domingo, 30 de julho de 2023

2B

eu sinto dor que não é minha

somando às minhas velhas amigas

e toda vez que  as sinto conjugadas, fico bem indignada

e penso naquela poesia das cordas, do Tagore..

penso também que a vida deve ser feita pra isso

você se rasga, .., depois de novo e de novo

e depois vê o que faz, costura uns pedaços, aí enrosca em alguma cerca por aí,

rasga

nem ligo mais na real

ou tudo termina em Barbie ou em Bomba, .. é tudo filme



* até fui lá ler de novo e evidente, .. trata-se de um desafinado crônico né o que me refiro

ou aquele tipo de música, como chama mesmo?

perguntei pro Silvio, ele me disse música contemporânea. música clássica contemporânea, talvez. a lá Januibe Tejera, o compositor mais gato do CEART pelos 2000, com seus cabelos lonngos e simpatia. essa vertente é forte lá, em termos de pesquisa. enfim.. já viajei.

mas sabe que achei Tremble no spotify, do Januíbe com Fanny que, daí essa pessoa não conheço. mas é um ótimo exemplo. talvez deva começar a criar elementos pra apreciar algo assim

enviei meu achado pro Sílvio, que me devolveu essa agora, logo abaixo. 


refletindo.








sexta-feira

 


estou meio sem graça

aí pensei em escrever à caneta no caderninho porque fui obrigada a desligar o celular

do que vim fazer hoje, de todas as sextas que venho não sei ao certo o que será, já que essa é diferente

então tô aqui quietinha, pensando em algo incrível pra escrever e me entreter

e também pra fazer de conta que estou às voltas com algo suuuper importante no caderninho, e não vulnerável e desconfortável, num lugar que não é meu, querendo que o tempo passe

será que dô muito na cara? curiosa..

quando eu não quero ou não posso, vem mil coisas, tem até fila

quando eu preciso, zero. zeroo

e me vejo criança de novo, bicho do mato, muda, ai ai Bruna

bom.. ainda estou enrolando, sendo que até poderia, de repente estar fazendo o que, rezando? lógico. mas não consigo, estou esquisita, com vergonha, aquela coisa de não conhecer ninguém, e não poder fugir, ahhh que saco

só rindo mesmo. e continuar.., igual como sempre, ótima, porém nem tanto

nesses momentos recorrentes sempre gostaria de saltar pros dias onde fico mais em casa, mais à vontade, espontânea, com laços formados de repente, sem o status da novidade

queroo









___________

28/07/23

fera ferida | reativa

 


mais trama de novela que conteúdo de letra.

abertura de novela.

Betânia, mais algo comum, mesmo que sua força incrível de voz seja tão inconteste.

um não sei o que de condicionamento, eu tenho tanto que achar a voz dela incrível, porque todo mundo acha que fico um pouco cansada. mas sem briga, eu acho, ui.

talvez essa não seja uma música boa de mencionar, porque combina comigo, e no caso, ainda estou tentando ser positiva. mas estava procurando outra coisa, uma música que ganhei uma vez, e é linda, mas não gosto, e passei por essa, aí abandonei a outra por hora. dispersões..

mas no caso, a música não é minha, e eu só fui na verdade prestar atenção na letra, quando minha mãe se pronunciou alguns anos atrás, uns anos depois dessa musica tão presente na rede aberta ter sumido, aquela coisa.

é uma música marcante para ela.

ouvi de novo meditando sobre isso na época e sim, eu sou filha da minha mãe. 

salve Erasmo.



* gennnte, com MBetânia é exuberante, mas acabei de ouvir a versão original, bem singela, paxonei. 


sábado, 29 de julho de 2023

vou te limar

 

eu cheguei à limiar

ao Gustavo lima

à lima

e depois ao verbo limar, que tava procurando pra saber se existia mesmo, ou se era expressão..

ai aai, .. falta do que fazer juro que não é.


então.. limiar. a primeira imagem que me vem, que acho que não é a mais apropriada é a beira do precipício.

a segunda é o portal, onde você se desnuda, ultrapassa, esquece tudo, e segue pra um outro tipo e forma de vida.

outro aspecto de limiar éee, da palavra mesmo. acho que limiar soa bem, uma palavra bonita. limiar ainda remete a limite, a fim da linha. bom.. limiar.

Gustavo Lima não sei, nem pretendo saber, mal humor de quem sabe, e do que ele significa hoje.


e isso tudo começou com o pé de lima do papi, com a lembrança dele tentando me seduzir pra fruta, falando bem que bem dela, e eu muito certa do quanto ela é ruim, em definitivo. e reclamando de seu amargor, como ele, que era um amor, e também um amargor. é, talvez papi fosse um tipo de lima. mas isso me suscita muito texto. então vai pra conta das promessas. um dia volto pra desenvolver. 

vou te limar é ótimo né. mas mesmo pesquisando acho que não alcanço todo seu significado como expressão. mas se aproximar a expressão do meu limiar, aquele que estou prestes, e que me levará a um outro valor de vida e propósito, e forma e tudo, .. tem haver, né.

.. Bruna em desnudo..


sexta-feira, 28 de julho de 2023

Lady

 

falando em produção, quando voltei pra casa me arrumar, e e então ir ao cemitério onde meu pai foi velado, eu queria estar bonita pra ele, para honrá-lo e fazer a última homenagem.

peguei meu vestido, um que eu gostava muito, azul escuro era, estampadinho de branco. me arrumei também, bemm Bruna.

eu já ouvi dizer que roupa de enterro você queima, não usa mais, não presta. o que eu fiz? tenho ela até hoje. ainda uso, e pra mim é uma das roupas mais poderosas que eu tenho.

Animê Miau arregalou os olhos bem grande, estava em volta mas não se aproximava muito, deu uma cheiradinha, e ficou o mais longe-perto que conseguiu, para acompanhar sem acompanhar. ela nunca gostou do Lady, e o Lady tinha acabado de morrer.

o vizinho tem medo de bicho morto. o caseiro do condomínio não está, quando todo dia pra todo lugar que você olha ele está. Cibe estava torcendo pela melhora da casa do pai. chovendinho, frio, eu e elo, nosso gatinho intrusão-2, que se enfiou aqui nos chamando de dele, mais doce que melado, que levava altos tabefe da Memê, e que só ante-ontem Willian, nosso vizinho pai da Nina, cachorra que foi achada numa caixinha dentro de uma lata de lixo,  que não estava castrada e agora está grávida do cachorro da casa 1, com suspeita de muuuuitos cachorrinhos, me deu a real de  uma desconfiança bem leve que eu tinha de vez em quando, .. Lady era macho. desde que tive essa informação, uma hora ele é elo, opa elu umas ele, e grande maioria ela mesmo, ela, o Lady.

o Lady veio para formalizar um dos meus maiores terrores, acompanhar a dor de um animal, sem poder fazer muito por ele. razão a qual sempre me mantive, e tento me manter longe da ideia de adoção. 

e era só eu e ele, e hoje de manhã, assustadoramente só eu e ele. aí, bem espliscito a assim a gente entende, né. era comigo, era pra mim.

nesses tempos em que ele esteve aqui, que o DIBEA, não quis me atender, que a vet do vizinho fez uma avaliação, e gastei uma grana que não podia, mas que fiz com amor até onde pude. embalei ele num xale rosa chá, feito de crochet por uma tia, a tia Nana, irmã mais velha do meu pai. só agora, poxa, meu coração até esquentou de notar..

um dia o Xaxinha, amigo controverso dos tempos de Taliesyn disse que meu futuro era ser a tia dos gatos. e eu ouvi a previsão e pensei, é na família até tenho um exemplo. a tia Nana. ela nunca se casou, cuidou do vô Matias e da vó Chica até a morte, e teve muitos e muiiiitos gatos, e fez muito crochet. e até hoje tem, até hoje crochéta vendo novela, e planta, seguiu com o jardim da vó Chica.

então o Xale da tia Nana foi cobertinha pra ela neses dias, tava linda/o. talvez a tia não fique brava, mas nunca vai saber mesmo. bom, peguei seu corpinho num outro pano que já o envolvia, achei um lugar láaa no matão, que poderia ser mais matão, mas eu sô medrosa e seu Élcio não estava ali pra um apoio então..

fui na casona, que está vazia, roubei uma rosas brancas, nem lembrava que eles tinham, vai ser útil no futuro.

e fiz a nova caminha de Lady na terra. Lady, rosas, terra, um agradecimento, e mil desculpas, por se tiver feito algum erro nesse meio de caminho tão curto de convivência.

