domingo, 30 de abril de 2023

tilt | não entendo, mas não preciso | paz

 

eu fico muito descrente

eu não acredito muito

às vezes penso que é um despropósito, e que eu me presto

por vezes me sinto enredada, manipulada

ligada, conectada a algo fantasioso, o que me deixa aterrorizada

aí acho que não é muito isso

mas não melhora a impressão de erro

eu estou presa

e outras circunstâncias me prendem por muitas razões aqui, parada. então o que dizer,.. por hora, não vou a lugar nenhum, tô aqui, tão logo possa não sei onde estarei

porque apesar do que eu quero,   do que eu sinto, do que arde em mim e não quer sair, existe a realidade

e uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra.. já dizia tambem o velho Matias.

já ouvi de formas diferentes que eu preciso por os pés no chão..

porei

ou está a caminho

bem devagar

 












sábado, 29 de abril de 2023

era uma vez, 4 quartos anos no segundo semestre...


















 
carimbos adinkra - tecidos de estamparia africana, ref.



mais que cumprir com a lei, trazer nossa riqueza artístico cultural de forma corrente e contextualizada, fazendo esse atravessamento em todos os assuntos de forma  natural é um desafio muito pertinente.

não é sempre que eu consigo, não é sempre que eu fico satisfeita com o que foi realizado, neste trabalho eu fiquei contente. primeiro que pude reutilizar um material meu que estava perdido. e depois pela coincidência de encontrar uma referência que conversava diretamente com esse material.

eu tinha essas madeirinhas e resolvi fazer carimbos com linha. isso ha alguns anos, pro primeiro aninho até. ficou na escola uma férias e achei que tivessem jogado, aí vieram as pausas de pandemia, esqueci.

pesquisando um assunto que tivesse uma continuidade com o trabalho anterior que abarcou na parte prática tintas com pigmentos naturais, cestaria e grafismos indígenas, pensei em trabalhar estampas africanas. ao que me deparei com essa prática linda e simbólica desses carimbos pra decorar os tecidos. aí coincidiu de encontrar os meus,  fechou. peguei algumas referencias de moda, algumas marcas criadas com referencia e a partir dos tecidos para mostrar pra eles também. estava separando umas marcas brasileiras bem engajadas, mas aí não deu tempo de tratar nada disso, pena.

utilizei tecido da escola, que tinha algum, e montei em forma de panôs na sala de aula, algo que eu amei, e as crianças também.

com o restante do tecido queria fazer um lenço para a gente dar de presente pra prof e história Carina, da nossa escola, uma presença negra muito linda e acessível, em então convida-la  para falar um pouco sobre a história e resgate do uso do  turbante como resistência, empoderamento, acredito que ela conseguiria acessá-los, mas também não deu tempo de concretizar, o ano acabou antes, o processo se estende por vezes mais que o esperado, bem comum. 

mas a experiencia foi muito legal pra turma, que começaram o ano exercitando trama de cestaria e criando a partir da simbologia dos grafismos indígenas que conheceram. e termiram com esse trabalho. 

teria muita pra falar, devo ter mais material por aí, separei várias imagens dos carimbos, e mais contexto, mas acho que estão no compú da escola, uma outra extenção possível de material, e nesse momento tô aqui brincando de celular, é mais restrito.

bom.. isso por hora. eu gosto de colocar aqui, primeiro que vou saber fácil onde está, e porque esses trabalhos em específico foram realizados em um momento muito desafiador, achar pontos assim, me faz bem.






sexta-feira, 28 de abril de 2023

como panteísta | eu recebo eu devolvo

 


das vezes que era tomada por um sentimento tão bonito, em horas diferentes essa sintonia, esse chamado a sentir em paralelo a minha realidade externa, costumava dar nome, rosto, forma, por muito tempo foi assim. 

mas aos poucos ao deixar de personalizar, posso abarcar o todo, o disforme, o sentido, pela própria intensidade em si.

