quinta-feira, 29 de junho de 2023

o tempo, a contagem


abraço o tempo e as horas, já não me perco em suas parcelas. o tempo se divide e eu permaneço inteira, nessa nessa roda cíclica e constante brincadeira.


esse é um fragmento de texto de 2020


um textinho perdido, que pode estar dentro de algum outro. como as vezes meus textos são meio repetitivos, tudo bem se sim ou se não. 

ocorre que eu achei perdido, e gostei. quase certo que eu estava me referindo ao relógio, e estava também meio que de bom humor, felizinha comigo por algo do momento.

o que me faz lembrar que é a segunda vez em tempos que Germano me sugere um relógio. e não só, aqueles digitais que eu  acho um pavor, mas que pode servir pra organização, tal.

dessa  vez não aguentei e disse tudo o que pensava sobre esse objeto, ainda mais no braço. o que serviu para nada né, porque talvez eu realmente precise fazer algo nesse sentido. mas foi bom dar a real.

e bom, eu super me perco nas  parcelas do tempo. e nesses dias estranhos mais ainda, o que volta e meia me da desespero. 

a minha vida parou, estou dupla, triplamente presa talvez, rateando e pensando, se será que não estou sonhando. sabe aqueles sonhos que você quer se mexer e não consegue, correr de algum perigo e o corpo não vai. tipo isso. saco de vida.

o que também, por associação livre, me faz lembrar daquele bolero famoso "relógio". a última vez que ouvi foi com a Lia de Itamaracá. não tem muito haver com nada daqui, mas me veio o refrão detenha as horas relóoogio, pois minha se apaga..., como todo bolero é uma música de amor, sofrência, tal. 

minha história não é, minha condição não é nada romântica, mas eu gostaria de deter as horas. eu queria que o tempo me esperasse. queria que as pessoas que estão vivendo suas vidas, imersas em seus eventos, desafios e alegrias, me esperassem sabe, não me esquecessem. 

mass sei lá né. ser esquecido pode ser até bom pra quem não quer ser cobrado por antigos parâmetros.

ser esquecido também pode ser bom pra você não ter que contar onde esteve.

tem também aquilo de conhecer pessoas diferentes, ser nova pra quem não sabe da velha Bruna. ..

não sei. eu mudava muito de cidade. odiava, mas sempre tinha isso, novos vínculos, novas importâncias. então posso fazer de conta que a cidade é nova, tem isso também.

promessas de fim de ano quase, até me faz rir.

sou eu mesma vai, igualzinho. mas é um igualzinho cansado de guerra, sabe como, mais entregue. 

pode que isso me dê um molejo, um tom embriagado de quem borra um pouco a fronteira das travas, algo assim.

bom, já me estendi.

hora de parar.


quarta-feira, 28 de junho de 2023

o passeio da graça de um fruto | a coisa esquisita de conviver



parece bobagem, mas não consigo mais descascar uma laranja sem curtir muito o momento, e refletir no quanto ela é um acontecimento

cada uma que eu vi nascer na laranjeira aqui do lado de casa, tooodo o tempo que levou de sua formação ao amadurecimento. a apoteose, euforia do momento de colher, provar.. é algo de muito luxuoso, um privilégio.

o tempo de observação, essa convivência aproximada, fez eu me apaixonar. fez eu rever todas as vezes que lidei com esse e outros alimentos de formação direta na terra como algo, produto banal, e me colocou nessa posição de acompanhar, namorar, desejar..

fez também eu ter remorso de ser tão péssima administradora de geladeira. a partir de então passei a concordar que desperdício é um pecado,  um presente desperdiçado, não reconhecido, um amor não correspondido.

a beleza, a abundancia, o quanto um pé lotado de frutas em casa é um convite à generosidade, à partilha, né, é muito lindo.

agora quem tá se desenvolvendo é a nectarina, que me sinto muito chique dizendo seu nome. a flor é lindinha com um cheiro suave do buquezinho que se forma, já secou, os frutinhos estão pequeniniiiinhos, tá indo e lindo.

vou falar sobre o que eu não tenho muito acho, mas percebo e tento desenvolver. esse exercício de presença né, de trajetória, de proveniência. 

se nós somos consequência de uma série de eventos e situações entrelaçados e em cadeia, seria interessante essa reverencia a esse acontecimento, que te sustenta, que te atravessa para todas as ações generosas também, que você poderia promover no mundo. afinal, parece que a gente também é um fruto da mãe terra, no exercício de existir, e conviver, contribuir, crescer e frutificar de alguma forma ou outra.

hoje eu acordei viajona, querendo fazer tudo o que me proponho sem me frustrar, estar bem, vamos ver.

mas essa coisa de ter consciência né, de se colocar no lugar do outro, de refletir que algumas coisas são mais importantes que seu prazer, o exercício de se abster, de ser criativo com o que se tem. de não ter mais do que precisa. o exercício de olhar pro lado, não é só você, não só sua família, não só o que você quer ou gosta, não é só sua espécie, não se vive pra sempre, nem se estaciona num tempo só. aquelas coisas..

complexidades da vida. nada nada é simples, embora pudesse ser, quem sabe um dia de alguma forma até seja. vai saber.



agora no fim do dia, mmmuito bem instalada na minha rede, onde acrescentei almofada e cobertinha, agora nem sei mais quando saio, sério. estava tentando ler, concentrar um pouco.  

aí  me dei com uma parte que combina de algum modo, ou me fez lembrar desse escrito de hoje. então trouxe, vai viver aqui esse fragmento, assim não esqueço.

