quarta-feira, 16 de setembro de 2020


 felix gonzales-torres
"untitled" (perfect lovers), 1991 - MoMA





felix não passou despercebido, ainda me lembro das aulas que trouxeram seu processo criativo, .. e de vez em quando algum de seus trabalhos volta, como esse, nesse momento. sua maneira de imbricar arte e vida, de expor o íntimo, o privado, a perda, a despedida de maneira não óbvia e profunda... eu olho pra esse casal de relógios, e posso sentir algo de sua história e intensidades. e como espectadora, também vejo um pouco da minha, entre passado e advir..

amantes perfeitos aliás, pelo que vivi, não são perfeitos só quando tudo parece perfeito. pode desandar um pouco, uma que outra pilha falha mais e/ou menos, especificidades. acho que no processo, um alcança o outro, por alguma razão, enquanto tiver que ser, um alcança o outro, um alcança o outro. até que o inexorável se instaure.