meu coração espicaçado, e eu tinha que fazer algo, resolvi colar. fui colando, fui colando, colando, de repente uaau, novo de novo, cansado de guerra, frustrado, amargo, sofridinho porém, esperançoso.
eu acabei que, distraída, inesperiente, prendi alguém ali dentro, a ideia de alguém, de um amor sem forma, só um nome.
ele ficou ali então, pulsando, pulsando comigo, me alimentando de certa forma, ee, e eventualmente doendo e pulsando, pulsando anos, como eu ia esquecer, se o prendi quando me recompus, peço desculpas até.
mas esses tempos eu senti de novo um crec de partida, uma fenda que se abriu.
essa fenda que não me matou, não era pra isso, se não, outra liberação, mas suave.
na verdade foi uma troca, um arejar de natureza sabe, selvagem e certeira no seu caos. porque nada entrava, ninguém saía .. então essa troca ares, esse efeito vácuo em pleno preenchimento é que me salvou.
a possibilidade de ter um coração aberto, sem descompasso, poroso, acelerado de feliz me acena, em um plano 2B.
eu nunca gostei de lápis 2B, nem sei se existe. gostava é de 6B, que é forte, e borra tudo.
mas na vida hoje eu tenho 2B, um desses que fique um pouco mais, já me faria desenhar diferente, quem disse que não poderia?