sábado, 16 de setembro de 2023

uma receita de amor

 

nós últimos tempos apesar de não ter paz para desfrutar. o cheiro da goiaba me enfeitiça.

acho que me apaixonei pelo seu perfume.

um evento contemporâneo foi o prof de matemática insistindo pra que eu comesse depois de anos e anos, completamente ignorando sua existência.

mas não só, aquele perfume tomando toda a sala dos profs.

goiabada nunca gostei, mas 7 anos atrás, grávida de Cibe, enlouqueci com um bolo de fubá com goiabada completamente free, descontaminado, sem leite, ovo, coisa mais linda, perfumada, deliciosa e engordante do mundo.


em algum momento da vida, experiência para você:

pegue uma goiaba madura

não tão madura, essa eu não pegaria

linda, mas não tanto também, desconfiaria

se tiver muito acidentada eu não pegaria tampouco, com aqueles pontinhos sabe

observe a fruta, formato, tamanho, cor

procure lembrar como esse  fruto figurou em sua história, 

procure em seus registros qual foi a última vez que colheu uma do pé ludicamente, pegando uma procurando a próxima, normalmente impossível

se subiu, se caiu, se roubou

caso esteja em um mercado, ou em frente a seu pé, alguma árvore dessas tão comuns e quase invisíveis hoje, não se acanhe, minha proposta é permume

aproxime o fruto ao rosto, respire profundamente. observe a sensação repita, saboreie esse ato simples.

permita que esse cheiro te preencha, assalte seu presente, seduza seus sentidos. 

então, observe os registros imagéticos sensóreos se voltarem às experiências compartilhadas desse ato, pessoas queridas, amigos, amores, .. ou a própria mãe do fruto, a  natureza do seu entorno.


faça isso um dia. pense em mim, que talvez sinta.

apaixone-se comigo.