segunda-feira, 2 de novembro de 2020

a primeira coisa que eu lembrei quando achei esse papel foi a Astrud Gilberto cantando Call Me. Adoro.

você escreve sonhos? eu já anotei muito os meus, apesar de não ser uma pessoa muito sonhante. eles são uma boa parte de papélinhos soltos perdidos por aí em livros, cadernos, bolsa carteira. .. mas faz tempo que não faço isso. desisti, e aí mesmo que sonho menos.

sempre que eu releio um sonho perdido eu sinto uma energia. aquela que é impronunciável, impossível de replicar, e que faz com que qualquer relato, por mais emoção que você coloque, perca brilho. ...é que é só seu né, a sensação, a energia é só sua. não tem como você colocar a pessoa dentro do seu sonho. embora a gente tente, queira. é possível que quando estiver com uma pessoa, e quiser chamar esse instante de sonho você esteja automaticamente excluindo a outra do momento. e se ela virar pra você e também disser que é um sonho, você é que estará de fora. então serão duas bolhas. xii.. ando meio louca. 

..e sei lá como, naquela trama eu confundi Call Me, com Calma. notei isso ainda em sonho, fiquei no enlevo, viajando nesse relance, no meio da cidade, como se as palavras se sobrepusessem, e o propósito de uma fosse o resultado da outra em um efeito/coisa só, .. e então não precisasse de mais nada? .. e acordei, imersa nessa sensação. apesar de hoje eu não ter mais o contexto, situação, do que ainda alcanço,.. gosto.



essa letrinha de bruna que acabou de acordar.. tsc, tsc. mas eu sei o que é, 
qualquer movimento em falso.. puff desvanece o sonho | 2015