hoje quando que meu peito aquece, a beleza desse energia que me invade, esse presente de ser amada em forma de uma lembrança carinhosa,  eu, de uma forma bem universalista, devolvo esse amor pro todo.

meu entorno, a beleza natural presente em muito de onde caminho, que também me suscita amor, devoção, carinho, assim retribuo, e agradeço, sempre.



quinta-feira, 27 de abril de 2023

volta umas casas e perde uma rodada | reinício | um pouco de mim | um cheiro

 


não sei o nome dessa flor mas acho ela um encanto. assim na imagem parece macela, mas não é  não.

agora olha que coisa foufa né, uma fotinho, aí vou dizer é folha de manga, citronela e essa florzinha. só porque vou colocar aqui, no futuro vou saber.

eu fiz uns linnndos, e combinações muito queridas na minha concepção, quem disse que eu lembro. ai ai. 

pode ser que me concentrando um pouco saiba, mas não é a mesma coisa que ser organizada né brasil. folha de pitanga, mexirica, laranja, limão manga, aroeira, mirra, arruda. seria legal saber onde estão. fora outras plantas e flores.

eu não sei pra que que eu me prometo coisas, se dou furo depois. e fico bravinha ainda, como se não soubesse. tinha uma pessoa que me disse uma vez, se você sabe que você é assim, crie algo que te ajude se te incomoda. as vezes não se trata de mudar exatamente se não criar estratégias que te auxiliem, que deixe mais fácil mudar a rota do costume um pouco. ou se assume assim e pronto, saiba e lide.

eu penso sobre, me limito a dizer. aliás é a mesma pessoa que me disse um dia para me preparar para o frio, que era pra eu me certificar que estaria quente, que era um auto carinho, não se permitir ficar em desconforto. todo inverno que chega lembro dela no início do frio, e todo ano gelo de um modo desnecessário diferente. 

bom, a fotinho ajuda.. é verdade. desencanar de saber tudo também, não tô criando receitas mesmo. o de ocasião, que está aqui no alcance da mão é o que eu mais gosto. 

quer ver o tempo da seca, claro, cada um tem um, mas tipo, não faço a mínima ideia, aliás  estão todos misturados. mas aí é porque também gosto da imagem que se forma. 

e táa, eu tô me despedindo dessa feitura, parece que tô só reclamando, mas não, eu adorei. da combustão, entre fumaça e perfume,  a alma da planta, uma essência, um último suspiro até a cinza, mas com força. e a fumaça vai e leva, vai e deixa. mágico. 




em homenagem ao meu chazinho de ontem, que hoje fiz com anis e menos casca de laranja pra não amargar tão rápido, quis fazer essa combinação, também porque sobrou folha e flores. 

desvio de tarefa que chama né, devia estar fazendo outra coisa talvez. tô até indo, jaja.










outra casca de maça da Cibe, casca de laranja do quintal, anis, que acho que vai cair antes de queimar, mas tudo bem, a flor de mel, a primavera do quintal, folha de maracujá. 


♡ 





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e depois que eu disse que estava me despedindo já fiz mais alguns.. será um desvio? de algo, sempre, porém, tô meio que de boa com isso. só sei que já tenho vários incensos de bastão pra geral. um lado fica com ciuminho, querendo redicá, porque minha vontade é acender todos, bem louca. mas fico contente em presentear, fiz pra isso aliás. 

então estão indo. e eu fico também um pouco feliz, no sentido de ser uma parte bonita de mim nesses tempos, que me deixou alegre assim como muitos deles são, alegres e amorosos. 

tem outras coisas né, o fato de estar buscando encontrar em mim algo, alguma sobra, broto, de algo que eu fui, da parte boa né, pra variar. é muito ruim sentir que perdeu a esperança, a inocência, a fé. perdeu seus atributos, que perdeu a paisagem, a beleza da vida, que se conformou, e esse conformar praticamente significa morrer, na forma de um automatismo e vazio de sentido em tudo. então sigo. sigo na feitura  não, tipo, muitos presentes primeiro.

esse eu adorei também. e agora de verdade, foi o último.






