aiiii
tá foda
então..
Cibe foi colher pitanga e viu um caramujo nos galhos da árvore
chegamos em casa a pouco, tinha um caramujo nos galhos do boldo, tá meio agressivo né não caramujos?
e tem dois pés de abacate gigantes floridos, da flor até o fruto, será quanto tempo que leva, menor ideia eu tenho sabia
tem nectarina apodrecendo no pé.
tem limão mofando no pé, que pecado né.
e tem eu, que alguns amigos adoram falar que estou perdendo os melhores anos da minha vida..
eu concordo né. mas todas as fazes tem as melhores perdidas.
e pode ser que vim pra vida pra isso. aprender como é ser asa quebrada, e viver em algo quase. refletindo, renegando, revivendo, superando e recaindo nesse quase sem fim.
e eu penso assim observando meus amigos. pessoas que eu conheço, que me mostram o tempo todo como é superar coisas que eu fico remoendo e patinando. eles me mostram, eu entendo um pouco, admiro outro pouco, invejo, reflito. e é isso. sigo tentando. com esse peso né. melhores anos..
que saco essa coisa de melhores anos também. eu nem posso problematizar isso porque só ia sair mierda, e não parece, mas ando bem contida. sofrer, e agradecer sofrer, não chamar sofrer de sofrer e sim de viver, com o medo contido ainda de piorar, pra poder comparar depois e ver que não sofria nada.
pronto. agora dá mesmo pra voltar pros caramujos.
eles, de mãos dadas com as cortadeiras.. manjando bunito as plantinhas ali, maior detonagem. alguéns sendo felizes né. quero só ver se rebrotam..
agora tô sem tempo, acho que só vou me acupar dali quando cair a cerquinha. mas tá tão bonitinha, parece que vai durar pra sempre.
e tinha outra coisa, mas esqueci.
ah. queria morar num texto descritivo, no automático sem fim. queria morar num texto meu, de tão descrito, bem descrito, que teria tudo. o visto, não visto, o presumido.
eu estaria tão zen sendo descrita, nem me preocuparia, o texto nem seria meu, talvez até fizesse umas graças a mais, me sentindo observada. ainda que por mim mesma.
