quinta-feira, 7 de setembro de 2023

auto-anistia



como cantava velho Matias.. eu sou assimmm quem quiser gostar de mim, eu sou assim., adorando.

tô lembrando da frase bem cantada, mais que da letra inteira, por que eu sou a auto negação repreensão e crítica em persona.

eu sou assimmm quem quiser gostar de mim, eu sou assim..

eu não gosto. nunca me aceitei, .. expressão e aparência

mas eu sou assim, e eu fico de cara como eu sou assim como sou, escrevo sobre isso o tempo todo desde pequena porque vivo em pé de guerra com o que não gosto e procuro estratégias, e para  ser diferente.

e pra isso tem servido tanto texto, tanto tempo talvez. eu sou assim.. e será então que se eu largar mão de sofrer e assumir que sou assim só então, esse cú pra conferir e pronto, ..quais vantagens, pontos fortes, o que de legal poderá vir, de ser eu, convicta, paz?

quero.

posso até citar outra frase descolada de música, com I'am what I'am, .. mas Glória Gaynor sempre será demais pra mim.




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fico meio doente, fico manhosa e nem tenho mais em quem descarregar meu dramalhão.

não tem pra quem reclamar horroures e quase morrer, pra então ganhar aquela sopinha amada e sentir que sou importante, que querem meu bem.

eu gosto de fazer isso pela Cibe.

assim como aaamo tirar as sementes de melancia, todas, pra ela, não importa que ela já sabe tirar porque ela sabe, e eu sei, que não vou tirar pra sempre. 

mas todas as que papi tirou pra mim vou tirar pra ela.

gosto de tirar a casquinha escura dos pães também. isso ninguém me tirava, mas lembro de não gostar, então entendo ela, e tiro com todo amor.

estou aqui, pensando na vida, prestes a dormir, sem saber como vou acordar, e no quanto estou esquisita.

os dias estão passando rápido demais, e eu preciso solucionar tanta coisa, eu com meus parafusos.

ser útil, entregar meu tempo para algum bem. ser uma pessoa que segue normas que não opina, apenas ser braços, para outras energias. essa é minha novidade auto-estarecedora, porque minha rebeldia infundada meio selvagem, não via muito, isso possível não.

quando eu pedi pra fazer parte do centro que tanto me beneficiou, eu pensei que isso seria um algo, que talvez pudesse me deixar orgulhosa no fim da vida.

a palavra caridade me irrita um pouco. carrega muitas leituras que não fazem sentido. em nome dela, muita coisa. 

mas tem uma essência muito simples, basicamente passei, experimentei algo disso, sendo uma daquelas ali da assistência pedindo uma centelha de luz pra alastrar, perguntando uma razão, perguntando a fórmula dos problemas. 

necessáriamente não recebi nada do que queria, se não algo que eu não via, mas me fortalecia. olha que lindo.

gastaram muito tempo comigo sabe, um blá, tenso.., banhos, carinho, aconchego, broncas, descarregos, um atendimento todo em paralelo ao atendimento médico.

se eu tivesse que pagar, não teria recebido. e precisava muito, me fez muito bem. 

na verdade, a seriedade do trabalho,  a beleza da energia foi sim, a parte séria do composto que me pôs em pé de novo.

eu não tenho como retribuir. 

a não ser reoferecendo, tirando pra sempre possível, as sementes de melancia, com todo meu amor.


02.10.23