a empolgação, o deslumbre, a esperança, aquele olhar, aquilo tudo genuino, inocente também, .. aquela palavra,.. idealismo, tudo isso só se tem uma vez, inédito né.
depois disso a gente corre atras, ver se consegue resgatar algo daquela chispa. e tem que cuidar, seguido, com o reverso do encanto, ah.. quando ele bate, atenção.
mas O Mago tá com tudo pra recomeços, inspira que só, eu queria, eu quero, sigo querendo algo dele. o que eu preciso, ele tem.
vou pro inferno, mas te tomo de assalto, tu vai ver. pensa..
XV
me deixa ir
eu sigo resignada
a entrega não é derrotismo talvez
é só que eu não gosto de olhares, julgamentos, pena, ui
me deixa ir que sigo tentando, nesse mundo de reprises, prometo escolhas diferentes, exercitar a surpresa, quem sabe
eu vou, prometo que não morro.
tenho água, a terra é generosa, vento me conduz, o fogo pra quando eu precisar, um calorzinho amoroso
bora cada um na sua trilha, somos família, sabe as relações de família? o melhor de nós está pra quem não nos imagina, já sentiu isso, na rotina é só animalidade, automatismo, e impaciencia.
e o que fez comigo nunca mais repete, será como se nunca tivesse feito.
já eu. bom, a mesma coisa. ultrapassamos uma etapa.
um dia a gente senta e economiza palavras, como na performance da Marina em que Ulay aparece de surpresa sabe, um olhar, e atualizamos eras.
eu não gosto muito da romantização, fetichização quem sabe é melhor. os trocentos videozinhos com trilha meloza. nossa, silencio é tudo gente, de potente e espontâneo, como foi.
eu lembro de ter visto o video, ele entrando no museu, fazendo todo o trajeto até chegar no local da performance, som natural de burburinho sabe, bonito no simples.
claro que pra quem estudou eles, acompanhou minimamente a trajetória arte-vida dos dois, não tem novela melhor, vê-los juntos após as muralhas.
enfim..
i never break my rules
teria medo de alguém assim.
algo entre inocente e rígida demais... do que vivi.., eu longe credo, de gente assim.
viajei agora né. vô é dormir de novo.
fui.