domingo, 26 de março de 2023

na contagem | extrato

 

esse mês bati meu recorde de textos. esse março, inesquecível na minha vida, marco de não sei o que para não sei onde que de tão atípico só reforça, apesar da urgência em uma reação, a minha apatia. tenhooo tenho ganhos, mas podia ter sido tanto mais. já pensou? um mês inativo só pra mim, quanta coisa poderia ter feito, dos atrasados.

já acabei de lembrar do Germano, que me dá uns parabéns que meu Deus, umas coisa nada haver. mas eu acolho sabe, e penso que é isso aí, resgates.

uma peia gigante, cíclica, com ênfase em pontos diferentes. 

bom, dizem que se você não aprende uma situação ela se repete. que raio né. 

mas a única coisa que eu vejo se repetir, e foi muito triste de reconhecer, é. eu sou eu, sempre fui eu com algumas melhorinhas aqui e ali. sou uma pessoa triste, que se esforça pra se interessar pela vida, com uma lente turva, agora literal, porque nunca vi um óculos pra sujar tanto também, rs, e que carece grandes objetivos projetando o futuro. 

mas pensa,   quando eu tinha uns 9, 12, e me sentia incerta de futuro, do que eu gosto, do que eu quero, e salvo as devidas proporções, agora com quase 44, me sentindo igual? tá acabando o tempo Brasil, que vida de bosta ein. eu sinto algo muito muito muito errado. e infinitamente decepcionante, e desinteressante.

e que bom que não estou aqui pra impressionar ninguém não é mesmo?

mas até quero. eu tenho uma filha. feliz dela que é diferente de mim. que continue assim. que a virada da adolescência traga acréscimos, que a constância na mesma cidade traga pertencimento, amigos pra vida. que as descobertas a cada dia traga propósitos e habilidades bonitas. talvez ela já é, assim como aos 6 pra 7 eu já era bem eu. vamos ver. 

preciso refletir até, sobre isso.

quero estar com ela com qualidade, por isso a minha urgência, precisamos de outra Bruna, eu não quero essa pra ela.

mas tá, uma é melhor que nenhuma, acho. ai ai, só rindo.

ao rir fico mais leve parece. humor é lembrar do jogo, da brincadeira, da beleza, das cores, da paisagem, e de tanta coisa que me encanta em meio a tudo. começo com rir, depois rola uns deixa disso, aí umas imersão na rotina pra eu lembrar que tem umas coisas que eu consigo fazer sem sofrer, e que tem coisas que não gosto, que posso fazer por propósito pra chegar em outras, ou só porque tem que ser feitas e só, ou porque você faz por empatia, ou faz e não sente porque a música tava boa, ou uma conversa distraiu, sem necessariamente se deixar agredir. assim vai.