que deve merecer..

karma né

de outra vida porque nessa 

por pior pessoa, acho que não fiz igual

nossa devo ter feito pior né

ah, peia vem nimim então 

 e continua assim

só assim

pra sempre 

tor

tu

terça-feira, 29 de agosto de 2023

"eu me escuto, mas eu não me vejo"

é uma frase que uma artista e amiga tinha num panfletimho em alguma dessas exposições aí.

guardei muito tempo porque essa frase me faz pensar. muito. o fato de naturalmente a gente não ter os olhos voltados para nós é uma grande dica pra onde a gente deveria olhar né. algo meio anti vaidade. 

fico também pensando na importância do espelho. o que seria de nós sem um reflexo para amar, ou sofrer, comparar, capitalizar? que loucura né.

eu li no livro que nunca termino do Danilo, que agora é meio que meu. algo que relacionei com essa frase me causou uma impressão. disco riscou, fica voltando lá. em dois lugares até.

aliás queria ler aquele livro do cansaço. Danilo perdeu antes d'eu roubar. agora o Silvio tá lendo, acho que vou pedir as impressões dele, adoro ouvir gente articulada falar.

mas então, uma parte que li em que ele discorre sobre imersão, o que significa estar imerso. e uma outra parte no começo onde fala sobre características das plantas, elas não tem sentidos, mas não estão trancadas em si, não tem olhos né ouvidos, não corre não voa. mas..

vou é dormir

tô morta

__________

voltei morta de novo. esse bem que podia ser meu momento cult, né, noossa, incrível. 

e é isso, mesmo, tô querendo reclamar. 

vai agosto vaza daqui. hoje nem a lua. ..

sono.

30/08/23

dates para Bruna

 

tava aqui, rindo comigo. porque né.. tem que rir.

tô prestes a finalmente conhecer um cara depois de um tempo. já quase aconteceu, ele deu pra trás, fiquei p da vida com ele. aí o papo morreu, aí eu morri no app, voltei e saí algumas vezes mas nessas idas e vindas ele esteve ganhando x, até que por agora voltamos a falar.

estamos quase pra nós ver, e eu tô o que?

morrendo de preguiça. meu jessuis, que difícil. só não é mais difícil porque né, sou curiosa. e ando com vontade de contrariar meu gênio, de sair do ponto pra linha sabe, caminhar, ir, nem que seja só por ir, errar o caminho e voltar sabe.

nessas horas queria muito ser outra pessoa mas não dá. tenho que ir de Bruna. não ia conseguir me esconder muito tempo se fosse outra pessoa..

o bom é que as vezes a acolhida do outro lado compensa, dilui, torna as coisas mais alegres, porque sim, curiosa sim, interessada não sei, não garanto nada, mas sou instável e suscetível às impressões do momento. ahh sei lá pra tudo.

tô querendo é umas palavras de incentivo, tô tentando me dar mas não sei, acho que vou ter que acionar as meninas, talvez elas me animem. não a ir, eu vou, mas queria ir outra pessoa, não com o meu peso sabe. antigamente álcool era ótimo, agora talvez ainda seja.. com remedinhos ainda, rs. 

fato é que ele é meio enrolão, eu também sou, tinha acabado de falar com ele, e estava pensando nisso, nessas conexões.. e com fone, bem juntinho ao meu ouvido tocava uma música.. a música então podia ser esse meu incentivo. mas doeu sabe.  ainda assim, vai que é um bom presságio.

nem sei se postei aqui, .. mas vou procurar pra marcar um momento pera.






para todo sinto muito..

 



anestesia.

desde pequena eu tinha medo, fazia bafão, não gostava de sentir a agulha entrando.. medo

a primeira anestesia que me lembro foi quando tirei o apêndice. com cinco, cinco pra seis.

e dá vontade de fugir né, você vai sentir muito aquela picada, te dá medo, você não quer nem medo, nem dor.

e de repente você se entrega pra essa situação tão fatal... sente aquilo tudo, e depois, ahh que delícia, não sente mais nada. 

e esse não sentir nada se estende pelo tempo, dependendo da força você quase completamente derrete, nesse torpor.

esse torpor, como eu pude não querer.

você está consciente algumas vezes outras não, mas essa sensação te restaura, você até sabe que está em contato com dores muito maiores do que a picada, mas já não importa. 

poxa, nem tudo é ruim, nem tudo é bom, aquela coisa.

você recebe essa ferramenta de coragem, um suporte.

um suporte para entrega, e  a entrega é enfrentar. tudo em função de um benefício maior, né.

assim espero.



_______


a ajuda nem sempre a gente quer

e nem sempre é a que a gente quer, porque faz parte da ajuda certa imprecisão 

incerteza de quem recebe, e de quem oferece talvez, 

certezas são os alinhamentos, ajustes, paciencia, entrega

certezas também o colo, o amor de seus afins que trás essa fonte infinita de recarga, 

peça por isso, procure por isso, seus colos ancestrais, se não há, crie os seus bem rápido 

o melhor ninho, o melhor aconchego, a melhor partilha..

faça a cura vir

permita que venha

de todos os lados


25/04/24










segunda-feira, 28 de agosto de 2023

encurralando | deixa disso

 




tudo num canto. assim que pegar vou esconder, sei lá, algum lugar  fechado e sem luz. 

o desejo já foi, como quem tira uma planta com raiz pra plantar outra coisa no lugar. 

a saudade perdeu o sentido, me convenci afinal né, não dá pra sentir saudade do que não existe.

leveza nunca teve, expectativa, não teve como não ter, especialmente por confirmações, mas pra que? é quase como saber o que cê vai fazer depois de morrer, praque? me convenci disso também. 


um desconhecido.

um devaneio.

fica a Bruna de frente pro mundo.

e pronto.

.



os respingos, a gota, os raios



meus desvios de tarefa me alimentam como quem se sacia com gana de  um vício, .. tipo, cai matando depois de uns dias de restrição? eu não mudo.

ou então sabe aquele prazer que dá, bem infantil de estar fazendo coisa errada escondido mas não muito?

vai explodir a qualquer momento, mas essa hora não é já, e isso é tudo o que importa, me deixa aproveitar?

tipo isso.

amo esse registro de hoje dos raios entre boldos, o videozinho da gota de chuva, o do pingo, o do pulo da Animê, juntando as folhas do vaso quebrado, o varrendo folhas com a vassoura de palha.. tem vários. desvios. .. desviando.

só preciso encontrá-los. aí trago pra cá qualquer hora.




domingo, 27 de agosto de 2023

não aceito, não concordo, não recaio, se afasta, xô mania, vício que não leva a nada, prática que parece boa, mas que te deixa pior quanto melhor é..

tudo isso eu digo pra ele, .. e ele nada..

se transformará em dor no logo mais,

sigo presa num acalanto ilusório, numa história que nem é escrita, mas que pensa que existe.

eu me frustro, às vezes incapaz de me conter. mas as tentativas promovem bons sucessos que se estendem cada vez mais.

chocolate, ainda largo de você.

pensa no vício.

que será que a Ixcacau ia pensar de mim?

se me falasse ao ouvido seria algo como laaaarga de vez o açuuucar Brunaaaa.

ela tem razão. mas eu adoro uma beberagem temperada, com um bom cacau que nem sempre eu tenho. e já troquei o café por ela por bastante tempo, em momentos diferentes.

quando ouvi falar da Ixi fiquei encantada, quando entendi melhor as cerimônias com seu nome fiquei apavorada. não dá, eu não sou dessas gente, eu não gosto disso. mas já tô viajando aqui nem vou entrar no mérito.