Memê em volta, uma hora corria atrás de algo, subia em alguma árvore, chuvinha, e ninguém. mudou os rumos da minha sexta, mas jajá volto pro prumo.

o xale era muito fru fru. eu sou fru às vezes, mas nunca usei direito ele, uso direto o que a tia Balbina me fez, um laranja, esse mesmo nunca tiro. ganhei os dois juntos, no mesmo dia, das duas tias, a mais nova e a mais velha, do papi. e agora, ele também se tornou meu, pra sempre meu, uma boa lembrança. uma lembrança de amor.






mamãe como escreve Lady? aí soletrei, expliquei porque era diferente, tal. depois de um tempo o potinho apareceu assim. uns dias pra frente o pote branco estava com Memê, que aí ela nem perguntou como era que escrevia. 

mamãe a Lady gosta mais de mim que a Memê. não né Cibe, elas são diferentes, aliás, você aprendeu a respeitar a Memê porque ela te dá uns arranhão, e com a Lady você se passa, já notou??

aprendizados e reflexões..





quarta-feira, 26 de julho de 2023

uma planta | um nome | beneces

no dia que fui ao Aplicação na festa da Cibe, e passeei com ela na horta, peguei um galhinho, em meio a uma conversa eu comigo.

o que será essa planta? não tinha plaquinha. ... isso aqui é bom pra alguma coisa, pra que será? mas é tão bonita, me lembra aaa, aquela lá que parece bambu verde fininho? aaai que saco, jajá lembro. uma que gosta de uma terra mais húmida acho, cavalinha! mas parece e não parece né, porque essa aqui tem umas ondinhas. as duas são lindas, mas a cavalinha morreu várias vezes comigo. e essa, como será?

fiquei ali pensando, enquanto por fora de mim, Cibele corria pra la e pra cá, falando também sem parar. peguei o galho que em casa pus na água, pra ver se dava algum sinal. e esse foi meu primeiro encontro com ela.

no parque da Serra do Tabuleiro, onde fizemos um piquenique todos daqui, com uma senhora prima que veio visitar minha mãe, a encontrei na beira do que agora, o que era aquilo, riozinho, córrego, brejo, iixi, meu vocabulário específico é parco.  

mas ela estava lá, na beira no meio dos outros matos misturadinha. fiquei super feliz, porque na volta ia pegar mais um galho, mais uma chance pra tentar.

minha mãe passou por mim e perguntou, o que você que com aa xxxxxxx. eu, o queee, essa que é a xxxxxxx???  que legaaal, nunca tinha ligado o nome à pessoa-planta! e peguei meu galhinho 2.

aaai, e agora vou me dormir isso sim. amanhã tem dia cheio.

bom dia mundooo, então.., 

mais tarde quero fazer uma fotinho da minha nova plantinha-amiga. mas agora, o meu último encontro-dica, foi.. zanzando com a prima-tia por aí resolvemos parar numa casa de plantas pra ela namorar um pouco o que tinha por aqui. ela é de São Paulo, então, quisemos passear em algumas. tem gente que faz esses comparativos de shoppings né, que aí sim, por vezes é rede, idêntico em todo lugar. falando nisso pode ser igual com as plantas né, seráa, fica a dúvida. mas acho algo do clima de cada lugar influencia sim.

lá encontramos uma muda bem linda dessa planta e minha mami quis me oferecer. fiquei bem feliz porque sou bem pidinte quando tô com ela , e ela me dá uns corte bonito. mas nesse caso foi presente.

já ouviu? eu ouvi uma vez, que se você encontra muito uma planta, e se ela nasce naturalmente em todo lugar ao seu entorno,.. é porque você está precisando dela.

está plantadinha. os galhinhos pus em algum lugar mas acho que não vingou, a da mami tá bem linda. grannde parte de suas beneces são muito apropriadas pra mim, que ainda estou às voltas de médico por questão digestiva. 

mas isso de remédio eu descobri depois. gostei dela primeiro, e ao primeiro olhar, então a quis comigo, só. que bom que  na terceira chance veio. um encontrinho feliz.

comprei um tanto em casa de produtos naturais pra fazer chá desde aquela época também. na verdade a mami, no dia seguinte a esse passeio, mas nunca fiz.

calma mundo, já já faço, o ânimo tá bom, mas vai melhorar ainda +, aí eu faço. =)..


isso.



arrumei meu cabelo, meio solto meio preso...

passei um batom cor de boca, que quem me viu mil vezes me viu com ele. passei meu lápis de contorno do olho, que se eu vou na esquina, na escola, na formatura, na festa, na balada, no portão e voltar, será ele, sempre igual, pouco mais forte ou mais fraco, sempre ele, e saí, mais Bruna do que nunca.

se você, com poucas variações, não me vir algo como aquilo ali que descrevi, adicionando uma roupa que eu gosto, e a bolsa que é única e também de sempre, não estou bem. nada bom não. porque eu meio que sou aquilo ali, simples, mas aquilo ali. 

nos últimos seis meses fiz um voto bem sério de chechelentisse, meio involuntário assim, mas aconteceu. difícil ser eu. quem me lê sabe um pouco.

e.. eu tenho me sentido gorda, feia, voltando no tempo no que mais me aterroriza e sempre me aterrorizou, o peso. então essa parte, fora essa vai, saí feliz, estava digamos, um pouco mais eu. 

e estava bem, essa é boa. estava contente em ir no mercado comprar três ou quatro itens bem ridículos que sigo deixando faltar, me aventurando nesse caos que é a chatice de por exemplo, deixar acabar PH, ou algum sabão pra lavar roupa. 

aliás, até pra lavar roupa me senti disposta. será que o mundo vai acabar, de começar, de novo? vai saber..

você que não se acha, pelo menos no aspecto que queria super se achar, já saiu de casa se achando como se se achasse, porque está afim de interpretar um papel que pode te fazer se sentir menos pior, no seu jeito de, ser? essa também era eu agora pouco.

.. então fui eu, me a c h a n d o, com as pessoas me olhando enquadrando em algum clichê, não digo por mal, mas já cansei de ouvir de tudo, de muita gente.

detesto usar trança, porque dependendo sou Frida, indígena, ou evangélica, variando pela roupa, no mais. mas me forço às vezes , porque não gosto dos comentários, mas delas sim. 

aliás, hoje tava meio frio, aí usei uma calça preta em cima da outra igual a ela, uma saia azul de um tecido antigo que comprei de uma senhorinha que trabalhou até se aposentar achando que depois disso ia virar costureira, e quando chegou a hora, não quis nada nada, e passou a vender seu guarda-roupa de peças e retalhos. muito louco, a senhorinha tinha tecido de todas as épocas, uns eram mmuuito lindos. e essa saia tá velhinha, já tem uns furinhos, mas adoro, um dos tecidos preferidos que comprei. aí um top preto com uma blusa preta por cima, a blusa de manga comprida  deixei no carro. estava com dois colares, que adoro mas também ponho pouco. é que eu tenho um colar de sempre também, mas hoje, que hoje estranho, variei. ee, pra fechar o look, adoro, de chinelo, tem tiras vermelhas, mas era do Danilo, então é meio grande  e largo pra mim, mas eu gostoo. pronto gente, meu linda.

pokan em promoção hein, 1.99, se eu tivesse um sei la o que cartão do mercado que nunca vou ter. laranja, cebola, deu vontade de comer uva, comprei uma manga, amo, mas nunca sei se está boa mesmo, aí é sempre de 1 em 1a. e paguei uma fortuna numa romã. eu seeei, fogo. mas na mami não tem, e eu preciso mais que nunca cuidar da garganta. cadê os pé de romã do mundo ein Brasil? lindíssima, sensual desde a flor, gentil, remédio, aaai, amo. como ein, será que dá pra fazer muda? ela devia fazer né, vou falar com mami.

desfilei tranquila, comprei umas coisinhas, quase enfartei ao pagar, normal né. não canso de me espantar. parei no tempo que R$10 era muuuito dinheiro gente. tá loko. 

mas vou dizer de novo, estava bem, sem desespero pra ir, permanecer, sair, isso fez bem pra mim. porque meu jeito me magoa, sabe, e meu estado dos últimos tempos mais ainda. então foi bom.

aí ao sair.. atravessando do mercado pro estacionamento, ia em direção ao carro e uma moça, parecia até que trabalhava ali, ela era loira, olhos de susto, meio hesitante, mas ia cruzar comigo já que andávamos em caminhos contrários. 

um pouco me olhava, um pouco  o caminho. parecia mesmo que vinha falar algo pra mim. e ao pensar isso eu já meio que quis azedar, e então ela disse algo que parecia, ela precisava falar. ainda com aqueles olhos e um semi-sorriso, sem parar, eu adorei o seu estilo de ser.




cada um cada mania | mania de você

irritante, meio arrogante, altamente irônica,
não gosto muito. mas conheço e reconheço, algum valor.
ouvi uma ou duas desse albúm.
lembrei dela ontem assistindo uma esquete antiga.

hoje de manhã relacionei uma música dela com um texto daqui.

engraçado.