A origem do nosso mundo não está num acontecimento, infinitamente distante no tempo e no espaço, a milhões de anos-luz de nós - e tampouco num espaço de que já não temos mais nenhum vestígio. Ela está aqui, agora. A origem do mundo é sazonal, rítmica, intermitente como tudo que existe. Nem substância nem fundamento, não está nem no chão e nem no céu, mas à meia distância entre um e outro. Nossa origem não está em nós - in interiore homine -  mas fora de nós ao ar livre. Não é algo de estável ou de ancestral, um astro de dimensões desmesuradas, um deus, um titã. A origem do nosso mundo são as folhas: frágeis, vulneráveis, e, no entanto, capazes de voltar e reviver após terem atravessado a má estação." p.32






terça-feira, 27 de junho de 2023

lua: 62,80% visível e crescendo


eu tenho medo. sou medrooosa, eu queria agora falar das estrelas e me ocorreu que sempre quis curtir a noite, me sentir segura pra meditar na beleza e em seus sons, mas duro pouco, começo a imaginar  coisas ruins

tem o peso de ser mulher, claro,   não sinto paz pra me entregar na escuridão, ainda mais só, triste né?

às vezes vou com a Cibe ver a lua, as estrelas, mas eu nunca estou tranquila

invejo pessoas livres, um lado meu as acha displicentes, inconsequentes, sem noção mesmo, mas um outro bem que queria não ter as travas.

tenho retrancas pra dar e vender na verdade, e fico tentando diluir, mas não é simples. mas vamos ficar com só com a noite nessa reflexão.

estou exausta, meu dia foi cheio de pequenos fracassos e eu queria me ater em coisas boas mas, fiquei de cara viu.

e pensei em várias coisas pra fazer quando chegasse em casa, mas agora só tem uma,

vou me recolher.

vou me entregar ao meu escuro, minha noite, desligar, reiniciar, restaurar um sistema, atualizar talvez, precisando.

e neste trabalho de pés no chão dentro da minha noite, é tentar não me perder nos caminhos, nem me iludir com a lua.

rezar ao amanhecer.



rearranjo


estou tentando manter uma graça que recebi sexta-feira que foi, poder não sentir. eu já tinha conseguido meio que sozinha, mas é muito sofrido. 

eu não fiz nenhum pedido, e aconteceu. acordei sozinha, fui dormir sozinha, tenho passado os dias bem sozinha. é mais tranquilo.

eu preciso sobreviver, olhar o mundo real e fazer escolhas a partir dele, o resto eu não sei o que é, ou poderia ser.

um dia vou cruzar uma esquina, receber uma mensagem, um sinal de buzina, nem sei, mas aí eu lido, com essa realidade. amigos são para sempre. ao menos a ideia de, então, tudo certo.

e vou rir com certeza, sempre acho graça de situações inusitadas que me desconcertam. e vou sentir o que posso sentir frente a essa interação, em improviso, e certamente diferente de todas outras váarias que imaginei, ou mesmo senti/vivi, dentro da minha subjetividade.

deixa o tempo.


___________



e foi forte,  fico até grata sabe, pela vontade de não me perder no ar, esquecendo do solo onde preciso firmar minhas ações.

uma intervenção divina talvez, um corte simples de algo cuja finalidade esta sendo desviada, senti um pouco isso. ademais tô meio cansada.

feliz é quem vive suas dificuldades dentro do mundo, do movimento, do acontecimento. quaase uma invejinha, mas na real, a eles só quero prosperidade, e felicidade simples, aquela que nem se sente que tem, de tão tranquila.

eu, não sei. rezo. e tempo que role mesmo. talvez meu sono não termine numa boa locação e sensação. mas é que eu não tô me sentindo muito bem, de humor. oscila.

já tive essa impressão em outras madrugadas. ouvir o mar. aí aguço os ouvidos, e é isso, de alguma forma em alguns dias, ele canta pra mim. amo.

dormir, pra acordar outra. 

às vezes, acordar outra, mas dormir sempre. modificando as internas.


05/07/23







segunda-feira, 26 de junho de 2023

o melhor presente | Festa da família


 

tinha tanto pai com celular na mão tanto tanto tipo todos, quase, que eu não consegui ver toda a apresentação, mas eu via seu rosto, ela o meu, isso foi lindo.  

ela tinha dito pra ficar parada, mãe, não se mexe que você vai ganhar um presente no final! 

me surpreendeu, a apresentação foi super bonitinha, e apesar de querer sair correndo dalí, .. ela estava muito feliz, feliz por que seu pai e a mãe dele também estavam. e eufórica por estarmos na escola, e ela poder mostrar tudo.

mais que isso, ela me deu um outro presente..

mau criadinha, corre por tudo, vai na frente e tem um monte de gente, fala sem parar, muito alegre, queria pula-pula antes de se apresentar, levou um não, porque ia se descabelar, e suar horrores logo antes.

aai eu queria sumir, aquele monte de gente, gente pai, gente prof., barulho, socializações, eu preciso processar isso melhor, afinal, é meu ambiente né. me falta um traquejo de nascença, apesar de um esmalte, mas fui indo.

