sexta-feira, 16 de junho de 2023

livre



Seja eu liberto


Luz infinita, pai e mãe divinos Anjos e arcanjos, senhores do carma Santos irmãos, eu apresento Meu ser por inteiro. Venho pedir ao único poder Que de todos os corpos E de todas vidas Incluindo a atual Que eu seja curado De todo dano e todo mal. Seja eu livre, seja eu liberto A todos os meus irmãos Por suas santas mãos. Quebre-se as correntes de cada coração Já chegou a hora da libertação


tô com um pouco de preguiça de contar quando as músicas de rezo fizeram sentido pra mim fora de uma cerimônia. 

tô com preguiça de discorrer sobre como elas salvaram minha sanidade num momento bem singular de vida, fora da força, onde tudo é sempre, singular.

fato é que aquelas músicas que acalentaram essa faze foram todas perdidas, nem me pergunte como. e elas não eram muito convencionais ou de alguma linha específica. lembro com amor de uma sobre a chuva, essa era linda demais, mas como não é conhecida, e eu não me lembro de quase nada, impossível de reencontrar. saudades dela.

essa aí foi a única que sobrou e é muito significativa. e não se trata de gostar sabe, a gente pode entender de suscetibilidade quando ingere a medicina por exemplo, e então tudo assume uma forma própria, única, e nada do que acontece está ileso de uma superdimensão de impressão, diferentes emoções. razão até de eu achar extremamente delicado, sério, pra não dizer perigoso as interações que não sejam estritamente necessárias durante o período de ingestão da bebida. enfim.., não quero dispersar.

a dor me tornou suscetível no meu "mundo real" transfigurado em uma grande peia perene. então saber da música, quem fez, de onde veio nesse caso nem foi tão importante. ela e aquelas da coleção perdida têm poder, emanam poder, me fizeram bem, e é isso.

o fato dela ter ficado no meu celular é algo que não entendo, mas gostei dela ter ficado como uma  lembrança.

mas hoje de manhã estava andando, fazendo umas voltas, o dia linndo, e eu comecei a pensar no quanto seria bom ser livre. solta. leve. eu não sou leve, e me sinto aprisionada, restrita, fechada. eu faço isso comigo. e é interessante porque é a parte de mim que se move no automático, não consciente, a não ser pelos reflexos.

livre e liberta, pra poder rir ou chorar por razões diferentes, descobrir ou criar outros dispositivos de reativas mais interessantes. pra sentir paz, serenidade nas interações. 

se você olhar para o céu e o dia lindo que fez hoje, na sua vista maais ampla, talvez você possa sentir o meu livre, que eu vislumbrei, desejei, sem ser.

e aí a música começou a tocar.., era a minha rádio interna convidando, vem vamos rezar.