sabe o Dorival Caymmi, que tem um bem na terra um bem no mar?
pois logo eu, avessa a relações concomitantes, também, acho. um no céu e um na terra.
um vive na imaterialidade, no desejo, preso num pensamento recorrente que não descola, que venho tentando desde ignorar até despersonalizar, sem conseguir muito, e que ultimamente tem circulado livre no meu sentir. tem um ciclo na verdade, eu tenho que estar atenta pra não me envenenar, tamanha a beleza de certas experiências. mas resolvi aceitar que faz um pouco parte mim.
o outro, bom, só não sou amada em céu e terra, porque eu sou muito devagar nisso, embora tente, afora os candidatos, ainda tô trabalhando nisso.
valorizo a terra, o que é físico e manifesto, o que é ousado e sofrido porque você precisa mexer com a matéria nessas interações, .. nunca depende só de você, é incerto, influencia, modifica seu meio ambiente. além de que pra tudo fruir, também é preciso um pouco de céu. e aliás, é aqui que tudo se imbrica, .. e minha intuição aflorada, minha sensibilidade e todo meu exercício de intensidade interna aparecem. porque ninguém passa por um amor ileso.
nada é garantia de nada, e também ninguém tava interessado se era,.. e nessa gangorra, de dia e noite, céu e terra, dentro e fora .. eu sigo, assimilando as experiências.