Danilo e a mãe, dois mané que conhecem todo mundo, encontrando os seus, Danilo contentinho porque estudou lá. e num desses encontros, a Cibe  pegou na minha mão, e me levou pra conhecer a escola. sempre quis circular comigo, mas é meio restrito o zanzar de pais, mas nesse dia tava livre, então demos um perdido delicioso.

a UFSC verde e antiga, é muito linda. sempre me lembro com pesar o corte das árvores da geral do pantanal, e todos os cortes dessa obra aí. ainda bem que a mangueira do trevo ficou, juro que um dia vi UMA manga pendurada lá, é uma árvore incrível.

ali perto da escola da Cibe não é diferente, em especial nas suas dependências.

ela queria muito mostrar onde eles criam as abelhas sem ferrão, a horta, o lugar que eles plantaram seus feijões, o lugar da compostagem. os lugares mais escondidos da escola, cantos verdes que aí já comecei a dar bronca já de antemão, pra ela nem pensar em transitar sozinha por esses  lugares. socorro.

mas algumas áreas com verde mais fechado que ela queria mostrar tinha portões com tranca. queria mostrar porque já tinham ido em turma. notei que é verde mais fechado, mas cuidado, tipo, dá pra enfiar criancinhas lá, em caminhadas, pesquisas de campo, coisa assim.







eu não preciso dizer como me senti ao nos afastarmos daquela muvuca, mas de algum modo aquela "aventura" também fazia parte da festa, então não me importei muito. 

tinha algumas crianças na quadra, alguns avulso pela escola, mas o espaço verde, .. ♡, tem muita parte em reforma também, já apontei uns espaços pra ela tipo NÃO, mas com as crianças pequenas tudo é bemm supervisionado.

apesar dela estar agitada, desde manhã, tretamos porque ela estava impossível com a expectativa. eu não achei que ela iria descolar tão fácil de lá. 

agradeci, disse que amei ter ela como guia (correu na minha frente o tempo todo) e amei amei muito passear pelo verde, ouvir ela explicar tudo direitinho. 

demorou, já tava preocupada, mas ela seguia, sei que por mais que ví, ainda faltou espaços que ela queria porque queria mostrar. aliás, como faz uma criança deixar de ser tão insistente? mas fui enfática e reforcei que ela tinha que atender a avó, e o pai dela.

depois ela foi uma parte do que fizemos com eles também.

enfim, sempre acho que não me comporto muito bem, deixo de falar com pessoas que deveria, cumprir certos protocolos.., mas eu fui. é um termômetro, rolou um desesperinho por dentro, mas cumpri.




e bom, eu posso até ser dramática, mas é Cibele que a m a uma cena..







a melhor versão | NMI, só um pouquinho, toda vez

 






sexta-feira, 23 de junho de 2023

tato | grata por um pouquinho de sonho, sem dormir

quer palavra mais sedutora que rocío

quer palavra mais singela que orvalho

igualmente lindas em sonoridade, e pelo que representam. nesse dia molhado, vem trazendo a sutileza. inícios, finais de dias talvez, a delicadeza, a delícia do toque sobre as folhas, a beleza, perfumes.

essa música tem paisagem de Bruna e Cibe pelos morros da Vargem bem bem de manhã, às vezes com neblina, .. e a gente ficava admirando e comentando, essa música era de carro.

ela me embala, ela me envolve. tocou agora pouco mas toca de novo, em lembranças e desejos.





quinta-feira, 22 de junho de 2023

44.







ainda não tenho e não quero ter aniversário, embora sempre pense nele quando está chegando, porque essa coisa de viver, e comemorar esse marco de entrada , é, .. algo né.

e acho que eu sempre quero, como é a palavra, redimir, ou, acho que me reconciliar com essa data. mas ainda não foi dessa vez, aliás esse 44 mesmo, o que dizer..

tenho 10 dias de 44. e são 10 dias ainda num limbo estranho. o tempo parou em fevereiro e agora não sei que tipo de Bruna vai sair do obscuro desse resguardo, no que parece ser o ano 1 de algo indefinido, obscuro, iminente, independente, da qualidade de Bruna que virá.

uma vez há muuuitos anos, eu fui numa vivência com uma figura muito particular, talvez excêntrica, mas muito respeitada por uma astróloga maravilhosa com quem eu tinha acabado de fazer meu mapa natal. 

não sei porque resolvi ir, numa época que essa coisa de viagens com tambor, xamanismo, não eram tão pop como me parecem hoje. não tô julgandoo, não é papo pra hoje.

ele usava tambores para fazer algumas meditações e experiências de concentração, e uma delas foi a busca de seu animal de poder.

não sou muito acho, mas na época era muito menos ainda familiarizada com esse papo, e as pessoas começavam a fazer relatos incríiiveis a cada viagem e eu cada vez mais indignada, só eu que não "via nada", tinha algumas impressões vagas que me suscitavam os cânticos e/ou as batidas que ele propunha, mas sempre vago.

não saberia, não lembro muito, mas eu tive a impressão, ou eu inclusive achei que era auto-sugestão minha, já que era pra pensar num animal, de ter visto uma pantera negra. e por algumas análises que eu não lembro bem, que ele apontou a meu respeito, o xamã confirmou o que eu achei que vi. bom, no mínimo curioso aquilo tudo. mas foi uma experiência isolada.

hoje em dia tenho uma relação diferente com o tema, rasa pra fora, nas internas não sei, não dá pra dizer. mas eu gosto do significado desse animal, acho interessante. e em outras experiências muitos anos depois pude ter algumas confirmações a mais. e porque estou escrevendo isso? não faço ideia.