rosas amarelas de mami, funcho também

casca de laranja do quintal daqui de casa com algumas de suas folhas


03/05/23


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então..

cheguei em casa hoje ao entardecer. aquela primavera da frente de casa está um escândalo. e pensei, podia  pegar um tanto dela que está transbordando, e fazer um incenso só de suas flores. as que usei dela sempre foi associada à outras plantas.

perguntei pra lua de hoje o que ela achava d'eu colher a primavera fosforescente do meu quintal e fazer um incenso de bastão só com ele.

e a lua me disse, .. estou minguando, em três dias serei uma nova de mim. tudo que eu tenho está se voltando para dentro intensamente, então essas flores Bruna, colhidas para esse fim, terão essa força,  energia de transformação a partir da contenção e introspecto. se é isso que você deseja delas hoje, assim será.




16/05/23


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05/06/23


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lírio do brejo, abre caminho, arruda. hoje foi o dia de estrear um novo.

já ameacei minha mami de pegar de volta  porque o que eu dei e ela não acendeu até hoje. mas disse ter pena, ela acha tão lindo, não consegue.

eu compreendo, sinto igual. também porque não sei se um dia farei de novo, e se fizer, não serão mais como esses, como essa leva, nada igual. mas..

ascendi. eu amo arruda, o cheirinho fica mais brando, esse eu amei ascender. outros são mais sutís, .. meu último que tinha casca de laranja eu estranhei, nunca sei como será. e sim, são lindos sequinhos.

tirei eles da parede sabe, dei um jeito de esconder, tava incomodando olhares curiosos como se recebesse muita visita. foi bom, mas tenho saudade. quem sabe um dia sinta paz, liberdade sob esse aspecto, que não sei exatamente o que é, mas por enquanto é assim.

vida segue.


21/08/23


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até hoje mami não ascendeu o bastão dela. vi alí.

e nunca mais fiz ou recolhi ervas para esse fim. , mas atrás da porta, dei uma arrumada ali, adoro olhar. tenho um orgulho. eles representam uma vontade de renascer, um desespero e um colo de natureza. algo bom da época.

ontem eu fiz um chá. camomila, que eu comprei seca, com poejo que está abundando no chão ali na frente. 

simplesmente, amei.



11.11.23



quarta-feira, 26 de abril de 2023

acima quase tudo, abaixo quase nada

 


outro dia tava rindo sozinha. achei um bracelete de prata da minha mami enterrado em um vaso antigo, mil anos que não mexia naquela terra hein. aí lembrei que um dia me indignei e enterrei todos os cristais que eu tinha nos vasos, na época não tinha quintal de terra. tive uma crise de mau humor com esse bando de cristal por aí e o fato de ficar pensando que deveriam estar debaixo da terra.

eu não gosto muito disso, mas nem tenho muito fundamento para tal. não gosto de nada de ouro, sou extremamente alérgica a metal, até a prata, se quisesse usar algo teria que ser de ouro. nunca quis. uma que não tenho tanta grana, historicamente não tínhamos essa tradição também, porque as vezes nem é uma questão de não ter dinheiro, mas a gente nunca valorizou isso em casa. e pra mim é difícil não ver ouro como cobiça. não quero.

mas gente, tem muito cristal incrivelmente lindo, cores, texturas, nuances, é impressionante, as vezes entro em lojas fico louquinha. mas aí não consigo deixar de pensar nisso, se cria uma necessidade, um fetiche, todo mundo tem que ter um quartzo em casa, uma turmalina pra se proteger, e tal, cara se todo mundo concordar, cadê as pedras dentro da terra?

eu preciso estudar, em cima, dentro, não me parece a mesma coisa, né, e tem essa coisa da extração, ah não gosto. e as pedras tem poder, e cada uma serve pra curar de algo, e eu não duvido, mas aí tenho um tilt, porque de novo, e se todo mundo acredita, você cria uma demanda que, sei lá.

