quinta-feira, 13 de abril de 2023

eu reconheço | auto-crítica

 

tava pensando

poxa, de meu lado eu quero, pisar serena no solo mal formado do futuro-presente

acho que pra isso ser possível  eu tive e estou tendo que aceitar, acolher o que eu sou e o que eu faço, .. e isso é tão batido e recorrente que já me deu preguiça, vou é voltar a dormir.

eu reconheço,  sou minha maior crítica e cerceadora 

e se é verdade que eu tenho um passado, ele não pode ser um vidro fino que ao quebrar leva pra um vazio, um espaço sem luz e forma.

eu tenho, alias, um passado, cheio de eu não consegui, queria fazer diferente,

cheio de uma Bruna querendo se ajustar, tanto como agora.

eu reconheço, que se eu  o nego por alguma razao injustificada de desajuste, quando Cibe nasceu mesmo, minha história pregressa desapareceu.

tive um relance e um processo de retomada de quem eu era quando voltei a escrever aqui, e agora muito intensamente, revive nessa noite escura aqui.

quem estou, onde sou, .. tmj Magda.

ter um passado não pra viver dele, até porque nunca quis, não tenho nostalgia de voltar pra ponto nenhum da minha trajetória.  

mas ter um, que fortaleça o presente, e seja a antitese do futuro, se não em fatos, na sensação de paz, serenidade por nada, onde eu olhe pra esse passado recente, e até o todo dele sem querer deletar.  que na altura do refeita pode crer que ele seja visto, assimilado e o todo ele convertido em força.

quem sabe aí não me ache digna de ser amada, tanto quanto o que tenho potencial para.