tava falando das práticas que não me fazem bem e que eu recaio. 

não as que eu desvio e me escondo apavorada. aaai vamo todo mundo se amar, dançar, dar as mãos e ser feliz e tals, socorroo. pra mim é que nem dança circular, só de ver já me dá desespero.  

bahh, isso configura falar mal? nãao Brasil, é meu temperamento só, vai lá ser feliz, me conta depois, vou gostar de ouvir.

mas preciso me respeitar. tanto no que eu sei que não gosto, então não preciso. quanto o que já sei que não tenho, e continuo numa situação de lamentar, ou vincular de alguma maneira. 

deu. cabosse. e o fato de que eu sinto muito, ainda isso, não vale a pena porque não muda nada.

e sim. a presença afeta, ver exposto afeta, ver as melhorias, tipo sabores agregados, teor, cores, todas as variações de um mesmo desejo, de novo e de novo. assim como todas as circunstâncias e possibilidades de me satisfazer nessa fissura, chocolate né, só prazer. sem leite de bicho, sem culpa hummm aí mesmo, como sempre deveria ter sido,  fica mais interessante. o tempo todo, pior que criança. 

é preciso encontrar outras possibilidades. 

nem tudo é pra gente. isso é um ponto.



..uma fresta

pede pra tua moça te mostrar o que é o amor. chama por ela, a tua moça, ela não se apresentou ainda, você não sabe o nome, mas ascende um toco e pede pra ela, pra ela te mostrar o que é o amor..


bonito né, audacioso até. chama sua moça. isso me fez lembrar e eu lembrei exatamente agora. .. mas muitos anos atrás eu a vi, não era eu, eu senti e pensando hoje, era ela. e se era ela, caaara, eu queria ser ela.

e onde mais poderia escrever?

uma visão, dentro de uma cerimônia entre peias gigantes, eu verde, três tijolos no estômago entalados, aquela coisa bem fofa de sempre.

a visão foi de segundos, e era de uma porta, eu não vi porta só a fenda. como se eu estivesse espiando por essa  fresta sem permissão pra ver o todo. para um lugar ao ar livre. 

tinha uma fogueira gigante, e uma mulher de saia longa rodada, cabelos longos, tinha preto e vermelho na sua roupa, e ela dançava lindamente, girando em volta dela. segundos, essa imagem. e volta a peia amiga de sempre.



Laroyê!


________

e essa experiência ecoa ainda.. pra frente, e pra trás do que de certo modo já tenho feito, cada vez mais certa e com eficiência. 

despersonalizar. já escrevi sobre isso, mas hoje ainda é diferente, pela prática, e também porque antes tinha um peso, dor, luta contra certo instinto, facilidade, costume, não sei.

mas o exercício é 

aaaaaaaaaaaaai que saudade do instagram | contraposições, análise

 

.. mas por que você saiu do Instagram?

me revoltei. de ser um agente passivo a mercê de todas as inciativas comerciais do meu entorno, política, entremeada por cursos xamânicos, experiências transcendentais, formações, notícias de celebridades, gente sem noção, pessoas incríveis e felizes, nessa rede autista e vaidosa, cheia de malícia com uma falsa ilusão de rede, que te prende não como conexão, mas como comida, como presa, agora, ou daqui a pouco, tanto faz.


é às vezes é bom dar um tempo.., umas férias.

também tinha a ideia de abraçar a minha realidade, ver o mundo como ele é. não quero sair de casa, então não quero ficar vendo a vida de gente que super sai. não posso não quero, não dou conta, ou não consigo estudar e me capacitar, então pra que sofrer colando na minha cara em tudo que eu não faço. sofrer com os grandes temas, com as injustiças do mundo, as análises inteligentes, as críticas sobre os grandes acontecimentos, ser a primeira a saber, ser manipulada emocionalmente ou criar um ceticismo,  apatia ou insensibilidade frente a tudo que te toca e que você é impotente afinal, se preocupar com o aluguel e sua cria, e sua saúde pra pagar aluguel e cuidar da sua cria, com qualidade É a emergência, e isso que é viver.



blá blá blá tô é loka pra voltar.


conversando com uma amiga de lonnge, ela entenderá esse longe, e perdoará talvez o quanto eu não tenho conseguido, podido, evitado mesmo, papear... 

em análise..


mas sua vontade, ela é uma expressão de uma essência sua, saudade do algo que você é, embora  tenha aquele núcleo duro, íntimo, que não tá pa rolo,  né, tem um resguardo de intimidade, vocé é uma pessoa social você está falando dos seus atributos mais notórios, do que você tá sentindo falta. e isso é muito verdadeiro, isso é ser você. 

eu presa, enfurnada em casa, eu tô sendo eu também, essa é a minha maior facilidade né, eu sendo o que é mais fácil de ser eu, aqui, com as minhas nóias, sendo eu.

eu não tô dizendo pra fazer o contrário né, só tô pensando que os seus desafios e a sua facilidade caminham junto com esse levante de sair viver e ver a vida. e os meus desafios e o meu levante dentro dessa minha condição de gênio seria também revolucionar o meu interior, meu espaço caseiro, o que eu faço e o que eu não faço de repente de uma maneira mais saudável, de encarar essa minha dificuldade e tristeza com a solidão, e transformar em uma solitude ativa, e então aí no fluxo, esgarçar, ampliar pra outros espaços, impraticados, desejados.

nossa muita palavra e talvez não tenha conseguido, mas,..


você tem uma abertura e facilidade pra interagir com as pessoas, e exercer isso é você estar no dharma.

eu tenho uma introspecção e uma tendência a ser observadora e à análise, mas talvez eu não consiga ainda, reverter, atuar com essa essência no positivo e eu preciso fazer isso. e pode que nesse antagonismo, nós duas digamos oi pro karma, né. 

eu rio.



*mas tem um outro aspecto de estar fora das redes socializantes. que é bem irônico na verdade. um ácido que me corrói e me leva a rir.

nooossa como não sou diferente de ninguém. 



então é assim. você chega à conclusão que vai fazer algo que é dificil, e faz. continua sendo difícil manter, e causa bastante reflexão, ainda continua. a sensação é de perda, mas ao mesmo tempo o que ficou no lugar é interessante. olha que ridículo, parace que tô falando de um assunto muito sério. mas foi só o desapego de aplicativos sociais, dois, um em decadência, o outro nem sei.

mas só porque saí, e não é não simples mas, porque não estou, ou estou menos frequentemente com os olhos em tela, sobra tempo pra ver o quanto os outros não saem dela. algo muito humano né. pelo menos agora tenho propriedade pra falar de adicção. pela tela, pelo chocolate, ou açucar mesmo. especialista então.

e pra fazer terrorismo também. chegar na sala dos professores e puxar um assunto bem sério com qualquer um que esteja bem apegado no celular é uma delas. o prazer de dizer pras pessoas, não tenho redes sociais, que pena e fazer as pessoas me contarem o que estou perdendo, ou olharem seu email pra receber algo meu. ai aai. leite de pedra tô tirando.

e por falar em escola, é bem triste na verdade, o problema é sério e é pandêmico, será? se não for, é quase.  você pede bom senso, dá bronca, chama atenção pra lei, pro regimento escolar, e nada funciona, sem falar nos problemas para um uso crítico, criativo talvez, é muito complicado. e eu não tenho muita propriedade para problematizar isso, se não lamentar, porque cada vez mais se vê necessário  dissernimento, cidadania, consciencia de classe, direitos e deveres, saber se situar no mundo de maneira mais acertiva, saber o que repudiar, ou no que investir sua energia, sei lá, saber filtrar, argumentar, discordar, concordar, propor, reformular. eu não sei.

