quinta-feira, 4 de abril de 2024

diversão levada a sério | ela não sabe brincar, mas vai pro play de novo, vai que aprende algo

varrer, varrer, revarrer, varrer de novo, para sempre.

limpar, relimpar, limpar de novo, tornar a limpar o chão, a casa, a louça, e se, ou quando sujar, e isso é imprevisível e recorrente,.. limpar de novo.

catar objetos, recatar, ir ao lugar ou criar algum novo onde não tem, empilhar sambaquis, reencontrar maravilhas de aanos na arqueologia

tirar a roupa, entrar no banho, entrar, sair, secar, secar,  sair colocar a roupa infinitas vezes pra tras e infinitas pra frente em to o d o o sempre.

lavar roupa, pendurar pra secar, recolher, dobrar, guardar, usar, sujar, acumular, lavar, secar, estender, recolher, guardar essas e as outras, e tudo de novo, e sempre.

fazer a proposta, corrigir, pontuar, avaliar, registrar, somar e dividir, postar, de novo e de novo e pra sempre.

ligar o carro, desligar, ligar, deixar  morrer,  desligar, ligar. 

por gasolina, por de novo, e de novo, cuidar pra não faltar, pro carro não parar, de novo, e de novo.

esperar, filas, qualquer fila.

colocar água no filtro de barro, tornar a por,  de novo e de novo.

essa lista é sem fim de coisas absurdas que acabam comigo, com meu astral, e moral.

não sendo de hoje, parece que sou um tipo de pessoa que se tornou rejeito na linha de produção de humanos da vida entende, um tipo de refugo, tanto não funciona bem, quando problematiza, e se incomoda com um ciclo de rotina tão rasteira, que não vale o esforço.

se fosse antigamente poderiam dizer que é caso de pilha, hoje tentariam me recarregar, eu mesma tento, o tempo todo. umas bateria viciada como problema, ou o mais certo... só repõe só, não vale a pena, joga essa, tem muitas..

mas esses nadas que me estressam, cansam, paralizam. 

e essa é só uma sala de entrada. uma introdução, um primeiro aspecto de temas pesados com relação aos desafios de minha vida, que é tão nada, mas cheia de poréns.

como eu pensaria em alguém pra minha vida?

porque não é que minha vida está assim, e u s o u assim. o que não é nada, tão nada dentro do automatismo da vida para os outros, me dá um pouco de desespero sabe.

às vezes eu olho pros caras, e tenho pena. eu senti pena do Danilo, prestes a me envolver com ele. será que ele teria a força, ou estaria enxergando, avaliando bem sua iminência? 

ele saberia tratar comigo se nem eu sei. mas sempre enxerguei nele uma pessoa frágil. olha quem fala né. mas tipos diferentes de frágil, então. 

só que isso que eu lembrei, o que me balançou é que ele queria muito, teve uma vontade declarada, irrefletida talvez, essas paixões, .. muito novo também. sei que muitos não consideram esse aspecto.., aprendi a considerar, e especialmente levar em conta, avaliando o que posso ceder, na média com o aspecto de oferecer.

esse prof. aí tem olhos azuis, é mudo calado, pode ser que seja comprometido, ou mesmo bem desinteressado de seu entorno de profs.., não julgo.., sei que é pai, e que passou por alguns processos bem arquetipícos, que..

ou o quebraram no meio, e ele vai carregar reafirmar, e se enfiar no olho do líquidificador em um processo sem fim, de pessoa disforme, incapaz de reconhecer e se recuperar e se pedoar  de erros. ..

ou fizeram dele um pós-40 com tempero, capaz de auto-crítica, de rir e de se refazer na vida recuperando leveza enquanto exercita a atenção, para os, como chama, sinais de alerta úteis,.. aquela bifurcação certeira que te aparece na frente em momentos decisivos entre, .. faço igual, o que eu já sei, que é comum no meu ser, ou...

tento esse lado aqui mais ideal talvez, mas que o chão é disforme,  a vista tapada, sendo extremamente desconfortável e angustiante, porque nada passou ali, tu nunca formou trilha por ele, no seu mapa interno de escolhas.

eu me arrepio de pensar sabia, eu indo pelo caminho selvagem, inóspito, nunca habitado.

ainda hoje acho que sento e choro. e sendo precisa, acho que é isso que tenho feito desde 19, até antes, bemm antes, isso é certo.

que tipo de Bruna seria capaz de dar o primeiro passo, o segundo e o terceiro? quais as reativas, o que de novo encontraria nessa fauna e flora tão temida? vou perguntar acho..., em algum dia de medicina, sem data, porém já com um propósito bem bonito. e que de mãos dadas possa ir, entre tapas e beijos, .. em uma sobrevoagem será?  nessa sensação, do que poderia ser esse novo espaço, de morada, pro temperamento e vida de Bruna. primeiro um sonho né, poderia universo.

voltando..

o grande lance é que as pessoas não refletem muito, vida loka, e tal..., e as que pensam em tudo são chatas e beiram o insuportável, especialmente se moram na beira, no presque, esperando uma confirmação, uma certeza cair do céu, rugir da selva. ecaaaaa. e as autômatas, não sei..

percebo é que muito enrosco acontece bem assim. um que não sabe o que quer avaliando demais, e o outro que não teme, nem considera a amplitude  do que está a beira de abarcar..... aí vem aquele impacto profundo, de corpo e temperamentos, delicioso até, coisa bem humana. enfim..

