segunda-feira, 10 de abril de 2023

 





nessa época eu morava num prédio em Campinas SJ. a geral do Kobrasol sempre foi mais saudável, ali, geral de Campinas sempre teve na minha época muita prostituição de rua, então era muito comum assédio de homens em carro, afinal, toda mulher virava uma possibilidade.

foi ali que o moço da obra cantou pra mim, lembrança pontual que eu adoro, mas no geral era estranho transitar por aquelas ruas.

nessa época também, eu ainda comia carne. que louco né, eu convivi com elas, brinquei, estavam presentes na minha infancia, mas não fazia a conexão.

e, a gente não faz com tantas coisas, né. tem tantos conselhos e alertas que eu ouvi e ignorei, e que estavam tão corretos e precisos, até lógicos, que eu não sei porque eu ainda penso em abrir a boca pra dizer algo a alguém sobre qualquer coisa. dá até um tédio. 

mas tanta coisa fez sentido depois. e muuuito sentido. só que demorou, demorou muito que já me dá tédio de novo. o tempo, experiência, te dão espessura, densidade, propriedade pra quê, tua ocasião passou, e quem precisa te ouvir pode simplesmente não ver sentido. e sim, eu tô afim de reclamar. bodejar. 

hoje eu quis dizer pra minha sobrinha algo que ela deveria fazer num problema que está tendo, que é exatamente o que eu não fiz pra  chegar onde eu cheguei hoje. e muita gente falou essas mesmas coisas pra mim, desde sempre, até eu mesma, então..

não tem fim, é questionável também. é um texto sem ponto, tô nem aí.

mas a dimensão da experiência, né, de onde você coloca seu coração junto com a razão, pode ser efetivo. mas mesmo isso, foi um desenvolvimento lonngo, ainda é. tem uma pergunta que eu tinha horror.  variações de como você sente; como está se sentindo; outra que simplesmente nem via sentido, onde essas emoções ressoam no seu corpo. ã? sempre foi complicado. como se eu fosse bloqueada, num acesso que pra outras pessoas era tão banal, fugia dessas perguntas, geravam angústia, especialmente quando diziam que eu estava racionalizando demais. e eu não conseguia entender isso.

abertura aos sentidos, às emoções, enfim. empatia né. adoro, e é difícil, mas muito certo pra mim ensinar a Cibe sem véu, a saber o que come e porque, que o gosto é uma construção, de onde vem o alimento, enfim. a dor que você não quer ter, e não quer provocar, nem colaborar. gera uma série de contradições, e muita conversa especialmente quando se interage num mar de senso comum. mas tá. já me perdi bonito.

só pra dizer que eu amo essas fotos, não lembro a data, foi na Armação, era um dia lindo.

e tem uma coisa,


..mas eu não posso falar isso agora,  descobri algo muito interessante nesses dias. fica no, à seguir cenas.