e por falar em escola parte 2, desde que voltei da licença não consigo abrir os grupos de whats da escola. eu não quero abrir, mas preciso estar atenta a outras fontes de infos pra não cometer falhas, aí o bicho pega. mas, tenho questionado muito essa via também. eu sou obrigada a ter um email institucional, mas estar em grupos, não. e estou gestando isso. não saí dos grupos mas não tenho entrado e isso é um milhão de vezes menos tóxico. 

estou fletando quase que com a possibilidade de comprar aqueles celulares antigos. ou me liga, ou manda mensagem, ou deixa recado. não é o máximo? saudades. todas as tres possibilidades são um pra um. eu ando revoltada. e especialmente revoltada, que ironia, com as minhas muletas. gestando.




aí né, ouvi de uma outra amiga um ponto de vista que também me fez refletir. 



dorme com esse raminho em baixo do travesseiro..





 


depois o pegue, e de manhã quando acordar joga em algum lugar na natureza, pede uma resposta.

eu recebi finalmente, e ganhei um lugar sagrado. quanto ao horário, está abandonado, não posso mais. porém, tenho carinho. cresci com ele.





esse bonequinho da Cibe já teve vários nomes, esqueci todos.

quando Cibe não está comigo fico menos melhor.

muitos bichinhos comedores de folhas gostosas no momento.

algumas plantas esturricadas.

dormir demais não faz o sono acabar.

comer de menos não faz estômago melhorar.

recolher roupas antes da próxima chuva.




sábado, 26 de agosto de 2023

oi Botticelli, tudo bom? | lado B








 

até a curvinha da barriga.., que ódeo. 

já comentei como me sinto ao  engordar, né. 

mas vamos fazer de conta que me acho, que sou linda, me pautando no que percebo em certos  olhares.

se me convier eu uso essa beleza a meu favor, sem acreditar, porque fingir que se acha, engana quem acredita que você se acha, sabe como? enfim..

mas sempre disse que ia deixar meu cabelo crescer pra fazer a Vênus Bruna. tudo isso porque detesto cabeleireira, e resolvi passar a tesoura nas piores pontas, e fazer um caminho de rato mesmo. se me incomodar aí eu vou. tem bastante pra errar.. 

mas até isso faz muito que não faço. 

juro que dá pra encontrar uns dred nessa versão de hoje aí. tá precisando de um trato coitado. ele como tudo caiu em desgraça nesses tempos.

experimenta pegar piolho no estado lastimável que estava, pra ver que relatos edificantes você faria se quisesse se expor e se auto depreciar.

mas hoje, nesses dias atuais, já estamos em ascensão. e ele está só embaraçado, um baínho Jajá e tchau dreds. uns banho de creme também pra tratar, sei lá, hora dessas faço.

eu sou Bruna, e Bruna tem necessariamente cabelo comprido. eu sou assim até quando der. a despeito de minhas crises de auto-imagem, isso eu sei, assim estou mais perto de uma essência de mim. 

aquela que se acha pelas razões certas talvez, a destemida, e selvagem, um ela selvagem que reina pelas sombras, macabra e arredia, que nem a sombra do Peter Pan, um lado B de Vênus.


a perda da inocência | as pitangas e goiabas dos jardins

meu mundo acabou de cair mais um pouco quando descobri que manga também tinha aquele bichinho que eu tinha já começado a ver nas pitangas, e via direto láa nas goiabas dos dois pés, perto do muro alto que dava pra piscina.

manga não, a manga não podia fazer isso comigo, vão querer tirar minha paz com a manga também. fiquei simplesmente horrorizada, lembro até hoje, nem tava muito madura, que tristeza. 

sim, era, talvez ainda seja, A fresca.

são muitas lembranças de alcançar a q u e l a, que tava bem longe, que tava bem alto pro cê se quebrar todo antes de pegar.. pitangas e goiabas. da época do jardim das delícias pra cá quase praticamente nunca mais comi. 

lindas, cheirosas, e tem bicho, assinado, eu.

porémm, esse condomínio que eu moro tem umas pitangueiras tão incríveis. bem na frente da minha varanda tem uma linda, que eu eu Cibe quando nos mudamos era só um toco podado.

e nós desde então temos acompanhado o seu florescer e frutificar, botamos até mais terra ali pra ficar melhorzinho. e hoje, finalmente coloquei uma na boca, estão saindo as primeiras. 

é de se refletir, tenho tentado isso com a Cibe, perceber esse tempo, esse processo, do florescer, o desfazer das flores e vinda do fruto, o tempo de crescer e amadurecer, tudo isso pra comparar com o tempo de pegar e comer. e a reverência que se deve ter, especialmente estando diante do pé pelos frutos que recolhemos. adoro. é um bom exercício.

pitanga tem um sabor incrível eu acho. amora, romã, essas frutinhas, adoro, também e como,  mas pitanga, nunca mais. não consigo por na boca, é difícil pra mim. e até fico um pouco sentida comigo, como sou trouxa, mas fazer o que. 

acabei de ter, comendo a primeira dessa safra,  uma experiência muito linda de volta ao jardim das delícias, e Cibe nem estava aqui pra eu ser criança junto com ela. 

mudando de assunto. tem a outra bichenta que eu a m o. planta um pé de Ciriguela pra mim? 

quem? eu, sim, tu. leu planta. porque eu amo, e aqui é raro, plaaaanta vai. nunca te pedi nada.

minha mãe plantou. era uma das primeiras árvores que ela pôs na Flora. e ela nunnca frutificou. cresceu um monte, e nada, até que dona Vera ficou brava e acabou cortando a coitada.

e  a última que eu vi era gigantesca a árvore, na época que eu estava perto estavam verdes as frutinhas, e quando saí ainda estavam. era perto da Igreja em Forquilhinhas, nos fundos da escola que eu trabalhei um pouquinho antes de me exonerar do estado. fora isso.. mais uma perdida no passado.

mas prova essa, essa aqui, tá delioso ó pega esse pedacinho, insistiu bem chato até que eu aceitei. o cheiro daquela goiaba madura tomou toda a sala dos professores, e eu acabei comentando que gostava muito mas em criança parei de comer por causa dos bichos. 

