quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

eu preciso ser mais | sobre ser, e aí só, mudar..

pra uma das turmas eu desenhei a minha cartinha no quadro.





gente, a profe precisa ser mais ORGANIZADA. nessa, váarios já te interrompem concordando, dizendo que também, aí começa a conversa palalela, aí precisa fazer a chamada geral de atenção, aquela coisa de mil vezes, né.

.. mas cês viram? vim aqui pra sala e esqueci o pote de papéizinhos. fui buscar na sala dos profes não tava, meu armário também não, sabe onde achei? na biblioteca. esqueci que fui lá. e eles riem, comentando algo do ano passado, e já querem recomeçar o agito. shhhh, quero contar da minha palavraaa.

sabiam que às vezes eu entro na turma errada e começo a dar aula bemmm feliz, aí do nada entra a Angelita dizendo ô! sua  loka, cê errou a turma, os teus tão lá já, subindo no teto. 

hoje mesmo eu fiz isso.. risos.

às vezes não sei da chave do carro, da sala, a profe faz dessas sabia?

e esse ano tô com essa palavra, preciso deixar meus pertences mais organizados, minha casa, e .. 

sabia que a minha organização conversa com a de vocês, com a da minha filha,.. a lealdade, delicadeza, tranquilidade, amor, paz companheirismo, essas palavras de vocês, o  pouquinho que vocês melhoram, os amigos, as pessoas que estão em volta também mudam??

blá blá, .. eu não gosto de pregacêra sabe. 

mas estranhamente, eles curtiram bastante.









uns causo

 

ambidestro

ounn tu quebrou o braço, tadiinho, como?

me empurraram no recreio..., multi vozes respondendo junto com detalhes e nomes.

ahhh mas pelo menos você vai poder treinar desenhar e escrever com a outra mão né?

turma voces sabem como chama a pessoa que escreve com as duas mãos?

aí vem uma voz de imediato, inteligente!

segundo aninho é demais.



indígena

profe você é de índio?

outro estudante,

prof. cê sabia que meu pai disse que eu sou indigena?

ahh é de que povo? ahh não sei. pergunta pra ele!

outra, essa pulseira é de índio, quem te deu? e essa?

e eu sempre ouvi muitas perguntas assim, mas nao tão constantes e monotemáticas, não tava entendendo. depois que outros fizeram menção ao bracelete xokleng, entendi. 

é a mesma coisa de quando uso tranças. viro Frida, com vestido fechado evangélica, dependendo do cabelo ate a Amy já fui.

a pulseira indigena é lindíssima, mas não em mim, me incomoda quando uso, porque vira mais que um acessório junto a minha cara, que saco. fico meio travestida, acho.

o lado bom é.., não sei, levar a arte, endossar, consolidar uma presença e uma beleza. 

mas é difícil sabia. pesa.


___

hoje entrei pela segunda vez na sala do primeiro aninho, a primeira pergunta já foi essa. Maria Lívia, prof. você é índia, aí outros também  perguntaram. ó prof. esse guarda-chuva é de indio ó, e Maria abriu seu guarda-chuva marrom (???).

mas porquê, perguntei. ahh por causa do vestido, do cabelo alguns, do colar, pulseira, eu não sei.

me ocorre que teve acho essa temática rolando na TV aberta, alguma novela.

tem um lançamento também no Netflix de uma menininha que fugiu da aldeia, uma indígena, Cibe está me dizendo que ela é caigang, e que o nome dela é Luz. pode também haver com isso.. engraçado. aliás Cibe ficou bem impressionada com essa sérinha, confesso que não vi.

aproveitei pra dizer que minha decendencia tem indígena, tem sangue africano também,  e pedi pra levantar o dedinho que achava que tinha um pouco de sangue indígena na família. quase todos levantaram. bonitinho.

depois perguntei se sabiam quais os povos que moram aqui na ilha até hoje, se eles já viram, conversaram.

contei de quem eu comprei minha pulseira. 

esses papos estão bem engraçados.


29/02/24



questão de estima

eu sou burro prof.

você Não é burro. quem te disse isso?

eu sou um pouquinho burro sim profe.

você nao é burro, você é arteiro, gosta de brincar quando não deve, se você exercitar aquela virtude ali de tranquilidade, que você ganhou pro seu ano, sabia que vai ser bem bom pra você?




macumba

prof. é da macumba? aí alguns emendam, eu sou. 

ou, eu queria ser mas minha mãe não deixa.

prof. essa pulseira é de macumba né?

prof. eu gosto da Rosa Cavera...

prof. esse colar é aqueles colar aqueles né.. (tipo guia)


ouvi muitas e muitas variações dessas perguntas no segundo semestre do ano passado, entre pequenos dos anos iniciais, e finais.

e não. não uso nenhum acessório tematico não. aliás, sou meio monotema com meus acessórios, são sempre os mesmos, uso quase até derreter..

paro sempre num posto à caminho de casa, bem no finzinho no ano passado uma atendente ao servir a gente perguntou se eu era do rezo, demorou pra cair a ficha, ela estava pedindo ajuda, estava procurando uma casa.

duas profs novas na casa desse ano. as duas ao me cumprimentar fizeram comentários precisos do tipo, te reconheço do rezo. mas gente. não tinha nada na testa escrito, pelo contrário, sou muito na minha, já sabemos, acho.

mas parece um imã. uma trama, cê vai reconhecendo os 'irmãos'. 

no caso me sinto descoberta da minha moita né, mas tudo bem.

curioso.


29/02/24



terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

v i n t e e d o i s dias depois. | pronta sem estar, certeza é uma palavra forte | pelo que é certo


emperebada mas medicada, contida, estabilizada, não temo feridas, sigo entre os meus sem medo. que o contágio seja outro.