bom, é um mau humor. que nem o palo santo pra queima que diz que está acabando com as árvores, tem umas espécies que estão outras não, mas nenhum pau tem selo, sei lá. eu amo o cheiro, mas o encanto fica um pouco triste, né.

ultimamente até, falando nisso tenho feito uma investida nos cheiros do meu jardim, do da minha mãe, fazendo umas experiências com incensos em bastão, que sempre achei muito lindo e mágico. e ando precisando trazer um pouco disso pra mim.

voltando, aí nesse levante enterrei o bracelete de prata da minha mãe, que a tia Deda deu pra ela ainda, querida tia que faleceu tragicamente uns anos atrás. e eu estou rindo sabe, primeiro porque tinha esquecido, depois, cara.. como eu sou bobinha né.

tem poucas pedras em casa hoje. vai ter cada vez menos na minha disposição. mas acho que o bracelete da minha mami tá valendo guardar, as vezes eu me passo. e agora não lembro se eu tirei do vaso, se eu guardei não sei onde tá, ferrôsse.





de vez em quando prof. | sétimos anos












eu adorei fazer esse trabalho. fazia um tempo que tinha visto a pesquisa dessa artista e pensado que era interessante pra escola, e o tempo vai passando e cada vez mais vejo experiências com ele em sala realmente. essa é a parte que eles gostam, a festa das tintas na sala, pra fazer experimentação mesmo, no caso, construir diferentes tons de pele, em uma variação, e a partir da referência da artista em questão. 

eles conheceram um pouco do processo dela, da sua proposta e pesquisa, que envolve a interação com diferentes pessoas, fotografia, tratamento de imagem. conheceram a tabela pantone, variações de tons, seu propósito e usos comerciais. e o jogo da criação e categorização de tons da pele como pantone que a artista cria, do quanto isso é impossível, ressaltando a beleza da diversidade, demonstrada na obra da artista.

Angelica Dass é uma artista negra, que problematiza o cor da pele através de seu projeto Humanae, onde ela pede para pessoas deixarem-se fotografar, imagem frontal destaque para rosto e colo. com alguns pixels da ponta do nariz ela replica a cor da pessoa no fundo da imagem. seu trabalho é extenso. numa reportagem vi que ela já fotografou mais de 4.000 rostos pelo mundo. gosto muito de ver a apresentação, os tons inacreditáveis que ela chega, a cor do nariz também varia muito dependendo da época, estação, ela escolheu um local no rosto que oscila justamente por isso, para além da variação de pessoa para pessoa.

através desse trabalho conversamos um pouco sobre preconceito, racismo, discriminação. consegui ler com eles uma reportagem da artista pra F. Iberê Camargo. de onde vimos um pouco do que a artista pensa e informações que tangenciam seu trabalho.


O Brasil é um dos piores países para ser afrodescendente. Existe uma narrativa histórica diferente em cada país e, mas uma coisa eu posso lhe assegurar: não importa aonde eu vá, em qualquer lugar do planeta, os tons escuros são associados a adjetivos negativos, e os tons claros aos positivos. E nas 4 mil fotos do Humanae, ninguém é branco, ninguém é preto. 


Ao longo desses quase sete anos percebi que eu não falava apenas sobre mim mesmo ou de cor, mas como nos vemos e a maneira como vemos os outros. A diversidade é um recurso inestimável para a espécie humana. Basicamente, temos duas coisas em comum: somos seres humanos e somos únicos. É a essência de cada um, uma pequena parte de um vasto mosaico humano que emerge neste imenso afresco de fotos.

