sábado, 10 de abril de 2021

qual palavra | as três linhas


nos últimos tempos fiquei pensando nas três linhas. a gente esquece delas quando deveria lembrar, tanto pra si, quanto as situações externas.

a linha do pensar | a do sentir | a do fazer.

uau que inovador. mas pra mim de fato tem sido, relacionado a certos âmbitos. e não de um jeito complicado, simples mesmo, porque as vezes o que se fala nem é, o que se pensa, sente e/ou faz. em retrospectiva percebo exatamente minhas ênfases, consonâncias, disparidades. interessante.

aí já o olhar pro outro complica. por que fica muito fácil rotular, não dá bom não. tem o tempo, omissões, ou opções dos outros em questão também, o que é relevante, ou atenuante, sei lá. maas, grosso modo, é um super antidoto anti-expectativa, ou, um passatempo que te ensina, perceber esses entrelaçamentos na nossa novela do dia a dia.

somos assim com tantas coisas, consonantes. empacamos em tantas outras. entre o bom e ruim. certo e errado. que coisa. séria. a vida.



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magnetismo | presente

outro dia, alguém muito enfaticamente esteve me dizendo que eu não sou nenhuma das coisas que sou, principalmente o que tenho verbalizado nesses tempos. pensei que minha chave ia cair, e que nossa interação iria virar paisagem. mas seu ponto, eu entendi o que queria dizer, aí me prendeu.

veja o que ressoa Bruna, não fica buscando só o significado, sente. 

e eu fiz um bom esforço entre descreditar tudo que ouvia, pra refletir nesse ressoar, e no fato de que existem maneiras diferentes de se enxergar a vida. a minha faliu, zerei contagem, estou aberta, acho, para escutar, considerar.

Bruna, você precisa qualificar as palavras. humm, droga, ando muito com falta de vontade de enfeitar, amenizar, relativizar. tenho raiva, estou ferida, pouco paciente. mas tá.

"Bruna escreve aí, você não é o que você sente, não é suas emoções, não é o que você pensa, nem o que quer, nem o que você faz, você é." tá, foi bom lembrar. 

esse alguém, completamente desconhecido e generoso deu o presente da presença só porque eu pedi. acho pouco eu ter pedido, frente ao muito de que ele veio.

só que quanto mais ele falava sobre a essência do ser, na linha de pensamento dele, mais meu raio x procurava nele onde doía, o que fazia dele um buscador, minhas antenas estavam afiadas pras contradições, para segundas intenções, pro seu caminho, sua trajetória de erros, fracassos também, afinal, ele estava me dizendo coisas batidas que estou de saco cheio de ouvir, tinha ares e presença no verbo, de primeira vez, ele tinha um repertório de palavras que quando utilizadas todas juntas costuma me impacientar, no entando todo aquele movimento e circunstância foram muito significativos.

então, contava que ele ia arrumar uma desculpa de última hora. mas não, ele veio, entrou na minha casa, me senti confortável e feliz como se eu gostasse de ser anfitriã, a energia da casa se renovou, eu reconheço que visitas tem esse poder.

e tenho refletido no conteúdo, bastante, mas a simbologia do gesto foi mais forte, me tocou e um dia vou querer retribuir.

mudando de assunto, e não, o texto desse post sempre me incomodou muito. levei tempo pra aceitar como está, e as controvérsias não me deixam.  mas tudo bem coitado ele e eu tmj, mas, então achei que esse evento combinava de ser mencionado aqui.

outono, 20 de março, 2023.