domingo, 27 de agosto de 2023

aaaaaaaaaaaaai que saudade do instagram | contraposições, análise

 

.. mas por que você saiu do Instagram?

me revoltei. de ser um agente passivo a mercê de todas as inciativas comerciais do meu entorno, política, entremeada por cursos xamânicos, experiências transcendentais, formações, notícias de celebridades, gente sem noção, pessoas incríveis e felizes, nessa rede autista e vaidosa, cheia de malícia com uma falsa ilusão de rede, que te prende não como conexão, mas como comida, como presa, agora, ou daqui a pouco, tanto faz.


é às vezes é bom dar um tempo.., umas férias.

também tinha a ideia de abraçar a minha realidade, ver o mundo como ele é. não quero sair de casa, então não quero ficar vendo a vida de gente que super sai. não posso não quero, não dou conta, ou não consigo estudar e me capacitar, então pra que sofrer colando na minha cara em tudo que eu não faço. sofrer com os grandes temas, com as injustiças do mundo, as análises inteligentes, as críticas sobre os grandes acontecimentos, ser a primeira a saber, ser manipulada emocionalmente ou criar um ceticismo,  apatia ou insensibilidade frente a tudo que te toca e que você é impotente afinal, se preocupar com o aluguel e sua cria, e sua saúde pra pagar aluguel e cuidar da sua cria, com qualidade É a emergência, e isso que é viver.



blá blá blá tô é loka pra voltar.


conversando com uma amiga de lonnge, ela entenderá esse longe, e perdoará talvez o quanto eu não tenho conseguido, podido, evitado mesmo, papear... 

em análise..


mas sua vontade, ela é uma expressão de uma essência sua, saudade do algo que você é, embora  tenha aquele núcleo duro, íntimo, que não tá pa rolo,  né, tem um resguardo de intimidade, vocé é uma pessoa social você está falando dos seus atributos mais notórios, do que você tá sentindo falta. e isso é muito verdadeiro, isso é ser você. 

eu presa, enfurnada em casa, eu tô sendo eu também, essa é a minha maior facilidade né, eu sendo o que é mais fácil de ser eu, aqui, com as minhas nóias, sendo eu.

eu não tô dizendo pra fazer o contrário né, só tô pensando que os seus desafios e a sua facilidade caminham junto com esse levante de sair viver e ver a vida. e os meus desafios e o meu levante dentro dessa minha condição de gênio seria também revolucionar o meu interior, meu espaço caseiro, o que eu faço e o que eu não faço de repente de uma maneira mais saudável, de encarar essa minha dificuldade e tristeza com a solidão, e transformar em uma solitude ativa, e então aí no fluxo, esgarçar, ampliar pra outros espaços, impraticados, desejados.

nossa muita palavra e talvez não tenha conseguido, mas,..


você tem uma abertura e facilidade pra interagir com as pessoas, e exercer isso é você estar no dharma.

eu tenho uma introspecção e uma tendência a ser observadora e à análise, mas talvez eu não consiga ainda, reverter, atuar com essa essência no positivo e eu preciso fazer isso. e pode que nesse antagonismo, nós duas digamos oi pro karma, né. 

eu rio.



*mas tem um outro aspecto de estar fora das redes socializantes. que é bem irônico na verdade. um ácido que me corrói e me leva a rir.

nooossa como não sou diferente de ninguém. 



então é assim. você chega à conclusão que vai fazer algo que é dificil, e faz. continua sendo difícil manter, e causa bastante reflexão, ainda continua. a sensação é de perda, mas ao mesmo tempo o que ficou no lugar é interessante. olha que ridículo, parace que tô falando de um assunto muito sério. mas foi só o desapego de aplicativos sociais, dois, um em decadência, o outro nem sei.

mas só porque saí, e não é não simples mas, porque não estou, ou estou menos frequentemente com os olhos em tela, sobra tempo pra ver o quanto os outros não saem dela. algo muito humano né. pelo menos agora tenho propriedade pra falar de adicção. pela tela, pelo chocolate, ou açucar mesmo. especialista então.

e pra fazer terrorismo também. chegar na sala dos professores e puxar um assunto bem sério com qualquer um que esteja bem apegado no celular é uma delas. o prazer de dizer pras pessoas, não tenho redes sociais, que pena e fazer as pessoas me contarem o que estou perdendo, ou olharem seu email pra receber algo meu. ai aai. leite de pedra tô tirando.

e por falar em escola, é bem triste na verdade, o problema é sério e é pandêmico, será? se não for, é quase.  você pede bom senso, dá bronca, chama atenção pra lei, pro regimento escolar, e nada funciona, sem falar nos problemas para um uso crítico, criativo talvez, é muito complicado. e eu não tenho muita propriedade para problematizar isso, se não lamentar, porque cada vez mais se vê necessário  dissernimento, cidadania, consciencia de classe, direitos e deveres, saber se situar no mundo de maneira mais acertiva, saber o que repudiar, ou no que investir sua energia, sei lá, saber filtrar, argumentar, discordar, concordar, propor, reformular. eu não sei.

e por falar em escola parte 2, desde que voltei da licença não consigo abrir os grupos de whats da escola. eu não quero abrir, mas preciso estar atenta a outras fontes de infos pra não cometer falhas, aí o bicho pega. mas, tenho questionado muito essa via também. eu sou obrigada a ter um email institucional, mas estar em grupos, não. e estou gestando isso. não saí dos grupos mas não tenho entrado e isso é um milhão de vezes menos tóxico. 

estou fletando quase que com a possibilidade de comprar aqueles celulares antigos. ou me liga, ou manda mensagem, ou deixa recado. não é o máximo? saudades. todas as tres possibilidades são um pra um. eu ando revoltada. e especialmente revoltada, que ironia, com as minhas muletas. gestando.




aí né, ouvi de uma outra amiga um ponto de vista que também me fez refletir.