sábado, 18 de novembro de 2023

ponto a ponto | A Cosa


o tempo parou e eu tô de cara

o tempo tá mais lento e eu tô fingindo que não tô vendo

as horas estão durando mais, tem me assustado, mas, piso em cascas secas sem estalar, tamanho cuidado

tô nem aí pra você tá

de você não quero nada desde sempre, e talvez agora finalmente, esteja conseguindo esse caminho tranquilo de lidar com todas essas energias e frentes de vida, sem adoecer com o que não é meu, curando e aprendendo nessa beirada de água sabe

é uma dança, a água molha a terra, a terra seca e molha, cria uma limo, avança um pouco mais, um pouco menos, mas, esse limite de beirada, .. minhas interações, nem quero me afogar, nem virar uma estátua de lama seca

eu estive doente. o que mais me assusta até hoje é pensar nessa noite tenebrosa de seis meses intensos

eu piscava, era dia, piscava, era noite. nada dava dava tempo ou era possível, porque muito pouca coisa cabe num piscar

o tempo está mais lento

mais eventos são possíveis, o tempo está se desdobrando e sinto muito amor por essas palavras, de bem vindas que são

quanto a você

você se chama musa, seu nome é texto, mora no espaçamento de minhas letras, você é uma inspiração ou outra, uma conjugação de desejos sem forma e nome, indefinida

eu não quero nada 

e se você nada, 

é definitivo 

não gosto de água


fique ou vá nade ou ande

não faz diferença, pelo silêncios das palavras, ou na composição delas, não faz diferença, tudo é aprendizado, e eu já disse pro universo, 

eu me rendo, tanto faz