sexta-feira, 31 de março de 2023

devaneios

 

e aí Brasil.. comé que cê vai de Franklin Cascaes à Augusto dos Anjos em dox toque? simples, é só procurar uma coisa e achar outra, lembrar de outra. aí esquecer o que estava fazendo pra escrever uma lembrança remota alltamente nada relevante, algo que eu adoro pra falar a verdade, e tá feito o loopping.

da série lembranças insignificantes.., eu acho poesia no geral algo chato,  me entedia,  não tenho paciência, e dificilmente leio.

O Silvio ama. e volta e meia ele me vinha com algum livro ler alguma coisa, bem filho da dona Vera sabe. se o visito ainda faz, e mais voltas ainda, ganho uns livros, que não foleio. 

não se enganem, não acho isso bom. mas tenho isso, um pouco. um dia quero sentar e ler todos os livros que quis, que deveria, e os que tenho e não consigo desapegar e nem tenho onde botar. já pensou que pessoa incrível eu não me transformaria? que nem a tirinha do Flash que acho linda, lembram, ele leu todos os livros da biblioteca, e nunca mais teve pressa? algo assim.

mas com isso de sentar e ler tenho uma revolta que não menciono. as coisas que doem de verdade é difícil de vomitar né.

ee, falando nisso, sem quer querer cheguei nelaa. Versos íntimos, Augusto dos Anjos. outra poesia muito presente nos livros de escola, que eu não lembro onde me apeguei, mas na adolescência eu a sabia ela inteira. e por muito tempo soube. 

sabe aqueles ditos escreva um livro, plante uma árvore... existe um tipo desses que diz que a gente tem que saber na ponta da língua sua poesia preferida. por muito tempo sabia essa. e quando meu irmão se apaixonou pelo Mário Quintana ele corria atrás de mim com os livros e com a pregação, Silvio é muito bom de blá, admirava ele muito, pelo seu dom de fazer e ter muitos amigos legais, e mantê-los, especialmente quando mudávamos de cidade. e também por falar muito e não se perder em um raciocínio, por vezes sendo inclusive extremamente didático. enfim, ele queria me mostrar, ler, e aí um dia num desses livros vendo com descaso, li uma que gravei. hoje não sei mais, mas vou até procurar. começava com quem ama inventa as coisas sobre o que ama. talvez chegaste enquanto eu te sonhava. e por fim essa é até a parte que eu mais gosto nela. bimbalhavam é uma palavra que é ruído pra mim, me incomoda, e quimera, da do Augusto, é uma palavra que eu amo. 

e acabei de arrumar mais um problema. não tenho mais uma poesia na ponta da língua. ferrô-se, não quero morrer sem ter.

e o Franklin né, veio dele para mim a curiosidade de que as Bruxas da ilha comiam flores de rosa para ter cheiro no coração. eu amo isso. ainda estou reprocurando a fonte.