segunda-feira, 21 de agosto de 2023

presentes

encher o saquinho, fazer discurso, tacá o dedo nas feridas, dar palpite na sua casa, reclamar, te irritar com requintes de especialidade. 

família que chama.

conseguem tudo isso de longe mesmo, nem precisam te ver.

presentes, mesmo ausêntes, conectados com um senso de urgência que por vezes sobrepõe o julgamento. liga uma luz de alerta, desliga a chatisse. são as tréguas.

é isso. vem minha mãe com duas receitas de pão, vem a Júlia pra deixar a Cibe eufórica, vem meu irmão arrumar o chuveiro, instalar o office, e me fazer cantar, pra rezar, e, ele pensa que me engana, pra mostrar pro seu esquema novo. "esquema" é muito engraçado né. adoro usar, ele não usaria, mas não vai ler o texto mesmo. por hora.

mas falando nele, aconteceu. acho que ele descobriu um tipo diferente de amor. tão bonito, estou de coração cheio de ver. aprender, com amor é mais legal que aprender, sem amor, sem troca, sem esse exercício tão poderoso. um viva pras intensidades, ai ai, faço votos.

eu não gosto, se me perguntar mil vezes, eu respondo mil e uma. não gosto de receber. mas é isso. eu reconheço que dependendo de quem vem, ou como vem, é pura luz. acontece uma troca de energia, areja o lar. e eu sinto isso forte, e fico imensamente agradecida. mesmo.





duas mini-lembrancinhas