mas se meu animal de poder tem poder.. quero.



lost

eu tenho uma lembrança que é esquisita dos grandes plantios que cercavam as cidadinhas que eu morei na infância.

era tão natural, não tinha urgência, nada tinha. como é que eu ia saber, mesmo que me dissessem na época, que era pra eu  aproveitar mais, que sentiria saudade do que quis, e não fiz?

quando você começa a ficar muito reflexivo do passado acho que é sinal que seu presente tá encrencado. e talvez você procure então os erros, ou os velhos acertos, tentando desenosar algumas veias pra ver se flui, pra ver se chega no presente um sopro de entusiasmo pra recomeçar. eu sou dramática. sou, e pronto. 

fazer isso de mãos dadas com uma testemunha, com alguém que vai te perceber, questionar, problematizar os sentidos.., é um saco.

mas de vez em quando permito que Germano faça essas voltas comigo. ou ele que se insere, me incentivando, animado para perscrutar fontes, nascentes, e passear distante, loonge daquela salinha branca sem janela.

e faço isso com o sentimento de que não sei o que pode ter lá escondido, esquecido, representativo de algo que valia a pena, a não ser como um olhar de trajetória, sem granndes eventos na verdade. 

só que eu não tenho nostalgia, saudosismo de infância,  lembrar e me dói, sinto rejeição do quanto era difícil ser eu, e do quando eu não me gostava, me cerceando sempre de coisas que eu queria, por que não conseguia me jogar, horror da minha aparência, peso, vestuário, tudo. e não só, mas..

tava querendo aqui destilar um veneno. minhas insatisfações com tudo, ainda hoje sendo o que me adoece, e não sabendo como não ser, porque nem sei direito as escolhas que eu fiz, o rumo do erro sabe. que que eu fiz, certamente eu não sou uma vitima, mas cadê, onde tá esse avesso, cadê.

mas não vou reclamar muito não, nem ser muito cética apesar de desgostosa com relação ao presente. minha sensação de tempo decorrido ainda tá terrível. parece até que faz muito tempo que não escrevo algo aqui. já é junho, daqui a pouco julho e eu não vi, nem senti. 

mas estive sem assunto, sem nenhuma graça pra partilhar,.. aí ouvi uma música antiga. ia  falar dela, aí não falei, e agora também não quero mais falar. 

e vamos de malumor.


 

terça-feira, 20 de junho de 2023

mas essa eu gosto

 


tudo bem dizer que acho Tribalistas um pouco demais pra mim, né. tinha umas musiquinhas festivas que meio que me irritavam, e irritam tipo aquela do já sei namorar... aiiii que nervoso quando coabitamos o mesmo ambiente. 

e é incrível, de cada um desses artistas tem músicas muito lindas, marcantes.

eu não sou fã, fãaa assim de nenhum deles, mas bem que tenho uma queda pelo Arnaldinho.

essa musica.. faz tempo que uns éeee você, começa a tocar do nada na minha radio interna. até por isso andei procurando aqui, tenho certo que já postei, mas vai saber onde né Brasil, esse blog já saiu de controle faz tempo.

e olha que fiquei bastante cumprindo até, meu auto-combinado de postagem uma, no máximo duas vez por semana. mas ok, se já veio aqui, agora faço menção de novo com historinha, fica mais divertido.

e também, tudo bem escrever vai, é um tipo de limpeza. é algo de se expor, simm, mas, às vezes quando muito é dado muito pouco é percebido, não me preocupo muito. também não me preocupo porque tem gente que diz que não entende o que eu escrevo, então..

enfim..






de folhetim | refinando vocabulário

biltre

sacripanta 

canalha 

patife

pífio 

pulha


ontem olhando os sentidos para mequetrefe, dei de cara com os meus xingamentos novelísticos preferidos.

eu preciso começar a experimentar na vida real, .. quem nunca ouviu a mocinha enchendo a boca pra dizer pro carinha seu canalha!! gente isso sai com um peso dramático que acho incrível, e bem engraçado também. 

novela mexicana costuma ter muitos canalhas e patifes, as antigas pulhas, biltres e sacripantas.

muitas  dessas palavras são usadas em momentos de grandes revelações e descobertas, de casa caindo mesmo. pífios já acho mais difícil de encontrar, e não consigo enquadrar numa época, mas também adoro.

depois, qualquer hora, quero fazer até uma comparação, mas normalmente carregam um sentido semelhante, e bem ruinzinho. mas gente.. eu vejo essas palavras e tenho vontade rir.

que será que acontece?