é um cheiro peculiar. um perfume que me toma. cresci com ele, goiaba é muito comum né. goiabada não sou chegada, mas simplesmente aaamo bolo de fubá com goiabada. 

só que se eu morder uma fatia a sensação é que eu pulo pra 200 kilos de um segundo pro outro. tento me conter, não quero ceder ao levante.

olhar um pé cheeeio, dá uma euforia, e decepção, uma tristeza imediata, estou de fora, não consigo, tem bicho. mas quando o chatinho do prof. de matemática insistiu, e eu comi depois de muito muito tempo mesmo, eu não me dei conta na hora, mas eu revivi esse sabor, foi um amor castrado sabe, ela sempre esteve por perto, de graça, me chamando chamando e eu ignorando solenemente.  eu esqueci o que está a perdendo, então nem sofria, só largava lá, de longe. batia os olhos, sentia aquela euforia infantil, desejando até, mas largando lá. como pode né.

a goiaba que eu como hoje não é mais aquela. essa não tem bicho disse o professor, porque será né. mas muito ironicamente me vali dessa frase pra me lançar, e vou dizer é com muito prazer mesmo, sede e saudade de uma vida. ressabiada sempre, na vontade, nunca mais.



reflexão do segundo.. | utopia | setembro é reajuste

eu não quero ser dona de terra.

eu quero tranquilidade.

e poder pagar por ela sem querer que o entorno mude porque minha terra não vem comigo se eu precisar partir.

meu coração, lindamente, para o bem ou não, leva todas as terras que o compuseram e o acolheram. e vai levar mais essa qualquer jeito.

o que me deixaria feliz, nessa minha circunstância é, pagar, entregar o fruto do meu trabalho, que carrega todas as minhas dores, conflitos, frustrações, doenças, expectativas, alguma criatividade, tempo de vida, de lazer, de bem estar com a minha filha, de interação com a minha família, e mesmo com o pedaço de morada ao qual me aninho..

o que me deixaria feliz seria entregar esse valor pra alguém que eu acredito. pra alguém que pudesse juntar esse montante e utilizar para fins mais amplos. 

queria pagar morada pra um movimento, pra um povo, pra uma iniciativa. pra algo que me faria,.. ó, eu pago feliz meu aluguel tá, minha vida é isso, eu tenho escolhido isso, mas poxa, que bom seria sentir parte de algo diferente dessa mecânica de mundo tão estranha que a gente vive. refém, sem saber nem explicar de que. com tanta coisa grave, triste acontecendo, sem que haja consenso, direcionamento crítico conciente entre os que sofrem, do que precisa ser atacado e questionado para um mundo mais justo e equalitário entre todos os seres viventes.


foi um segundo, mas um segundo de pensar não é um segundo de escrever, nem de falar, nem de olhar. 

taí, talvez o olhar acompanhe o relance do pensar. que lindo né. com os próximos a gente pode exercitar.




sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Cio

 

a única certeza, não é tão certeza assim, por que o que a gente menos quer, enquanto está envolvido, ainda mais, no grau positivo, é que tudo termine em como pude.

e enquanto você está sofrendo, se rasgando por dentro, experimentando sentimentos novelescos, rasteiros, e tudo se estende ao infinito, parece também, que o como pude nunca vai chegar.

mas quando ele chega, lembrando que era uma prerrogativa já, de viver e se relacionar, você se sente como?

meio idiota, meio otária, .. acorda como se fosse de um pesadelo, a lembrança fica, o humor e a crítica do como pude permanecem como alerta para o devir. como prevenção, um anti-alergico, sei lá, ah, um imunizante, talvez.

mas ele nunca funciona.

o cio é mais forte.



o professor de geografia | sopa de letrinhas

escolher pessoas por imagem.

se interessar  por uma palavra bem colocada, ou insinuação.

preferir quem te faz rir a quem te faz sentir um pedaço de carne, ou o contrário.

escolher um contato afetivo como quem vai de ifood.

não tô criticando, nem reclamando. tô refletindo, e jogando palavras pro ar, talvez literalmente.

o professor substituto de geografia da escola ganharia um like. mas profs. de geografia não estão no meu menu.




quinta-feira, 24 de agosto de 2023

impressões | agosto dos apps

ele disse que faria 34 km até correndo.

disse que nossa distância não era distância pra ele.

disse que ama cozinhar, é vegano, adora comida crudívora. essa parte já é indiferente pra mim, a não ser o fato de haver política, alguma reflexão mais ampla sobre seu prato, ou uma propensão.

um luxo quase, em um processo de escolha que é muito hesitante e parcial, que adoça e azeda muito fácil nessa o que, conexão por fibra ótica, aplicativos, perfis e likes.

eu ainda, depois de anos já, não me conformo, detesto a obviedade da situação, o pressuposto de interesse das conversas, como isso me incomoda. 

mas já meio que consegui incorporar esse aspecto. uumm exercício de franqueza, objetividade, eu preciso mesmo, então ..

quem não está nas redes sociais não é de confiança..

 .. e eu estou adorando isso.



você tem redes sociais? não.

e toda  vez que alguém me pergunta, um crush no caso dos apps da vida, é um gatilho pra minha curiosidade infinita de tudo o que estou perdendo, e também sobre a pessoa, claro. quem quer ver quer ser visto né? o que será que ele gostaria de me mostrar?

afino os sentidos..., mas ainda não leio mentes, que pena.

mas se estou pra ele, se a pessoa tem linha direta comigo, se estou dando abertura, pergunta, pergunta que eu conto, me seduz que eu te encontro, uai.

mas já vi muitos papos morrerem depois disso. 

ademais, minhas páginas, quando existiam, sei lá,.. mas não eram currículo afetivo.



quarta-feira, 23 de agosto de 2023

meu eu sol

 




o sol só brilha

quem recebe essa luz, que use, se adapte, que se aproprie

taí um Deus né

e você pode falar o que você quiser, pedir o que for, blasfemar, amaldiçoar

o sol só brilha

a única certeza da evolução um pra um dessa interação, é, que você será ignorado, com brilho, sempre

e no outro dia ele vai estar lá, como sempre no calor, dentro de sua rota, exercendo sua função, a despeito das oscilações climáticas da nossa própria atmosfera que por vezes atenua, por outras intensifica

o sol, brilha.

sol.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

o que vem de brinks, hesitação, enrolação..



não me atingem..

tanto

hoje.

se eu estiver atenta, claro, com relação acontecimentos que não dependem de mim, mas que me afetam.

fechar um coração, os sentidos, como quem ouve uma emergência pela linha de um telefone com chiado, muito muito longe. 

se for preciso interagir, se envolver, colaborar, de algum modo, sangue frio, distanciamento, presença e envolvimento na medida, sem drama. e seguir.

e porque escrevo? porque eu tenho vontade de escrever de tudo. 

sou uma pessoa doce, mas passando sabe. e preciso, eu gosto de registrar processo. pra mim é uma preciosidade embora exija força, tempo e essa percepção sincera da mudança de olhar, verde marrenta, amadurecendo, pleno e doce, todas as fazes. e aqui é onde escuto, aai que drama, de amigos que me lêem às vezes. eu rio.

mas poxa, agora fiquei curiosa, qual seria a palavra para aquele sabor que passou de algo muito doce pra aquele doce estranho, com nuances de não tão bom, com problemas. isso está parecendo ruim, bem ruim. até eu procuro as frutas plenas. 

isso é pra quem adora essas comparações com comportamento animal, os liames e rizomas da natureza. eu não quero levar adiante essas imagens, não vou ler e não vou ouvir talvez, e sim,  estou bostejando um pouquinho, já me perdi também. 

mas e  as "praga",

isolamento afastamento do fruto

os agrotóxicos 

a melhor fruta pelo melhor pé

o melhor ambiente

o que é ser melhor, onde ser melhor, o que é conservar, o que proporcionar, o que conservar, o que é beleza ou onde está

é isso que dá pra ver, me dei um nó. eu já sei o que dizem sobre um raciocínio de melhor plantar, pra  melhor colher talvez, mas aí isso vem antes. se eu tô falando do fruto talvez você possa ter dois iguais, mesmo aspecto, aparência..agradar ao paladar mas a essência de sua saúde não. eu preciso parar. de pensar.


isso sem mencionar que.. essa aversão né, a busca do selo, pela procedência, tudo o que um fruto pode receber pra Ser mais rápido, ou aparentemente melhor,.. eu sempre penso nisso, mas nunca consigo resolver. 

mas eu fui criada pelas circunstâncias adversas da vida, da maneira mais barata e fácil, dentro do que se dispõe, se tem disponível pra geral.

se eu fosse um tomate, seria daquela pilha lá,não tão barata, não tão bonita, porém necessária pro seu prato, saborosa até, mas que te mata aos poucos? gente a Elaine ia me pegar de máscara e luva pra me botar caveirinha e me jogar em algum lugar que nem sei onde.

poxa.. a natureza é sabia, se diz, e eu sou até parte dela mas não tô sabendo ser. sem falar naquilo do fruto apodrecendo que pode apodrecer outros bons, precisa ser retirado. gente, será que estou num pesadelo, e nele perco o sono com imagens e associações de terror, socorro. quero dormir.