 

segunda-feira, 24 de julho de 2023

uma prima me disse hoje, pra se curar, mire na Cibe.. | felipe schmidt fln


 


ainda preciso falar da sapateira | momentos em que me lembro de Lia Menna Barreto


 

não sei nome | não sei ano | Lia Menna Barreto. 

 

o que tem de brinquedo estragado. faltando parte.. uns bem lindo até. aí tem os meus meus preferidos que vou tirando do acesso dela. 

tenho caixa com sapatos de boneca, coleção de pés, mão e cabeças. tranquilamente dá pra montar uns Frank, à la Lia.

e adoro colocar nos vasos. de vez em quando faço foto de algum.

tenho afeto pela sininho sem braço, o casal que se ama, o galo e a galinha, alguns insetos, e uma ovelhinha. uns vegetais, uns dinossaurinhos, enfim. 

ahhhjh, falando nisso tô louca pra ver o filme da Barbie. e tenho uma amiga bonita que nem ela.., sem ofensa. acho que vou convidar.

quero também falar da mini-Brubi sem Barbie, melissa da Xuxa, e sem sapato da 775 (giennte que era horrivel credo, porque mini-sofri, affe).

..um dia volto.



sobre ancestralidade

 




domingo, 23 de julho de 2023

ficções na vida, vida nas ficções | alguma coisa está fora da ordem

 

uma eenergia muito forte e linda me preenche 

só pode ser, um tipo de amor.

e nos momentos em que mais me senti sozinha, parece que de fato não estava.

era tão lindo, cada vez mais lindo, mais intenso, quase mágico, uma escola do sensível, e crescente.

ou criei uma esquizofrenia, ou era de verdade. 

muitas dúvidas.

eu sei de onde vem, eu sei quem é, pensava eu hesitante, depois com certeza também crescente.

nossa, mas se for assim ele não para de pensar em mim. achei ok, também tinha me viciado em pensar nele, então não havia de ser estranho essa parte.

estranho mesmo era que eram dois dele. o de fora é o que se dá tanta importância, que nem percebe que partilhar dor, e amor é generoso e real, e também alimenta, cura, e salva.

essa é a parte que sou cruel pra aliviar meu profundo recalque.

porque o mais certo é isso mesmo, as pessoas tem muito mais o que fazer e tendem a ser mornas, e reticentes pra quem não está na sua vida exercendo um propósito objetivo, seja qual for. 

o outro dele era o que estava sempre comigo. e que parecia até que eu conseguia sentir as flutuações emocionais ao longo de todo um dia. que às vezes parecia que eu dormia e acordava em seus braços. bem louca eu.


e agora vou dormir, quem sabe amanhã volto pra continuar.


e bom, o amanhã já é hoje, por mais que não queira escrever aqui. mas eu me presto. entãao.

.. o que me fez pensar que sou louca mesmo, e abraço essa loucura de peito aberto tô nem aí, é que se em algum algum momento estivesse na minha vez de jogar, nesse jogo das relações, entre fugir e enfrentar, frente ao tudo que foi vivido sem viver, se um pouquinho daquilo fosse verdade, e fosse a minha vez de me movimentar, j a m a i s fugiria. abraçaria meu medo e iria, até no escuro iria. uma vez, não é duas né, na vida.  

e falando em noite, vai dormir Bruna, pena que tu não sonha. e pode que é esse todo o problema, aí fica vendo coisa onde existe outras, bemm diferentes.

então, crio ficções. em certa instância por isso que tenho a formação que tenho. e aí aprendi a, apesar de muitas vezes ser um pouco triste, rir, me divertir com minhas invencionices. e nesse caso a vida é filme sim, demorei, mas peguei.

realidade chata mesmo, é só encontrar gente legal, que mora em outra cidade. será um tipo de auto-sabotagem? 

conheci um cara vegano, designer, pai, o que em se tratando de homem sempre trás uma complexidade, um quê de intensidade a mais. pareeece interessante, mas com dois defeitos bemm determinantes, mora em Joinville, e é escorpionino. aaai desculpe aí papi, mas sua escola foi boa. fala sério. saturei. 

cancerianos também ninguém merece. isso mesmo, só a astrologia agora pra me ajudar. e se eu não dormir a g o r a, vai ser daqui pra baixooo. fui.



sábado, 22 de julho de 2023

esquecimento otimista | pé d'ouvido

minhas perspetivas são felizes! e digo isso escondido de mim, e até com uma exclamação, ou duas. 

tenho medo de otimismo, ao mesmo tempo sou fascinada. bom, não tem aquilo que diz do remédio e do veneno? o ressabiado não sabe se bebe ou se joga e sai correndo, sabe como?

passou um ar aqui pela casa do futuro, e eu quero minha vida seja isso talvez, o movimento de um sopro.

aliás, nada haver, mas vocês conhecem o sopro do esquecimento? uso com a Cibe quando tem um sonho ruim. fecha os olhos meu amor, quando eu soprar e você abrir os olhos, não vai lembrar de nada.. e ele é tão poderoso, que virou festa, começamos a utilizar o sopro pra tudo. aí ela quer usar pra eu esquecer a bronca, esquecer a conversa séria, para recomeçarmos uma situação que deu errado. ai ai, quem me dera.

voltando sobre o otimismo, no momento, quero minha vidinha uma eterna sexta-feira e seus desafios, aulas com trocentas crianças juntas, seus desafios, maternidade em todos os seus contornos, luz e sombras, textura, 3D, IA, e o ka4.., e paz no meu coração, muita muita messmo. e pra geral festeira também, porque não, não é mesmo?

acabei misturando uma certa certa felicidadinha, com o sopro do esquecimento, e já me veio vontade de continuar esse texto para mil lados.

mas não Brasill.

sigo.




*aaaai, me lembrei de outra historinha que não tem nada haver, mas tem. um presente linnndo que eu ganhei. 

uma amiga viajou, e encontrou um dos membros de nossa banca no mestrado. um artista e amigo querido, de Recife, se não me engano. ela chegou em disse exato isso. Brubi, Orlando te mandou um presente. chegou no meu ouvido e soprou em tom morno, "um grito". e o presente foi esse. guardo esse grito em sussurro no coração.


sexta-feira, 21 de julho de 2023

protesto veementemente

 

eu queria sonhar

sonhos incríveis como às vezes escuto.

eu queria viver na noite e no dia esse sonho que eu imagino, que é tão de imaginar, que em  sonho consegue habitar.

queria.



rolando o tempo | ferida do tormento | sai desse céu sem ninguém | mundo cruel

 

ahh hoje lembrei bastante desse album que eu nunca gostei. 

qualquer hora quero escrever um pouco mais. mas algo haver com Silvio e suas análises, já se sabe.

esqueci de ver o compositor, e agora tô curiosa, mas com preguiça de olhar. ela é muito eu, muito você.

a gente dorme, conosco e com ela.









quinta-feira, 20 de julho de 2023

sexta-feira | balada de cura

 

eu não posso falar muito

mas o que um psiquiatra, um psicólogo e um rezo muuito generoso não fazem?

não fazem muito, mas fazem tudo o que é necessário, e possível. e seguem segurando minha mão, tentando me fazer voltar a sorrir, sem dor.

eu tive  graça dessa concomitância. todos, de uma maneira muito linda começaram ao mesmo tempo.

sobre minha balada de sexta.., é dia de me limpar, de fechar minhas portas pra energias externas, entrar uma, sair outra. 

gratidão é um sentimento, não uma palavra.



prometo que não prometo nada, e amor.