*escroque

segunda-feira, 19 de junho de 2023

segunda | felicidade mínima | eu reconheço

 




mequetrefe, olha que delícia, diga comigo como a Cibe leria me que tre fe. aai adooro essa palavra, pronúncia sabe. 

e significado também, porque sempre me suscita alguém que faz algo meia boca, tentando fazer bem, ou que tenta fazer o melhor, de algo que não sabe. pra mim não é necessariamente negativo, parece mais como parte de um processo que não termina ali, talvez.

essa palavra é em seu uso correto, aplicada pra pessoas. no meu contexto era oferecido a objetos ou feituras duvidosas, enfim.

ganhei uma mini-rosa amarela da Cibe de aniversário, compramos umas mudas de morango pra ver o que acontece, e precisava fazer algo com isso.

comecei a arrumar ali na frente um pouco, podei meu boldo querido, maravilhoso, que fez exatamente o que eu pedi, uma moita gigante. ♡ ahh descobri que flor de boldo chama beija-flor, muitos apareceram, um evento. podei um pouco do mato que eu não sei o nome, que adora nascer no meio dele também, que dá umas florzinhas.

pensei em refazer a cerquinha que fiz já algumas vezes com a filha, é divertido, ela adora ficar viajando com a lã, e as cores. fazia tempo que não fazíamos, a última apodreceu faz tempo. aí então a convidei pra irmos catar gravetos no terreno vizinho, pra fazer as estacas.

minha fofa me acompanhou, depois em casa, não queria nada com nada, após plantar o que era pra ser juntas, desandou total sassaricando pra lá e pra cá.

sei que por fim comecei a juntar as podas, e uns galhos compridos, comecei a tentar trançar, e fui trançando, e eu adorei fazer, muito no susto, mambembe, com uns galhos como ripas que acho que não vão durar nadaa. 

bom, só vou observar a desconstrução. curti muito a minha cerquinha mequetrefe querida.

e ahh, tão nada né. mas se representar um pensar, executar e finalizar (mais ou menos quase terminar), eu tô sim, um pouco de parabéns.

e a sensação de criar, fazer algo que eu gosto, nesse hiato de vida tão esquisito, que tô de saco cheio, mas que ainda não sei direito o que tenho que fazer para sair.






*  e quando você percebe que arrumou um problema? sua cerca VAI ruir em algum momento e vai ser uma bagunça no morrinho, e seu Ari vai querer o côrooo, da dona da arte..

** e se suas ripas trançadas da cerca de boldo do nada e não sei como começam a brotar, significa que ela vai durar pra sempre?


reflexões do dia.

30/07/23



** .


um domingo








 

























um dia não distante eu vou querer esquecer ou simplesmente apagar esses dias da memória.  o tempo tem passado e eu nem consigo me fixar nos dias direito, agora menos, mas muito envolvida com as minhas internas, preocupada em estar bem sem estar, querendo voltar a minha rotina que eu quis, escolhi dentro das possibilidades. dar conta.

eu acho que adoeci quando pensei que podia fazer isso e só, quando eu deixei de tentar ser eu, me alimentar do que me faz bem, criar razões para além dos deveres. 

e tem todo o papo da sobrecarga da mulher, acúmulo de funções e tal, eu endosso, mas, não quero recair nessa problemática, eu não resolvo isso nesse momento, eu só sou isso. e ainda assim, ou mesmo assim, o que eu posso fazer com o que eu sou em meio a tudo que eu preciso ser, que caiba, alivie, que adoce ou reforce, que traga um ânimo, um entusiasmo diferente para todos os temque da vida?

eu tô com muito sono. eu e Cibe fizemos várias coisinhas bobas, nenhuma das duas com nada, evitando até, o serio. 

e isso, contando os dias, são muitos, um período grande, que eu vou, e não vou, querer lembrar.




 

sexta-feira, 16 de junho de 2023

livre



Seja eu liberto


Luz infinita, pai e mãe divinos Anjos e arcanjos, senhores do carma Santos irmãos, eu apresento Meu ser por inteiro. Venho pedir ao único poder Que de todos os corpos E de todas vidas Incluindo a atual Que eu seja curado De todo dano e todo mal. Seja eu livre, seja eu liberto A todos os meus irmãos Por suas santas mãos. Quebre-se as correntes de cada coração Já chegou a hora da libertação


tô com um pouco de preguiça de contar quando as músicas de rezo fizeram sentido pra mim fora de uma cerimônia. 

tô com preguiça de discorrer sobre como elas salvaram minha sanidade num momento bem singular de vida, fora da força, onde tudo é sempre, singular.

fato é que aquelas músicas que acalentaram essa faze foram todas perdidas, nem me pergunte como. e elas não eram muito convencionais ou de alguma linha específica. lembro com amor de uma sobre a chuva, essa era linda demais, mas como não é conhecida, e eu não me lembro de quase nada, impossível de reencontrar. saudades dela.

essa aí foi a única que sobrou e é muito significativa. e não se trata de gostar sabe, a gente pode entender de suscetibilidade quando ingere a medicina por exemplo, e então tudo assume uma forma própria, única, e nada do que acontece está ileso de uma superdimensão de impressão, diferentes emoções. razão até de eu achar extremamente delicado, sério, pra não dizer perigoso as interações que não sejam estritamente necessárias durante o período de ingestão da bebida. enfim.., não quero dispersar.

a dor me tornou suscetível no meu "mundo real" transfigurado em uma grande peia perene. então saber da música, quem fez, de onde veio nesse caso nem foi tão importante. ela e aquelas da coleção perdida têm poder, emanam poder, me fizeram bem, e é isso.

o fato dela ter ficado no meu celular é algo que não entendo, mas gostei dela ter ficado como uma  lembrança.

mas hoje de manhã estava andando, fazendo umas voltas, o dia linndo, e eu comecei a pensar no quanto seria bom ser livre. solta. leve. eu não sou leve, e me sinto aprisionada, restrita, fechada. eu faço isso comigo. e é interessante porque é a parte de mim que se move no automático, não consciente, a não ser pelos reflexos.

livre e liberta, pra poder rir ou chorar por razões diferentes, descobrir ou criar outros dispositivos de reativas mais interessantes. pra sentir paz, serenidade nas interações. 

