sábado, 17 de fevereiro de 2024

não quero, grata. | hoje não quero escrever lindo. | no meu mundo.


se eu tenho mundo nas mãos, tenho tudo.  agora descobri pra quê precisamos de outras vidas. 

se eu ganhei o mundo só agora, tô cansada, vou é fazer pior que os piores, e eu detesto ser a responsável, protagonista de filme de desgraça global, já pensou. não. next life.



XII


se meu coração está aberto, e eu tenho o mundo mas mãos, já configurou estresse pra mim.  q u e s a c o.

eu não quero tudo. e pode que eu seja é dona da justificativa furada, mass, tô nem aí. tô bem com uma partinha.

andei pouco de avião, e nas vezes que aconteceu, um lado meu pensou, nossa que legal esse descontexto do tempo, esse pulo de estados, países, tão rápido quanto mudar de humor.

o resto de mim, foi estranho. porque eu sabia que aquilo não era pra mim, que eu não podia balanizar aquela realidade porque eu não a sustento.

pode que estivesse com ranço da minha condição, jogando o ranço pro privilégio, mas, fiquei um pouquinho triste. esse recurso revolucionário poderia estar mais disponível pra todos. e não é. 

olha eu com obviedades, as coisas são assim e pronto, tudo normal na hora do Brasil, tô gastando letras atoa, ao invés de pegar a chave pra sair.

isso é tão certo quanto mandar o povo da emergência orgânica, comida natural, não transgênica enfiar o preço no cú. vai todo esse mundo pro inferno, vou comer com meus afins.

e que bom que irrito zero pessoas reais aqui. sei exatamente quem iria vir aqui, dizer que não se trata de valor, que tem muita coisa disponível, que a gente tem que criar e fortalecer essa nova-velha feitura. 

ahh, algo quebrou em mim e eu consertei errado, ou mais perto do certo, no quase pra sempre, sabe. eu tô é com a geral, prefiro morrer com eles, a tentar ser algo quee, não faz parte do meu hoje. 

claro que eu tô com a geral, mas meu geral tem uma contra maré, porque ele se estende né, esse geral incorpora seres vivos de outras espécies. meu povo é maior, gosto disso.

essa postura assimilada, veio antes da minha auto-libertação para ser 100% Parda, de textos anteriores. nossa, foram grandes alivios  nesses  tempos de merda ein, época de parar de sofrer por montanhas. processos.

amanhã tem faxina no centro, posso falar merda hoje, amanha me redimo lavando o banheiro, que tal.

fato é que eu não quero Mundo, quero não, pode ficar pra você. eu quero é meu quadradinho só, sabe, meu restrito mundo e algumas aberturinhas importantes pra conexões fundamentais, e já é.


____________



a carta do Mundo é linda. observando já da pra dizer que é geminiana também né, já começo cas bobage, só por ver os dois seres conjugados. 

a carta do Mundo é o fim e o começo, o circulo, o infinito, é o crescer no mesmo. 

acho que ter outro filho é um tipo de crescer no mesmo, né.

um novo relacionamento afetivo é também né, crescer no mesmo, também. 

tudo diferente e igual.

o que ela tá fazendo no meu sabado, eu por mim a partir de ontem só me daria as cartada de Enforcado sabia, e de equilibrista, .. um lado jacaré, do outro rochas, já sabe, mas essa não existe. enfim..

só porque vim pra minha mãe e volto hoje mesmo, e to cheia de coisa pra fazer, e eu to travada, eu ganhei o Mundo?

tudo bem. cruzo meio mundo e volto, pelos meus, e quem vê, pensa que faço muito. não faço, é o possível e olhe lá. 

e pra Mami, hoje tive que bastar,.. apesar de ouvir a cada 5 minutos. que saudade da Cibe, dali a pouco, que saudade da Cibe, que saudade da Cibe que pena que ela não veio, e a fala de Mami junta com meu pensamento, sentimento transborda. 

eu Amo minha filha.

sua avó também.

e agora é voltar. destravar, queria tanto estar mais ativa, se não tudo vai ficar cada vez pior.

vamos ver.