sexta-feira, 13 de outubro de 2023

ela disse, e eu senti a dor, "eu desejo pra você aquilo que aconteceu comigo" | golpes do destino | profecia | transcendência

 

escrevi um longo texto, reconhecendo todo meu amor, aquele construído desde a adolescência no silêncio do crescimento, e que consolidamos tão mais tarde. reconheci e abri meu coração, em forma de carta, revendo e acreditando que sim, podíamos agora fazer diferente.

[.. todo esse tempo, esses dois anos esperei por você. quis muito um sinal, uma chance. engraçado que só agora. eu estou, bem finalmente, encontrei uma pessoa boa, é diferente, estou feliz,  (...) ]


e eu desejo também.

só não sinto.

e foi a segunda boca que disse algo assim. a primeira de maneira inusitada até, em descontexto, mas me pôs em luto quase. 

amor, é amor, é ele que se busca, não alguém, mas a verdade de amar. e não há que ter medo em seguir,  o caminho será verdadeiro.


palavras lindas. mas bem doloridas quando você não está afim de ouvir.

mas eu entendi.




bom.. nenhuma dessas ladys substituem o tremendão. mas só pra desviar da versão clássica e colocar algo bem seu, algo bem hoje.

adoro como essas associações, elas vem pra mim. brotam como um se liga, elas se complementam como num quebra-cabeças. meu jogo, minha vida, são peças pequenas de um sem número pra fim, vou montando, montando todas as áreas, e sigo. 

e não adianta ficar desfazendo e remontando pra ver se forma uma imagem diferente só porque não tô gostando do que   tô vendo. 

o que está escrito está escrito, as outras peças é o que está se formando no sem fim de peças, do sem número do jogo. elas podem até já ter uma imagem fixa, mas o fato d'eu não conhecer, é muito determinante para eu não me importar, se é, ou se não é. não importa na verdade.


pode que a gente não mande em nada, e o que está escrito está escrito, e as coisas já sejam meio  que determinadas e a gente sim, vai ser o último a saber, porque somos peões de um jogo que nem imaginamos o nome.

mas aí é mais fácil ainda. eu tenho então a tranquilidade pra só seguir o fluxo da mão divina que me leva onde tenho que ir, com o intuito de ganhar, chegar primeiro, se beneficiar de uma dianteira que não é vantagem nem desvantagem pra mim. meu papel é esse, só, não resistir. 

se é uma prerrogativa, uma regra do jogo, e é pra eu não saber de nada.. qualquer coisa que eu acredite não faz diferença vou é apreciar a vista, me encantar com a construção. como quem senta no banco do passageiro e é apenas conduzido. só curte. 

ou como uma criança cuidada, nada foi dito, mas ela sabe que seu momento é esse, curtir o caminho, apreender, introjetar.

e tudo bem se ressentir, pensar pôo se eu fosse a dona do jogo faria diferente

e tudo bem dar uma lamentadinha. se o amor chamar, a gente vai seguir, já seguimos ou fomos seguidos várias vezes nessa mesma partida. e tudo certo, nosso papel era só não resistir a se mover. peão é peão.


uma vez nesse meio tempo me interessei por uma pessoa que de tudo que tinha pra ser nada a ver comigo, especialmente por critérios racionais, como ser muito mais novo que eu. tinha uma doçura tão infinita pro meu lado, que até hoje quando o vejo, fico tentada. e seu comentário é o meu eu sei, porque não vai bobinha, se reprimir pra que?

se eu soubesse as respostas para todas as perguntas eu seria tão plena. mas eu não sei.

só posso colocar alertas no meu modus operandi, que na verdade em música, aconselhamento, racionalização, prerrogativa, destino, sei lá, está pairando. ..

não se fixe.

vá.

se a vida chamar.. que seja pra te mostrar algo feliz.