terça-feira, 28 de fevereiro de 2023



tem gente que precisa de anestesia

precisa de amortecimento, em nome de incentivo. ou em nome de estimulante.

é interessante. você sente que alguma coisa está acontecendo, mas não sabe de onde está vindo, e não se importa muito. deve ser genial. 

empolgada.



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falando em anestesia hoje bem cedo tomei uma tãaao deliciosa, que quaase valeu o preparo para ela. gennte, tô feliz até agora. ai ai

cuidar de si, olhar para si,  que c h a t i s s e importante.

24/03/23


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olham.. pertinho da experiência de ir pra outra medicação, venho aqui atualizar.  Germano ce acha que o Pedro vai me dar algo pior pra tomar? sei lá, mais forte, que causa dependencia, feitos colaterias, ui. porque os que tô tomando não tem sido muito genial não, que pena.

então ele me solta, pior é aquele que não te ajuda. grr, concordo. e conversamos sobre isso, possibilidades. 

num mundo em que estou óootima, refeita pode crer, volto a trabalhar no dia do meu aniversário. acho bem simbólico esse presente. 

sigo. entregue na verdade, às possibilidades.


31/05/23



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

imagem e infância

 CANÇÃO


Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.

Cecília Meireles (1901-1964), Viagem, Lisboa, 1939





me ouça
com seus ouvidos atemporais
a bruna menina tinha forte impressão ao ler cecília meireles nesse texto, assim que  pode, no caderno antigo de sua mãe também menina. 
ouve de novo, quando viu gravada nos livros escolares um pouco maior.
e agora de novo, sussurrando essas linhas em pensamento, vez por outra, quando se lembra que não gosta de poesia.

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a Bruna  de hoje vê e ouve essa poesia...

a Bruna de hoje sabe que ama esse texto, e  o aceita do jeito que é.

ela também sabe que sonho é fumaça, desejo é um grão de areia, que dor é uma aliada, te deixa realmente mais forte, ou resignada, os dois ou um, parece bom

Bruna bate cabeça pra tudo que é maior que ela, até a dor. pensa sempre em possibilidades, planos B, C , ou plano de não ter plano, nada é único, nem definitivo nessa vida..

ahh essa Bruna. ela vai com a onda, sem resistência e isso não é fluidez, sapiência,  nada de bonito tão só, .. é como as coisas são, simples assim. 

e um viva à sobrevivência.


25/04/24













sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

eu e eu, uma esquizofrenia | condição de existência

 

só se eu me achasse muito importante, pra achar que o que eu digo é importante a ponto de ser resposta pra mim mesma. e ainda retroativamente.

e só eu sei o constrangimento de rever a inocência de alguns textos anteriores, e a força de vontade que tenho que fazer pra não sair deletando. aceitar aquele momento, aquela expressão, dentro daquele contexto. ressignificar no presente, onde ressoa, é um exercício por vezes triste, sozinho, a minha cara. embora sim, existe amor também, nesse convite, eu sinto.


falando em afetos, teve uma pessoa que amei um dia, que pediu a dedicatória do meu tcc, para colocar no seu. ele disse que seria muito significativo. um outro amor, não lembro direito, mas se não me engano pediu o mesmo texto, para um final semelhante, sem saber do outro pedido. uma lisonja, pensa.

se um peixe morre pela boca, eu morro um pouco a cada texto escrito às vezes, quando percebo seu eco. mas renasço a cada novo, transitando entre  intensidades de prazer e dor, na contemplação da vida.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

uma energia boa | permissão tácita



eu caí num curso de reiki sem saber direito o que era. ao invés  de me beneficiar primeiro, fui conhecer a partir de dentro. acho que para acompanhar uma amiga que fui, e por pensar que mal não ia fazer. ahh, queria que minha mãe fizesse, aí ela desmarcou na última hora, e eu fui com essa amiga. 

pra mim, foi um ganho.  apesar de ser uma pessoa reticente, incluí essa prática na minha vida, e, seja pra mim, seja pra pessoas próximas, muito descompromissadamente, comecei a deixar a energia passar. e tem sido assim ao longo dos anos. 

