a tal existência do mundo não é um fato de ordem lógica: é uma questão pneumatológica. só o sopro pode tocar e experimentar o mundo, dar existência a ele. o mundo só pode ser respirado.
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acaso seria eu a relação mais cômoda?
eu já sou, já estou na sua atmosfera na sua energia eu sou um pouco de você, estou em você, será suficiente?
pensando..
e cuidando pra nao pensar muito e me envenenar, não tô podendo.
estive no seu corpo
amei cada parte
estive e estou orbitando, dentro e fora, avesso, indo e voltando.. mais fresco mais quente, você é a luz da mariposa..
eu em amor com você, olha a novidade..
nao tem você.
mas não estou só. é algo como orgãos duplos complementares. é um encontro de sexos, mas todos os outros órgãos também estão, em amor.. não no complemento parte da engrenagem de nosso próprio organismo, não exatamente, se não que cada um está em amor entre si, tudo se ama, convulciona em saudade.
cada um se encontra e busca de alguma forma, se integrar.
é bonito, intenso, sem hora..
tudo comunga
eles se querem,
eu te quero.
e eu não posso deixar de dizer que isso não é justo isso não é certo. sabia ?
que ecoe pra sempre viu, do ouvido ao pé, to da vez, enquanto você conseguir estar comigo aqui, assim, nesses moldes.
e tudo bem, eu posso amar o sol e ele não estar nem aí pra mim, porque está aí com o Tudo e o Todo.
já entendi isso, e vou viver assim mesmo, correndo atrás dos vagalumes, dos fiapinhos de luz aqui e alí. e tudo bem.. mesmo.
pode ficar aí se consumindo e se bastando. porque na verdade ce sabe né, a grande preocupação do Sol é Ser, só.
mas é O só, né. naquela inteiresa toda.
meus vagalumes, velinhas, fiapos nunca serão sol.., nem todos juntos seriam. fragmentos desprendidos de sol talvez.. fica bonito pro meu senso daí, acho que posso com isso afinal, pedacinhos de tu por aí.
e quem eu to pensando que eu sou né. não chego a Lua por eras.
e ela você ama né. pode amar, tô nem aí e amo junto.
enfim..
chega de viagem, eu p r e c i s o trabalhar.
socorro.
