sábado, 4 de novembro de 2023

2001 | irmã | peso do mundo | bodejando




 

uma realidade tão sentada no normal. aquela época, aquela vida.

lembrança com memórias é diferente de lembrar com ajuda de imagens. 

ver com imagens, de surpresa, como uma amiga vindo com um olha o que eu achei! é como revirar pilhas de escombros. do nada você reatualiza uma situação, momento, sentimento. não é mais sua vida. mas você viveu.

e essa imagem de escombros  é de péssimo gosto, já que acabei de ver um pai revirando escombros atrás de QUATRO filhos, desesperado na frente de uma tela que registrava desgraças de uma injustiça.

tudo o que não quero é ver esse tipo de coisa. e desver não tem como né. igual a esses filmes que expliscitam a crueldade animal, não quero ver, não posso, desver não dá. e tão distantes, e tão fora do controle, e tão gigantesca as implicações, efeitos e práticas.. 

e eu? eu sou só eu mesma, pensando que tenho que sair fazer compras e tô catando todos os ânimos escondidos e ainda faltam uns. 

ou, e eu? uma privilegiada qualquer, que se dá ao luxo de dores e doenças contemporâneas advindas, sei lá, de seu tédio.

e aí tem algo.. o efeito disso, naturalização, insensibilidade. acabei de ver o story de um amigo, um deles uma música foufa, no outro, o jornalista no meio de um conflito anunciando a morte de seu amigo. 

e isso, sei lá, eu também faço. não é um problema em si, mas é um aspecto. qual o propósito de tudo isso, tanta imagem, tudo tão explíscito. o que querem de mim, o que querem de todos. 

quem são o ELES do problema, quem são os NÓS, das questões postas, de tanto jogo de poder com coisa viva. além de que podemos dizer que são muitos viéz de NÓS, se for pensar em concenso pra qualquer coisa. tenho ouvido cada uma..

e em quais circunstâncias nós somos o ELES, e os NÓS estaria em algo outro para além de nossa sensibilidade? deve ter né?

eu não sei.

o moço procurando os filhos foi um relance. e já foi complicado. indigesto. c o m o é que pode o mundo todo assistindo, .. novidades da "guerra", em tempo real dia a dia. que bosta de mundo é esse, com todo o respeito.

uma realidade tão sentada no normal, .. 

que época..

que vida ..