se você olhar para o céu e o dia lindo que fez hoje, na sua vista maais ampla, talvez você possa sentir o meu livre, que eu vislumbrei, desejei, sem ser.

e aí a música começou a tocar.., era a minha rádio interna convidando, vem vamos rezar.





quinta-feira, 15 de junho de 2023

coisa mais linda do meu mundo | a pa u ta | nova comunicação | minha rara


 

Cibe está silabando. então pensa e diz pauta, .. pa u ta, eu achando super estranho essa tal de  pa u ta, até que me liguei.

esses dias ela tava brincando com uma amiga de escolinha no quarto, usando a lousa, tal, e hoje eu encontrei essa folha no chão. a pa u ta da aula delas, assim como sua prof deve organizar os momentos na escola. 

mas o que dizer dessa pa u ta de brincadeira genteee...



__________





um dia eu falei pra Cibe você é meu tesouro, e ela me respondeu e você, que é minha rara. aí eu me surpreendi, de onde você tirou rara?

alguém anda vendo muito desenho, sei lá, porque não é muito usual, e ela largou essa, viu que eu gostei, e de vez em quando ela solta, minha rara.  e é verdade, eu amei muito de ser rara dela.

hoje, no nosso momento solzinho, o grande lance era tentar montar as palavras, frases, ler, .. isso tá muuito engraçado, e é muuuuuito nostálgico também. ter filho é uma experiência muito louca. você acompanha sua cria se constituir, contribui, entende que alguma coisa de personalidade própria sempre vai te desconcertar, as vezes te pirar mesmo, e no combo ao menos pra mim vem esse paralelo, esse rever. eu não gosto de lembrar, da minha infância, não aconteceu nenhuma tragédia, mas me dói, e pontualmente, recorrentemente isso acontece.

é um reencontro, e se eu não me esquivar, posso ir curando, acolhendo de certa forma a minha história.  oportunidade de agradecer também os dias de hoje, e a vida feliz e inocente da minha menina, que agora devagarinho, lê. ♡



18/06/23





minuto de sabedoria | status quo

 

o meu fundo do poço é curvo, não é uma quina. quase aconchegante como uma rede onde me acomodo naquele escuro de mãe, de terra.

é engraçado, mas se permanecer muito tempo nele me desfaço né, me decomponho mais rápido, me transformo em outra coisa quase sem querer, só com o tempo agindo mesmo. 

e depois, algum tipo de adubo pode vir talvez, substrato que chama, ou seria muita pretensão, não sei. pensando..


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ouvir uma música e dançar outra

sentir um sabor, comendo outro

o doce, no amargo

frio, no calor, ou o contrário

se eu for capaz de perceber, sentir, ver, em concomitância o que eu queria de um certo você, em outra pessoa, ou despersonalizar né, transformar algo direcionado em uma necessidade básica, instintiva.

fazer de um desejo uma intensidade frangmentada em diferentes personas.

podendo encontrar então muitos você, infinitos.

e isso transmutado num senso de liberdade e pertencimento, podendo me satisfazer  mecanicamente como o animal que sou, sem responsabilidade afetiva, ou me travestindo de uma capa de auto-respeito e entendimento de como as fronteiras se estabelecem.., sem precisar, ou tentar oferecer mais do que posso, assim vou ser feliz? pensando..


______


pensando nisso hoje, em tanntas inutilidades quanto é possível um dia como esse e o estado em que me encontro, e cheguei a algo que não é ruim. mas uma característica minha de deslumbre. eu adoro na verdade, apesar de me sentir as vezes meio limitada. 

eu reconheço que meu ensino fundamental, básico de escolas públicas do interior do Paraná e depois o médio também, quebrado em várias escolas.. foi bem ruim. ou isso, somado às minhas dificuldades cognitivas mesmo, fez com que  hoje eu tenha muitas lacunas que ainda não consegui preencher sozinha, com relação a assuntos diversos.

sou quase analfabeta em matemática, em português quem me lê sabe. e meus conhecimentos gerais são bemm nada profundos.

ocorre de me dizerem coisas tão bonitas, tão incríveis, mágicas, por vezes até advindas da obviedade do mundo, que percebo que deveria saber, ou que já soube, ou ouvi em algum momento sob determinado aspecto, mas que me chega como novidade, e então sinto um maravilhamento. 

adoro  as pessoas que me suscitam isso, fico até grata. também tenho um olhar muito atento aos portadores de conhecimentos que eu não tenho e quero, ou que quero e só, estar perto. 

quando isso acontece reverencio meu interlocutor, pelas fichas que caem, e recaem. ou me sinto muito bem colocada, onde devo estar.

os assuntos e pessoas são variados. mas gosto muito. 

a minha pergunta invisível, e meu gatilho pra curiosidade infinita, .. me diga algo que eu não sei.




quarta-feira, 14 de junho de 2023

tem algo ali que eu amei, só não entendi

 

tem gente que fala coisas que eu não entendo mas adoro. poderia ouvir milhões de vezes como aquelas musicas em idioma que não sei, e que só posso supor, seja por uma palavra ou expressão que soe semelhante, algum caminho para hipóteses.

mas no caso, estou aqui com o meu livro roubado  que eu amo sem ter lido, cujos fragmentos de aberturas aleatórias não me fazem desapegar, meu estado dispersivo angustiado não permite desfrutar, .. levando então seu peso a todo lugar. 

