os numerinhos me acompanham aqui
sobem, descem
todo dia passeando
costurando textos
por tempos somem
poucas vezes explodem
sempre querendo se fazer sentidos, querem porque querem o avesso, a frente ou o verso dos meus textos
querem ter importância, ou querem ter a força e a presença de quem eles representam
não tem
eles não tem
eu não aceito
e não reconheço
e também sou péssima em matemática
e qualquer coisa que envolva números
eles me inibem
expõem uma fragilidade
um fraco
um trauma
eles frente a frente comigo são a minha ignorância exposta
e sem falar que realmente
posso não entender
posso não resolver esse problema
ou vou errar de cara, no básico, e seguir errado até o fim dessa conta
a empatia pra se aproximar, é baixar a sofisticação das armas, eu não tenho nada
seja igual
com seu coração