As cores do racismo, não da pele. Pavimentando o caminho para o preconceito, para um comportamento antissocial profundo, cultural e não biológico.



pedi para cada um criasse uma frase, que tivesse haver com o que nós estudamos, depois os grupos decidiram por uma que ficaria acima do "mostruário" de cores que criamos. na última imagem tem o produto de alguns grupos. foi um trabalho com os sétimos anos, se estendeu mais do que devia, o ano acabou e não consegui expor. fiquei bem chateada, o tema era importante, e o trabalho com eles, até por ter sido concluído foi bem bacana, eram turmas bem desafiadoras.

devo ter mais imagens em algum lugar. qualquer hora acho.

tem mais um trabalho que fiz no segundo semestre, mais dois na verdade, terceiro e quartos anos  que super gostaria de mini organizar, pra ver se volto a me animar, fazer brotar alguma criatividade e espírito guerreiro para conseguir conquistas, avanços na escola em breve.

eu devia ter me afastado em 2022/2. eu senti. acho que teria sido mais saudável. assim não teria progredido tanto. mas as coisas são como são, e apesar de tudo. e é um tudo grande, fico feliz de ter conseguido fazê-los.

de vez em quando prof., não é sempre que me sinto prof., ou que realizo trabalhos que fico satisfeita, e quase nunca consigo refletir sobre eles, ou realizar uma pesquisa mais profunda dos assuntos, quiçá esquematizar, organizar conteúdo pós, imagens, etc. super admiro quem consegue.  

isso que estou fazendo agora é um luxo circunstancial. até valorizo.




 umas imagens de net, aí..






agora que os sétimos são oitavos




consegui reaproveitar a sobra dos papéis, e acrescentei uma referência, o artista Jaime Lauriano, sugestão de uma das estudantes do CEART, que está em trabalho na escola. que óbvio, eu amei. eu já curto muito o daquele do mapa invertido, esqueci o nome daquele, acho que não é brasileiro. quando conheci esse. fechô. reescrever mapas, recontar histórias, dar aos fatos as palavras que merecem, perceber a estória crua, não cozida e com apresentação de restaurante francês, sabe como. afinizo.











aquele print esperto



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18/11/23














 

hiato



 

ainda não fiz todos que eu quero, não esgotei ainda minha curiosidade. mas estou nos últimos, acho.

as primaveras da frente de casa, a casca de maçã da Cibe do mercado mesmo, apesar de tudo ela é do bem não discrimino, abre caminho, não posso mais pegar, meio que despetalei meu pé. aí ia ser isso. mas fui lá embaixo levar o lixo, e entre tantas possibilidades, não resisti, a flor amarela que perfumatudo, flor de mel.

aí, aí é isso né, .. fico super curiosa. é uma composição feliz, é doce, trás boa sorte, mas acho que é amorosa, tem um quê de acalanto também.

mas são só palavras, é uma suspeita, tipo isso, curiosa.

curiosa também pro meu chá de folha de maracujá, peguei ali junto com as flores porque sempre quis, mas nunca fiz. tá ali curtindo. coloquei umas casquinhas de laranja também. quero parar de tomar café. só que se eu pensar no chá como substituto do café ele vai perder a graça na hora.

então vou pensar nele como um encontro. deixo de querer saber o sabor pra aceitar o que vem. tomo despretenciosamente não como quem quer um efeito também tem que ser um encontro mesmo, e uma experiência singular. porque é.




poxa.. esqueci de mencionar o capim limão. e falando em chá  eu amava na infância. a mãe normalmente fazia quando a gente não ia na aula em dia de muita chuva. só que tinha açucar né, e fazia pipoca. hoje em dia não curto pipoca não sabia. e aí ficava então o barulho de chuva, cherão de pipoca, e da erva, muito lindo. 

quando eu tomo hoje já não é a mesma coisa, mas também amo. e adoro com gengibre. chá pra lá, chá pra cá, tenho tomado pouco, preciso saborear mais.



na rede | des conectados

 

uma camada de nuvem passa pra lá

a outra pra cá

ou será que a de trás tá parada

tem uns buraco de luz bem forte

umas cinza bem nuvem de desenho de criança

e outras disformes nem aí pra nada

acabei de lembrar que dá pra ler nuvens, e que elas tem nomes, ligadas a meteorologia, ou não, não lembro, mas achei bem mágico uma vez..