 

quarta-feira, 19 de julho de 2023

auto imagem | lisonja perdida

 

pensa. algumas coisas nunca mudam.

e eu sabia que seria assim, mas fui proibida de falar merda e tava querendo obedecer mas, enfim, tô meio que tentando, só quee, ah, é isso. algumas coisas nunca mudam. e meu tema a partir de agora é..

sabe quando você relê texto antigo e odeia, mas se segura pra não deletar, porque tem algo de histórico nele?

ou quando ele tem um tonzinho vim vi e venci, ou é inocente demais. tenho vários..

eu entendo sabia, tudo o que já ouvi de vulgar, e não, sobre minha aparência. mas tenho um problema de auto-imagem que me torna incapaz de assimilar um elogio para além de um protocolo, ou interesse. 

cabelo, pele, imagem, expressão, timidez, indecisões, incertezas, sobretudo, peso.

está chegando o momento onde me tornarei invisível, num mundo que não é paralelo, e sim entranhado, emaranhado, não muito saudável não.  mas bem difícil de largar.

eu que não vou cavucar esse campo minado não. mas tenho percebido uns lances conhecidos de desespero. sim, kilos a mais. óhh como sou fútil, pois é. cada um com seu cada qual, né Matiínha. entãaao, sou tudo o que sou.

não gosto de mim. não tenho receio em escrever isso porque não ganho e nem perco exatamente nada com essa info. posso agregar o fato de que vivo em relativa harmonia, eu e eu, e que superar algo, definitivamente mudar, e isso ainda mais pra mim que transito nesses paradigmas desde sempre, são utopias boas de cultivar. 

sigo. 



"ê, ê, ele não é de nada, olhá, sua cara amarrada, oiá, é só, um jeito de viver na pior" ...



  

a Maria Rita fez um comercial com a mãe. estavam em campanha. uma marca de carro, a filha que está bem viva, e a mãe, que não está mais entre nós há um bom tempo. anos 80, acho.

tenho sentido uma euforia com as tecnologias que tem surgido com relação a imagem e texto. não queria ficar muuito alienada, mas meu mau humor só cresce.

não vi a propaganda, e nem de fato li as críticas e comoções. e acho que nem vou, mas hoje lembrei de algumas e únicas músicas do primeiro album dela que cheguei a gostar. depois daquele, nunca mais ouvi.

em encontros e despedidas estava pensando nisso. numa pessoa que se foi, sem de fato ter vindo para minha vida. e das promessas que a gente faz pros outros e pra gente, sem que seja preciso pronunciar  palavra. eu sei que me enrolo em texto, mas meio que é isso.

em Cara Valente, o que temos? o que tenho, né.  diferente de qualquer coisa, vida ou morte, bem ou mal, alegria, euforia, paz, .. alguém que topa qualquer coisa, pra estar longe do quê ele não quer. coitado, ele tá errado, não! ele é valente, uai. escolheu o que quis, é feliz não sendo feliz, ou é, isso sim, genuinamente, feliz. admiro. aí então até eu vou querer ser de nada então.

então.. é isso. tinha que escrever váaarias coisinhas antes da minha vida de varde acabar e eu passar a ser de tudo. 

mas nem estou conseguindo. que pena.


alto lá

 


auto-impedimento é legítimo

auto-impedimento é admirável, se for para refrear arrependimentos

só não é, se for pra te tornar vítima de si mesmo.

auto-punição, impedimento, restrição, castração, repressão.

o mundo é cruel.

eu não, .. muito.





* e pra quem diz que meus textos são perda de tempo,

tô tendo que concordar viu, pelo tempo que tô aqui entendo sobre os altos e autos do rolê. ..


terça-feira, 18 de julho de 2023

h u m o r

 



 



o precipício é a vida 
a trajetória é começo

o que eu não quero, é o que eu preciso
o que eu queria, não adianta muito

vamos de surpresa


domingo, 16 de julho de 2023

anúncios | não me levam a sério, nem eu me levo a lugar nenhum | vamos de terrorismo sim, com você, com eles, comigo

 

vocês já ouviram a música da caneta azul? morri de rir quando vi que alguém tinha postado no seu perfil num dos aplicativos de macho que andei entrando aí. não conhecia, e fui perder meu tempo, pesquisar.

mas às vezes perder é ganhar, como eu poderia não conhecer essa pérolaa da música popular brasileira. lembro que nos primórdios desses textos aqui desse blog, postei um que fiz sobre caneta também. casou bem. quanto ao cara, ahh, foi deslike mesmo. fazer o que.

e aquela música ela rela em mim, eu relo nela, e a gente tem uma relação?  é recheada de tracadalhos do carilho, .. uma letrinha infame com um clipe bem non sense, que me fez refletir muito sobre tudo o que aquele cara postou, junto à suas músicas prediletas. apesar do deslike, também essa frase né, dessa música. eu te relo, tu me rela, relação? genial. e esse verbo relar remete muito à minha terra. aqui quase não escuto. nostálgico.

também tem a galera do Belchior, ou, os up to date pra qualquer gênero. ai, aai, possível que eu me divirta pelos motivos errados, não sei. mas com quantas fotos e informações bem postas se faz um interesse? mas às vezes rola também né, a vida é loka.

já comentei que outro hit parade do macharel nos apps é aquela música do Erasmo, Gente Aberta. muitos fazem menção a ela. e realmente é uma música foufa, mas de tanto ver, meio que perdeu a graça e até peguei um pouco de ranço. que efeito exatamente tão querendo. autênticos, sinceros mesmo não seria o povo do Hot e Oreia? pensando.

do que se faz um interesse? eu já passei do impraticável por essas caminhos virtuais, pro perfeitamente possível, às vezes não é pra mim, acho, mas que é possível é. 

muuuitas razões, queria poder enumerar, e que talvez nem se restrinja à essa plataforma, mas a coisa de gênio mesmo, de percepção, de histórico e sobretudo, disposição, acho que esse campo tá meio falido pra mim.  

tenho até  ein, vontade. já escrevi sobre isso, só acho, .. e pára o mundo que vou soltar de novo uma frase que eu mesmo odeio, não foi feito pra mim essa coisa de amor, de um jeito  simples, como vou querer algo que eu não sou. 

vou falar outra coisa que também detesto: mas tô me sentindo velha pra variar meu gênio, pra pensar que vou conseguir viver algo mais saudável, mais pleno do que pude sentir no coro.

eu faço um drama né Brasil, mas e daí que eu faço drama, é só não lidar né. tem muito tipo aí que eu passo longe. respeitosamente é claro.

do que se faz um interesse? ultimamente pode me xavecar com qualquer texto, olhar, história, ato, não ato, mas não me entedie, não me irrite, não agrida minorias, não seja muito senso comum, ou seja, deliciosamente senso comum onde o comum seja a pele, o gosto, o ato, mas, não sei..

o que eu sei é que não quero nada com nada com esse texto. eu andei olhando o cardápio de um dos aplicativos que nunca deletei, e aí caí num buraco de subjetividade.

mas quando tô de bom humor, tudo fica leve.


poxa nem falei de mim né, dos meus perfis.

quando voltar talvez olhe pra isso.


 _______

.. depois sempre que me dava uns rompante e deletava meu perfil, e perdia meus textos. quando lembrava até ficava tristonha, sempre acho divertido essas minha "auto-promoção" ..

acho que tenho mais algum perdido em algum lugar, vou achar depois.

toda vez que observo, leio, vejo as pessoas e como elas se expressam, de novo, um mar de subjetividade se abre. eu rio. 

ahh rio. mas sem ironia. a ironia só guardo pra pretensão, aí não aguento, no mais, bem de boa. as pessoas se acham, adoro as histórias quando escuto.



Sobre mim:

em algum momento seu passado já foi seu futuro, e você não sabia ao certo os contornos do seu advir. mas desejava o melhor.

olha eu aqui desejando.

Prometo não te julgar se você:

me disser que não tem paciência para apps, que isso aqui é uma terra estranha, e que tu tá meio cansado de ver perfis iguais.. xD, tmj

Eu te garanto que:

não te garanto nada. mas tô aqui, interessada em você, afim de papear e ver qual é, o resto a vida leva..

Eu espero que você saiba:

saiba que minha coxinha é de jaca, meu leite é vegetal, e minha estrela é vermelha,.. muah!




____


esse é bem mais antigo.., bom, todo mundo é muito incrível nesses apps, isso é certo, sempre fico de cara. 

mas andava meio no recalque essa época aí, tô achando.. 


Nao faço yoga

Não toco, canto

Não sou o tipo salão de beleza

Nem faço terapia

O dia na rua, a noite; no meu canto

Amo chás, mas volto e meia no fundo da minha xícara tem café, preto, sem açucar

Nao gosto de carnes de bicho na comida, tomo leite vegetal mas nunca faço

Adoro praia e minha rede, o que gera grandes debates internos..