 XX


quando essa carta é Papa, dá um rancinho. quando ela é Hierofante já me instiga, acho bonito, profundo.

até parece que ela tem haver comigo, interessante. não a parte do tradicionalismo, convencionalismo, mas o que é justo, o que é certo, e isso pode variar bastante dependendo do caso e de quem julga. 

eu tenho desconfianças no geral, mas tendo a acreditar no que me dizem, no ambito das relações sociais, afetivas, especialmente as proximas, ou unicamente até. e aí acho engraçado pescar contradições, não que vá fazer grandes coisas com a informação. sei que dá um alívio saber até onde essa pessoa vai, pra mim. eu gosto de prestar atenção. 

aí já não sei se tem haver com a carta, mas me suscita. 

eu quero estar mais disponível sabe, aprender o nome dos meus colegas esse ano na escola, prestar mais atenção às individualidades dentro de sala, seus nomes também, dos pequenos, mas isso é quase impossível frente ao complexo do coletivo, tem quem consiga né, saco, enfim..

eu quero sair das minhas dores, vou deixar elas ali, já sei que não vão a lugar nenhum mesmo..

e bora pra outras dores, e alegrias quem sabe, minhas, e de quem me acessar.

sinal. 




segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

vício | fascinação | descondicionamento





a gente goza, depois a gente chora.
não é por culpa, é só como é. um aprisionamento  algo entre amor e dor.
e quem consegue pular desse carro, quem é o corajoso aqui?


XXI

os fios que nos unem em um desejo bem louco, a dependência de sentir que atravessa essa realidade mais simples e aguça nossos sentidos, sensibilidade, eu sei, você sabe, estamos presos.

soltar os laços significa levar essa dor pra vida, e revertê-la em cura, mas só amanhã no Hierofante, hoje a gente constata. mas já venho falando isso, há eras aqui.

eu só penso em você, e tenho um fundo de dor em mim com seu nome, que nunca vai curar. vai amenizar, quaase desaparecer eu sei que irá, saiba, a partir do engajamento com outras histórias da vida, já fiz isso, não foi de todo ruim mas difícil, tipo tomar cevada, ou comida insossa, mas aos poucos a gente vai encontrando outras notas de prazer.

soltar os laços, sair de fininho olhando de frente, e através, desimportar, nada é nada, só mais uma dor sem nome, não diagnósticada, só mais uma.

já disse aqui, são três dias e tudo ameniza. aquela angústia, desespero inicial, amenizam e será possível seguir. seguir gostando, porem o mais longe possível de alimentar a tara infundada.

da pra seguir qualquer protocolo de desintoxicação de dependentes sabia? não tô brincando.  funciona.

e já adianto aqui, amei meu ciclo com os arcanos maiores, achei lindo que termine no Hierofante,  .. só amanhã.

seja gentil comigo, siga firme no intento. eu quero que siga.








domingo, 25 de fevereiro de 2024

que minha liberdade e amor seja também a sua | inundação


só podia..
 que assim seja.

XX




na verdade saí sozinha, deixei Cibe com o pai mas desde que acordei já estava sózinha no meu propósito, firme como até agora, e pra sempre talvez, não ri.

fato é que na estrada à caminho, cheguei a conclusão que sim, você podia vir comigo, estar ao meu pado, e receber a mesma benção, limpeza e situada que eu. sentiu? mas estava. embora minha benção, limpeza e situada me afaste de você, nada impede que nesta cerimônia estivéssemos lado a lado.

.. sempre contei como certo a prosperidade dos seus anseios mais generosos, mais altruístas, mais congregadores entre os seres, então dividi saiba, meu axé de boa contigo. seja e faça por onde, tempo sabe o que faz.., nada é pra ontem  tu sabe né, quem meche com terra já sabe, então, já é.

já eu, estive ao seu lado no axé e o meu pedido foi o que todo o universo ja sabe, que é apego à vida,  e vida feliz. além da novidade pra mim ainda  engraçada e um pouco aterradora também que é, bençãos no servir, servir ao próximo.

a vida é engraçada.


Cachoeira

 

estavam perdidas duas cartas.

aí fui ver o bolo de todas e achei mais uma.

guartava um certo luto, mas não me ocupei muito.

dias seguindo malumor aumentando, detesssto perder cartas,  eu, nunca quis comprar, ganhei tãaao nem sei porque, e guardei. não ia gostar naada nada de perder.

olhei no bolo de novo, não, aí ti e que fazer o que não queria,ver carta por carta e descobrir qual era. que saco.

e qual é???

Enamorados. tinha que ser. e eu tenho um recalque e entojo dessa carta que vô te contar, bem ela que sumiu? francamente.

temos então O Diabo, O Hierofante, e Enamorados, se qualquer das três cair amanhã vai ser engraçado. 

amanhã lavo e abençoo meu Ori, ou Ory ai ai, enfim, nas águas doces de  Oxum, ultimo rito que falta pro centro reabrir esse ano.

para cada uma das cartas, a ênfase dos meus pedidos será diferente, ainda que basicamente os mesmo teor.

sabe aquele ponto Oxum lava meus olhos lava meu coração? tipo isso, lava e leva os fios que me prendem de ir pra rua, que me prendem a conexões fantasiosas (Diabo), lava e leva minhas tristezas e fantasmas, lava e leva meu passado pro poço, lava e me cura e reverta essa experiência de vida em cura pra quem precisa (Hierofante), adoça minha vida pra enxergar o prato feito de delícias a minha frente, e que meu paladar seletivo doente vem impedindo recorrentemente de desfrutar (Enamorados).

e lava leva livra e me banha com seu amor, pra que eu saia da contrária de sua energia e faça valer o poder de sua coroa, em mim.

assim é.



sábado, 24 de fevereiro de 2024

eu nao confio no meu endereço | quem vê pensa






para receber encomendas, sempre uso o da minha mãe, um que outro amigo, nunca confio no meu não. então estava com o coração na mão.

um minuto de distração e pertimiti que um encomenda muito querida fosse enviada pra mim diretamente. e ontem ela chegou.

ele é uma daquelas pessoas que trocam o nome. o povo que curte aquelas parada indiana que esqueci, ah, os hare, fazem muito isso. 

e aí eu não sei como é pra pessoa, mas eu pergunto 1  2  3 ... dali a pouco me desculpo e pergunto mais umas duas, depois desisto, e fica aquele eterno constrangimento de não saber pronunciar, e então nunca mencionar aaai, que difícil. 