o que me faz lembrar que tem tanta coisa legal que eu não sei, ou vivi

acho que vou pesquisar isso ver se acho o que me disseram, fiquei com saudade de saber

ah, tem o povo que lê coisas bem subjetivas também, em tudo na verdade, bem louco

já eu, olho pro céu com nuvens, muitos, quase todos os porcento perguntando cadê o sol, olhando se ele está indo e/ou vai demorar pra voltar, principalmente se quero entrar na água

todo céu branco-cinza esconde um céu azul

o sol brilha embaixo das nuvens mais pesadas

brilha sempre, até sempre brilhou, independente

lembrei agora do vento

as nuvens passam mais lento ou não, aí eu lembro dele

vento leva, vento trás, as vezes acaricia, e às vezes congela

varias vezes eu disse uma coisa aqui

querendo que ele leve até aí

acho que ele leva sabia

vento gosta de mim, afinal,

sou de ar

sorri







terça-feira, 25 de abril de 2023

des iludir | sem recair | um dia após o outro | eu tenho propósito e bom brio.




a invisibilidade não é indolor, ela é sincera e necessária se por vezes você é procurada por sentimentos que te torturam.

objetividade deve ser tudo de bom, né. os pés e a mente cravados no solo, no manifesto. penso que  isso é muito justo nas circunstâncias.

descondicionar de um hábito, um vício será? é difícil. fui aprendendo aos poucos a não me permitir viajar muito no que não é real, e focar nos acontecimentos de fora, que em certa medida (bem grande talvez) é o que importa. é O exercício da hora. 

dura uns três dias, na minha experiência, a angústia, e então a nova ordem vai se acomodando, vou parando de sentir, vou parando de perceber e procurar, então vai ficando bemm longe. 

mas tem que estar bem atenta, qualquer deslize e os sentidos vagueiam pros braços do ilusório, do fora do tempo, de uma viagem paralela que me desfoca mais, tira do mundo e da objetividade, por mais que eu queira me enganar que não.

não desfaço do aprendizado, não desfaço do quando é bonito, do quanto é alento, mas desenvolver essa sensibilidade foi tão importante quanto aprender a me proteger dela. e sobreviver. menos mágica e um pouco triste, .. seguir.


 

segunda-feira, 24 de abril de 2023

4° aninho, 2022 | de vez em quando prof. | ...































eu disse pro meu psicólogo que estava difícil refazer a pasta 2023 de trabalho, sentimentos controversos, que quando fizesse eu ia comemorar. era mentira, mas ele disse que duvidava, nem teve graça.  algumas coisas não podiam ter acontecido, esse hiato, por essa razão não podia. pra ele tudo é ganho, tá, pode até ser, mas pra mim é amargo, que só.

eu não gosto de falar, não gosto de mostrar, alardiar. muitas razões pra isso, dentre elas a minha sensação de que faltou muito pra chegar, que não abarquei tudo, que faltou contexto, que faltou pesquisa, que faltou organização, pesquisa de imagem, imagens do processo, texto, tudo. com ênfases em algum aspecto ou outro.

esse trabalho foi longo, eram muitos detalhes. tem etapas faltando,  .. estão  em algum lugar. eu gostaria de relatar um pouco, já que estou aqui e achei as imagens, talvez faça. tem que por elas em ordem também,  tudo muito talvez.

mas tem uma coisa que me alivia nesse projeto, é o fato de ter conseguido expor na escola. estava se arrastando, ninguém aguentava mais aquele monte de material "entulhando", e eu simplesmente não tinha tempo, e não queria devolver pras crianças antes disso. 

aí acabei indo com a Cibe na escola, nos últimos dias das férias de julho se não me engano, pra poder fazer tranquila. é muito importante esse exercício do estudante ver seu trabalho na parede, rever uma trajetória, mostrar pra amigos e familiares, valorizar o processo e tempo transcorrido. 

assim como é um exercício para outras turmas, de prestigiar, entender a pesquisa, respeitar o trabalho, não danificar, entender na vivência o que é uma exposição. 

fechando esse ciclo, também é interessante compartilhar com os pares, já que tudo é tão corrido no espaço escolar.  isso seria o certo, ideal,.. aquela coisa. poucas vezes consegui chegar a tanto.