Mas sou bem legal



*aaí, uma coisa nada haver que eu lembrei agora. vou ter que escrever sobre eu, um casório que fui madrinha, e o salão de beleza da noiva. em breve..



______

01/08/23



onde tá a vontade de mostrar um pouco de mim para além da imagem, da aparência? está aqui ó.

cadê vocês?


pois é.. já fui melhor eu sei. mas tô com preguiça. 

eu queria é ter guardado os primeiros.

aqueles deletes do mal.., só no futuro.

07-12-23


______


eu não posso me eximir de comentar

fico passando as fotinhos..

pensando, cara, são fotos! o que eu tô procurando em fotos..

aí pondero, poxa, mas podia também ser um oi na fila do banheiro da balada né, sei lá.

e o presencial também chama a carne, dependendo do lugar que esteja, cê cai dentro.., aí vai ver o que pegou, depois de pegar.. não que haja pretensão né, sei lá, muitos dependes..

refletindo aqui.

aí pela foto é carne também, é objeto.

já ouvi dos amigos muitos depoimentos sobre apps. controversos entre si, mas que no todo está claro, instituído como um modelo, prática de uso recorrente, tão nada haver quanto as outras quando você se põe à busca, escolha, declaradamente assim, com essa prerrogativa.

detesto. ..e aí acabo me divertindo né, fazer o que, não dá pra levar a sério, e não levando a sério talvez você conquiste alguma espontaneidade pra jogo. 

aí tem a coisa do feio e bonito. isso é muito oscilante. observo a imagem dos cara, enquadro entre as percepções, e imagino a pessoa dizendo primeiro algo interessante, instigante sobre si, e depois imagino dizendo a maior merda que nem chêra. o bonito fica feio o feio bonito..

enquanto isso o perfil real não é, entre texto e imagem nem uma coisa nem outra. enfim..

eu viajo..

aí desvio o foco

aí quero sair do app

depois lembro que quero ficar, preciso

aí eventualmente converso com alguém..

mas que loucura que é isso né.


__________


nem aquilo tudo, 

nem aquilo pouco.. tâmo na média.

corpo não é afrodisíaco, Lattes também não.

quero muito que nos interessemos o suficiente.


27/12/23



quando meu humor melhora, consigo curtir, essa palhaçada.. esse de hoje já gostei mais, é um pouco mais representativo de mim. 

mas ainda tô com mal humor de foto, porque estou gorda e feia, imperdoável pra mim. então coloquei duas fotos porque é obrigatório e depois de confirmado deletei uma, e fico aqui, me achando uma gênia do crime.

tá fazendo quaaase 24h que larguei o filósofo no limbo lá, daqui a pouco ele expira, e vou me arrepender de não descobrir suas letras, como se expressa, .. quando quer, quando não quer, quando está em dúvida..

curiosa, além de que é bom conversar com alguém pra atravessar tempos densos. 

ano passado estava de papo e quaaase me joguei até, mas virei o ano de papo com um biólogo, não lembro de onde ele era, mora aqui,e um arquiteto hermano, que também é daqui. e foi muito bom, embora fugaz, .. depois de uns dias dei o perdido em um que queria me ver, e levei do outro, que também demorei pra desenvolver e ele cansou. mas veja.. foi bom. os dois. esse findi de ano tô com saudade deles.

então vamos de filósofo? 

acabei de ver que não dá mais.. a conexão expirou mesmo. e estou verdadeiramente enlutada, porque ele parecia muito interessante.

agora estou de mal humor, e contrariada.


bom.. meio minuto de elaboração da perda, e vamos de next.


______



mas tô já alguns dias pensando nisso. vou ter que reiniciar minha conta e repescar os que eu não quis considerar, porque não estava considerando ninguém, todo o meu esforço se concentrou em permanecer alí. 

sabe cena de desenho? o personagem naquela ventania total se segurando no olho do furacão, no poste, ou no galho de uma árvore. é bem eu nessa temporada de permanencia.

aí finalmente resolvi então, eu vou de restarte sim, mas enquanto não me dou ao trabalho, finalmente verifiquei meu perfil ontem, achei uma foto não ruim, uma segunda foto finalmente..

e incluí uns dois baratinho daqueles lá, de quem está afim de estar receptiva, aí, já deu mal humor. mas ok.

não achei nenhuma foto de corpo inteiro, ui gente, não quero enganar são ninguém, tinha que fazer fotos sinceras, mas as que tenho não são brandas, tão sinceras demais até, tô me odiando.  

pff, ... mas sempre tem uns perdido que não vê o que eu vejo, então, vaique..

e o problema de ter deletado o ruim e o possível, é sabe o que? só tem turista né Brasil. abaixo de zero o interesse gente, eca.

tenho amigas que curtem. nossa, eu, paciência zero.

não é o perfil que mais gostei de fazer. 

mas é bem Bruna até.

tá o mesmo textinho do Lattes. e acrescentei. 


olha só..





é divertido sabe, construir um perfil. depois que eu passei da etapa inicial de problematizar tudo, me sentir queimando exposta ali, horrorizada com os perfis alheios, valores, tipos de pessoas, os conhecidos e não, caara.. o que dizer de si, entre o nada e o tudo, anos de crise sabe. agora, .. é o que temos, assimilei os prós e contras.. e já é, é isso aí, eu não sou melhor que ninguém, e bora.

as vezes me sinto arrogante, mas é retranca, medo receio, baixa estima, é disso que se trata. só que se estou bem concentrada, até consigo, .. ser leve.

acho que existe é pouca gente pário, não porquê são desinteressantes, mas porque eu sou verborrágica, enrolona, reticente, e aí, como diz o personagem do desenho... ninguém tem paciência comigo .. ai ai, eu rio.

vou tentar me interessar. juro que vou tentar, como um mantra.  vai ficar como tá, acho que vou reiniciar só depois do carnaval, menos gente chata e turistas né.

pensando.

ahhh olha que massa, posso reencontrar o filósofo! .. mas depois do fora que dei nele... acho que nem com citação de Nitzche.., que pena.

até lá, vou tentar fotos de meu novo eu, que não me tirem o sono. é que eu amo dormir.


________




ou, mais motivacional que qualquer frase de plaquinha..

já tenho uma fotinho!



31/01/24








quinta-feira, 13 de julho de 2023

sonoridades | impressões

 

fazer algo enquanto lê

a fazer almoço enquanto imagina a louça suja

curtir um passeio, enquanto imagina a volta

falar algo enquanto pensa o contrário

ouvir, enquanto deseja o silêncio

sentir, enquanto silencia

querer, enquanto esnoba

tá vendo? não tem graça. mientras é muito mais envolvente, sedutor, melodioso.

enquanto é protocolar, até chato, mientras tem uma sonoridade, um ar, .. outro astral.

parece que tudo o que você pode fazer enquanto, fará muito mais lindo e apaixonado com mientras.

só pra dizer.



quarta-feira, 12 de julho de 2023

auto-impedimento

 

a vó Chica tinha medo de tempestade. 

chegava a desmaiar.

depois de bem vovózinha era de preocupar, porque ela sempre ficava nervosa.

a vó Dita, as pessoas é que meio que tinham medo dela.

depois de bem vovózinha acho que ela tinha medo Deus.  entrava em qualquer igreja pra ouvir o culto, e todas as noites, teve um tempo que ela morou conosco, eu ouvia ela rezando a Ave Maria sussurrando.

minha mami não tô lembrando, de seus medos, ela é corajosa, matava as baratas, tira cobra com o galhinho, eu ou a gente ficava com medo dos barulhos, ela ia de boa desvendar o mistério. poderosa.

eu tinha muito medo de escuro. não gostava de ficar sozinha, tinha pavor de perder meus pais, medo de aranha, barata e minhoca. e cobra. detesto me sentir observada, mas isso é o tempo todo. não sou o que vai aos lugares que gosta sozinha e feliz. a noite é linnda, mas não me sinto segura nela. quando estava longe das minhas pessoas amadas, era o tipo que ficava pensando desgraça. essa parte sinto culpa, porque vivia dando o perdido na minha mãe depois de grande, mas ainda morando com ela. enfim. 

nada disso me conforma, ou ao menos tento.  os eventos da vida não são como a gente quer, não é tudo que a gente pode simplesmente se eximir de sentir, ou viver. sei lá, nem tudo é pro agrado também, isso a gente já sabe. e essa é mais batida, mas o que mais te provocou mundanças fundamentais, acaso não teria sido antagonismo e dor? 

