segunda-feira, 27 de março de 2023

fatos e materialidade | revolução interna

 

primeiro afastei a pessoa que me colocava em suspense, odeio vácuo, é que eu não sei lidar  com isso, quando as pessoas significam. coisa de criação acho.

depois de um tempo silenciei stories e feed. e pode tomar como sacrifício (cumprir a determinação) porque sou curiosa até com bobagem, avalie com o que me interessa. 

ao longo dos meses deletei fotos, áudios, textos. .. doeu, foi agressivo pra mim, a última coisa que eu queria ter feito, eu tinha um carinho. era simples, mas era meu. 

numa época eu queria desfazer o contato total em redes virtuais mas pensei comigo que aí ia ser muito imaturo, tá loko passar esse recibo. mas fiquei com vontade. porque eu queria que isso sumisse, desaparecesse das internas, queria que nunca tivesse acontecido, essa encanação. 

o rosto adquiriu blur, seu conteúdo ou qualquer coisa relacionada eu tentava evitar elegantemente. eu queria me preservar, e me colocar no meu lugar. embora achasse bem triste. 

depois de muito mais tempo deletei o contato. 

e aí, e aí nada né, eu sou muito idiota. foi maaais tempo, resolvi, não apenas por isso mas sabia que iria ajudar, que estava me enrolando demais pra me entreter e me colocar em escolha e à disposição do mundo. então fui. eu me forcei, meu temperamento, meu gênio, me esforcei mesmo porque estava tentando me animar, mas é uma área difícil pra mim. 

bom, do que eu conheci, vou resumir com e aí, e aí nada. experiências do tamanho do que eu podia oferecer e receber, com pouco mais ou menos de artificialidade ou conteúdo. 

tempo indo, com foco no mundo manifesto, um dia, estava dirigindo até, aliás, ô horinha pra pensar no que eu não quero, me veio aquela pessoa do passado. e sua presença na minha lembrança foi diferente do que era usual, caseiro, recorrente e íntimo pra mim em todo esse tempo, que nem preciso mencionar nesse post. 

senti que era isso. não fazia diferença mais. o que era era, e o que não foi não precisa ser, não importando muito minha vontade ou não, pois isso não é parâmetro de nada e enfim, a vida tinha outros interesses apesar de tudo.

então havia chegado aquela hora que você pensa em pedir desculpas, retomar contato pra se retratar. que você está resignada no que é importante ser dito, apesar da possível indiferença do outro, ou ressentimento.

mas eu gosto de fazer isso. quando eu sinto que devo faço de coração. e sempre tento me convencer quando demora, mas sei lá, tudo tem seu tempo.

fez muito bem retomar esse contato, do po to de vista prático. mas pensei, pra não recair no dispositivo que me irrita, (e aí eu falo das minhas fraquezas, e não das razões e relevância do momento do outro) não vou fazer nenhuma pergunta, não ou criar nenhuma demanda nem expectativa de nada. não deu certo. sem querer eu fiz de novo, muito sem querer criei uma situação de pendência eterna de novo. que trouxa. 

aí me senti agredida pelo vácuo que se prolongava de novo, e quis manifestar de alguma maneira. então aí sim, deletei seu contato nas redes sociais. agora sim acabou, a última porta fechou, achei até bom. 

apesar de nas internas ter sentido muito, na prática estava decidida. a sequência disso já sabemos, fico por aqui.

mass, sempre me dou mal nessas, porque não faço pro outro né, é pra mim. então eu me sinto mal com algumas situações, e aí consigo dar uma piorada.. estou rindo até, mas foi legítimo no momento. 




e o que eu aprendi com tudo isso? nada né, hehe, sei lá, sou humana, dou importância pra coisas que ninguém dá, ou não do jeito que eu gostaria. e todo mundo é assim a seu modo, e tudo certo. 

a vida prega peças. cada um tem suas tramas antes de poder tecer novos enlaces e se você está no mínimo consciente disso consegue, ao menos um pouco, se poupar de um emaranhado total, e isso é maduro, talvez. cada um com o seu, vida segue, tal.

estou em auto terapia aqui né. é ótimo isso, manifestar, pra desapegar total, num ponto zero de interação e interlocução possível.  eu me presto.

mas pensa. isso é meio banal dentro das relações interpessoais. e esse é o de fora. é o que dá pra verbalizar baseado em fatos reais.

porém e o que não dá? o que eu aprendi nesse meio tempo vai, se é que existe alguma lição é, não  é manifesto, não existe. por mais contraditório, isso me tranquiliza.