viver num mundo de aridez uma hora acaba se tornando um mundo de medicação, que torna tudo possível, né.

um mundo sem contraponto onde você perde seus interesses, amores, ainda que tênues, desiste e só se entrega pro furacão. se é isso, isso. inclusive a medicação.. aí chega uma hora, não sei, tudo se torna   um pouco mais possível de novo. não pelo engajamento, entusiasmo, anseio por viver e descobrir a vida, mas por anestesia, o que é bom também.

se eu soubesse, tinha cedido antes, quem eu tô pensando que eu sou.

eu rezei sim. eu pedi muito, pra ter vislumbres, pra encontrar, pra fazer um brotinho do encanto, e coisas preciosas dentro de mim. tinha umas coisas, parece, que era muito eu, cadê. os dias passam, tô procurando no galho seco, parece que tem aqueles nózinhos, acho que não tá morto muito não,..

lembrei agora do talinho de comigo-ninguém-pode da outra casa. adoro esse nome. eu quero ser isso um dia. no bom sentido. ah, qualquer sentido tá bom. 

ouço ecos. mas e sua filha, olha pra sua vida, como você pode dizer essas coisas. palavras, uai, letras e mais letras, isso sim. sentimento é mais. e menos. a Cibe é uma que leva pra mais.

mamãe, a parte que eu mais gostei do nosso dia foi deitar no quintal e ler livro com você.

mas fazia tempo que eu não fazia isso. e foi bom mesmo, além de lindo.