sigo com ele numa sina, ou como quem tenta sugar de sua estrutura, pelo toque, até pela contemplação, algo de sua essência. parece que fico mais inteligente, ou mais perto de algo bom de mim estando com ele.


você iria gostar desse livro eu disse. não li, mas tem muito haver com você também.

pegou o livro, abriu aleatóriamente e leu um parágrafo em voz alta. fizemos um silêncio. eu não disse? 

pediu para fotografar a página. disse que queria ler de novo. e eu também fiquei com aquilo na cabeça, até por isso estou aqui hoje, com o livro no meu colo, divagando sem reler o parágrafo, e sem voltar lá pras minhas primeiras páginas, exaltando uma impressão.

eu posso mudar de ideia, não é difícil. mas por enquanto é isso, não conheço e adoro, estamos juntos há tempos, caminhamos pra lá e pra cá, nos acostumamos, nos entendemos. 

é certo que vamos nos estranhar, como agora mesmo em que ele estava mencionando uns teóricos ali com uns papos que teria que me esforçar muito pra abarcar em completude, deu até soninho. mas táa né, ninguém é perfeito. 

eu sei que todo livro quer ser lido né não, e eu tenho toda essa vontade em potencia. ..

ao menos simpatizamos um com o outro. 

bom começo, mas muito sono. 

coisas de amanhã, talvez. 




A razão é uma flor: poderíamos expressar essa equivalência dizendo que tudo o que é racional é sexual e tudo o que é sexual é racional. A racionalidade é uma questão de formas, mas a forma é sempre o resultado da agitação de uma mistura que produz uma variação, uma mudança. Inversamente, a sexualidade não é mais a esfera mórbida do infrarracional, o lugar dos afetos turvos e nebulosos. É a estrutura e o conjunto dos encontros com o mundo que permitem a cada coisa se deixar tocar por outra, progredir em sua evolução, se reinventar, tornar-se outra no campo da semelhança. ... p.106



tecimento | nova ordem



 eu vi ali escrito tecimento, de ontem, e me lembrei do amor que compõe uma palavra que me toca. e tocar em alguém amortecido não é interessante né. provocar alguém com aquilo que ela não precisa, ou simplesmente não ter a chave de acesso pra esse efeito.

viver em sociedade é muito complicado. fui muito questionada sobre ensinar uma inocente criança a não ingerir outros animais e seus derivados em sua alimentação, nem em nada. a crítica é tão ridícula como se, na parte simples, não fosse bem óbvio que sim, queremos passar o melhor de nós para nossos filhos, assim como gostaríamos que não cometessem nossos erros. ou iria educar minha criança como. e quem está amortecido, se pra muitos o senso de família não ultrapassa o mesmo sangue, se estendendo a mais um que outro de sua própria espécie.

uma vez conversando com uma criança me referi ao gato da casa como seu irmão, ao que a mãe prontamente corrigiu. gato é gato, gente é gente. ela não está errada, não era pra eu confundir a cabeça da criança.  nunca esqueci, eu fiquei espantada. ela não tá errada, mas eu não consigo, eu digo pra Cibe que os animais são como irmãos, que somos filhos da Pachamama, que todos pisamos o mesmo chão, que ninguém tá afim de sofrer deliberadamente, manifestando isso sempre, cada um a seu modo. dor é linguagem universal, alegria também, e mesmo amor, talvez. mas quem sou eu né.

e estava eu então fazendo um experimento com folhas de abacate. tecendo sim, cheeia de amor, apesar do trocadilho meio chato, o que seria um embrulho para um objeto. na verdade esse é um mosaico de retalhos das três embalagens que fiz. como será que folha de abacate seca né, será que vai ficar muito quebradiça? folha de bananeira não dá que já sei, folha de mamona acho que esfarela fácil, mas  não sei,  a do abacate, só fiz porque elas vieram pra minha mão de um galho grande caído, lembrei que queria experimentar e recolhi.

fiz toda empolgada, mas já lamentoza, é uma delícia, mas muito demorado apesar da já mencionada falta de minúcia como proposta, portanto impraticável. mas amei.

e sim, eu quero tocar alguém, sensibilizar, quero provocar e surpreender com o que tiver de mais simples.

aliás provocar é uma ação maravilhosa quando usada para o bem, mas quando você percebe que o bem é relativo a quem o provoca tudo fica meio tenso né. taí a publicidade e a propaganda pra concordar comigo.

como eu vou saber então se meu bem, que ofereço,  é seu bem, pra você, qualquer você, mas você principalmente? e eis a grande questão que já é solução em si. não existe moeda pra vontade x realidade. ok  um pouco de propaganda pode surtir um efeito, mas ainda assim, se amortecido e embebido de outra esfera de realidade, é deixar, e já é.

nem sempre amortecimento é negativo, pode ser estratégia de sobrevivência, ou uma conveniência,  zona de conforto, pacatismo, meio de vida. 

todo modo.. fui longe demais. é que eu tenho que sair, então tô enrolando, e tudo aqui agora ficou tãao bom.  mas eu tenho que sair, se não for vai ser pior. 

todo modo 2, tem diferença entre as escolhas pessoais que te amortece ou intensifica os sentidos, das escolhas que não te dizem respeito, as quais indivíduo, ou ser algum pode responder. a não ser o próprio. 

muitos seres não falam e parece que eu escuto, sei o que pedem e suas fronteiras. é fácil. já você..


terça-feira, 6 de junho de 2023

trojan | sem defesa

 

maliciosa, mas não malware
isso é ponto de vista
enganosa, mas pra passar despercebida
contaminar uma parte de um todo
aquela parte
pra que anti-virus, não tinha como saber
mas indispensável era  essa extensão
que  te faltava

ahhhhh, sempre vale né um 
..ou não

fiz o que nasci pra fazer, 
no mais tudo certo =)..

sexta-feira, 2 de junho de 2023

7 anos, mimos, monstros | nada de contra a luz, deixa meu sol histórico na foto.



















