quarta-feira, 8 de março de 2023

 

outro dia, tipo ontem. encontrei um arquivo com textos antigos procurando outra coisa em emails do tempo do êpa. gostei de muito poucos. alguns completamente perdi a referência como se eu não tivesse escrito. outros quero deletar.

eu gosto de escrever. mas eu sei que às vezes sou prolixa. também sei que sou do despropósito, não quero ter muita referência, sou centrada nas minhas percepções, mas acho que tudo bem.

é verdade, a gente nasce e renasce na vida. rebenta uns ramos, também dói. se ao longo do tempo você cresce, a perspectiva muda, a vista e possibilidades se ampliam. se você está rasteira, as sombras te fazem filmes. distrai.  se você floresce atrai amores, amigos, a generosidade plena é a frutificação né. se funga bom, daí complica. muitas questões. era a semente ruim, terra, lugar, água, poda, o que é, quem olha por isso? vai ter que descobrir, porque não é só tirar. volta, ou aparece outro problema, ou a planta mingua mesmo, fazer o que.

mas eu tô viajando aqui só porque posso. ruminando. alías tem um texto, ele até gostei. tem uns outros depois vou lá resgatar. pra por aqui.




sem o bem 

estar praticamente mal significa estar minimamente bem. esse prestes a ser
completamente algo que não se quer ainda te trás algo a mais. do verbo ruminar, aquilo
que fazem bois e vacas.
remoer, revolver, ver, rever, sentir, reviver, ressentir. aí o prestes trás uma urgência. mas estar
ou não estar 100% de algo talvez seja sempre muito preciosismo e na verdade
impossível. neste caso nem há necessidade de pressa. se esse quase já é suficiente,
então já se pode dizer, fim.



2009