quarta-feira, 19 de julho de 2023

"ê, ê, ele não é de nada, olhá, sua cara amarrada, oiá, é só, um jeito de viver na pior" ...



  

a Maria Rita fez um comercial com a mãe. estavam em campanha. uma marca de carro, a filha que está bem viva, e a mãe, que não está mais entre nós há um bom tempo. anos 80, acho.

tenho sentido uma euforia com as tecnologias que tem surgido com relação a imagem e texto. não queria ficar muuito alienada, mas meu mau humor só cresce.

não vi a propaganda, e nem de fato li as críticas e comoções. e acho que nem vou, mas hoje lembrei de algumas e únicas músicas do primeiro album dela que cheguei a gostar. depois daquele, nunca mais ouvi.

em encontros e despedidas estava pensando nisso. numa pessoa que se foi, sem de fato ter vindo para minha vida. e das promessas que a gente faz pros outros e pra gente, sem que seja preciso pronunciar  palavra. eu sei que me enrolo em texto, mas meio que é isso.

em Cara Valente, o que temos? o que tenho, né.  diferente de qualquer coisa, vida ou morte, bem ou mal, alegria, euforia, paz, .. alguém que topa qualquer coisa, pra estar longe do quê ele não quer. coitado, ele tá errado, não! ele é valente, uai. escolheu o que quis, é feliz não sendo feliz, ou é, isso sim, genuinamente, feliz. admiro. aí então até eu vou querer ser de nada então.

então.. é isso. tinha que escrever váaarias coisinhas antes da minha vida de varde acabar e eu passar a ser de tudo. 

mas nem estou conseguindo. que pena.