7 personagens



Teo resumindo como ninguém



hoje perguntei pra Cibe  se ela sabia o nome da flor que enfeitou o aniver dela. ela gostou de perceber que tinha Vera, de vó Vera em Primavera, que é o nome que eu aprendi, mas tem quem chame de bougainville, mas acho muito complicado, chatinho.

as bandeirinjas esse ano não fiz, nem juntei com as da dinda Jô. foram só as que existem desde o chá de bebê, mais uns acréscimos que as vezes rolou ao longo dos anos.

e aí juntei as flores da escandalosa primavera da frente de casa. o seu Élcio vive podando mesmo, dei um fim mais legal. que luxo né, poder usufruir desse entorno.

pensei nelas como balões, que ao longo da minha história sempre amei, mas que já não considero um recurso interessante. e saiu de controle né, esses balões, e mesmo essas festas, as super produções. eu não sei.  ainda fico refletindo nisso.

tem uma coisa que eu amei também, usar as vagens daquela árvore que parece Ipê, mas não é. 

hoje, pelo sol e chuva já estão desbotados, a vagens sequinhas. mas ainda gosto. tudo ao acaso, que as vezes ajuda, outras não.

esse ano eu realizei um grau de separação que faltava, a minha separação do Danilo em festas da Cibe. foi difícil pra mim, não queria causar constrangimentos, nem magoar ninguém, mas, uma que não estou mesmo, podendo com muita gente e esse  social superficial que é importante, e que eu acho um saco. e eu tenho amigos que adoram, aprendi muito com eles, mas nem que eu quisesse. então a condição atual ajudou. e o que pra mim era difícil, sensível, pra ele foi tranquilo, ficou até feliz. uma lição pra mim.

andei falando em leveza né, não sei se exatamente assim, mas foi mmmuito feliz estar eu comigo nas demandas, e tê-lo, o pai, presente apenas como convidado, se pudesse vir. ele fez uma comemoração lá, até duas. Cibe também amou, muitas comemorações.

por fim ele veio porque convidei a irmãzinha da Cibe e ele acabou vindo para interagir e ajudar. amei ver as irmãzinhas aqui. Clarisse é uma figura, pacotinho de fofura. Chibe, ela chama Cibe de Chibe, ounn, ♡





.. em tempo, Memê! seu apoio moral foi tudoo
 

quinta-feira, 1 de junho de 2023

um receio

 

Cibe disse Animê. estava tentando lembrar da palavra e só saia Animê. desde pequena há controvérsias sobre o que o Danilo mostra pra Cibe em audio-visual, sem falar que a introduziu no mundo dos jogos à minha revelia, enfim.. nada é perfeito não é, essas tratativas de pai e mãe, juntos, separados, sempre alguma treta rola. 

então não sei o que ela andou vendo por lá, ou que papo rolou sobre desenhos, que quando eu perguntei que nome ela gostaria de dar pra gatinha, já que ela não descolava da casa e nem do nosso pé, ela disse Animê.

depois fui entender que ela estava querendo dizer Anime, porém com a grande chance de não ser nada disso, e dela só ter dito a palavra e pronto. 

fato que foi a primeira, saiu espontâneo como sugestão de nome, então quis ficar com ele. só acrescentei sobrenome porque francamente, nunca vi gata tão miôna.

não parece uma anja?.. ela é tão anja quanto a Cibe, duas aprontôna, isso sim.

    

Animê Miau ♡



só que eu não pedi um gato né Brasil, jamais teria pego, nem pequeno nem grande. o que pra outras pessoas é simples pra mim é complicado sim. eu acho muita responsabilidade. 

posso se quiser considerá-la do condomínio, mas, o jeito que ela se enfiou em casa foi bem intenso, não deu muita margem. e tenho receio de sofrer também, gostar sempre é abarcar todos os sentimentos né, embora a gente não pense muito nisso. 

se eu tivesse um bicho voluntariamente, seria porque, e esse dia nunca chegou, poderia estar pra ele na saúde e na doença, é só de pensar nisso, já, ah, sei lá.

tava afim de gostar dela não, e fiquei muito tempo considerando uma presença transitória. ela é bravinha, odeia colo, quando não tá dormindo ta caçando, adora subir nas árvores, e ao mesmo tempo, está sempre presente, no pé, e enroscando, e claro, miando. se bem que tenho sentido ela mais tranquila. pode ser pertencimento mútuo. mas já me sinto estranha só de mencionar. 

Cibe aprendeu na pele, o quanto precisa respeitar Animê. gosta de alimentar, e comenta as coisinhas que ela apronta, adora quando ela resolve dormir pertinho dela.. ah, e de uma hora pra outra, soltou o apelido mais foufo da face da minha terra, Memê, Memê Miau. ♡

sei lá viu.