bom, eu era bem medrózinha, talvez ainda seja. sentimentinho castrador, que saco. ah lembrei de um cara que falava nas polaridades, diminuir o medo é aumentar a coragem, meio óbvio né. mas não sei também, como era mesmo a sugestão dele, sair do medo em vibração, algo assim, não focar em diminuir o medo, e sim aumentar a coragem. agora não lembro o contexto, mas fiquei processando isso, tentando lembrar. ahh retórica só, pode ser, mas gostei de ouvir. acho até que foi o último mestre reiki que eu tive. gennte, ele era uma figura.

aliás, com ele eu fiz o último nível que eu fiz. conheci então 3 mestres diferentes. e muito diferentes entre si. não tive nenhuma relação com eles para além dos cursos, porque eu sou eu né. mas sou grata a cada um.

esse último é o único que não lembro o nome. e ele agregou algo muito interessante, que foi o poder da intenção, agregada a esse canal de luz que naturalmente dentro da iniciação do reiki você se torna. e fez muito sentido pra mim. 

uma hora vou lembrar o nome dele, aai que fora com meu mestre, viu.




terça-feira, 11 de julho de 2023

Dona Vera e o quintal da Flora | Jardins Comestíveis

eu conheço uma pessoa com muita dificuldade de socializar. extrema dificuldade em travar vínculos duráveis. um tanto intolerante, crítica e impositiva nas relações. com dificuldade de assumir seus erros. embora muito profundamente reflexiva sobre tudo que consegue alcançar, sobre si, e sobre os outros.

uma pessoa que leu muito sobre temas variados entre educação, filosofia, espiritualidade num sentido amplo. mas que minimamente tentou, sem sucesso, se vincular a algumas correntes, sempre se desencantando com o elemento humano das empreitadas.

essa pessoa é Vera Lúcia, excelentíssima figura, minha mami. aquela que sempre sonhou com a maternidade. colecionava recortes de bebês quando criança. que teve três. e a partir daqui se seguir nessa seara posso ficar triste. por ela, enfim.

ela segue com uma postura de desencanto com o ser humano. sofreu com o meu pai porque ele era muito caseiro, semana toda fora de casa. e ela querendo espairecer, justamente o contrário. nada de social sabe, sua vontade era mais de natureza. ele não queria ir. não a impedia de ir, mas não gostava nada nada. e ela sempre não gostava aquilo tudo também, porque era muito carente de sua compania. ainda diria minha mami,.. escorpionino possessivo.

ocorre que ela ainda quer sair, mas isso mudou muito. ela tinha vontade de terminar sua faculdade de pedagogia, fazer alguns cursos, interagir mais com o mundo de fora. mas, uns anos agregados, conflitos com vizinhos, doença, morte do papi. entre outras cositas, fizeram uma Verinha bemm reclusa.

e aí, se afundou no quintal. às vezes a gente convida pra uma coisa ou outra, ela diz ahh tô muito velha, não tenho mais idade pra isso, ando muito cansada, .. tal, aí ce vai, tá a velhinha se equilibrando naquele barranco que ela vive esculpindo. 

mami curte verde, ela curte plantar. e vivia brigando com o matagal que crescia muito rápido, e selvagem por todo espaço. até que um dia ela resolveu usar aquele veneno típico lá, que eu esqueci o nome. fiquei horrorizada, falei um monte, pedi pra ela pesquisar outras possibilidades. mas também não tava na pele dela, não tinha sua vivência, mas queria fazer algo. 

foi aí que lembrei, poderia sim fazer algo por ela. e que iria de encontro a duas necessidades dela, uma direta, quintal, outra meio escondida, socialização.

no carnaval de 2015, eu e Danilo participamos de uma vivência permacultural na escola da Mildred, Nova Oikos, em Camburiú.

foi uma aproximação. na época nós flertavaos com a possibilidade de fazer um PDC, e estávamos ampliando o entendimento.

foi interessante. Mildred é uma pessoa admirável, adorei conhecer sua pesquisa, vivência em outros espaços referência pelo mundo, sua fala lúcida, bem conceituada, acessível e comprometida com o que acredita.

então lá conheci a  Dalva Sofia, outra mulher de pesquisa e atuação muito lindas.

engenheira agrônoma e paisagista, professora na Universidade  do Vale do Itajaí. que realizava trabalhos com produtores orgânicos e cooperativas populares com consultoria, e que ali estava oferecendo uma oficina. sob sua supervisão criamos alguns canteiros elevados, aquela técnica alemã de nome complicado. 

depois dessa vivência, nasceu projeto itinerante chamado Jardins Comestíveis, dela e mais duas permacultoras a Leilen e a Juliana. e a primeira edição foi em uma residência na praia da Guarda.

nós participamos da primeira, conhecemos melhor as práticas, e na segunda, eis a ideia lá do início. convenci minha mãe a participar. tinha tudo para agregar nas suas investidas. de maneira mais natural e usando muito do material que ela já tinha ali na sua casa.

ela amou, e quis muito realizar uma das edições na sua Flora. ficou super animada, recebeu as meninas na sua casa, comentou das coisinhas que ela queria fazer, do que não ia pra frente, e montaram então o que seria oferecido como oficina no quintal dela, eu estava ao seu lado, fiquei contente da animação dela, e de ter feito essa aproximação.

elas fecharam o bokashi, silo de microorganismos do bosque nativo, e aquele negócio bemmm fedido, o bio-fertilizante de abóbora. além de algumas questões específicas do espaço dela com relação a canteiros a construir, podas e outras atuações típicas da vivência. ahh tinha um olhar também pra contenção do barranco, lembro que ganhamos muitas mudas de vetiver, e fizeram também uma história com pneus. era fácil porque do lado da casa da mãe na parte de cima tem uma borracharia.

quando voltar a ter computador quero recuperar um pouco disso, alguns registros. foi uma experiência e tanto pra ela. bem única na verdade, de receber pessoas interessadas em olhar com ela aquilo que ela mais ama. fazendo coisas tão tranquilamente, o que ela tinha que ficar correndo atrás de nós, filhos, para resolver, e demorava mil anos. enfim.

eu tinha desde sempre muito incômodo com os ingredientes. amava o silo de paixão, porque era vegano, e super poderoso igual. mas o bokashi,.. aquele de abóbora então, o que ia de excremento animal, soro de leite, coisas assim, me deixava bem incomodada. sobre a receita de abóbora cheguei a perguntar se não existia a possibilidade de fazer sem utilizar esse material agregado e a resposta, além de olhares surpresos, e alguns risinhos foi algo como, porque eu iria deixar toda essa fertilidade que a natureza oferece de lado? bem,  eu não soube argumentar, mas não conseguia me convencer de que não havia opção. não tinha quase nada pela internet afora, .. continuei cultivando dúvidas, até que no futuro respostas mais bonitas foram nascendo, ou chegando até mim. naquele passado.., era eu e o silo ♡, só queria usar ele.

mas isso sou eu né, nada disso era sobre mim. por ela eu ajudei a organizar, por ela estive a seu lado e promovi o evento, por ela recebi várias pessoas que nunca vi na vida, bem feliz, querida. por ela eu fui até outra pessoa de tão não eu. .. e me fez muito bem, oferecer isso pra ela.

em 2016, foi o ano da surpresa. apareci de barriga chocando um total de, todo mundo da minha familinha. 

mas mesmo antes dessa notícia, estresse com aulas, correrias da vida, distância, não era sempre que a gente conseguia estar lá. sempre foi mais ela com ela, as escolhas que ela fez, e a gente correndo atrás também, da nossa rotina. mas sempre que ia lá, ela tinha mudado muita coisa. ou a época do ano tinha mudado a paisagem, ou ela agregou ou retirou, ou podou, ou enfim.

ela reclamava de cuidar sozinha. ela queria muito que nós participássemos  do seu cuidado e amor pelo quintal. mas isso não é algo que se incute, não é algo que venha de chantagem sentimental, .. pode ser construído, despertado de alguma maneira, mas nunca de acordo com a expectativa do outro. é difícil. o Sílvio deixou claro que é entusiasta, mas gosta é de colher e admirar. o leonardo faz muita coisa porque ela pede. já fez algumas incursões, de vez em quando cuida de uma ou outra planta. lembro que ele que germinou pra mami as, esqueci o nome. virou modinha um tempo atrás aai, depois lembro, todo mundo vivia comprando.  ah é a Moringa.

e tem eu. e eu, bom, eu acho que até surpreendi ela, por em algum momento demonstrar, ou ceder, ou, criar o meu modo, de interagir e me conectar com as plantas, compartilhando mais com ela, desse seu amor. aai ai, a vida é engraçada.