* e a Cibe, minha menina, minha plantinha, minha flor, está aqui do meu lado. ela está fazendo pesquisa da escola, plantaram alface e agora precisam saber, alface faz bem para...



____

esse celular está com aquela mania insuportável de corrigir automaticamente. e ele simplesmente troca umas palavras depois de escritas que não dá pra acreditar. e nem consigo mais lembrar também, o fio. fato é que..

tô contente de ter expressado essa confusão, porque rumino a muito tempo. e tem mais, não acabou, .. vamos de caótica, ou de misturando tudo, lembrando que o ponto aqui era resguardo, até foco. 

..


alguém não pode talvez, porque essas percepções são muito particulares, imaginar o que senti quando percebi, que por mais que tivesse tentado, a alimentação da minha filha ia ser igual a minha, que ela não ia ser diferente, mais saúdavel se não por algo de seu fogo interno, no futuro, e não porque pude prover desde pequena. 

eu tentei ao máximo sabe, mas sua melancia, seu tomate, seu brócolis e alface, feijão e arroz, e todos os outros alimentos, nada é especial se não pelo que já é, sei lá, feito com intenção, amor? 

eu fiquei mal, depois fiquei super bem também, tmj, junto com todo mundo, o que dá, dá, o que não dá que desse, e depois a gente vê.


 ela que me perdoe. mas acho que perdoa sim.

gennte. muito bom ter escrito. 




presentes

encher o saquinho, fazer discurso, tacá o dedo nas feridas, dar palpite na sua casa, reclamar, te irritar com requintes de especialidade. 

família que chama.

conseguem tudo isso de longe mesmo, nem precisam te ver.

presentes, mesmo ausêntes, conectados com um senso de urgência que por vezes sobrepõe o julgamento. liga uma luz de alerta, desliga a chatisse. são as tréguas.

é isso. vem minha mãe com duas receitas de pão, vem a Júlia pra deixar a Cibe eufórica, vem meu irmão arrumar o chuveiro, instalar o office, e me fazer cantar, pra rezar, e, ele pensa que me engana, pra mostrar pro seu esquema novo. "esquema" é muito engraçado né. adoro usar, ele não usaria, mas não vai ler o texto mesmo. por hora.

mas falando nele, aconteceu. acho que ele descobriu um tipo diferente de amor. tão bonito, estou de coração cheio de ver. aprender, com amor é mais legal que aprender, sem amor, sem troca, sem esse exercício tão poderoso. um viva pras intensidades, ai ai, faço votos.

eu não gosto, se me perguntar mil vezes, eu respondo mil e uma. não gosto de receber. mas é isso. eu reconheço que dependendo de quem vem, ou como vem, é pura luz. acontece uma troca de energia, areja o lar. e eu sinto isso forte, e fico imensamente agradecida. mesmo.





duas mini-lembrancinhas

domingo, 20 de agosto de 2023

gente alegre

 


e sabe aqui, agora que meu dia acabou. Cibe dorme quentinha aqui do meu lado. amo. e eu indo também...

ouvindo a pagodeira de fim de domingo ali do lado bem alto. todas as vozes das pessoas vibrando juntas, felizes, ou anciando. cantando seus refrões favoritos.

já me vi várias vezes pondo roupa em descendo ali, bem na esquina já pensou que balada fácil? já pensei em ir ali pra ver afinal entender.. o porque estão tãao eufóricas.

bonito de ouvir. claro que não vou né. lembro que nunca frequentei os lugares que eu queria, que tinham haver com minha personalidade..

_____

e agora para minha úlltima enrolation do dia..

um exemplo clássico é o bloco de sujos do carnaval, que eu simplesmente detestava, mas todazamiga curtiam horrores. e aquela prática horrorizante de sair pegando geral. olha.. nem vou mentir, morro de nojo. 

aliás, essas histórias de compartilhar afetos e amores pegaqui, pegalí, me incomoda um pouco nesse âmbito, um certo noginho. e sim, estou rindo. acho graça mesmo, fazer o que. .. e já tô divagando, e com sono, ai aai.

e agora que sou gente grande né, a duras crises, ou tentando ser, mulher responsável, boa mãe, e tals, parece que nada tem graça. que saco isso, onde está meu prazer de coisas de quem vive. dizem que é importante eu achar se não vou voltar a estaca zero. 

prazer, planos, alegria, leveza, ahhh que sono.

fui.

21.

eu e ela | pequenos encantos | família | enjambres

 



pus um desenhinho meu na moldura de 0,50 do brechó ontem enquanto não tenho ideia do que fazer, mas em baixo Cibe já mesmo disse que ia fazer um desenho pra por em moldura também. era surpresa.

.."mas Cibe, tá meio vazio, não tem n i n g u ém.. pessoa, personagem daqueles seus, bichos"..

não tem mãe, eu fiz os quatro elementos, o rio é a água , as montanhas é a terra..

"ué, mas cadê o ar?" o céu é o vento.

a vó Vera tá a uma semana reclamando de saudades dela. está vindo, e eu tive a brilhante ideia de sugerir como presente. 

falei, e já queria desfalar porque eu adorei, e amei na parede, preciso fazer mais isso, com os dela..

Vera Lúcia vai amar.







sexta-feira, 18 de agosto de 2023

não qualifica

 

o sol nasceu vermelho no retrovisor. 

a neblina à frente em alguns pontos do caminho me deu vontade de gritar, de tão lindo. senti falta da Cibe, teríamos gritado.

a luz vermelha longe, mágica, brilhando meu passado. meu futuro velado, mas chegando bem rápido, e o conselho,.. não qualifica teu presente.

aai que lindo viver, às vezes.

iixi.. fui.


quinta-feira, 17 de agosto de 2023

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

ai..| infiniitamente triste | e forte | existe vida sem você | desce, ou para de brincar

dormi no ai, e acabei de acordar tendo sonhado com outra vida. estava conversando com o que foi, o que é, a vida do Yan. raríssimo, mas toda vez que acontece, é estranho, triste.

e esse nem é meu infinitamente triste.

se for pensar e dizer francamente, meu infinitamente triste de fato é não estar dormindo agora.

dormir é um tipo de mãe né. e pode que isso seja cruel pra alguém, me desculpe.

mas incrível como as coisas se complementam.

assim como ele um dia, sinto dor. bem diferente, mas dor é dor, e te acorrenta e desidrata aos  poucos. e às vezes te leva e te trás, a ações que você não gostaria, tudo pra descobrir como sobreviver.

nessas histórias de finalmente se resignar e recomeçar, deixar de se iludir e seguir, descobri muitas coisas. dentre elas, que existe muita gente escondida, difícil de achar, mas muita gente gostável sabe.  

mas precisa negar aquele doce pra criança, precisa dizer aquele real pro seu eu adolescente que acha que pode tudo, precisa pisar no seu ego. tem algo que NÃO. mas irritante, infinitamente triste, porém uma promessa luz, embora nem haja fagulhas.. , existem outros sins.

nenhum sim é igual ao outro, nem se trata de substituição, é mais sobre seguir mesmo. muitas dores podem te dar uma fibromialgia, mas aí, amor é uma morfina que te ensina que você vai estar, onde se colocar. segue com dor, .. 

só tô tentando achar uma imagem e não tô conseguindo. e isso tá parecendo confuso. e nem disse o que eu queria ainda.  

