terça-feira, 2 de abril de 2024

faces

a falta do que fazer me fez lembrar que esse ano faço 45.




deixei a frase respirar e a descarga das coisas ruins levar os lixos que eu diria, que não foram todos ainda, estão na ponta da lingua na verdade. q u e vontade que urrar infelicidades, tristezas e mágoas.

que vontade de dizer. mas eu não posso agora, hoje, apesar da mão e mente tremer, de vontade.

eu tenho que honrar um pouco as 5h, que não sei até quando consigo, e as sextas, que pelo menos pra manter, .. está indo.

eu preciso tomar banho, arrumar material, e minha roupa. imprimir umas coisas. tenho que passar por cima do meu lixo, que é minha  paralização. 

será que posso dizer que estou melhor?

duas semanas num rio de lágrimas e estar estável parece bom né.

sabia que eu preciso aprender a fazer bolo de milho pra minha Vó?

no desenvolvimento de sexta passada que foi de preto velho eu tive um encontro com ela. eu diria que foi menos intenso do que antes do recesso de férias, onde pela primeira vez  intui o seu nome, inclusive.


vontade de contar para as pessoas o nome dela, mas frente impossibilidade, cheguei a esquecer, e o mesmo nome voltou de leve, talvez uma confirmação bonita.

fato é que da outra vez eu vi café, milho,  pito e nome. além de sentir, e sentir, na real.. é o grande barato, a mágica, a graça, literalmente falando.

dessa vez uma espiga de milho estacionou na minha mente como uma foto de data show projetada numa parede, comigo  bem na frente olhando. aquele milho ficou um tempo, e eu na paralela pensando, mas que raio esse milho tá fazendo aí.

na mão direita um gestual de pito, que demorei para entender, e de repente, a mão esquerda parou de palma para cima por um tempo, onde senti, tinha um pedacinho, um quadrado, cubo, era um bolo, e a percepção era e foi de que ela estava desfrutando, estava comendo bolo, e esse bolo era de milho, conclusão...

sexta-feira, que vai ser atendimento de público, seria bom que eu levasse um bolo de milho para minha Preta, para ser consagrado e depois oferecido para todos.

isso já tinha aparecido da outra vez Bruna, como você é goiaba meu Deus do céu, que não ouve e não faz, o que vê e precisa ser feito, e é bonito que seja, ui.

eles disseram um bolo de fubá, mas como foi sempre um milho, a espiga, o pé, que apareceram.. meu sentido tá pedindo  bolo de milho, com milho. 

vamos ver.. 

será que eu consigo?

tá aí uma feitura completamente fora da minha expertise, e mesmo interesse.

minha mãe é enlouquecida por bolo de milho, mas ela não faz.

bolo, minhas tias talvez, pode ser uma boa razão para me conectar, quem sabe..


tia-prima Lene também .


tem coisas muito lindas na minha vida, e as vozes clichê, sem querer reclamar, às vezes as vozes do clichê possuem verdade, dizem que eu deveria agradecer, e mesmo me curar, por conta?

menos né. 

mas tem verdade. é no que eu deveria focar.

tá ligado que o canal para receber, para intuir, realizar parcerias de cura e de inspiração na vida de outras pessoas, assim como na minha, começou da infinita dor de estar longe de você. tenso né. mas é. olha nosso hoje. 

vou colocar como um você hipotético tá, um você que pode ter sido e ser uma desculpa, um escape, um pretexto, tanto para dor, quanto para o start. não posso pagar de louca, tanto.

acredito que seja apenas parte daquelas faces de destino, as quais vinha  refletindo anteriormente, que faz a gente  crescer, e permanecer no caminho.

agente aprende e cresce com dor.

e eu sei que a advertência vale, até pra você,  o canal está aberto. 

sei de mim que ando muito sensível, preciso me preservar e aprender a me proteger, assim como focar e  me conectar com que a luz divina,  a luz dos meus guias, a favor da cura.  

já escrevi né, é uma contribuição, retribuição, sentido de vida, uma boa maneira de fazer com que minha dor sirva, no sentido de que tenho muito precedente empático para dores alheias, nem que seja para o abraço amoroso, como tantos que recebi. 

embora essa socialização toda e essa abertura para o outro não seja genuína minha, me ofereço como um meio, e por mim, por essa fresta, essa passagem, energias muito belas e agregadoras  vão se manifestar, e eu vou aprender com elas.

estou aberta pra aprender.


45 né, sozinha como grande parte da minha vida. sofrendo por isso, sinceramente sofrendo por minhas debilidades relacionais, querendo ser como os outros. 

45 né, com uma filha, responsabilidades, uma mente fraca e muitas iminências e consequencias sempre pra cair na minha cabeça.

45 né, os 40, 42 que vi minha mãe fazer eram o fim,..  eu to no pós fim, que loucura de percepção.

O que você gosta de fazer? mil vezes

e eu pensando, que o que  eu gosto de fazer não importa, que isso não importa e não muda o que eu devo, e se o que eu devo ajuda a me matar, a  não viver, então alguma coisa tá errada.

o que que eu gosto de fazer?

como se isso fosse pista para alguma coisa..

e já me irritei agora, vou tomar banho.