domingo, 3 de setembro de 2023

é triste não gostar de uma planta

uma flor, coitada.

mas últimamente, não tão recente assim, ando com elas, assim como a bandeira do Brasil.

não consigo gostar, olho e mediatamente me vem as de plástico. acho enjoadas, metida a besta, elitizadas, e ainda tenho a impressão que quem compra são as tia dona das bandeiras. 

mas não tô querendo maldar..

aí tem feira, sessão especial, alas, .. e são enjoadas pra florir, e toda uma história, e muita gente se derrete, e francamente..

também não é que não goste, .. mas não vejo graça. tem uma branca numa árvore muito bem pensada ali na ruínha do condomínio, e ela na verdade, ou não olho muito pra lá, ou essa florí sempre, tipo, elas duram um tempão.., ou será, que é de plástico? 

eu não quero nunca ganhar uma orquídea.

nem gostaria de ser comparada ou instada a aprender a cuidar, não quero não gosto tô fora.

claro que nunca ganhei né, isso é pra pessoas caras em situações caras. juro que isso não está sendo recentido, um exemplo bom é uma prof. querida lá da escola que se aposentou. vi que ela ganhou. tipo isso sabe. mas acho sem graça, porque também é uma saída óbvia. não gosto.

agora pensando bem, tem outras plantas que não gosto. mas nenhuma que eu queira mencionar agora.

sei lá. 

um evocativo, descobri que imagens são evocativos, imagens, fotos é bem óbvio, mas o plástico também. e por mais aterrorizante que sejam as flores de plástico, elas evocam a força da natureza, por mais macabro que pareça por tudo que implica o excesso de plástico no mundo, especialmente nesse quesito. não estou exaltando, nem bem dizendo, foi uma experiência que tive, pontual, dessa sensação.

todas as outras foram terríveis no contexto. nem pude querer ir pro caixão com meu pai, como naqueles dramas cinematográficos, porque estava ocupadíssima quase em choque com o plástico que enfeitou seu corpo, sem que nós tivéssemos a menor noção de que isso fosse inclusive possível.

e eu entro em tilt quando lembro disso, e já divaguei para além de que devia aqui.

e olha que foi uma semana de morte, todos horrorizados com a violência de um assassinato no seio da família, então falar e pensar morte não há de ser estranho.

agora no lado do meu pai, dos irmãos ficou meu padrinho, a tia Nana e a tia Balbina. três tios, e Papi são história.  um era fotógrado, o outro advogado, tinha o dono de bar, e o contador, meu bom velhinho.

tô querendo ir pra Londrina ver as tias.

mas entre querer e ir pra mim.. socorro. mas queria.


não gosto de orquídeas.