sábado, 16 de março de 2024

livre estou | Frozen | eu manifesto





 

eu nunca vou saber porque tinha uma pilha de gaiolas no meio da trilha.

nunca vou saber porque a hora que podia perguntar pros dois caras de farda já tinha gasto minha sociabilidade e já estava só no modo obrigação.

bem feito, agora tô aqui, curiosa. cansada. com sono. ui, que caca. leve sensação de dever cumprido de forma bem linda. um alimento realmente. 

acho que o bicho que mais gostei de ver foi a arara de barriga amarela. ela pode viver até oitenta anos, sabia? claro que sabia. quem não sabia era eu, porque sempre morri de tédio e desinteresse por nomes e comportamentos de animais.

estava ela lá, linnda, foi salva e agora mora lá, já esqueci se pra sempre ou por um tempo. 

o menino de desesseis anos fazia a monitoria, bem bonitinho, contando tudo pra nós, e Cibe e Clarisse andando na frente da trilha e subindo nas grades, irritante e tipico.

eu não sabia que araras eram monogamicas, acabei de pesquisar pra ver se era verdade e vi que calopsitas também. que coisa. 

o menino disse que são fieis ao parceiro, que pode inclusive ser um outro macho, um humano, um lugar, .. mas isso é o menino que disse. talvez eu busque saber, talvez não.

que cores né, são ainda mais mágicas ao vivo. pra que viver tanto, quase como a gente. interessante.

o menino também disse um outro termo que achei engraçado.. sobre o pato que ele não chama de pato.. eraaa, esqueci o nome. mas  ele tava dizendo que o tipo dalí praticava a monogamia seletiva. do tipo, monogâmico até os filhos crescerem, depois procura outra e faz o mesmo ciclo. pesquisei e não achei esse termo, mas achei outros legais, engraçados no mínimo, mas esse assunto não me interessa muito não.

vimos várias coisinhas, ouvimos, conversamos, como disse, gastei minha simpatia aaaaai, agora é rede. é quieta, tanto quanto dá, com minha fofa do lado.

amanhã..., é um amanhã de aluguel já, cansei só de pensar, azedei até quase. greve é bom pra rever colegas de tempos, bom pra exercitar a revolta frente à tanto ataque e horror de pessoas mal intensionadas, ambiciosas, gananciosas, bom pra dar o exemplo, pra dar aula de cidadania.

e... como quem não quer, bom pra dar uma, como chama, umaaa avaliada no macharél disponível da classe.., não sou cega. preguiçosa e reticente talvez, cega jamais. 

que maaais.

chuva.

ahh não vou mais, rs. 

pensando..., até onde vai minha consciência política no domingo. 

saco. vão acabar a Concap. 

pensando..

até amanhã.





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fomos. hoje minhas dores estão bem mais doídas... só fico me lembrando daquele cara que me ofereceu massagem nos pés, ele disse que é muito bom na técnica sei lá qual.

poxa é muito mais fácil que eu dê meu corpo inteiro pra ele antes, do que ofereça meus pés a um suposto amigo. mas meus pés doem e não é dor de andar, é uma dor assim como a do corpo todo que me diz a todo momento vou doer, vou latejar, pra deixar seu dia maaais lento, e pra você se ligar que seu problema está no que você faz, e não faz, no plano físico manifestado. quem sabe aí você para de viajar e vive. cruel né, também acho. porque dor, é dor.

mas tenho uma completa aversão aos meus pés, só não posso dizer que tenho Teeeenho assim, porque decidi que não ia mais pensar nisso já há um bom tempo atrás. mas era um pé grande, na adolescência que eu tinha horror, e também dificuldade de achar o que eu queria. um pouco mais tarde eu tinha vergonha de mostrar um pé cheio de calos. terrrível, esteticamente. acontece né, na infância eu não tinha opção para sapatos, então às vezes machucava, até não machucar mais, fazer o que. odeio lembrar disso.

engraçado que tenho uma falta de iniciativa e um desprazer em adquirir sapatos hoje, que me faz não ter, e nunca me decidir a comprar.

o tennis azul que estava se desfazendo, finalmente doei. no inicio do namoro dei pro Danilo, que é um enjoado e nunca usou, acho que já escrevi sobre. quando me separei trouxe comigo, e mesmo maior, decidi usar. tenho saudade, mas nessa última limpeza, me desfiz.

ele tinha um tennis velho quadriculado desbotado, e ia se doar, estava no meio das roupas da Cibe. resolvi trazer pra mim. então os dois tennis recentes que mais usei, não eram meus, eram dele.

esses dias ganhei outro. p e g u e i outro. mas meus pés mereciam personalidade, eu sei, e sou exigente, até sei o que me daria prazer, só tenho dificuldade de gastar com meus pés.

massagem né. se esse menino aparecer de novo com esse papinho currículo de habilidades, vou ceder, acho.

mas então...





no caminho, além de Cibe às vezes reclamar de andar, ela fazia perguntas, ...

acabou que entre uma pergunta e outra, fizemos a leitura da arte da data-base desse ano, que era o pirulito que levamos, um pouco ela, um pouco eu.

porque tem gente brava

prefeito que não sai do celular

dando dinheiro pra empresários

deixando de investir no que precisa

prejudicando funcionários, e o povo da cidade que precisa dos serviços ... essa anedota básica, sem nome, sem forma, que vale pra qualquer lugar na verdade. mas que foi perfeita praquele momento. 

Cibe entendeu com palavras e prática o que é uma manifestação, o que é palavra de ordem...,o que é Assembléia ela vai relembrar hoje. porque vou ser obrigada a levar, mas...

até sobre a diferença entre prefeito e presidente, .. não sei porque isso virou assunto, mas rolou.


rolou também que pela primeira vez na vida, pisei naquela ponte. achei que nunca chegaria a isso, tamanha a minha desvontade. aquela quanntidade de grana gasta, que literalmente escoou, tirou a graça.

achei bem vertiginoso passar por aquele chão gradeado vendo a água por debaixo dos pés. fiquei estranha. e perigoso também, mães de Cibe que trepa em tudo não podem piscar. tem uns vãos fáceis de cair, ui.