.. mas vai, pode que amor seja a fibromialgia reversa. isso. nenhum dos dois cura, e fim. não tem cura, não tem fim, mas tem ênfase. e sim, tô enrolando. e vou é dormir.



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esses papo de sofrência é tudo que há né, de vergonha alheia. por isso eu fico tentando escrever bem elegante. fico escolhendo as palavras.. aí aai, eu rio.. 

mas eu percebi, desde a primeira vez que aconteceu, que toda vez que me envolvo em alguma historinha, e me forço esse foco, me magôo em algum lugar, uma pá de alguma coisa, terra? recai sobre minhas dores e lembranças e não acontecidos. 

se é bom se é ruim, nesses termos já não sei, e demiti Germano nem dá pra perguntar. .. sei que torna possível. e foi maravilhoso descobrir, triste, e humano sentir na carne esse, a vida segue.


se guardo mágoas? ressentimentos? claro que não né. não se trata do outro, só inclui o outro em casos de conexão, aí são outras histórias. 

o outro nem existe nesse caso. se existisse também seria o que, sadismo? tortura, né, sei lá.. outras histórias também, acho que ninguém merece.

pra mim isso é bem claro. e até confortável. deixa eu e minhas dores, eu diluo, eu sigo, eu e eu.


17/08/23




eu nunca quebrei nenhum osso










mas morro de medo que ela quebre.

acho que tem haver com o fato de nunca mais ter conseguido andar de bicicleta em paz.

tem haver com achar não saber ser mãe nessas horas. acho que eu não sei.

mas eu amava subir. vivia pendurada. colhendo frutas.

essa semana fui comprar umas coisas e vi manga espada. quase chorei. pequena, carézima, .. comprei uma. o gosto estava ali, gosto de história. uma história perdida, inocente, banal. 

pegar uma fruta  que tem de monte no seu entorno, comer,.. sem imaginar que a última, poderia realmente ter sido, a última.


reflexão do dia | uma melhor que a outra


Germano dizia pra eu nunca me comparar. pra eu nunca me desmerecer. e quando eu dizia que muitas pessoas fazem o que eu custo, são bons profissionais E felizes. ele começava a me pedir pra citar.

deve ser difícil ser psicólogo né, não criar expectativas da melhora do outro, ou sentir a impotência da melhora.. ou sentir, perceber um potencial que era praquela pessoa possível solução, mas que a pessoa precisa chegar e que ele não deve mencionar. acho que se eu fosse dessa área ia viver deprimida também, enfim.  

tô tentando. se eu parar de trabalhar eu acho que eu morro. pra eu ir trabalhar e me movimentar é um custo. estar junto as crianças é um alento, por mais difícil, organizar os materiais, e minha casa é um tormento. e sem chuveiro. essa é a parte que pode rir. eu rio.

mas sair não é a solução, me readaptar, como Pedro Hugo mencionou também não, fiquei furiosa com ele aliás, e ainda tô pensando se eu volto la depois queces remédios acabarem.

eu preciso de ânimo, minha vida não é ruim. cadê, será outro remédio, médico, vida?

vamos ver.. seguimos de quarta.


terça-feira, 15 de agosto de 2023

varal encantado


 


um dia sim

dois dias não, três..

mas buscando constância.

ter mais ânimo, me organizar, prever com antecedência, não me magoar e fugir dormindo, algo assim. dentre outras ações que sei lá viu..

eu tenho um coração bom, não me entendam mal, mas toda vez que me vejo interessada, até surpresa com alguma história de vida.

quando me vejo gravando um nome, sentindo simpatia genuína que não foi construída por um ano inteiro dee como é mesmo seu nome pra um coleguinha de trabalho, mesmo aluno, são muitos e muitos, né. mas sinto alívio no meu coração. penso que tenho futuro.

tenho dificuldade de me sentir gostada, aceita de verdade, como sou, e tenho também dificuldade de me interessar porque tenho travas pra confiar. variando intensidades, ênfazes, tal.

muitos profs novos. eu me sentindo nova também. já falei do carinho das crianças né, até os pré-adole chatinhos que me deixam Loka,.. muitos foram bem queridos.

mudando de assunto, e não, .. na filinha pro almoço hoje um aluno do quinto ano.. professora eu preciso almoçar logo, senão chego em casa não tem nada. porque? eles não fais. penso que eu já comi e não vai ter comida. porque você não vem pro projeto (contraturno), perguntei, com aqueles ar mais naturalmente forçado que já tô acostumada,.. vou vir prôf.

nada é simples, tudo tem nuance, mas, as vezes a gente diz, que vai atrasar, que se eles não colaborarem vai atrasar o almoço, eles vão chegar no fim (e vão mesmo na real) ou que algum(s) vão descer por último junto comigo pra conversar antes. pra gente é banal fazer esse  "jogo", .. pra muitos deles é uma preocupação muito real, doída, um problema sério. e às vezes quando você se dá com isso assim, em depoimento muito dentro da naturalidade infantil, seu coração quebra que demora colar.


vida segue eu enrolando, rede gelando, casa suja, planejamento meia boca, e na real, quero cama. 

e preciso ser resoluta frente aos jogos, brincadeiras, pequenas distrações. então por mais que no fim das quantas algumas  me  estimulem a escrever, e e eu adoro, e me coloca num faz de conta de ser lembrada, uma lisonja fictícia gostosa de imaginar. não dá né Bruna, seja forte.




reflexo | insight

tem coisas que quero dizer

do que eu sinto

que se eu for dizer mesmo, pros próximos, prós que não acessam aqui sem que eu queira..

se disser, vão querer me empurrar pra dois Germanos..

na falta de um.

mas é isso, estava mesmo pensando algo muito sério e de forma mais intensa a cada dia.

e serve para quem me conheceu, e se interessou por mim a partir de dezembro de 2019. 

e qualquer um que tente me convencer do contrário não vai conseguir, a não ser que eu finja.

o que é possível, não nego.

eu não sou mais a mesma.  não paro de engordar me sinto feia, e mais próxima de algo completamente invisível e doente. e sei, sei já que é ao meu olhar, porém é ele que importa pra mim, sempre foi assim nesse quesito. a sensação é que minha vida acabou.

embora eu concorde com tudo o que se possa dizer sobre meus dramas, exagero, olhar doente, ah falem o que quiser. não tira a minha dor. 

e se vou fazer algo a respeito? sempre estou tentando tá. às vezes funciona, as vezes simplesmente não.

então apesar de brincar aqui, flutuar em sensações, sentimentos.. o que eu penso, pra quem me conheceu. .. 

eu não sou mais eu, aquela tá na lembrança. não ligo se esquecer, não esqueceu, deveria, se me procurar.. não vai me achar.

vai achar uma Bruna né. mas mais constrangida, querendo se enfiar no primeiro buraco, mais cética, e que vai querer sumir na primeira reticência. 

nossa, meu olhar já quebrou uns três espelhos hoje aqui na escola.