tenho analisado com atenção esse profe.., e me divertindo também ..

certo que é um pouco mais baixo que eu, um dos meus critérios mais definitivos, apesar de minha séria falta até, de critério histórico, esse, só de pensar que caiu me mato de rir.

cara fechada, muuuito discreto, silencioso, muito tranquilo, não se expõe, reservaaado que só, que saco. não me dá condição de fazer n e n h u m a perguntinha de nada. .. das um milhão e quinhentas que eu poderia. que difícil ser curiosa. pff

curiosa, e atenta no estar curiosa. ele me chamou atenção o ano passado, no seu primeiro dia de pisar na escola antes de se efetivar, pouco antes do ano acabar. nem sabia quem era. mas fiquei já naquela época, observando.

do que são feitos os interesses?

como pode?

me jogava em cima dele fácil.. e não é pelo que ele apresenta. ao contrário. se 99% de pessoas pra mim precisa, porque pra ele é tão pouco? a vida é esquisita.

e esse é o problema.

poria alguém na minha vida? 

amiguinho de trabalho? ngm merece ein.. se bem que em escola.. isso e nada, pra mim.. tudo muito corrido, não sei se faria diferença.. , se bem que o coletivo professoril às vezes é pior que criança.  pensando.

e não é que eu nem conheço e tô botando na life, mas é que ao invés de seguir a boenaonda, eu patino  nisso e se e se e se, ... mas tá.

é que pessoas sérias me suscitam precauções.., eu não gosto de brincar com pessoas, nem que essa seja a prerrogativa, me dá preguiça. me custa abrir a pernas daí, eu também sou um pouco séria, prefiro ficar só, a ser fulgaz recorrente. 

é aí tudo acaba tudo sendo muito acidental nas minhas histórinhas, e sempre estranho,  bizarro demais, porque não é eu, nem a pessoa, é só um corpo que cruza, e eu não me ligo muito nisso, sem uns uns isso e aquilo a mais. maass é tudo dado pra pesquisa né, eventualmente, bem eventual.

mas os isso e aquilo desse cara, branmmmco, que coisa esquisita, de cabelo cinza claro, que o deixa maais apagadinho ainda, estão ali, mas ainda não tive acesso, tô querendo. tô estudando. e me estudando. alltas distrações, vendo passar pra lá e pra cá na escola.

poria alguém na minha vida, na reta de me tocar.. ? ai que preguiça.. é atar pra desatar um nó, né não?

eu dou prazer, eu sei amar, ..mas sou decepcionante na recíproca. porque sentir prazer partilhando,  é algo que se constrói, é uma entrega que nunca sei se estou afim  de efetivar, e me mostrar, e perder o controle, pra alguém que não vai saber ou querer algo com isso. que pra mim é muito, é um tesouro. .. me incomoda dar pra qualquer um.

sabe que eu nunca escrevi sobre isso, e esse aspecto não mora é meio inconsciente, tanto que, vamos deixar assim. chá pra lá, nem dô conta disso. processos.


a preguiça né, .. pensa, eu querendo me mostrar interessante pra alguém, seduzir, criar uma conexão, condição, deixar rolaarr,... pra créu. aaaai não Brasil, que saco. vamos ver..

mas nesse caso... tô querendo conversar não, tô querendo grudar. isso define alguém à perigo?

sei não.. à perigo vive uma pessoa que cede e vive em função da cruza, da carne. pessoas diferentes de mim. acho bem legal, a vida fica mais divertida imagino. faço votos de festa mesmo, escuto estórias, rio, compartilho visões de  vida, mas assim, e com muita clareza,.. passo. 

mas estou na espreita...

talvez ele não seja um coitado afinal, é sortudo, me ganhou com muito pouco e não sabe. nem saberá também, e não é um grande problema. pras minhas revoluções internas, essa reflexão já é muito.


hoje eu fui almoçar com um professor novo, o de português. ele queria conhecer um restaurante próximo e me ofereci. já sei de meia vida dele, seus dois filhos pequenos. sua companheira jornalista, de como eles se conheceram numa livraria onde ele trabalhava, quando se chiparam conversando sobre biografias.., as outras escolas que trabalhou, os problemas.., éee isso aí, ele adora falar, eu gosto de escutar.

e dele, .. desse cara magrelo, meio baixo, branqueeelo coitado, e de olho infinito, bem que tenho tentado,

a vida é engraçada.

eu não quero alguém na minha vida. eu quero alguém que absolutamente não a incomode. que agregue vida e amor, momentos em que posso 100% estar nisso, ser mulher e estar, plena, entrelaçada, presente. 

mas não quero problematizar nem mudar minha vida, nem compartilhar meus problemas, e nem criar vida juntos, que eu odiei fazer isso a unica vez que me predispuz.

aí meu rancor com o carinha vegano lá, ounn, lembro que escrevi dele né, minha primeira boca vegana. me faz rir.. aquele que me deu o fora.

que bom pra ele né, ele precisava e queria uma história que não cabia na minha, não sou essa que ele queria, a do sonho, a do tipo preciso, convencional, .. essa que não existe coube mais certo no presente dele, do que a da realidade, no caso eu, que dizia, posso não ser aquela dos seu esquemas mentais, mas também sou massa ✌🏽, enfim... sempre achei que poderiamos ter encontrado um meio. masss foi melhor pra mim também. minha vibe é outra, vida sabe o que faz.


eu quero o amor. o demais, só se não tiver alternativa.

qualquer hora escrevo mais sobre isso.