terça-feira, 22 de maio de 2012

saudade, essa facínora..


[uma vez eu li um texto, exercício de sala de aula, era pra escrever outro texto, incluindo uma frase do original. 
era a história de um casal que se rrrrrrrasga de saudade, espirra sangue de tanto sentimento,
apesar da distancia infringida por seus temperamentos. 
gente teimosa....]
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Amantes do verdadeiro amor

Uma mulher espera.
Quem sou eu que em muitos anos de vida não saberia dizer de espaços infalados pelo grande mundo? E já passei por muitos deles, outras e outras paisagens, haja vista! Prática de praxe: o que é banal aqui vale como a vida aqui, e lá. E assim  caminho, para frente e para os lados, inverto alguns pólos... mas sem nunca voltar. Sem voltar para aquele ponto, aquele que deu início a partida.
Incrível, como dizer? As vezes só passamos pelo sentido do amor uma única vez. Uma apenas! E é com essa intensidade, e é com essa verdade, que ultrapasso todas as eventuais possíveis relações de atração no futuro, após sua perda. É que o cheiro, o cheiro deste ‘de “verdade amor” se alastra e atrai, comove e pacifica. Prospera-se e vende-se com esse encanto! É assim que se vive...
Esse com certeza é o amor que tem o poder de falir resoluções. Mas, o que dizer? Eu ainda sou eu, e até hoje não consegui ser diferente. Por isso nunca de volta, e não de novo com ela. Isso porque lá, o plural da distância se transforma no singular de estar junto, e a paisagem, a paisagem de repente estanca. E já não existo mais.

Um homem viaja.
Quem sou eu que em muitos anos de vida não saberia dizer quantas vezes vivi e revivi a mesma história, sem saber sentir algo diferente, que não seja o mesmo amor? Prática de praxe: fico aqui, daqui não me movo, recriando você a cada passo de nosso caminho, te sentindo, novo e de novo, e a cada nuance ... quase que te vejo!
Incrível, como dizer? As vezes só passamos pelo sentido do amor uma única vez. Uma apenas! E é com essa intensidade, e é com essa verdade, que ultrapasso todas as eventuais possíveis relações de atração no futuro, após sua perda. É que o cheiro, o cheiro desse ‘de verdade amor’ se alastra e atrai, comove e pacifica. Prospera-se e vende-se com esse encanto! É assim que se vive...
O que falar da espera, e o que falar do tempo? Ora, tempo é aquilo que ele precisou no passado, e hoje é o que lhe mais falta, caso ainda queira descobrir as paisagens e as paisagens que são possíveis construir, quando a dois. Esse é o sentido da espera. E já não existo mais.
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E depois do fim, o mesmo desespero. A mesma ardência em corpos que jamais esfriam. Impregnam e contaminam o entorno com seu cheiro, que trás em três doses o desejo, com o sentido virulento e desmedido de busca e falta.