será que um dia eu vou adotar novo nome? só Deusa pra saber mais sobre o meu NÃO redondo de hoje, viu.

mas então ela está envolvida com a iniciativa da criação desse tarot, com as vinte poucas cartas dos arcanos maiores. soube que estão agora produzindo livro, e as cartas dos arcanos maiores e menores. 

quando soube, ao acaso, fiquei bem louca pra ter. 

assim como o mitológico, a riqueza de pesquisa e profundidade na cultura guarani dentro das janelas simbólicas das cartas,a jornada do louco. amei. especialmente seu conteúdo como recurso pedagógico.

está sendo desenhado. e vão tentar lei de incentivo, eu quero muito que role.



ela não tinha mais pra vender, está esgotado.

aí resolvi então meio que matar a vontade fazendo uma leitura com, bem lindo. 

ao final ela disse que iria me presentear com o seu, o último que ela tinha que não usava fora do que servia para leitura. está até sem corte.

eu fiquei muito feliz e grata.

do grego pro guarani ein.. ✌🏽


tá na hora tá na hora | hora da verdade e meu hoje com isso

 


XIX


agora ou nunca, num dia, um dia de Julgamento. 

se meu dia chegou, estou perdida.

se existe uma grande verdade escondida, .. 

minhas pernas tremem e meu coração dispara.


não estou pronta.

shhhh.. e respiro funmdo,..

agora estou.





O Julgamento para Cibe 


eu expliquei para cibe mais ou menos o significado da carta do julgamento no tarot.

que existem pessoas que acreditam que os mortos um dia tornarão à vida pro juízo final, e saber se agora é vida eterna no céu ou no inferno, segui dizendo que neste dia os mortos voltam à vida, é a hora da verdade. 

quando ela já estava fazendo cara de medo eu, expliquei que a carta era um simbolo, e que normalmente no tarot representa por exemplo situações subitas e inesperadas de eventos inconclusos acontecem e que normalmente se isso não é bom, é muito importante pra nossa história de vida.

então, disse que eu ia escrever um textinho sobre a carta e pedi para ela escrever também, ao mesmo tempo que eu.

toda a reflexão ali dela parou no sem temer. essa adição foi fruto de conversa nossa, onde comentei que se a gente vivesse como ela disse, não ter porque temer o grannde julgamento. então ela quis adicionar.

mas eu sei sim, o que tem haver com meu dia.

_____

o eterno auto-julgamento crítica e auto- condenação de mim mesma. isso. só porque tinha que ser novidade né Brasil. tô até meio entediada, puff. mas belê..

amanhã será um lindo dia.


____

todo mundo vivo??

recair não é o mesmo que ressurgir.

ahh, é mesmo, então, todos vivos. 

ou mortos. 

e eu rindo.





sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

achei breega praca.. | uma vida, outra vida

hoje pegou estranho.

outro dia perguntei pro léo se ele sabia onde tava, ele não achava por fim, esqueci.

agora pouco apareceu no grupo da família.

eu nunca faria isso, mas, enfim, como já comentei, pro Leonardo bateu muito mais forte que pra mim, a relação deles sempre foi diferente, tadinho.

fico admirada dele ter escolhido essa musica. curiosamente meu pai curtia muito João Gilberto, mas interessante a referência, pensando no meu irmão me viria outro tipo de música.

ali tem imagens de casa, alí da Flora, mais recentes, com ele já bem magrão, e tem bastante foto de um evento raro que foi o aniversário de 90 anos da vó Chica. uniu todos os irmãos. oszome, diziam que jogavam futebol muito bem, refizeram algumas fotos.

tia Balbina, e tia Nana, as únicas, bem presentes pra mim na infância

tio Silvio, que era fotógrafo, e quando eu era pequena queria cumprimentar com bejinho na boca e eu morria de nojo, não queria, fugia dele horrores. falecido já.

tio Basteca meu padrinho

tio Chico, que eu posso dizer desse homem. um des-tio.  falecido tem uns bons anos.

tio Dito caçador de onça.. falecido ano passado..

e Papis, junto a vó Chica. no ensaio para a foto dos irmãos e mami, também do lado de lá.

por fim o pai com a Júlia, numa das milhões de vezes em que meu pai demonstrou o maior amor do mundo, que ele manteve guardado uma vida, só pra dar pros três primeiros netinhos.



meu pai teria odiado. se bem que ele adorava piada idiota de morte, lembro dele dizer coisas do tipo, depois que eu morrer, qualquer coisa daí.. então, não era muito apegado.

agora porque eu pedi pra ele encontrar semanas atras acho, boa pergunta. mas certamente tem haver com a vontade de guardar aqui.




sem radicalismo parça | invejo a auto-consideragem um pouco, talvez



eu tô é rindo. porque isso não iria acontecer ao contrário. eu não iria tirar a carta de hoje, e escrever o texto abaixo.

será que envio a cartinha da temperança pro meu amigo, pra ele guardar no coração assim como no trabalhinho com o quarto e quinto ano? aai ai. preciso de um café

 XVIII


tem pessoas que tem um mito fundante, fundador, sobre si. uma história e visão forte de sua trajetória e a proclama aos quatro ventos. e se impõe na vida proclamando essa importância altamente certos da relevancia de suas palavras, opiniões, para hora de qualquer Brasil. 

e não é que elas queiram ser admiradas e reconhecidas quase como pop star de sua área, mas, mas é eles já se alto reconhecem assim, e isso é tudo, de suficiente, pra várias tretas.

eu acho impressionante.

conselhos, sugestão pra estratégia, novos olhares, abordagens sobre os eventos, atritos, conflitos, que nada, essas pessoas são muito, e já sabem o que você diria, já foram e voltaram com muito mais do que as tres palavras que tu nem começou a dizer... e continuam afundando com o dedo em riste, na eterna razão. 

se consideram perseguidas, prejudicadas, olham pra si, pra sua maravilha de ser, e, .. só.

ontem encontrei um amigo na assembleia. ele obteve uma absolvição e a vida está por recomeçar. fiquei muito feliz sabe, certas pessoas a gente gosta de graça.  

e não canso de me impressionar.

está igual.