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somos muitos né, se disser que sou geminiana reduz o fato de que todos dispõem, de múltiplas facetas, formas de sentir, em cada aspecto da vida. minha auto-estima é um lixo, sempre foi. não é que não me enxergue, sob alguns pontos, é que eu não sinto. eu sei o que pode provocar, atrair, mas tô usando um atributo que eu não acredito, uma farça, uma atuação.  e depende do meu humor também, grande parte das vezes é Carolina na janela mesmo, e já é. aliás, ainda quero escrever sobre essa música.


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é verdade. 

aqui, nisso aqui, .. no interior de qualquer desejo sem chão que se tenha,.. 

a gente pode ser, querer e ter  o que quiser.



segunda-feira, 14 de agosto de 2023

a Cabocla não sou eu..


.. mas a descobri na época que aprendi alguns desses cantos aí.

fiquei encantada, mas não entendia/endo muita coisa. 

não há muito a contar, nem a dizer na verdade a não ser que o canto é sagrado, é uma medicina por si, pela generosidade deles, nosso exercício de respeito e equilíbrio devem ser contantes. 

nada é garantia de nada, mas só por sentí-la, me senti/sinto, compelida a estar mais sã. 

foi uma coincidência muito grande cair nesse aprendizado ao qual sou muito grata. 

nunca contei, nem vou contar acho. mas eu rio por dentro, sempre que lembro. e agradeço.

Tata awarã 

Noke Koi | Yawanawá

por Iskukua






domingo, 13 de agosto de 2023

os insucessos  mataram a minha esperança moribunda e se arrastando, e nesse tempos me vejo assim de novo, meio que capaz de tudo, inclusive de nada.

boa noite mundo.



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ahh hoje? café bemmmm forte, e buscando me distrair com o Greg do dia. sim, pequena gracinha. tá tudo certo.

as formigas comeram pela quadrilhonézima vez minha roseira preferida, como pode se tem outras e elas vão só nela, como continuar gostando de formigas? vivem testando meu amor, ..

só porque elas são tão incríveis, admiráveis, incansáveis, obstinadas, fazem casas incríveis, com senso de coletivo, família, propósito.., e eu acho o máximo, se passam comigo. 

vão atrás das minhas preferidas, e ao invés de me incluir, me esnobam, e me irritam. e aí claro, sempre presentes né, pra demonstrar o quando não sou impeditivo de nada. aaai aí.

que maais, ..

vizinho me viu ali sentada no morro vendo o sol, e me chamou remelenta e descabelada pra ver os filhotinhos da Nina.

são 8, uma fêmea pretinha, 2 marrons clarinho, alguns preto com branco. chorandinho. andando se arrastando já. a mami comendo como louca, carente, sempre dou uns carinhos pela grade. maravilhosa ela. maravilhosa natureza. Willian está procurando pessoas pra adoção, mas é professor. muitos estudantes vão querer um filhotinho da cachorra do prof. de matemática, né. diz ele que vai castrar antes, que bom.

vida segue.

14/08/23



um tipo de espólio

 

Danilo viu seu livro de plantas que amo sem nunca terminar de ler, e quis levar. dei um mini-chilique e ele riu. vamos trocar. me dá seu palácio da lua.

Danilo! Eu já vi esse livro váaaarias vezes em sebos e só não vejo mais por que nunca mais entrei num. ele é bem balaio..

aí ele reclamou que só falta ele pra fechar sua coleção blá blá, eu aceitei. 

mas fiquei esquisita. não queria o livro dele porque sempre pensei em ter o meu. e acho que não queria dar o meu, porque ele de alguma forma, apesar de ter lido, simboliza todos os livros que eu não li.  

sempre penso que eles me  tornariam uma outra pessoa, mais interessante,  inteligente, ..e todas as minhas caixas de livros que não consigo me desfazer e que entulham minha sala, sem eu saber o que quero fazer com eles, enfim..

não dei no dia, porque ele está dentro de alguma delas, mas já é dele. um dia eu consigo de novo. um meu, sem pressa.

sabe que estou escrevendo porque não quero dormir, pra não ter que acordar, pra não ter que levantar né.

eu melhoro amanhã, um pouco de sol vai me ajudar, se não tiver, rapidinho preciso arrumar outro estratagema.  tá foda.

nessas horas poderia escrever sobre qualquer coisa. .. qualquer lembrança de qualquer tempo, a porta entreaberta do meu guarda-roupa, a memê do meu lado que parece resolveu esquentar meu coração, a pagodeira rolando no bar do lado, o terreno do lado com uma placa gigantesca de vende-se e o prédio do futuro que  em breve nascerá. e os cavalos? 

tem mais coisas..

mas vou ceder, dormir, .. é a chance em vida de morrer e renascer sabendo quem foi na experiência anterior. 

legal né. 

desafio mesmo é seguir diferente. 

vamos ver...










a roseira do Consulado não é essa, mas já tem nome, se brotar. | quero

 


"um passarinho me acordou cedinho".. | tormenta

pra mencionar uma música que dói. 

não porque meu pai não está comigo. porque ele até está. mas são as lembranças de infância. me deixam triste.

atormentada por palavras, expandindo coisas minúsculas em situações gigantes nos sentidos. triste sem querer, amarga sem querer, imóvel sem poder, fazendo o que é certo. e minha filha me agradece, sem precisar.

precisava mostrar esse clipezinho pra ela, incentivá-la a enviar pro pai. e ela amou, e  queria rever umas partes, e ria, e eu fui ficando ansiosa, não acabava nunca, e eu querendo me mostrar bem e curtindo aquele momento.. durou uma eternidade.

juntando meu pai e o Danilo, juntos numa mesma música marcante pra mim, chegou a me dar enjôo físico, e eu não queria, e aí fico sentida comigo mesma, e aí não tem fim. 

preciso ficar leve com alguma coisa e não tô sabendo, não tô entendendo. porque ou eu tudo tá muito pesado, ou eu tô muito fraca. e eu não quero. eu quero só estar.

mas tudo bem. parei no posto do espelho chique, eu e Cibe paramos sempre. tomei um café. daqui a pouco vou chegar em casa e ou vou dormir, ou vou aprender o que já aprendi e fiz questão de esquecer sobre trocar chuveiros, mas que estou disposta a relembrar só pra não receber um estranho na minha casa.. vamos ver.

que mais.. ah dormir pode me dar um restart, banho decente também. não sei... uns 15 minutos pra decidir.




sábado, 12 de agosto de 2023

paisagem contrária | no mesmo mundo





cobrindo o outro lado, cobrindo, cobrindo com plantas. quero que a luz passe, ilumine em matizes a frente e o verso da minha área. duas faces únicas, que são voltadas a locações diferentes, de uma mesma estrutura.

talvez se perguntar e souber ouvir, cada face diria de suas ideias pra um futuro diferente, desse. ou do quanto sua situação no mundo da matéria é tão estanque. 

mas pra falar por ela, estão de boa depois que dei uma desentulhada no espaço e que restituí alguma dignidade ao seu entorno.

aí é isso, já começo a viajar..

que nem aquela piada infame que envolve a importâncias dos órgãos em um organismo. gente muito infame nem acredito que lembrei, esquece, vou começar de novo.

quando existe muita impossibilidade, a gente precisa pensar no propósito, pra ser chata, e na finalidade, pra ser prática.

e agora vou escrachar com o meu textinho, ai aai. mas tá. 

o braço direito de um organismo do nada se liga que, o mesmo corpo que o mantém  vivo também é dotado de um outro braço, que apesar dele nunca ter notado, facilita sua vida, a complementa, executa funções semelhantes e espelhadas à sua, embora com conexões cerebrais, e posição anatômica diferentes. 

aliás, e inclusive, seu outro eu se avizinha do coração, local que por sua importância de praticamente centro do seu mundo, sempre quis visitar. 

então em um calafrio, pasmo, se  descobre ou se auto sugere, amor. 

