você pode ver isso como um monte de palavras, um monte de clichês, verdade ou mentira, pode sentir vibrar dentro de você algo disso, alguma coisa, ou nada. eu vejo de todos os modos, transito entre o pouco e o muito sentido como numa brincadeira, porque vejo humor nas minhas fazes. mas se viemos da terra, e se é por esse meio que existimos, dá pra dizer que somos filhos dela, ou que somos, ela, se temos seus elementos na própria constituição do corpo.
será verdade que vivemos outras vidas? se já, tivemos outros corpos, quantos vestígios de nós a terra já absorveu? se sim, ela sabe de nós, nela estão contidos nossas contradições, insucessos.. é ela que diz com propriedade, "..eu sei o que vocês fizeram.." instintivamente, e fica só assistindo a novela. se sim, viemos dela, estamos nela, e toda nossa ancestralidade também está, no pó, no adubo, na força, lá dentro, perdidos na digestão da pachamama. existe então uma sobreposição de vestígios de nós, nossos antepassados, outras versões deles, e de nós. e por via das dúvidas, as vezes eu coloco as mãos na terra e pergunto onde, ou porque, ou quando, ... mas na maioria das vezes eu peço mesmo, firmeza.
mas eu queria mesmo é falar do desenho da Cibe, que me veio com essa uns dias atrás. "as meninas do passado". não é sempre que eu consigo, né, parar e ouvir suas longas histórias. o fluxo de desenhos é bem maior, .. às vezes acho algum desenho mais elaborado pela casa e penso poxa, perdi mais uma história.
01-09-21