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

eu e o otimismo | de amargo já basta o café, acho.




XVII

o dia que Cibe descobriu que as estrelas da noite olham pra ela durante o dia inteiro, que elas estão no mesmo lugar basicamente, a seus olhos, ela ficou muito brava e disse que era mentira.

elas estão ali agora mesmo, fui olhar e não vi, tudo bem, já acostumei eu entendo minha filha. 

pode olhar minha vida viu, pode estar na minha vida e fazer ponta enquanto durmo, isso nunca vou poder evitar, e não se trata disso.

eu descobri algo assim, pode rezar, pedir, de qualquer maneira pra quem quer que seja e tudo o que você vai conseguir é um sopro, um torporzinho de conforto, um encorajamento para a escolha do caminho possível, entre tantos, para você trilhar com sua dor consciênte, inspirado, e conservando algo de sua essência, e sanidade.

ninguem vai fazer o que é seu.

mas vão te olhar. 

essa Carta também acho linda e o mito também, o da caixa de pandora, adoro, mas não me lembro bem, ao longo do dia vou até tentar ver um pouco, deu saudade.

e Esperança pra mim é uma palavra bonita na boca de muita gente idiota. e aí as vezes deixo ela com eles e saio correndo, ui credo. 

é verdade, eu precisava é roubar da boca deles e fugir pras colinas.

boa. planos.




gps








quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

fica mais leve o peso do meu coração.

eu fico de cara. 
e  fico doente no mais.., contingências.

mas, às vezes tenho uns retornos muito queridos.

ontem na aula no quarto ano, que eu conheço desde o primeiro pandêmico se não me engano, foi muito difícil.

é uma turma de crianças com potência muito forte, com energia que transborda, sabe.

ala conjuga protagonismos de diversas frentes, e tudo conflui em muito barulho, conversas, conflitos e dificuldade de aquietar para ouvir, seguir um trajetória de aula, ainda mais vindo de uma prof. de área, que fica pouco com eles por semana.

e eu me irritei, e fui ficando daquele jeito de sempre, garganta já era, tive que brigar, tirar um que outro de sala, falar o que não quero, desistir da aula pra passar sermão gigante, doutrinando pros próximos encontros, tudo isso teve.

mas bem no finalzinho consegui uma entrada de coração pra coração, foi bem lindo.

eu morro de preguiça de relato de aula, então não vou fazer. mas digo isso, queria focar no início de minhas aulas em valores de convivência, mudança de conduta e aprendizagem saudável. se eu fosse dar um nome pra essa aula seria, a minha palavra do coração, 2014. 

comecei a aula com a confecção de um coração origami, que tem um bolsinho na parte de trás. era uma peça difícil no final, mas eles puderam fazer boa parte, as ultimas dobras eu fiz. 

gosto de começar as aulas com uma dobradura porque ela é centralizadora na figura do professor, favorece conhece-los bem, enquanto construímos juntos a intimidade e a peça, é muito bom.. 

essa feitura, diferente de outras turmas, em outros momentos, foi especialmente árdua. fervi várias vezes, um minuto = quatro horas.

para segunda parte, elenquei uma série de valores interessantes, qualidades, que cada um ganharia aleatóriamente impresso num papel, sob a proposta de que refletissem ao longo do ano.

a ideia era que a palavra seria uma aula, uma escola, para eles colocarem em prática, estudarem o ano todo.


mas foi tão difícil o processo da feitura conjunta do coração, caara, que coisa complicada foi essa partilha. tantas interrupções,  o tempo tinha se esgotado, minha energia e humor também. 

já nem queria mais entregar papéizinhos coisa nenhuma. tinha desistido, desisti até agora pensando, estou desistida até no futuro de algo igual assim  caso se repita, saco. 

não sei com que energia por fim, eu passei por eles e entreguei o papelito.

aquietei a turma, fiz a fala da palavra do ano, explicação, e depois pedi para que cada um dissesse sua palavra em voz alta. 

primeiro perguntava o que ela significava para a criança. e depois para cada criança, começava, se você tirou a palavra tal, significa que ou você Tem essa qualidade e precisa oferecer, ou você precisa exercitar, .. e ia inter-relacionando o temperamento da criança, do que eu conhecia, e a virtude, ao fim, pedia pra dobrar a palavra, e guardar no coração, de dobradura.

aos poucos percebi que eles ficaram atentos, curiosos, que queria muito ouvir sobre si um pouco, e até se estendeu um pouco aos colegas, tendo diminuido sensivelmente os ruídos. estava por bater o sinal, eles sempre ficam enlouquecidos, era as duas últimas da tarde, pensa, mas eles ficaram até o final e até um minutinho a mais, pra eu terminar de comentar de todos.

eu terminei a aula, ou a aula terminou sobre mim, só sei que a sala ficou vazia e eu atônita, encantada com esse momento especial. um finalzinho de aula, que ressignificou todo o seu transcorrer, entende. 

não diminuiu o meu desgaste, minha garganta já está ruim de novo e como sempre, mas, pequenos lances, pequenos retornos, .. um algo.

isso, e os abraços de corredor.










não me acho, nem me perco | plena | tudo que eu não sou, porém, me aguarde ein universo


 XVI



não lembro que personagem ela representa na mitologia grega nessas cartas, mas a conexão com a terra, a fertilidade, o amor que transborda, um sentido muito profundo de nutrição né está impregnado no sentido dessa carta.

essa em especial acho realmente linda nesse tarot.

a Imperatriz, no positivo é feliz, mulher amada, plena, iluminada, alegre, cuida da terra, do alimento. ela gesta, e dá vida, lindo.

mas e ela pra mim, na minha vida, na minha trajetória, últimos tempos, hoje?  justo hoje.

então..



terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

prof. teu nome é uma música. | pura poesia

mas ele não sabia qual era a música. 

e foi aí que eu me lembrei de um absurdo de música. que me matooo, de rir, enquanto reflito sobre a criatividade  brasileira.

pode que a Bruna dele seja mais recente, já eu.., fui direto pra essa ... jeessuis, apaga, apaga a lúis, vai. 




quatro elementos, munição, ingredientes, componentes, longa, estrada, mapa, script, animada, fui. | como se fosse | reascender | revolta zumbi



a empolgação, o deslumbre, a esperança, aquele olhar, aquilo tudo genuino, inocente também, .. aquela palavra,.. idealismo, tudo isso só se tem uma vez, inédito né. 
depois disso a gente corre atras, ver se consegue resgatar algo daquela chispa. e tem que cuidar,  seguido, com o reverso do encanto, ah.. quando ele bate, atenção.

mas O Mago tá com tudo pra recomeços, inspira que só, eu queria, eu quero, sigo querendo algo dele. o que eu preciso, ele tem. 

vou pro inferno, mas te tomo de assalto, tu vai ver. pensa..