é uma fascinação.

ora veja. estão sempre juntos, colaboram e "obedecem" a um mesmo dono, podem até ter facetas, paisagens, conexões outras mas elas respondem aos estímulos de um mesmo núcleo inteligente. então que diferença faz? eu sei que diferença faz.

saber de impossibilidades em teoria, ou não saber, é muito menos dor, ou uma dor bem diferente do que ser consciênte de uma impossibilidade, distância, ou muito simplesmente nossa função, existência e propósito de aprendizado  nesse organismo/mundo, onde se colabora e faz parte.

isso porque ele prescinde necessariamente de te proporcionar  viver algo que se aproxime de sua carência ingênua, inocente, teórica ou muito principalmente literária de ideia de amor. nada é só sobre você, a convergência é outra.

não é pirante?


então. alguém me diria que fumei um. 

alguém não entenderia. ao que eu diria tmj, porque estou estou meio chip queimado até pra saber se isso faz sentido.

depois eu mudo.


"como você está fia"..

perguntou o caboclo, me recomendando o clichê..

quando alguém te perguntar, você precisa responder "estou cada vez melhor". e antes d'eu fermentar já revi. 

na verdade não precisei rever porque estava sentindo sua energia e palavras. 

clichê só é um clichê quando você clica na pasta pra ter certeza, e sim, está vazia.



quinta-feira, 10 de agosto de 2023

amor


encontro Jú pelos corredores agora ela é do nono, mas dei aula pra ela uns dois anos, mais o da pandemia.

sempre que a vejo, me derreto pelo seu irmãozinho, pequeno Levy. hoje ele está no terceiro aninho, o conheci bem no primeiro, pouco antes da entrada da pandemia.

a família não tinha celular pras crianças, então ele, como grande parte do meu público recebia material indireto por apostila. ou seja,.. interação zero.

a primeira vez que o elogiei ela arregalou os olhos de jabuticaba como os dele, e disse que ele, não usando as palavras dela, era um anjinho muuuito sapeca, que não para nunca e só incomoda.

muito inteligentes os dois. uma pra dentro por opção, excelente estudante para além do protocolar. muito criativa.

e seu irmãozinho é do tipo quee salvo raras exceções, pra todos os lados da sala que você olhar ele está protagonizando, ou em ponta de alguma brincadeira ou treta.. e quando enfim ce vira pro quadro, leva um susto porque ele está lá também, ou com alguma pergunta, ou pra delatar algum amiguinho de alguma coisa, ou pra explicar o que ele não fez, e que todos estão dizendo que foi ele sim. allgo de familiar me soa, mas nem é isso que trato.

é do amor mesmo. minha aula já tinha começado. ele estava com cadernos, livro, coisa aberta bagunçada. Levy! olha essa mesa cara, que bagunça é essa, e você só tá pra lá e pra cá!

fui ajudando a arrumar e quando vi os dois cadernos, derreti. 

a familinha é o pai, ela, e ele. os coleguinhas em volta disseram que a irmã encapou porque estavam detonados (imagino que foi queixa da prof. de sala)  por que realmente, já estavam de novo detonados depois de encapados. 

lindos, lindo demaais. disse pra ele que a irmã encapou tão lindo porque ama muito ele e quer que ele se esforce em sala. e ele com aquele olhão pra mim.

ainda disse que ia pedir pra ela fazer um pra mim. e vou mesmo. e não consigo. toda vez que olho esses cadernos meu coração transborda.

amor que chama. e só.



seu Setembrino , o astrólogo | chefe é índio


estava eu viajando nessa paisagem tão comum.

o ônibus demorou uma lenda tão grande que perdi meu carro. mas curto também, tá divertido, me sinto mais humana nos ônibus da vida.

passou alguém e, no bom português me tirou uma fina. 

olhei pra pessoa ri, e disse pra ela do susto que levei.

você sabe porque se assustou?

por que eu tava futricando no célular, e ouvindo música bem alto?

não. é por que você estava pensando em outra coisa.

ahhh tá. é verdade! e ri.

era um senhorzinho bem velhinho que tinha acabado de sair do posto e queria saber se eu estive lá também.

ah eu tava lá falando logo com a chefe, tem que ser assim, o resto tudo é gerente, o chefe é Índio

pasmei. como assim chefe é índio? perguntei.

foi a primeira vez que vi uma menção tão poderosa a indigenas brasileiros em um dito popular corriqueiro, mas que nunca tinha ouvido na vida.

ahh você está num lugar é tudo gerente, cê tem logo que procurar o chefe, e o chefe é índio né. ele que manda.

que vovô foufoooo.

e você é índio?

não. qual o seu signo?

pasmei 2. será que eu ouvi o que eu ouvi? an?

qual teu signo? não que eu preveja o futuro, sabe..

eu sou de gêmeos.

ahh gêmeos perdoa fácil. você perdoa fácil, você.

ué, sério, porquê?

por que o signo de gêmeos é um, que nasceu grudado no outro desde que nasceu. perdoa fácil.

dá pra acreditar, que vovozinho amado gente. 

e aí perguntei o dele. virgem. me disse que virginianos tem que fazer tudo na hora, não pode deixar pra depois se não ele perde.  ou não acontece, no caso de um encontro. juro, uma figura. depois perguntou seu era casada. ..mas não teve malícia. respondi.

qual é o seu nome? perguntei.. 

o virginiano astrólogo recebeu o nome do seu mês.

..


















sim. | água da fonte.. | algo bem Bruna | um presente/eu integral

 

a realidade é o espanto do desejo reprimido.

amo essa frase.


* e nêsperas por todo lugar..

ah, mas, se tiver muito frio, seu alecrim, com gengibre. amo.


sonhos..


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bem.. hoje em dia eu diria que a ilha ela mesma, e só, tem o desenho de uma pitanga como contorno de mapa. é tanto pé que tenho visto por aí que nossa..

lembra dos relatos? diziam que a ilha era um paraíso de frutinhas, lugar muito perfumado, muitos pássaros.. , devia ser um paraíso mesmo.

você já fez o exercício de sentir, tentar né, restaurar a energia mais pura que já vibrou e que um dia se instaurará de novo num futuro sem data, perdido, trazendo essas duas energias de fim e de começo, no próprio lugar em que você habita agora, o espaço, a casa, região..? 

imaginar a vista, a mata fechada, o mangue talvez, o verde, a selvageria, a quietude, o silêncio, .. trazer a melhor energia, fazê-la vibrar de novo, e então sempre, nesse lugar? adoro.

aliás, até, agora pensando nisso de forma estruturada assim, pra fora, pra você, é uma boa forma de conexão com o entorno, de repente trazer isso pro seu corpo, nos elementos que o compõem, que já foram parte de outra coisa um dia, e logo mais tornará a ser.., colocá-los num restaure um pouco, de sua melhor luz. 

uma meditação né.

enfim,..


o melhor de mim, resgatando esse seu  melhor ser, às vezes procura de algo que extrapola seus contornos para vibrar em inteireza. essa é a seara que não se menciona, é de sentir, só sente.  taí, algo bem meu, bem Bruna, um presente. 



25-09-23