sábado, 30 de março de 2024

vazio sensorial | pobreza de vida

ontem eu fui nessas né, rezar

peito oprimido pensando, eu preciso soltar as tristezas

eu preciso achar a Bruna boa, porque essa envenenada vai me matar

não que um lado meu não tenha vontade, e todo modo são muitas mortes sempre, mas às vezes, vai que venha uma  muito definitiva, nada bom

fui pensando nisso, tenho mágoas passadas e incrustadas, as recentes, as que eu provoco, as que vem de fora, situações que eu não sei, grudam em mim.

ouvi de forma diferente tudo o que já ouvi ano passado de outras fontes, em preto  velhez.

dentre tantas, tem uma que eu detesto ouvir ..

o que você gosta de fazer?

não importa o que eu gosto, não posso ter com o que eu gosto agora, nesses tempos, nessa vida talvez, que irritante, no entando, sempre que escuto a pergunta, ela reverbera por dias, porque isso é uma angustia.

enfim.. fui pra lá pensando.. preciso esvaziar. preciso perdoar.

perdão é palavra batida né. uiiii ..


mas não tô sabendo qual usar, é essa mesmo. preciso dar a desimportancia que as situações, não as pessoas merecem, sabe como.

enfim.. foi bom. o propósito e a conversa e a energia né, ajudaram.

eu não quero carregar minhas tristezas, que eu fique triste, me sinta só e meu coração doa, e em seguida ao invés de triste fique outra coisa, me entretenha com outros sentidos, me envolva com qualquer bobeira, e que ao fim do dia, que eu consiga zerar o jogo sabe. 

nada é tanto, nada é nada, não pode pesar, ri disso Bruna, e resolve seus conflitos, enquanto se entretem com as pessoas a sua volta e tarefas do dia.

nada n ã o pode pesar. nada é nada. 

e se conecte com o que é bom. o o l h a, que frase sem graça. sim, eu sou insuportável. mas vou sim, fazer isso. tem épocas que eu simplesmente não consigo. não consigo, mas vou sim, reverter.

fico muito grata quando libertam meu lado bom, ele passeia mais livre, e me ajuda a caminhar em cima do lodo.

o vazio sensorial, a probreza de vida e minha inveja..., é o que acabei de ver nos grupos de família.

olha que furo, olha que coisa mais triste, eu nunca vi um pé de macela no mato.

eu nunca colhi macela nem em sexta feira santa, nem em dia nenhum.

eu nunca passei por esse encanto, .. e as pessoas me dizem você já passou já viu sim, só não sabia. pra essas pessoas eu sorrio, e só. 

a mãe da Luz Maria, que mora em águas mornas, mandou um videozinho tão lindo com as que colheu com seu amado. 

fora as várias postagens comerciais de Intagram né, enfim.. 

mato. que excentricidade.

calma. 

eu prometo.

não vou azedar.

tentando..






e uma coleta repleta de amor né, pensa. nunca vivi uma experiência de tanto encanto e amor pleno, quanto a minha gestação. 

quase sinto um vislumbre daquilo só de olhar pra eles. 

que Deusa abençoe.



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era cinco de março de 2023..

e fiz exatamente essa queixa pra uma amiga, que logo depois me enviou essas fotos lienndas do seu quintal, que, cara... não consegui ir a tempo, depois vieram muitas chuvas, nem lembro bem.., mas ela bem que me convidou pra passear por lá. 

lembro do Marquito também, uma postagem ou no ano passado ou no outro, esse ano não vi, mas depois vou até procurar... falando da Macela na sextas do feriado cristão.

ainda pensando nisso, do mesmo jeito que meu tio de São Paulo, que quando eu era criança veio pro interior ver a gente e não sabia que café era planta, n u n c a tinha chupado u m a cana colhida logo ali... pra mim...,

a macela nasce em buquê já, nas mãos das crianças indígenas ou de suas mamis, pelo centro de Florianópolis. 

contém essa beleza ancestral,   até aliás, muito mais lindo que louvar colheita na sexta-feira santa, não por ser santa, para quem considera, mas pela sobressalencia e apropriação perpetrada, além de descrédito e apagamento histórico de outras culturas, especialmente a indígena, que o cristianismo protagonizou.

aí é isso.

quem sabe um dia ele se mostra. se é tão fácil de achar, se todo mundo vê e colhe interage menos eu, deve ter uma razão será. 

um presente será o dia..