 XV




me deixa ir
eu sigo resignada
a entrega não é derrotismo talvez
é só que eu não gosto de olhares, julgamentos, pena, ui

me deixa ir que sigo tentando, nesse mundo de reprises, prometo escolhas diferentes, exercitar a surpresa, quem sabe

eu vou, prometo que não morro.
tenho água, a terra é generosa, vento me conduz, o fogo pra quando eu precisar, um calorzinho amoroso 

bora cada um na sua trilha, somos família, sabe as relações de família? o melhor de nós está pra quem não nos imagina, já sentiu isso, na rotina é só animalidade, automatismo, e impaciencia.

e o que fez comigo nunca mais repete, será como se nunca tivesse feito.

já eu. bom, a mesma coisa. ultrapassamos uma etapa.

um dia a gente senta e economiza palavras, como na performance da Marina em que Ulay aparece de surpresa sabe, um olhar, e atualizamos eras.







eu não gosto muito da romantização, fetichização quem sabe é melhor. os trocentos videozinhos com trilha meloza. nossa, silencio é tudo gente, de potente e espontâneo, como foi. 

eu lembro de ter visto o video, ele entrando no museu, fazendo todo o trajeto até chegar no local da performance, som natural de burburinho sabe, bonito no simples. 

claro que pra quem estudou eles, acompanhou minimamente a trajetória arte-vida dos dois, não tem novela melhor, vê-los juntos após as muralhas.

enfim..

i never break my rules

teria medo de alguém assim.

algo entre inocente e rígida demais... do que vivi.., eu longe credo, de gente assim.

viajei agora né. vô é dormir de novo.
fui.








segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

vou de Apa, cê sabe..



me leva, me conduz do inicio ao final, do nascimento à morte. vou contigo, e o destino tá até fácil, o trajeto é que é o seguinte viu. 
de tanto palpite que dei até agora, e tantas voltas inutéis por conta, analizando o mapa pregresso,  bateu medo, cansaço, e até tédio. 
vou é dormir tá, e tu Só me leva.
até o fim.

 XIV




essa carta é um tormento desde criança pra mim. e eu nem sabia que ela existia. 

claro que você vence, tem sucesso, é lider de sua investida. mas se ela existe né. 

tem gente que gosta de dizer que se alguém não tá satisfeita com seu hoje, bora  fazer outra coisa, muda sua vida pras suas paixões, sabe, já ouviu algo assim?

eu digo isso também, em certa instância todos precisamos ouvir, primeiro pra se irritar e mandar a pessoa que disse pro inferno em pensamento, eu né, e depois considerar um pouco, realmente.

o que gosta, o que você tem vontade, o que você Quer ser? maais classica ainda. que raio de bosta de perguntas essas que eu não sei responder desde sempre sabe. 

foda-se que era bom gostar, no meu caso eu não preciso gostar pra viver meu hoje, porque corro a trilha do senão. sabe que é a trilha do senão?

eu pre ci so fazer e dar conta da minha vida e do meu hoje, o se não, deixo livre.. são muitos, pra quem não é inconsequente.

enfim. não era pra eu estar azeda,a carta O Carro é tão bonita, promissora. fala de direção, caminhos, escolhas decididas e gps on, sabe, e nem precisa, ce já sabe bem, de olho fechado até, é bonito. 

e que alívio né, a escolha certa, que ela seja alívio, luz, que ela faça, seja boa pra mim, pros envolvidos nao apenas pela consequência, mas porque é justa no caminho, no trilhar. seria lindo né. pensa..

eu odeio drama na ficção e na história, rever, estudar, assistir, mata um pouco minha alegria de ser e estar, eu não preciso disso. nao quero. e se eu pudesse, e eu sei que é infantil, mas nao queria que minha vida fosse, meu interior sabe, triste. 

enfim.. 

meu dia é cheio de desafios hoje, e eles vão determinar minha semana. consegui, ou culpa pra sempre, arrastando um bolo delas até o grante tilt?

oremos.




_________




irresistível não add essas duas musiquinhas, aliás essa combina muito na real com a vibe do Carro, a impetuosidade.

sabia que o Ares, personagem da carta do Carro nesse tarot da mitologia grega, teve um lance com a Afrodite que pegou fogo geral, foi o maior bafão, e desse adultério, melhor dizendo, paixão, nasceu a Harmonia? lindo né.

e aí Brasil, alguém aí quer saber o que eu penso de mitologia grega? não né. até porque sei muito pouco quase nada, perco mmmuuuito, mas acho umas coisinha.., quem sabe, qualquer hora.






rádio interna querendo irritar | não ganhou

uiiiiii sempre tive ranço dessa música.

mas tenho dessas,  qualquer música, em nome de todas sabe como, calar o interno com barulhinho, distração? 

aí nesse caso até gosto, a melodia é bonita, a voz, tal. mas como ando muito analítica, não passanara, fervo por dentro, e algo muito imperativo aflora.

é um atentado mental essas músicas que aparecem tocando do nada. e eu rio né, e venho trazer aqui ainda, pra Bruna do futuro rir mais que eu.




domingo, 18 de fevereiro de 2024

um exercício | um dia de tu




frieza, reclusão, intro-mundo, a justa medida do silêncio, a fuga covarde à enfrentar o contra gosto, derrotismo, arrogância, vida meditativa, pausa na sombra, fuga, ou o que, e o que, ou mais o que?