agora a Flora está à venda. não consigo elaborar ainda muito bem, acho que vou esperar acontecer pra refletir no todo. novamente ela gostaria mais de nossa participação. isso sim. mas até agora tudo o que pude foi oferecer meu apoio emocional, minha boa sorte pra ela achar o que ela procura, e que seja seguro. e sobretudo, esconder minha apreensão. altas coisa né. pra ela não é muito não. mas é isso. 

já faz temmpo ela faz mudas de plantas que ela quer levar. um pouco delas faz eu trazer e eu nem tenho onde por, como a Murta querida, que escrevi outro dia. concertou váarias coisas na casa, ela está bem limpinha, arrumadinha, cherosa. muito louco isso.

e tem uma lembrança, linda e triste, me dói. quando eles se mudaram para a tão sonhada casa própria, eu me mudei deles. e como estava envolvida com final de curso, início de mestrado, trabalho, muito desse início, ou reinício de vida eu não acompanhei de perto.

um dia no meu celular velhinho eu recebi uma mensagem dela. ela estava na varanda, e começou a descrever a paisagem, e se emocionou, e disse que ela nunca pensou que ela iria se sentir tão feliz no seu lugar, no seu espaço.

eu guardei essa mensagem muito tempo. era linda. até que se perdeu em alguma dessas trocas de celular que acontecem aí na vida.

e quando eu refaço sua trajetória naquela casa, a referência sempre foi essa mensagem. e me entristece muito que seu final feliz, não tenha se estendido ao pós-crédito da realização desse sonho sabe.

nossa história só acaba quando acaba né não. a dela tem outros capítulos e experiências novas. a minha também. não adianta profetizar nada, mas a gente sempre quer, isso é certo.., o melhor.




sexta-feira, 7 de julho de 2023

simplicidade

 


meio que o assunto falta, cabô história, impressões.. que deprê. pfff

tô pensando aqui. vou achar algo porque fui deliciosamente deixada de lado. 

a Cibe tava vendo um clipe na TV da padaria do posto. parecia nem ligar que tinha outra menina na outra ponta da mesa  grande.

aí do nada.. ela entra em baixo da mesa, atravessa em diagonal e aponta laa do lado da menininha. sem constrangimento nenhum.

oi! como é seu nome.
Yasmin
eu sou Cibele, você gosta de desenhar?
e puxou seu bloquinho e canetinhas para lá, e o pão que estava comendo. 

.. tchau pra mim.



mas também já vi dar ruim essas investidas. já aconteceu algumas vezes dela ser solenemente esnobada. gennnte, ela fica tão sentida. não consegue entender.. e meu coração fica pequenininho.

e no prezado momento quero ir embora, mas tô sem forças, vai ter birrão, elas se amaram. =~




acorda acorda acorda acorda acorda acorda vemmmm | uma valsa | Nara tem valor


 

quinta-feira, 6 de julho de 2023

achismos de uma profe

 

Brubi minha aluna está fazendo uma pesquisa com professores. mas não tem tido resposta. responde pra mim, você gosta de escrever vai.



a menina parece eu, enrolou mil anos e só enviou o email ontem a tarde, e só pude responder agora, correndo ainda. e lá vai eu, lembrando que estou sem compú, e é um saco fazer esse tipo de coisa no celular. masss, amigas, né.

* bemm amiga, porém, se não estivesse de licença médica.., ia passar batido tranquilo.

ando estranha, poderia ter mencionado o afastamento e ter tocado terror geral, mas toquei um pouquinho, já que estou falando da realidade do público da minha escola. que aliás, ela não perguntou qual era. mas também não muda laaaa aquelas coisa também não, em outros bairros e escolas. mas atenua bem.

quero deixar isso aqui. mais um passinho em direção à escola.





Questões:

De acordo com a sua perspectiva, quais os principais desafios da profissão?

Desafio burocrático
Desafio de adequar teoria x prática
Desafio de seduzir, envolver, interessar seus estudantes entre prática, teoria, reflexão. Mesmo que sejam 31 alunos com temperamentos diversos em espaço de  sala comum, e só você com eles.

Como você acredita que a arte atravessa os processos educativos?

Que processos? Mas a arte é uma faceta importante da educação, uma maneira singular de expressão, que difere em tempo, cultura, pessoa pra pessoa. Tratar de singularidade, expressão criativa, repertório específico da área, exercícios de interpretar, ler, refletir, ponderar. Tecer relações entre passado e presente. Ou implicações do contexto atual sobre a criação contemporânea. São aspectos que de algum modo, pra uns mais, ou menos, dependendo da especificidade de cada um, são absorvidos e sim pode compor, trazendo camadas, profundidade, argumento e possibilidades criativas, com as outra áreas da vida.

Qual a sua principal motivação para ter chegado à essa escolha de vida artista/docente?

Não colocaria motivação, se não consequência. Estudei licenciatura, e eventualmente parei na sala de aula. Uma vez lá, passei a tentar dialogar com esse contexto de forma criativa. Não sou exatamente um caso de sucesso, no sentido que nem tudo o que se quer é possível entre tempo, dinheiro, material, locação, burocracia, temperamento dos estudantes, horário de aula, planejamentos de várias turmas, etc. Algumas propostas saem a contento, outras deixam a desejar. 

Como lidar com a dissonância entre seus próprios ideais de educação e a realidade do cotidiano escolar?

Do professor com relação à educação em artes, né? Assim. Eu diria para uma aspirante que ela precisa antes de tudo saber lidar com a frustração. São muitos aspetos que levam a situações positivas ou não. Ter em vista que seu conteúdo não é o mais importante. Passar a aula em conversa, contornando conflitos, e /ou fazendo com que acordos simples sejam cumpridos, construir uma rotina com eles pode fazer diferença. Por vezes as demandas e necessidades dos estudantes são tão pungentes, que seu foco, do profissional, não poderá ser apenas cronograma e planejamento. 
A realidade do cotidiano escolar especialmente hoje, é a realidade e fruto de nossas escolhas políticas. Se existe fome, violência, abuso, maus tratos,  desemprego, tráfico, dependentes, facções de bairro, etc., isso reverbera em sua sala. Perante o descaso, morosidade, complexidade talvez de alguns casos, convivemos com situações na escola, onde sua área de atuação não é significativa, sua humanidade sim. Um chingamento pode ser um pedido de ajuda sabe, e sua atenção de hoje, é o vinculo de amanhã. Através da afetividade, talvez, haja possibilidade de se relacionar melhor, e chegar a produzir algo. Enfim.

Para você qual a principal função de um/a professor/a de artes?

Estimular a criança, o estudante a ver a sua volta, agregando algo da complexidade de sua área de atuação, no meu caso artes visuais, possibilitando informação, vivencias, referencias e experimentação. Não esquecendo que antes de ser professora de artes, você é professora. Se não fizer chamada, avaliar cada estudante com o número correto de trabalhos acordado nas reuniões, incluindo comportamento de cada estudante, faltas, se não entregar planejamentos na data, preencher os registros e planilhas on line, estar ligado no cronograma escolar, seus direitos e deveres como profissional e os do estudante com relação ao PPP da escola. Se não for minimamente politizado, a ponto de ter senso de coletividade,  e defender a sua categoria, reivindicando valorização, reconhecimento, concursos, mais escolas, menos estudantes por sala, materiais de qualidade (...)  e todo o complexo necessário entre Assistência e Saúde, para termos cidadãos mais saudáveis em nossa cidade, vai dar ruim.


Boa sorte em sua pesquisa e estudos.
Até!
BrunaM



quarta-feira, 5 de julho de 2023

mais uma curva de cerquinha chamada..








 m o r r e n d o de medo da consulta de hoje



onde já se viu ter medo de médico, quantos anos eu tenho? pfff

mas é assim, difícil explicar, mas nem nunca pensei em tomar medicamento, então, eu digo como estou, vai saber o que ele vai sugerir.

dessa vez ele me sugeriu trabalho e vida. e na verdade super concordei com ele, que de livre espontânea vontade não vou desentocar, e pode que não seja muito bom não.

mas também não podia voltar amanhã. então chegamos num acordo, e ao terceiro e quarto medicamento que vou conhecer. vai ser uma mudança que me deixa temerosa. mas eu não sou médica né Brasil.., então, vamos de confiança, que é melhor.

bastante coisa pra resolver. mais tranquila. evitando pensar muito longe. 

ser mais positiva, aquela coisa..





