segunda-feira, 1 de abril de 2024

pedoar é desistir. desapegar de importancia, relevar, esquecer. é um recomeçar, acho, um reconectar com novas possibilidades onde esse precedente inexista, sonho.

apesar de é algo apesar de, não é mesmo

verbalizar tudo bem, significa que tudo bem, ou está em processo de ficar, rapidamente, confere?

e é quase o mesmo que verbalizar eu te desculpo, ou seja, significa que tudo que foi questão,  depois deste ponto definido de conciliação, está passado, lavado e cherosinho, superado,  não trava mais nada, não é isso?


então é com tristeza que eu devo confessar que eu minto.

eu já dei desculpas e tudo bens e uns não foi nada, bem falsos.

em minha defesa..


fiz isso sentindo que a pessoa precisava muito daquilo, aquelas palavras precisavam ser entregues e então eu fiz, mesmo que pró-forma.

e depois olhava pra pessoa pensando..

ela está feliz, aliviada... que bom.

olhava pra pessoa sabendo, que tava estranho sabe. 

enfim..

é por isso que eu rezo, e não quero carregar tristezas sabe, eu não sou vitima, nem melhor, pior que ninguém, que saco, eu quero, me limpar, e  nem é pelo outro,  o outro se beneficie, mas por mim mesmo. muito ruim quando a mágoa faz morada.

Cibe está com o costume de pedir desculpa toda hora,  e aí logo depois ela vai lá e faz de novo, e pede desculpas, uma desculpa mais sentida que a outra, cheia de convicção, coisa mais linda.

de vez em quando eu toco o terror e digo eu não vou mais te desculpar, isso aí não tem perdão. .. aí e ela chora, e eu explico para ela que desculpar, perdoar, ou não perdoar, ou não desculpar, são só palavras. o problema não são as palavras. 

é a mesma coisa com os milhões de eu te amo dela, que vindo dela amo cada um, mas que ela precisa compreender né, ampliar, abarcar, e diferenciar, amor não é aval né. e que por outro lado, as broncas, chamadas, castiguinhos e afins não são também, falta de amor. não tem nada haver uma coisa com a outra.

enfim..

puta papo de mãe né, socorro.

conheço gente que se vangloria dos cortes que dá, dos rancores, dos desafetos. da capacidade de levar isso para a vida, de descreditar uma pessoa por seus erros,  fraquezas..

eu adoraria dizer que não sou assim. mas pelo menos, e aí acho que pra qualquer um na real, hoje em dia havaliaria muito situação e contexto, pra temperar os sentidos, mesmo assim..

a gente é humano.. egoísta, exclusivista, e em maior e menor grau está isso, não queremos  sofrer, o que bem sabemos, somos capazes de proporcionar, que é dor.

bom. eu estou meditando Perdão. não os erros.  não é aproximação e nem convivência que estou interessada, é per dão.

estou problematizando porque pra algumas pessoas não quero entregar palavras, frases, caracteres, ou voz sentida. 

eu quero que elas enxerguem meu coração, se pra elas for possível essa sensibilidade.

então eu rezo. 

e você?