 XIII


dia que não cumpri tão bem né, já tive dias de moita muito melhores que esse e consecutivos. droga. até nisso desandei. mas ainda acho meu jeito, ser de eterna insatisfação tem seu valor. 

que lindo dia de moita né, que pode ser também, o que é importante pra mim, e a linha divisória que  separa os meus, do resto é resto, como dizia meu pai. que era outro especialista, assim como minha mãe.

se eu me conformar , aceitar com os exemplos, fica mais fácil, eu sou filha dessa postura, dessa maneira de viver.

nossa. será que está tudo certo no levante da minha vida, e eu, bem trouxa me debatendo em panela fechada, ou dentro de um aquário, uiiiii como sou bobinha.

bomm Brasil, mea culpa só na temperança agora, qual será que vem hoje, pensando.

19/02/23


linda


 

e por hoje é só.

um só de muito pouco já, eu sei.

e por hoje é só de sozinha também, não que eu esteja te chamando tá, na minha rede não cabe dois, pra constar.

mas aqui é meu lugar de manifestar, deixar ecoar uma dor de desajuste, de perceber isso, refletir.

e eu não tô afim de me desculpar por ser insuportável hoje, doce é a música ó, que amor.  e basta.

se distraído ouvir, vai achar que está entendendo tudo. aí afina o ouvido, e nada vem  de se entender. 

uma musiquinha mágica.

fui


sábado, 17 de fevereiro de 2024

dona Mon poderia não ter feito isso, o clásssico poderia ter passado sem essa tranquilo, mas quem sou eu, que gostei até.

 

falando em chilique, a deusa Maria Callas, será que não daria um chilique épico? pensando.

não sei porque meu pai gostava de Maria Callas.

eu sempre duvidei que ele gostasse de verdade sabe. mas ele aparentava gostar, eu que nunca tive muita paciência pra ópera, música clássica.

mas minha mãe ama, o Silvio estudou muito, então meio que tangenciou um pouco. tipo, alguma coisinha do mais pop do clássico se posso dizer assim, que ninguém me veja agora, posso gostar. e foi justamente o que dona Mon cantou, em um arranjo controverso pra mim, porém, bonito, pela sua voz,. além de que, está em espanhol, gostei de ouvir assim.

então..

essa é uma ária em que na história lá, que não sei bem quem é, qual a história, ela canta pra lua. lindo. com certeza você conhece.

lua essa, que está bem na frente da minha rede, Bruna essa, se decepcionando deliciosamente, nessa enrolagem agora.




bom.. como eu disse, em espanhol.

mas tipo... bora agradar meu papi, que está perto de mim esses dias.

digo isso porque outro dia um carro passou por mim, e a senhora ao lado do motorista por alguns segundos, foi meu velho. vi meu pai. não entendi porque, mas vi. e como já disse, não penso muito nele.

e digo também porque quinta, primeiro dia de aula com as crias na escola, e desde então sempre que eu lembro disso eu quase choro, e não gosto desse tipo de sentimentalismo, tive outro encontro com ele.

mas por partes, olha isso comigo, que incrível.



ui que mulher né. que expressão, postura, Diva né. pro velho Matias se sentir honrado então. amei lembrar.

eu gostava de ouvir a Callas quando eu estava aprendendo francês, tinha um trechinho uma passagem que adorava brincar de cantar, l'amour et un oiseau rebelle, que nul ne peut aprivoiser, et c'est bien en vain qu'on l'appelle, s'il lui convient de refuser... lara lá, pra lá e pra cá, ..

depois troquei pela Carla Bruni mesmo.., on me dit que nos vies ne vale pas grand chose elles passent en instant comme fanent les roses...


tô até rindo.. ai aai, minhas músicas.

gennnte, ora lua, ora chuva e eu aqui.

maaas... entonces..

fui no almoxarifado xeretar e pegar papel pra aula, de repente dou de cara com um utensílio de trabalho, que meu pai usava muito. me deu uma euforia, peguei dois, e fuji dali com eles e estão até hoje comigo, e estando com eles, e não tem como, eles são meu pai.

eu estava dirigindo e dei com eles no meu pulso, e imediatamente veio o som. 

gennnte aquele som, quantas e quantas vezes ia no banco incomodar papis pequeninha e ele estava carimbando um zilhão de docs? me emocionei, tô meio estranha até agora sabe. o elástico, o som dos carimbos, a caneta na orelha, meu pai.

uma saudade né. um fantasma.

e não gosto. meu pai não foi feliz, e sempre deixou suas frustrações à vista. e eu amo ele demais, mas nao gosto de lembrar disso, eu não quero ser eles. mas veja isso.

herdei e estresse, frustração, amargura do meu pai com tudo, especialmente essa coisa de deixar o trabalho invadir o pessoal, e herdei a solidão e reclusão da minha mãe, apesar de meu pai em vida também ser recluso. o que sou eu. um caso de sucesso?

não queria. mas é muito difícil né.

todo modo..




para Matiínha, com amor..












não quero, grata. | hoje não quero escrever lindo. | no meu mundo.


se eu tenho mundo nas mãos, tenho tudo.  agora descobri pra quê precisamos de outras vidas. 

se eu ganhei o mundo só agora, tô cansada, vou é fazer pior que os piores, e eu detesto ser a responsável, protagonista de filme de desgraça global, já pensou. não. next life.