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terça-feira, 4 de julho de 2023

utópica

dormir e acordar em outra era.

novas cores, paisagens, semblantes.

ser também eu diferente, quase uma outra coisa.

tudo parece tão distante, e eu uma nova criança quase, descobrindo novas regras, adquirindo novos códigos, atualizando, reatualizando vocabulário, comportamento. 

as pessoas são as mesmas, parece que não falta ninguém, só um enredo, um andamento, porque é tudo tão tranquilo e harmonioso tipo fim de novela, pessoas amistosas afetuosas por nada. sem antagonismos, discrepâncias, iminências desastrosas. 

o sol brilha morno, um vento de perfume qualquer, natural de coisa viva. chove suave, ou chove forte. sem anomalias.

eu acordei. mas porque dormi? e ninguém parece surpreso nem que eu dormi, ou que eu tenha acordado, sendo que pra mim, a sensação é de muito descontexto naquele conforto.

de repente, comecei a sentir doce a ideia de simplesmente esquecer as incognitas e mergulhar naquela história, como primeiro, e único, cenário da minha vida.

eu sinto leveza e curiosidade genuina,

o que era pesado nas interações não é mais, 

minha simpatia não é estudada,

meu abraço não é receoso, 

a festa é pra ser feliz e compartir, 

alguém novo na sua vida não é um problema,

trocar, compartilhar experiência, ensinar, opinar, é só uma consequencia de quem vive,

.. se acordei não durmo mais, 

se me enganei, e na verdade dormi, 

não volto mais.





Di Melo

a vida em seus métodos diz calma


.. e aquela coisa meio batida, né, mas em toda calma, existe uma alma

toda alma precisa, ou gostaria de ter um pouco mais dela, da essência da calma, pra ser sã. ou 'o tudo' fica um pouco mais árduo.

mesmo que não tenha, só de lembrar que não tem opção e que existe, ou deve, ou precisa existir uma possibilidade de serenidade, já é algo. captar um pouco dessa essência seria agora, um outro passo.

o sopro do vento, um solzinho leve sobre a pelo, respirar funnndo, acariciar um bicho amado, se entregar ao imponderável. o que a gente pode, pode, o que não pode..., respira. deseja. não se esqueça. não se desvincule de querer aquele presente

ele não é o fim de algo, nem um começo muito inédito, sendo que sabemos, já existia. uma hora simplesmente se manifesta, nos entres da vida.

e claro, em uma possibilidade de ação a seu favor, e desse fluxo, .. não tarde.




* eu não sabia que calma também significa, o calor forte da atmosfera causado pelo sol e pela cessação ou redução dos ventos.  e que calmaria, implica nessa condição. 

gostei.





segunda-feira, 3 de julho de 2023

um amistoso

 


Cibe, eu queria te falar uma coisa. era um ar bem sério, e ela estava prestando atenção. eu quero ser uma boa mãe, me ajuda. você precisa me ajudar. se você insistir em não querer fazer as tarefas da escola, só querer ver desenho ou qualquer  outra  coisa, talvez eu não tenha força pra ficar insistindo, insistindo, e aí eu não vou ser  boa mãe.

conversando, nós estávamos a caminho da livraria comprar borracha, já meio atrasadas. 

ela abraçou meu braço, e me olhou com ar de cumplicidade, carinho,  e disse, isso eu te prometo!

aí reforcei, se você me ouvir, acreditar em mim, vai ter tempo de você fazer tudo o que você quiser, é sério.

eu estava mal, não quero ter que fazer um papel de carrasca, chata, aguentar birra e reclamação o tempo todo, pra fazer algo que, na verdade, ela até gosta, de fazer.

aí pensei em pedir pra ela. afinal, somos nós duas, tem que funcionar, nossa rotina, uma mais saudável.

assim ela treina ser filha, eu treino ser mãe, num jogo sem taça, onde às vezes a gente perde, às vezes ganha, pensando, analisando cada movimento em replaypra  no próximo, fazer melhor. 




domingo, 2 de julho de 2023

monotemia



 

agora quando era pra eu estar tensa, ansiosa e monotemática, e não estou, eu chego à conclusão que.. tô medicada. iluminada que não é né. aí eu sinto isso, não saber resolver algo, que pra mim é sério, e não estar desesperada, tá estranho. mas tudo bem vai.

eu. eu estou com algumas questões pra resolver. e toda vez que sinto essa incapacidade, essa contramaré, e não entro muito em desespero eu lembro ah, tô medicada.

eu tô querendo reclamar, mas tô sem ânimo. tô querendo escrever pra não me sentir sozinha. mas não funciona muito.

outro dia  fui ler um daqueles textos do início desse hiato, lá por fevereiro, fevereiro! e me deu aí sim um desespero, e uma vontade louca de deletar. mas não posso, esse processo não acabou, ainda tem coisa.

quando eu até quiser vir pra cá, mas não puder, quanto tiver usando meu tempo livre pra corrigir trabalho dos estudantes, levando ou trazendo Cibe, na zoeira da sala de aula, vou estar onde devo. aqui  não existe, esse tempo não existe, nem eu. nem esse torpor.

e está tudo bem. tudo certo. eu só quero fazer bem, e me sentir satisfeita com o que eu faço, é isso que me corrói. o resto na verdade, é resto, ou é um todo, que não faz parte de mim. e não quero fazer tudo, nem podendo.

Cibe dormindo no carro, eu enrolando pra sair. pensandinho na minha semana, no melhor humor. urrúl.










indelével. 

sabia que eu não sabia o que é indelével?

lembrei dessa palavra enquanto procurava um vídeo que não achei. e já desviei de tarefa.

é sofisticada, tipo, você não solta um indelével na vida, a não ser que esteja citando alguém.

costuma falar também narrador de documentário, ou esses filmes contados em primeira pessoa, com o personagem já velhinho, falando de aventuras do passado, sabe. .. a indelével marca do tempo.. já ouvi em algum deles, meio típico até.

eu não me atrevo acho, montar uma frase com essa palavra. e vou achar dependendo do contexto, muito poético ou muito arrogante, ao ouvir diretamente de alguém.

falando em poético, sua sonoridade acho bonita. não consigo etimologicamente identificar proveniência, e até parece que sou entendida né, não sou, só que alguma coisa às vezes dá pra saber. em indelével não. 

leve, sutil, uma essência, foi isso que minha mãe acabou de dizer, sobre seu possível significado, mas depois me mandou mesmo procurar no google

é isso né, às vezes a gente vai pelo sentido da frase, do texto, e muitas palavras ficam vagas no nosso dicionário interno. não sabe o significado, mas sabe quando usar. meio perigoso até.

ultimamente tenho dado umas incertas na Cibe. ela anda usando umas palavras diferentes, adicionando novas no seu vocabulário, e eu pergunto, se ela sabe o significado. com a maior naturalidade ela diz que não, apesar de ter usado corretamente. aí explico um pouquinho.

tô achando muito legal isso, de acompanhar esse processo de apreensão da vida, todos códigos, se adaptar, aprender a se relacionar, negociar de maneira saudável, lidar com suas frustrações.

vai indo. quero clareza, força, pra me impor quando precisa, como forma de amor, amor de todas as formas né, até na crise e no chilique.

indelével.


sábado, 1 de julho de 2023

greve








luta né, ..um verbo que eu conjugo quase todo ano desde que me tornei prof.. 

não participei da de 23 e senti um certo constrangimento, assim como sinto tanto tempo fora da escola. mas teve que ser assim. 

as duas últimas greves, e a respectiva reposição de dias foi de adoecer, literalmente. conjugada aos acréscimos. não, acréscimo foram os dias da greve, então, soma de tudo.

agora Cibe é federal e eu da prefeitura, então minha greve não casa com a falta de aula dela. não sei se é exatamente bom, mas é mais cômodo. se bem que ela, eu e a escola já estávamos nos acostumando.

tem dias, períodos, que verdadeiramente eu quero esquecer. mas como, se aí perco junto o que é bom. o lance seria guardar só esse bom, né. quem sabe, talvez dê.

mas por exemplo, vejo as fotos minhas e da Cibe, linnndas, no período de maior reclusão por conta da pandemia de Covid, e sabe o que é que eu sinto?

Cibe teve umas três espadas. a primeira era de madeira bem bonitinha, essa é a segunda, e depois teve outra semelhante, que também foi-se. 

ela usava pra lá e pra cá, e na cintura pra segurar, punha aqueles elásticos com gancho que pegou da bicicleta do pai dela. muita linda. 

essa foto eu amo.







essas também, desses sábados de reposicão aí.