domingo, 17 de dezembro de 2023

faz pra mim? | o espertismo





eu tive conhecidos na faculdade que faziam licenciatura, mas que se recusavam a estudar determinados teóricos da educação, ou interagir com linhas teóricas que não tinham interesse, pagavam colegas para realizar as pesquisas. e não tinham vergonha de dizer.

a primeira vez que ouvi algo assim fiquei muito espantada, chocada até. inocente né.

tenho uma conhecida que fez uma formação na área da saúde, depois uma pós.., ela não fez seus trabalhos finais, ela pagou para.

lógico então.. , esse tipo de coisa sempre existe muito maais do que sempre pude imaginar e do que os olhos nús alcançam. 

olhos nús.  eu gosto dessa expressão, do que ela significa sabia. todo olhar É nú. todos eles. e a energia, a magia ou falta, o positivo e negativo de uma expressão de vida, a faísca, está tudo meio que alí, tem essa vivacidade. 

e os aparatos, possíveis facilidades, a potencialização  da capacidade humana servem para fazer o que, um bem, uma generosidade, a solução para as desigualdades do mundo, ou reprodução e amplificação de ignorâncias e preconceitos contra minorias, teorias da conspiração, senso comum, ..

eu não sei. 

todo mundo ainda nasce nú, isso é certo. e se ao longo da vida forem tirando as possíveis facilidades agregadas até sua roupa, você ficará como nasceu. e se você for obrigado a consumir tudo e apenas o que souber construir com as mãos, por onde iniciaria?

eu estaria lascada, e você? não precisa responder..

enfim..


acho que o que eu queria dizer é.. e agora Brasil

uma amiga minha pediu pra IA um perfil pra seu aplicativos de encontros, um descritivo com maior probabilidade de sucesso, ela não estava conseguindo se expressar.

outra conhecida  terminou seus trabalhos do semestre com ajuda da IA.

IA para promoçao de textos publicitários, projetos para leis de incentivo, ou provas e trabalhos à distância, e não. para dar palpite na sua vida,  de outras pessoas, ou te sugerir um lugar pra sua próxima viagem de férias, ouvi um relato assim também.

a máquina é muito capaz,  cada vez mais cheia dos nuances. e a pessoa por trás, que triste,.. cada vez mais convertida num Rei mandão, cheio de caprichos, e necessidades vãs, não sabe levantar uma espada, nem uma caneta, mas com súditos servís. 

e é sério, se a luz do mundo apagar, a elétrica né, tamo fudido.

se o que as máquinas sabem fazer, necessariamente não é o que nós sabemos, se o desenvolvimento tecnológico não é nosso, ele nos é disponibilizado por alguma conveniência e valor, mas, não nos apropriamos disso, então se a luz do mundo se apagar.. vai faltar caverna.

a capacidade de manipulação de imagem, vídeos, de captar os estilos literários, pictóricos, gráficos.. claro, um esvaziamento, mas antes disso, muito problema.

eu fico pasma. e triste, com a ponta né. as crianças que eu interajo não sabem mais, e cada vez menos ler um texto, ler outro, relacioná-los, e depois opinar. elas não vêem vantagem em exercitar esse tipo de prática.

são lindos, e vazios por consequência das circunstâncias sociais,  por anseio, parecer, é mais interessante do que ser. digo deles mas é claro, a geral está assim.

ter alguém ou algo que te sirva nas coisas que você não quer fazer é mais interessante do que se apropriar dessas feituras. e se for preciso opinião, é fácil, pego a de quem tem mais likes, mas pra ser franca, eles ainda ouvem muito o pastor sabe. 

e tudo se resume a aparência, meu acerto e seu erro, prazer imediato ou estendido, conveniência, dinheiro, status e lucro, seja de quem consome, quanto quem vende. 

jogos de poder.

mas me perdi já. não é um texto inteligente e profundo, mas também não é artificial tá. não vou citar uns xxx da vida e aquele outro xxx também que eu esqueci, que problematizam sei lá, cyber cultura e tals. e não quero convencer ninguém de nada.

mas se quisesse, era apertar um sei lá tantos de teclas aqui e jajá tava pronto também, alguns parágrafos incríveis em vazio e pertinência, eloquentes, até perfeitos, com, e sem personalidade. era só querer. pode que também não ia convencer ninguém, mas pareceria mais culto, sei lá.  é muito louco isso.

e não é o que eu quero.

e aí é que está, pra mim, inteligência ée, frente ao que tá aí, contaminar pelar brechas? influenciar? algo de tangente..

ou tocar aquela flauta que enredaria todos em um propósito de igualdade, justiça, benefício comum entre pessoas tão, mas tão diferentes.., , lembrando que muitas pessoas vestem essas palavras pra fazer horrores. então ainda dependeria de quem toca. ixxi... lembrei agora daquele doc sobre líder de seitas, você quer ser um, eu não. nem quero ser exemplo de nada.

preciso parar urgente com esse texto.




eu quero é reclamar, eu e o meu olho irritado, é só o que queremos.

e quero dizer socorro.

quero também soltar um tchau celular.

quero me perder no tempo da vida vivida, queria que ela não perdesse pra mim a sedução, beleza, o tempo real com o real.


quero dizer também que tô de cara.

e outras cositas mais, que não tô lembrando agora.


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pode que o que eu queria dizer eu não tenha conseguido, mas não estou com pressa, nem propósito.

certamente tem haver com perda de sentido, esvaziamento de valores, consumo e aparência, auto-centrismo, individualismo que acho que é a mesma coisa até, manipulação, poder, dinheiro, status.

eu no mundo, minha filha,  como seguir e como ser de forma mais complexa, abrangente e consciente da responsabilidade de coabitar e conviver, sabendo que, não adianta nada ser  "o melhor de nós".. pra nós. o Todo, é uma boca bem grande pra nós engolir,  isso sim. no momento em que estiver contra nós, ou algo assim.

qualquer hora volto..
e boto ordem.



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um amigo me convidou pra juntar as cria. corajoso é ele que não tem medo de conjutivite. mas Cibe está ótima. e eu bem melhor, já dá pra me arriscar.

eu gosto deles. eu até quero ir. Cibe nem se fala, já daqui a pouco vira tormento sua animação. mas é tão difícil me mover.

n i n g u é m escrevendo um texto sem propósito, com uma filha pra agradar um amigo e um amiguinho pra encontrar, ia fazer essa tsunami de onda, e ainda sair com pesar, quase a contragosto. gênio dos inferno.

mas quando chegar lá vou amar.

vamos de vida.