XII


se meu coração está aberto, e eu tenho o mundo mas mãos, já configurou estresse pra mim.  q u e s a c o.

eu não quero tudo. e pode que eu seja é dona da justificativa furada, mass, tô nem aí. tô bem com uma partinha.

andei pouco de avião, e nas vezes que aconteceu, um lado meu pensou, nossa que legal esse descontexto do tempo, esse pulo de estados, países, tão rápido quanto mudar de humor.

o resto de mim, foi estranho. porque eu sabia que aquilo não era pra mim, que eu não podia balanizar aquela realidade porque eu não a sustento.

pode que estivesse com ranço da minha condição, jogando o ranço pro privilégio, mas, fiquei um pouquinho triste. esse recurso revolucionário poderia estar mais disponível pra todos. e não é. 

olha eu com obviedades, as coisas são assim e pronto, tudo normal na hora do Brasil, tô gastando letras atoa, ao invés de pegar a chave pra sair.

isso é tão certo quanto mandar o povo da emergência orgânica, comida natural, não transgênica enfiar o preço no cú. vai todo esse mundo pro inferno, vou comer com meus afins.

e que bom que irrito zero pessoas reais aqui. sei exatamente quem iria vir aqui, dizer que não se trata de valor, que tem muita coisa disponível, que a gente tem que criar e fortalecer essa nova-velha feitura. 

ahh, algo quebrou em mim e eu consertei errado, ou mais perto do certo, no quase pra sempre, sabe. eu tô é com a geral, prefiro morrer com eles, a tentar ser algo quee, não faz parte do meu hoje. 

claro que eu tô com a geral, mas meu geral tem uma contra maré, porque ele se estende né, esse geral incorpora seres vivos de outras espécies. meu povo é maior, gosto disso.

essa postura assimilada, veio antes da minha auto-libertação para ser 100% Parda, de textos anteriores. nossa, foram grandes alivios  nesses  tempos de merda ein, época de parar de sofrer por montanhas. processos.

amanhã tem faxina no centro, posso falar merda hoje, amanha me redimo lavando o banheiro, que tal.

fato é que eu não quero Mundo, quero não, pode ficar pra você. eu quero é meu quadradinho só, sabe, meu restrito mundo e algumas aberturinhas importantes pra conexões fundamentais, e já é.


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a carta do Mundo é linda. observando já da pra dizer que é geminiana também né, já começo cas bobage, só por ver os dois seres conjugados. 

a carta do Mundo é o fim e o começo, o circulo, o infinito, é o crescer no mesmo. 

acho que ter outro filho é um tipo de crescer no mesmo, né.

um novo relacionamento afetivo é também né, crescer no mesmo, também. 

tudo diferente e igual.

o que ela tá fazendo no meu sabado, eu por mim a partir de ontem só me daria as cartada de Enforcado sabia, e de equilibrista, .. um lado jacaré, do outro rochas, já sabe, mas essa não existe. enfim..

só porque vim pra minha mãe e volto hoje mesmo, e to cheia de coisa pra fazer, e eu to travada, eu ganhei o Mundo?

tudo bem. cruzo meio mundo e volto, pelos meus, e quem vê, pensa que faço muito. não faço, é o possível e olhe lá. 

e pra Mami, hoje tive que bastar,.. apesar de ouvir a cada 5 minutos. que saudade da Cibe, dali a pouco, que saudade da Cibe, que saudade da Cibe que pena que ela não veio, e a fala de Mami junta com meu pensamento, sentimento transborda. 

eu Amo minha filha.

sua avó também.

e agora é voltar. destravar, queria tanto estar mais ativa, se não tudo vai ficar cada vez pior.

vamos ver.






alimento





não quero dormir, mas o relógio bate às 06, e eu saio às 07.

tô cansada, mas cansada de estar cansada.

resolvi postá-la, as várias imagens que fiz, encantada com a Mariposa do vaso em frente à secretaria, num dia que fui obrigada a cumprir hora na escola, e obtivemos um saldo incrível de aproveitamento quase zero.





mas passeei no fundo da escola. mato alto, fui ver o outdoor de chuchu. viu? perdendo os contornos, tão abandonado quanto o espaço da horta.  

lindo, mas triste, tem plantinhas soterradas, e é perigoso pras crias.



tinha um monte de passarinho balançando mas astes de mato, pulando de um pro outro. tão bonito.

almocei num lugar meio longe, fui ao shopping comprar um remédio e passei por essas obras de arte, as quais de um pé lindo, peguei uma flor nesse tom. q u e tom né.

mais um ponto de beleza assim como os outros, do meu dia.



quando uma romã a menos é uma não-romã à mais?

um dia eu digo

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

toda vez que eu vejo uma postagem daquela menina eu penso...

queria, devia, nunca vou ler, pode que tu leia pra mim, ia adorar, mas eu sei que não vou, mas sou grata a uma postagem que vi dela um tempo atrás e que teve o poder de colocar a casa um pouco mais em ordem, com relação ao meu ponto, minha referencia, minha linhagem no mundo hoje.

eu sou filha do Brasil, filha do presente, fruto da consequência, .. eu sou o caso de sucesso, o clichê, a massa desforme. isso me ajuda, aquieta, me centra. 

não é vitimismo, é só poder verbalizar verdadeiramente o que se é, e tudo bem. 

quanto a menina do Partitude, não posso criticar, tenho alguns poréns, mas são insignificantes já que não estudo isso, mas dentro da superficialidade do que vi, do pouco, de alguns relatos manifestos, comentários da página, bateu em mim, forte. tem eco.

com uns 16 anos um rapaz negro, um amigo até, trabalhava comigo numa pizzaria, e era meu monitor. era engraçado, bonito, eficiente, uma figura mesmo, e gostava de me passar umas cantadas as vezes. tinhamos mais ou menos a mesma idade. eu lembro que no trabalho ele tinha uma seriedade, ele não brincava, e tinha algo genuíno, um dom, de se dar bem com os gerentes e com os pares. admirava isso nele.

sempre que podia, ele fazia alguma investida, mas também ele vivia dizendo, em diferentes momentos que mulher negra é pra casar, a branca é pra trepar.

embora ache a reversão digna, e admirasse também a posição de valorização de sua cor, e de se tratar de uma resposta, à tanta objetificação, histórica, não quero problematizar o ponto  dele, machista inclusive, e lógico. quero trazer o meu.

mulher negra é pra casar, a branca é pra trepar, beleza. mas se ele soltava isso até pra mim, e acho que ele não me via exatamente como branca, porém incluída no "descarte," o que eu era? 

e eu era tão bobinha, estava literalmente nas minhas primeiras interações sociais.., achei bem agressivo, na parte que Me compete achar.

e eu completamente rejeitava, tinha horror de verbalizar que era, ou poderia ser, ou que deveria me reconhecer como parda. palavra feia, com valor de condenação. a nada.