foram 3 reiki 1, 2 reiki 2, 1 do terceiro grau, conhecendo os novos símbolos e permitindo a energia ocasionalmente circular.  eu diria que fiz os outros mais por curiosidade, e a cada nível próximo, pude refazer os anteriores, com mestres diferentes. interessante.

não gosto muito, e nunca exercitei de fato o presencial. gosto mais do à distância, deve ser coisa de gênio. enfim. 

também nunca fui muito frequente na prática, me tornando mais, quando por ventura oferecia, aí o compromisso vinha mais fácil.

então gosto e fico muito grata quando firmo esse compromisso para alguém, porque por um tempo fico assídua.

assim, final do ano passado, um pouco desse início, me coloquei nesse propósito firmemente. precisava muito me auto-motivar então, me garrei num cliente antigo que talvez, não fosse ficar bravo comigo, e nos coloquei em um pacote bem sério.

propósito para mim e para ele, genéricos e separados, de limpeza, reenergização, conexão com o divino muito principalmente, com os propósitos de vida, aceitação do momento presente, maleabilidade, cura. tudo num sentido amplo, expandido, e muito amoroso, porém dentro da linha destino de cada um.

funcionou sabe, no quesito persistência. e foi, e às vezes ainda consigo fazer e é, uma energia muito bonita, e um aprendizado a cada dia.

renovar, fortalecer, soltar as amarras, desenosar os emaranhados, adoçar, inspirar, respirar fundo, e soltar.. está tudo bem mesmo quando não está, certo? algo assim.



a madrugada, o amanhecer, a hora do insone, ou a hora do trabalhador. uma hora zero, um pedido pro dia, uma prospecção energética. ele começa, e termina, por vezes ou grande parte durmo de novo.

teria muito a falar sobre essa experiêcia. quem sabe outra hora volte e consiga pensar melhor em tudo. faz tempo que queria escrever sobre essa faceta. agora que comecei a trabalhar tá meio embaçado tudo. talvez, até mais que sempre, e está fazendo falta. 


mas vai voltar.








eu não tenho conseguido ser minha mãe, para minha filha. tô achando que nunca vou ser, não que devesse, mas nas coisas boas que ela fazia, seria legal. tem rotinas que não sigo, organizações que não alcanso, coisas que faço por esforço tentando até ser outra pessoa pra parecer mais leve sabe. tenho vontades que ainda não cumpri, tem tendências dela que quero contribuir, tem dificuldades dela que quero atenuar. projetos. e culpa.

acho que esse tipo de acompanhamento de vida tem um pouco de atuação né. porque tem coisas que absolutamente não sei como fazer, resolver. mas pra ela.., sou a cara da confiança.  por um lado é bom, mas uma hora a ficha cai. espero que quando cair, existam outras caras pra ela se orgulhar, plenas verdade e assertividade, talvez. 

eu vejo minha mãe hoje, meu coração aperta. ela é uma ermitã desencantada e desajustada das relações humanas. desencantada um pouco das expectativas que tinha com os filhos, infeliz numa casa que ela não quer mais. sua face, seus olhos tem fogo de guerra, a personalidade, a lucidez.., embora por vezes eu veja ares de criança.

e eu sou mãe, e sou filha.

sou irmã do meio.

eu percebo essas pontas, e fico pensando.. entre o que fui,  o que serei, o que se desenrola nesse meio tempo.

não sei. 




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eu🤷🏽 

tu🤷🏽.. 


tudo certo, acho.



25/04




terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

autossuficiência | a vida continua não sendo filme

 

se meu mundo caiu.. eu que aprenda a levantar, não é mesmo? tem muita gente depois da Maysa cantando.

não adianta. ahh é até engraçado, fazer o que.

tô azeda que nem as frutinhas do jardim. mas tenho momentos bons também. alterna. hoje não escrevo, não digo e não sinto, quem sabe noutro. sei lá, cada dia é um dia.

não gosto muito dessa musica. gosto da frase. e nem da frase assim.. tenho quase certeza que alguém já cantou que se meu mundo caiu, eu que aprenda a levitar. e levitar deve ser muito melhor que levantar, mais divertido, mais lindo, só sumir por aí.

eu sou aquele sambaqui que via de fora um dia na minha casa. eu tô lá, estou e sou ele, devo ser a arqueóloga também. mas tô que só olho por hora, a pilha é muito grande.