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no início de 22 eu estava animada, queria que fosse um ano de estudo, achei que fosse dessa vez que fosse consumir um curso, e aproveitá-lo, assim como revertê-lo na minha escola, o mínimo que eu posso fazer né. que nada bobinhos, foi é uma continuidade de uma ladeira que eu descia, pra chagar hoje bem assim como estou, sem adjetivos. mas pelo menos tentei..

me inscrevi em tres cursos, e agora posso ser maldosa ou injusta sem querer, então não quero, inconteste a categoria dos profissionais e artistas e pesquisadores, sei lá, conteúdo é conteúdo, pessoas incriveis, mas eu novamente quero falar da minha apreenção.

a lei 11.645 08, não é isso? eu sempre me preocupei, com essa defasagem na minha formação, e no buraco instituido por ser e estar, nessa educação de pessoa comum, com babá TV, e valores de consumo, sofrendo pelo eu queria, e crescendo não pensando muito mais do que o básico, preciso me sustentar, colaborar com meus pais, ter uma vida mais fácil.

eu sofri, e isso parece muito idiota de mencionar que eu sofri, e levei mais de um ano de atraso na minha formação, sem conseguir decidir por outra coisa, sendo que não queria dar de novo o desgosto e a incerteza de fazer Artes, já que meu irmão mais velho tinha dado anos atrás com a mesma. eu assisti esse filme em termos, não queria sentir de novo, comigo na vez.

até que minha mãe disse por si, como se a ideia fosse dela, porque você não vai lá e faz  Artes, você não gosta? ela me deu anistia, eu vivia um tormento. e olha onde estou agoooora! ironia tá. não quero isso aqui, essa reflexão não é pra agora, esse vim vi e venci é pra outra hora.

voltando. num desses cursos o historiador abordava o termo Decolonização, proveniencia e tals,bibliografia. ele se apresentava como indígena, estava em processo de ...-=--´esqueci a palavra que ele usou, assim como outros ali, que tardiamente estavam podendo remontar sua historia e se reconectar com sua ancestralidade direta, povo ect, seria algo como um reintegração. achei muito legal, fiquei feliz com os relatos, porque muitos como eu, não tem pra onde voltar, não existe como, a história é pó faz tempo.

claro que se eu quiser, nacionalidade que se diz, esqueci, aquele de descendencia italiana, e tiver bastante dinheiro, eu consigo com o Mansani do vô Sílvio, olha que coisa. de resto..

e de resto desse curso, eu não terminei, larguei no meio, mas fiz algo que tá difícil de esquecer, fiz algo que eu detesto, confrontar realidades horrorozas, seja em filme, relato, enfim, não sei lidar com o que me piora, mas acabou que li aquele doc. da ditadura, o Relatório Figueiredo. sem palavras, como se já não bastasse tanto, e claro que ninguém é inocente aqui, sempre teve, e tem ainda agora, mas ler aquele condençadinho de desgraça tão perto de nós, uns aninhos só de ré, que bosta.

 

o outro curso...

 

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eu não vi direito, não era o que eu queria. eu precisava pontualmente de referencias que eu gostasse, queria ouvir sobretuto, deglutir, e ficar quieta no meu canto. mas ao me inscrever no curso da artista indigena Moara Tupinambá, na verdade, estava, e teve inclusive uma seleção, e nem me dei conta fanzendo isso, de que se tratava de uma vivencia criativa, voltado também para desenvolvimento de poética, com a interlocussão da artista, e dos pares.

foi dificil, importante pra mim também. nesse, meu senso de responsabilidade soou, e eu não me permiti abandonar, embora já estivesse completamente sobrecarregada com minhas coisas, razão de ter deixado o outro continuar sem mim. eles aconteceram mais ou menos concomitantes.

amei o conteúdo, a fortaleza e propriedade de Moara, adorei conhecer seu processo e suas pesquisas, assim como referencias. o que eu não queria, até porque não podia, e porque desisti disso, era criar, ainda mais por obrigação, no sentido que se tivesse entendido isso antes, não teria me inscrito. 

vendo assim, melhor não ter notado mesmo, e ter feito. consegui alguns diálogos que gostei, especialmente na parte de texto. se bem que a m e i aquela onda de giz. até já postei aqui, tempão atras.

marcante pra mim foi que na seleção. na inscrição, até pelas cotas, a gente era obrigado a declarar cor, e na época, eu me senti muito irritada, com um desgosto muito grande de ter que usar essa palavra Parda que é um combo neutro, indefinido, um grande nada que não fede nem chêra, a vontade é que existisse outra palavra sabe, outra categoria, mas na verdade, de fato não é a palvravra em si, se não o que representa, né, sei lá.

não se engane, sinto bem boba em expressar essas sensações e conflitos, que são pra mim, no ambito da relevância da hora do Brasil, e mesmo dos meus Problemas de verdade, nada mesmo.



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o terceiro curso era bem longo, e era uma formação sobre cultura negra afrodescendente, matriz curricular da prefeitura, a lei local, e a nacional, e as diferentes blibliografias e facilidades para aboradar esse conteúdo na sala de aula em diferentes idades. 

eu assisti o começo, e voltei no final para apresentar o que tinha feito, acabei apresentando o trabalho dos carimbos Adinkra, foi legal. mas a sensação nesse curso era, e não julgo, Me julgo, era de que, se o proficional hoje não aborda esses temas-lei em sala de aula com a recorrencia que deve ter, é porque não quer, está sendo displicente, incompetente. 

eu não me senti acolhida e instigada, senti o peso da cobrança, e o que isso me gera é ruim, não sei, é bom se move, mas é ruim, meu viez é outro pra estimular alguém, aí juntando a cobrança externa com a minha. ..., meu estômago tá estranho num crescente, algo assim.


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mas a Bruna de hoje está mais acentada, bem colocada em sua posição, acompanhando os pega da geral, as mudanças de paradigmas, vendo as discussões da platéia do meião, administrando pesos, tentando fortalecer quem merece, e já é. 

porém antes disso ainda tenho que lembrar, meu peso mesmo é pena, já que minhas preocupações  esvaziam meu conteúdo de energia pra qualquer coisa.

pode que eu Já seja um caso perdido, auto consumido.

rezo que não.